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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Família é Tudo (de bom!)

Queridos blogueiros, amigos e amigas!

Eis-me aqui para dar a boa notícia que anteriormente havia prenunciado: minha filha nasceu no feriadão de 07 de setembro!

A data prevista era final de agosto, mas, assim como meu filho, ela não queria sair da barriga apressadamente, ambos vieram nas suas 40 semanas e 5 dias de gestação, e mesmo que a mamãe quisesse um parto normal como desejara o primogênito, novamente necessitei uma cesariana. Dele porque tive diabetes gestacional vindo um bebezão pesando 4400kg com 53cm (realmente, a natureza não ajudou nesse caso mesmo com boas contrações naquele dia!) e, desta vez, minha pequena (nem tanto assim, pois, chegou pesando 3530kg com 51cm), levou-me a um parto de urgência por conta de um sangramento proveniente de um descolamento prematuro da placenta que mais tarde me causou maior preocupação por saber da gravidade do assunto, no meu caso não houve trauma nem outra explicação plausível que se encaixasse, exceto pelos meus 36 anos (idade materna avançada?) no entanto, tudo transcorreu bem, graças ao meu bom Deus, pois, Ele não nos dá bênçãos pela metade, nos dá por inteiro e não deixou que meu parto se tornasse triste estatística médica. Orei muito pra que esta gestação ocorresse e, mesmo diante de algumas intercorrências lembrando quão frágeis somos, tive certeza de que a misericórdia divina não é falha como é a nossa fé muitas vezes diante dela.

Por essas e outras é bom pensar o quanto estamos entregues nas mãos Dele e que as mãos dos médicos e de toda equipe de enfermagem são manipuladas pela Mão Onipotente e Onipresente.

A vida nos surpreende em segundos e pode mudar drasticamente, no meu caso mudou para melhor, só fez aumentar a família e todo amor que construímos juntos dia após dia, mudou exatamente no minuto em que ouvi aquele chorinho! Junto dela chorei também como chorei com meu filho e agradeci mais uma vez o dom de ser mãe. É uma emoção indescritível, transpõe toda dor e todo sacrifício!

Só mesmo a natureza divina é capaz de se explicar através da geração da vida!

Florzinha do meu jardim, rego-te com amor!Fonte da imagem: Google (by Anne Geddes)

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Por que dei uma sumidinha?

Queridos amigos e visitantes da blogosfera,

Esperei bastante para contar a novidade devido aos inúmeros compromissos que dela decorrem naturalmente, além disso, pensei muito sobre dizer ou não o motivo porque para algumas (ou várias) pessoas isso não há de ter interesse no final das contas. Enfim, em consideração aos que mantêm uma amizade sincera pela Jô e/ou pelo Viraletras, venho explicar o sumiço e a falta de posts mais frequentes nesse blog: Engravidei! É isso. Realizei novamente meu sonho de ser mamãe após 7 anos e meu filho torcia por isso desde seus 3 ou 4 aninhos, ele também esperou bastante e agora teremos uma menininha, o parto está previsto para o final do próximo mês. A família aqui está se cercando de todos os preparativos para acolher mais esse anjo que Deus nos enviou, aliás, eu pedi muito por isso e Ele me concedeu mais essa graça, então, só posso AGRADECÊ-LO INFINITAMENTE, pois, o que parece algo muito simples  para uns, nem sempre se faz desta maneira para outros, não é?

Sabemos como muitos casais lutam para ter filhos, como muitas mulheres se desgastam procurando soluções para engravidar e como tantos (infelizmente!) não dão o devido valor nesse ato de gerar um ser humano. Por isso é tão importante que priorizemos tal momento em busca de organizar e reorganizar a vida em família e foi o que fizemos nesse meio tempo. Ao Sagrado Coração de Jesus e a Nossa Senhora devotei minhas orações quando obstáculos tentaram minar esse desejo e eis-me louvando cada pequeno e grande milagre da vida. Só quem espera em Deus pode contemplar suas maravilhas!

