“Muitos são os inquietantes mistérios. Nada, todavia, mais misterioso e inquietante do que o homem."- Sófocles, Antígona
...desde que iniciei estas 'lides virtuais' (já lá vão quase dez anos, raios!...) fiz desta citação, da 'Antígona', a minha "imagem de marca". Foi também com 'Antigona' que comecei a minha longa lista de nicknames, dos quais já esqueci/perdi quase todos, menos este que ficará para sempre associado a uma série de alterações na minha vida...para lá da 'imagem de marca' marcava, também aquela frase e todo o contexto da "estória sofcliana", a minha visão perante "o outro", o mundo, o estar aqui...
...hoje, olhando o mundo à minha volta - e este 'à minha volta' inclui, naturalmente, a tão famosa aldeia global que, por mal ou bem, vamos sendo forçados a reconhecer - já não me parece tão misterioso assim...o homem!...inquietante sim, na sua perpétua necessidade de destruição, da pequena à larga escala...inquietante sim, na sua ausência de novos sonhos, novos ideais...inquietante sim, na sua circular procura do caos que não renova...
...envelhecer parece ser, então, o perder da fé no mistério que seria o ser(se) humano...e ganhar uma contínua inquietação pelo vazio que isso transporta...pensei que demorasse mais tempo, no meu caso...pensei!...
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(Magritte)/
"Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?",WW