Portanto, não estou me despedindo da blogosfera não, só estou a compartilhar toda minha alegria e felicidade, aproveitando para dar uma satisfação a quem possa já ter questionado essa “sumidinha básica”. Continuarei postando e também visitando os amigos sempre que o tempo me permitir, mas, sei que por um bom período estarei entre fraldas, amamentação, atenção, carinho e cuidados   constantes que devo dar a minha neném e, claro, aos meus dois amados (esposo e filho), além disso, terei que me encontrar novamente como mulher, mãe e esposa, pois, mudanças grandes me aguardam daqui por diante.

Agradeço por todo companheirismo nessa caminhada do Viraletras e que possamos continuar trazendo vida nova aos nossos blogues!

Deus abençoe a cada um!

"Esperamos por você, dádiva do céu!" Fonte da imagem: Adriano Matos Fotografias

(arquivo pessoal – não autorizada a sua reprodução)

sábado, 8 de maio de 2010

Próxima parada: Maternidade! Quem embarcar não desce mais…

Definir o “ser mãe” é algo que beira o superficial quando proposto apenas em palavras. Amo as palavras, elas nos ajudam de tantos modos que não sei se conseguiria viver sem, não imagino o mundo de outra maneira, porém, dizer o que significa a maternidade é quase impossível se as palavras ditas ou escritas não se conectarem de um jeito todo especial com essa realidade. Eu digo que quero amamentar, proteger, cuidar, corrigir, amparar, educar, aconselhar, amar e tantos outros verbos repletos de bons conceitos, de  atitudes positivas, de algo maior que nós mesmas…

São palavras que ganham significado específico a partir do momento em que temos nos braços aquele pequenino ser, indefeso e ingênuo – um anjinho! Sim, bebês são anjos para mim, acredito que sejam para todas as mães, pois, naquele instante no qual se costuma dizer “agora a ficha caiu! Sou mãe! Como faço?”, existe dentro de cada mulher disposta a aceitar essa dádiva uma força propulsora que é despertada com o nascimento, até então a gravidez é um período de transições, de ansiedades, de preparo, mas, não se compara com o que acontece depois dela. Mesmo a mais consciente, a mais instruída, a mais forte das mulheres tende a se desequilibrar, a perder o chão, a temer tudo e todos quando assume tão importante papel tornando-se mãe. Milhões de dúvidas e preocupações em cada passo, entretanto, aquela criança consegue trazer paz e alegria em meio a isso! Estranho que num minuto tudo pareça caótico, especialmente quando estreamos esse papel, e no minuto seguinte as coisas encontrem seu lugar.

Gostaria de definir com palavras os sentimentos que invadem nosso ser, contudo, são tantos e tão variados que sem uma alegoria seria difícil e, nesse ponto, penso que ser mãe é embarcar numa montanha-russa readaptada! Com altos, baixos, loops, ziguezagues, trechos sinuosos, além de  muitos em linhas retas e tranquilas! Por vezes levamos sustos enormes com solavancos inesperados, e ai daquelas que não puserem o cinto de segurança! Em outras somos levadas pela emoção, soltamos os braços e gritamos, descabeladas, feito loucas! Só não enfartamos com tudo isso porque descobrimos que há trechos de calmaria nessa montanha-russa, revigorantes e até relaxantes, em que é possível sentir a brisa ao invés das rajadas de vento, e, exatamente por conta deles, nos recompomos, ajeitamos a cabeleira, respiramos fundo e nos preparamos para a próxima volta, já que sabemos, depois de algumas experiências, como é enfrentar essa viagem. Subiu? Não tem volta, hein! Tem quem queira até repetir a dose mais de uma vez! Tem quem ache o brinquedo sem graça e não queira embarcar, mas, quem pôde tem uma visão bem diferente do mundo, visto através de outros olhinhos!

Desejo a cada mamãe um dia muito feliz, aliás, muitos dias felizes! Aproveite bem o embarque!

Vamos nessa!!!Uhuuuu!!!

"A emoção de SER MÃE é uma inexplicável aventura!" Fonte da imagem: Google

terça-feira, 16 de março de 2010

Lamento e não lamento

Lamento, caso você não queira ler…

Não lamento caso se arrisque daqui por diante.

A vida é feita dessa dualidade (Eclo 33,15), sabe?

Eu sabia e só venho confirmando mais e melhor de tempos em tempos. E por falar em tempo, faz tempinho que não lamento a perda da mãe aqui no blog, porém, às vezes é saudável lamentar discretamente, veladamente, conscientemente. A mim ajudou bastante e continua a me fortalecer. Não vivo a me lamentar, saiba!

Lamentarei muito se este meu momento se tornar ridículo e duramente lamentável visto sob outros aspectos que não intento suscitar nesse post.

Hoje a mãe completaria 61 anos se estivesse viva, mas, há um ano, quatro meses e dez dias ela nasceu para seus três filhos de um jeito diferente, doloroso ao extremo no começo, talvez como deva ser a nossa própria chegada ao mundo, daí aquele choro, aquele temor do recém-nascido… Coloco-me a pensar: Será que ela chorou ou sorriu? Ou será que está adormecida feito embrião? Mil pensamentos percorrem essa mente que vos escreve e não lamento se as respostas forem mais estranhas que as perguntas, nem se sequer houver respostas…

Lamento que minha mãe não esteja aqui para eu presenteá-la, costumeiramente, com aquela blusinha linda, tamanho P, que ao experimentar ficava sempre grande e eu dizia: mãe, vou comprar suas roupas na seção infanto-juvenil! ou, para não correr o risco, um perfume ou bijuterias  que ela gostava, era vaidosa, apesar da tristeza que muitas vezes se tornou a fragrância e o adorno de seus dias.

Não lamento que tudo tenha acontecido tão rápido, abreviando seu sofrimento com o câncer e contra ele, não lamento porque ainda assim tive tempo de ficar mais próxima, meus irmãos também puderam, mesmo morando um pouco mais distantes de nós. Não lamento que eu tenha acariciado seus cabelos e beijado sua fronte nos momentos de dor; não lamento que tenha ao menos conhecido um tratamento alternativo e que não houve tempo para começá-lo; não lamento que eu tenha chorado e me desesperado enquanto trabalhava, tentando ser profissional ouvindo a lamentação alheia; não lamento que eu tenha ficado alguns poucos dias de licença ajudando a tia, irmã da mãe, se bem que esse anjo caído do céu nem precisou muito, ela sabia bem o que estava fazendo o tempo todo, chamou pra si a responsabilidade de cuidadora e o fez com louvor; não lamento ter ficado junto dos irmãos, da tia e do meu esposo no momento derradeiro.

Lamento sim, por pessoas que não puderam se despedir de seus entes queridos como eu pude, mesmo com meu coração em frangalhos, estive consciente e ciente desde que soubemos que ela enfrentaria seu maior medo e o fez com bravura, devo dizer. Lamento que muitos de nós não consigam nem se lamentar, que escondam sentimentos sob uma grossa casca de orgulho ou seja lá o que for…

Lamento que você também tenha perdido alguém e sinta saudade, só não lamento que outros tenham a dádiva do dia de hoje e possam comemorar, possam, inclusive, se lamentar como eu! Por isso, não lamento minhas lamentações, pois, fizeram-me mais gente.

Como eu gosto de uma boa prosa, provável que tenha “puxado à mãe” nesse quesito, o netinho aí junto dela também, fala feito matraquinha e os dois se davam bem por isso, era um converseiro, ele bagunçando os cabelos da avó, ela ria feito criança com a peraltice… Não lamento momentos assim que ficaram registrados na mente e no coração.

Mãe, esteja na Paz de Nosso Senhor!Imagem: arquivo pessoal (não autorizada a sua reprodução)

E você?

segunda-feira, 8 de março de 2010

Meu dia, seu dia, nosso dia!

Nascemos mulheres, é fato.

Crescemos envoltas em expectativas básicas de nossos pais, do tipo “sermos felizes para sempre”, além de casarmos e termos filhos futuramente, embora eles saibam o quanto a realidade é adversa aqui fora e como suas “princesinhas” podem se frustrar.

Que pai e mãe, por mais moderninho que seja não quer a filha apaixonada por um bom rapaz, sem vícios e trabalhador, que a proteja na ausência deles; estudada também, por que não? Possivelmente há de trabalhar fora como a maioria das mulheres fazem nos dias de hoje, diferente das nossas avós e bisavós; além disso, casada como manda o figurino e com filhos saudáveis, ou seja, netinhos e/ou netinhas para completar o ciclo. De resto, longe dessas expectativas, nós mesmas traçamos o mapa de nossas vidas e muitas vezes mudamos o curso totalmente, não é? E temos a certeza que, mesmo não seguindo o “manual básico  para meninas”, podemos ser felizes.

Algumas não sabem sequer fritar um ovo; muitas não querem uma vida a dois; poucas querem fazer os votos para uma vida religiosa e, no final, todas desejam o amor, seja pelo próximo nas atividades beneficentes, seja pelo homem dos seus sonhos, seja o da maternidade, não importa porque a mulher tem um coração que tende a falar por ela em muitas circunstâncias e sim, há mulheres que nasceram sem coração também, infelizmente.

Falo por mim, falo por outras iguais a mim e creio que existam centenas, milhares e até milhões de seres que desejam um mundo mais humano, mais digno, por que não dizer até mais feminino? Um mundo cheio de detalhes, não esses da burocracia desmedida; repleto de cores, não somente o rosa ou o azul; mais igualitário e fraterno, não do tipo em que os opostos trocam de lugar apenas e concorrem entre si; mais consciente, ecológico, sustentável, menos inconsequente, ilógico e irresponsável, isto é, um mundo em que caiba você, eu e todos os outros, não só o clube da Luluzinha nem o do Bolinha.

Quero parabenizar os esforços de cada mulher em manter o que é correto no lugar, de se desdobrar e mudar o que é preciso e de dar o máximo e o melhor de si para vivermos num lugar em que possamos sentir o calor humano, aquele do tipo “colinho de mãe” ou mesmo “abraço de pai” porque muita gente não teve a oportunidade do primeiro, sabe?

Como boa madrinha que pretendo ser, não poderia deixar de homenagear a minha mais nova sobrinha e afilhada que nasceu na sexta-feira passada, dia 05/03 e veio engrossar a fileira das mulheres (bonequinha fofa da dinda!rs) e desejar para a mamãe Cris um dia especialíssimo, dizendo mais, quem pôde passar pela maternidade sabe o quanto é importante o sentimento de proteção, de dignidade e de amor que emana de nós.

Sejamos portadoras do belo e do divino aonde quer que tenhamos de ir!

"Considerai os lírios, como crescem; não fiam, nem tecem. Contudo, digo-vos: nem Salomão em toda a sua glória jamais se vestiu como um deles." (São Lucas 12,27)

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Who Wants To Live Forever?

Em março, quando estreei este humilde blog não sabia exatamente até que ponto chegaria (ainda não sei!), desde então venho (a conta-gotas) desenvolvendo, aprendendo, partilhando o que posso e satisfaço-me com cada conquista. Não almejo aumentar dígitos, embora a curiosidade os procure aqui e ali e sejam, de certo modo, consequência dessa inter-relação na blogosfera, isso não é o que me motivou inicialmente e, agora, mantenho o propósito de, simplesmente, continuar a

CRESCER

Parece algo tão banal e tão simplório, não acha? Alguns  podem dizer que isso é balela porque bem lá no fundo todos querem um lugar ao sol com direito à sala VIP, então, por que alguém se alegraria em ser apenas mais um? Eu direi…

A razão do post de hoje é, novamente, em homenagem a minha mãe. Lá se vai um ano do seu falecimento e parece que foi ontem! Mencionei-a aqui e acolá, não gostaria que o assunto se tornasse chato e recorrente, contudo, é inevitável que recorde datas e fatos tão marcantes para mim e, sobretudo, das lições que  me fizeram uma pessoa diferente (não radical nem completa!), porém, um tanto quanto destemida em relação à morte. Presenciar os últimos dias da mãe e percebê-la “abraçando o próprio fim” nessa esfera terrestre foi, inexoravelmente, doloroso e revelador. Quando meu esposo perdeu o pai há mais de 11 anos eu passei a me perguntar: quem perderá quem a seguir? A vida seguirá a linha aparentemente óbvia dos “mais velhos primeiro” ou nos surpreenderá?

De certa forma ela seguiu o curso mais ou menos esperado “os pais antes dos filhos”, não necessariamente na ordem dos mais vividos ou de idade avançada. 

Por alguns instantes custo a crer na efemeridade, mas, o fato é que não está entre nós como a conhecemos no passado, salvo as lembranças, tanto as boas quanto as ruins pululam em *nossas mentes e corações. De início sonhei com ela umas três vezes, tentei decifrar o que significava: seriam recados ou somente resquícios da memória  transitando entre o que foi e o que é? Como ter certeza?

A depender da doutrina que se segue e se acredita há respostas que acalentam e dão o impulso necessário para continuarmos a caminhada, para continuarmos a crescer, não importando que idade teremos ao findar. Um cunhado costuma dizer em nossas rodas de conversa: Quem quer morrer? Ninguém, claro. Concordo (também quero ficar velhinha e cheia de netos, bisnetos… quem sabe?) e mesmo os que procuram a morte prematura o fazem à revelia, entretanto, tanto uns quanto outros estão fadados a fechar ciclos nesta vida (nascer, balbuciar, engatinhar, andar, estudar, trabalhar,etc.,etc.,etc.) e a morte encerra todos eles. Tenho a dizer que minha mãe fechou muitos ciclos por aqui, se do jeito certo ou errado, não cabe o julgamento, alegro-me que ela tenha visto os filhos se casando e lhe dando netos e netas, que tenha deixado bons exemplos como mãe, superando alguns equivocados ou incorretos, afinal, antes que ela fosse mãe ou qualquer outra coisa, era um ser humano em busca de sonhos e ideais.

"A Luz que traz Vida convida-nos a CRESCER diariamente!"Imagem Stock Photo

E, ao contrário das muitas lágrimas que permearam meus textos há uns meses, confesso que algumas ainda permeiam - e isso só mostra o quanto não sou indiferente ao que vivo; hoje tenho a firmeza de aceitar e conviver com essa perda, em particular, pois, compreendi que mesmo ela é passageira, que os contornos da vida podem ser alterados de modo que sejamos gratos e felizes pelo que somos e temos e também pelo que fomos e tivemos, compreende?

Ofereço este vídeo aos que chegaram até aqui, com a canção que inspirou, em partes, o post de hoje. Agradeço a cada pessoa que se manteve próxima, fosse com uma palavra amiga ou mesmo em pensamento, numa oração. *Em especial, ao meu esposo, irmão e cunhada que estiveram e estão sempre presentes em momentos importantes na travessia do luto à luta!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

REFLEXÃO - MÃE, MAMÃE, MÃEZINHA, MANHÊÊÊ!!!

— É isso. Não importa que nome tenha ou de que modo seja chamada: mãe, mamãe, mãezinha, manhêêê!!!, pois, é tudo igual no fim das contas.

Como assim tudo igual? Nunca! A minha é só minha e de mais ninguém (ainda que eu tenha muitos irmãos!), só ela sabe das coisas que gosto e do jeito que gosto, só ela é capaz de compreender e perdoar meus inúmeros defeitos (e tenho vários!), somente ela faz tudo por mim com o coração, e, principalmente, sabe "puxar minhas orelhas" nas horas certas, ainda que doa (nela!). Meu pai tinha medo de perder espaço para mim quando nasci e, embora ela negue e se dedique também a ele, de fato, perdeu!(rs). Sei disso porque o tempo dispensado a mim foi maior na infância: fraldas, amamentação, dentição, banhos, pediatra, idas à escola entre tantas outras coisas. E, continuando, minha mãe é a melhor de todas! Após a infância, depois que aprendi a engatinhar e, finalmente, a andar com as próprias pernas, lá estava ela querendo saber com quem eu fazia amizades e por onde caminhava. Na adolescência, entremeio à louca transição biológica típica da fase, distanciamo-nos, contudo, sabia que ela não dormia sossegada enquanto eu não chegasse a salvo em casa. Cresci, trabalhei, namorei, casei... tive um bebê em meus braços e senti toda a emoção que é possível somente aos que passam por tal experiência, antes disso, somente conjecturas e especulações. Soube valorizar tudo o que ela me dizia até então e repito as mesmas coisas. Tornou-se a melhor avó! Duvido que haja outra igual, discordo!

— Ah, é? Pois digo que minha mãe é igualzinha a sua, sem tirar nem pôr. As mesmas preocupações e ansiedades, os mesmos carinhos e desvelos. Aliás, há quem diga que são anjos em nossas vidas e eu acredito que sejam mesmo. Ei! E você aí! É! Você, oras! Quem mais está ouvindo a conversa? Diga qual de nós tem razão nessa história? Mãe é tudo igual ou não?

Bem, amigos da blogosfera, deixo para cada um de vocês a reflexão desta sexta-feira, antevéspera do Dia das Mães!
Com certeza, os pais não devem se chatear, eles também têm seus predicados, inclusive, com o advento dos diversos e diferentes tipos de famílias - foi-se o tempo em que "família" era pai, mãe e filhos, cada qual com sua função predeterminada hierarquicamente - no mundo atual, já existem os denominados "pães" (mistura de pais com mães), são eles que substituem as mulheres que não se importam (e nem querem!) assumir a função maternal, e, muito menos, comprovar que existe o tal "instinto maternal", porque se existisse realmente, eu não saberia de tantas barbáries cometidas por mulheres contra os pequeninos. Ah! Essas são inomináveis!
Inclusive, dentre várias músicas do Legião Urbana que gosto, uma em especial, intitulada "Pais e Filhos", traz essa questão familiar de modo muito interessante e profundo, suscitando seus vários tipos na sociedade, várias frases que ouvimos quando crianças ou que dissemos também, e, de quebra, trazendo à tona uma questão existencial:"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, por que se você parar pra pensar, na verdade não há".
Os mais próximos sabem que meu blog começou com o incentivo de uma sobrinhamiga,(a Cris) e, particularmente, tem sido uma experiência ótima, tenho colocado em prática algo que me faz bem, pois, as palavras completam aquilo que não é visível nem palpável. E, quanto à comemoração do Dia da Mães, terei meu primeiro dia sem a minha, também este blog tem preenchido o vazio que ficou depois de sua partida. Aqui postei alguns textos que surgiram dessa saudade e que funcionam como elo de ligação que ainda temos, afinal, mãe é para sempre! Não é? Eu espero que seja (mos). Tenho meu filho e quero dar o melhor de mim, quero sim ser a melhor mãe do mundo, adoro ouvir aquele "mamãe" de segundo em segundo que até cansa os ouvidos, às vezes! (rs). É maravilhoso experimentar a maternidade na sua plenitude! É um presente divino que só posso agradecer!
Aos filhos: presenteiem suas mães com os mimos que elas gostam, contudo, o melhor de todos os presentes é ver que os bons conselhos foram seguidos, que respeitam todos os esforços que foram feitos para educá-los e que valeu a pena "padecer no paraíso!".
Às mães: continuem sendo únicas para todos eles! É isso. Não importa que nome tenham ou de que modo sejam chamadas: mãe, mamãe, mãezinha, manhêêê!!!, pois, é tudo igual no fim das contas, embora, todos discordem disso, porque a MINHA MÃE É E SEMPRE SERÁ A MELHOR MÃE DO MUNDO!

Fonte da imagem: arquivo pessoal by Studio Matos

(não autorizada a sua reprodução)

segunda-feira, 16 de março de 2009

Mãe, esse é especialmente para você!

Mãe, quanta saudade!

Se estivesses conosco... hoje comemoraríamos seis décadas da sua existência, te tornarias uma sexagenária! Embora você não quisesse admitir que ainda eras jovem, sim, eras! Digo porque vejo mães de amigas, de outras tantas pessoas já com seus 65, 70, 75 e até 80! As invejo por um breve instante nesse pensamento e, nem tanto, pois bem sei que cada qual tem seu tempo, uns mais, outros menos. Completaram-se quatro meses no último dia 06 que partiste deste mundo, que foste embora desse plano, que consumaste tua dor, teu sofrimento e, deixaste um pouco de si para trás. Deixaste três filhos e cinco netos, teu legado.

E ao invés de festa de aniversário, com bolo e guaraná, algo que já nos parece tão banal quando vivenciamos tal evento ano após ano, temos hoje uma festa às avessas, do tipo introspectiva, do tipo telepática, sem abraços, sem beijinhos, sem presentes.

É uma saudade corrosiva, que tem função primeira nos mostrar quão humanos, quão efêmeros somos, hoje aqui, amanhã...

Sabedoria é o que supliquei desde o turbilhão que levou de vez teu sossego, é o que continuo a pedir a Deus para derramar estas lágrimas com dignidade... não me penalizo com isso, só transbordo um sentimento que mais parece uma goteira contínua em dia de chuva grossa, batendo sobre nossos corações, feito aquele dia em que a velamos, em que presenciamos seu último suspiro.

Não estou triste pelo inevitável da vida, não choro porque nos deixaste, todos deixaremos alguém e seremos deixados, é assim que as coisas seguem seu curso natural, não é? Sei também que há algo além do horizonte, lá longe, onde a vista não alcança nem com o melhor binóculo já produzido pelo homem...

Essa tristeza é um pouco daquilo que ouvi e presenciei da sua existência, tão árdua desde a infância: criada na lavoura, sob o sol quente, abandonada pela própria mãe, à mercê de um pai durão com quatro filhos à tira-colo, te tornaste mãe de seus irmãos antes mesmo que pudesses saber quem eras e à que vinhas, foste doméstica na juventude, encontraste o amor, enfim? Talvez...contudo, a desordem do primeiro e imaturo casamento de um jovem taxista a fizeram refém de um conturbado relacionamento, que perdurou por vinte e dois anos, do qual, cá estou a falar do alto de minha primogenitura.

E hoje, mais do que ontem, tenho o que comemorar, embora sob o aparente inconformismo, dessa tua trajetória: sou filha de alguém que, apesar das tristezas contidas nestas breves linhas narrando quase uma vida toda, soube aproveitar as entrelinhas dos teus exemplos!
Em resposta ao que perguntou, sentada conosco à mesa, quando havia uma tênue linha entre a vida e a morte naqueles seus olhos, já sem brilho, já entregues ao que viria por fim: o que estou a fazer neste mundo? Só pude dizer: mãe, não cabe à mim responder se vives por nós, por seus netos ou por outra coisa qualquer, descubra dentro de você mesma...cada um de nós precisa encontrar essa resposta dentro de si.
Lembras do que te disse: mãe, eu e meus irmãos, te amamos! Cada qual à sua maneira...assim, como cada um de nós tem aprendido a conviver com esse sentimento novo...saudade!
Nair C. de Souza: In memoriam