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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Família é Tudo (de bom!)

Queridos blogueiros, amigos e amigas!

Eis-me aqui para dar a boa notícia que anteriormente havia prenunciado: minha filha nasceu no feriadão de 07 de setembro!

A data prevista era final de agosto, mas, assim como meu filho, ela não queria sair da barriga apressadamente, ambos vieram nas suas 40 semanas e 5 dias de gestação, e mesmo que a mamãe quisesse um parto normal como desejara o primogênito, novamente necessitei uma cesariana. Dele porque tive diabetes gestacional vindo um bebezão pesando 4400kg com 53cm (realmente, a natureza não ajudou nesse caso mesmo com boas contrações naquele dia!) e, desta vez, minha pequena (nem tanto assim, pois, chegou pesando 3530kg com 51cm), levou-me a um parto de urgência por conta de um sangramento proveniente de um descolamento prematuro da placenta que mais tarde me causou maior preocupação por saber da gravidade do assunto, no meu caso não houve trauma nem outra explicação plausível que se encaixasse, exceto pelos meus 36 anos (idade materna avançada?) no entanto, tudo transcorreu bem, graças ao meu bom Deus, pois, Ele não nos dá bênçãos pela metade, nos dá por inteiro e não deixou que meu parto se tornasse triste estatística médica. Orei muito pra que esta gestação ocorresse e, mesmo diante de algumas intercorrências lembrando quão frágeis somos, tive certeza de que a misericórdia divina não é falha como é a nossa fé muitas vezes diante dela.

Por essas e outras é bom pensar o quanto estamos entregues nas mãos Dele e que as mãos dos médicos e de toda equipe de enfermagem são manipuladas pela Mão Onipotente e Onipresente.

A vida nos surpreende em segundos e pode mudar drasticamente, no meu caso mudou para melhor, só fez aumentar a família e todo amor que construímos juntos dia após dia, mudou exatamente no minuto em que ouvi aquele chorinho! Junto dela chorei também como chorei com meu filho e agradeci mais uma vez o dom de ser mãe. É uma emoção indescritível, transpõe toda dor e todo sacrifício!

Só mesmo a natureza divina é capaz de se explicar através da geração da vida!

Florzinha do meu jardim, rego-te com amor!Fonte da imagem: Google (by Anne Geddes)

sábado, 20 de novembro de 2010

SAP – Síndrome da Alienação Parental: Não deixe que sua criança conviva com ela!

"Quem perde? Quem ganha? Isso é mesmo um jogo?"

Sempre quis estar perto de crianças, elas são fascinantes, cativantes e muito aprendem com aqueles que estão à sua volta. São ingênuas na essência, mas, o convívio com pessoas desequilibradas pode deturpá-las, jogando na sarjeta toda pureza da infância.

Recentemente vi em programas de TV e li pela Internet sobre a nova Lei que trata melhor de assuntos relacionados com filhos de pais separados. Sinceramente, na prática ainda acho muito cedo para dizer até que ponto a SAP será eficiente, até que ponto as crianças que sofrem desse mal conseguirão ter uma vida pacífica com suas famílias, digo “suas”, pois, desde que os pais se separam, os filhos passam a notar que existe uma e outra família, a do pai, a da mãe e, nesse momento, a unidade deixa de ser parte de suas relações familiares. É muitíssimo triste ver nos olhinhos que seu pequeno mundo está em ruínas (digo por experiência própria – vi meus pais e uma irmã se separando), obviamente, não são todos os casais que fazem da separação um momento de ruptura atroz, há alguns que têm a consideração, o respeito e, sobretudo, grande e verdadeiro amor por seus filhos, deixando de lado todas as diferenças conjugais e priorizam, desta forma, a transição para um novo modelo de família. Crianças de pais separados nem sempre precisam sofrer com todo o processo, aliás, não deveriam sofrer nunca com as perturbações próprias de um pai ou de uma mãe em desequilíbrio, poderiam ser poupadas de cenas e palavras rudes, muitas vezes até catastróficas que as marcarão profundamente para a vida toda.

Pessoas feridas tendem a se fechar para o mundo, contudo, muitas delas tendem a ferir para se sentirem bem consigo mesmas, inclusive, ferem com frequência quem mais diziam amar na vida, ferem o cônjuge, ferem suas crianças… E pergunto: a dor diminui ou evapora com essa atitude? Não! Ela só aumenta e feito vírus se espalha no outro, quem está perto se contamina com a tristeza, com o ódio, com a angústia de viver num lar marcado por discussões, gritos e até violência física. É claro que ninguém se casa imaginando que um dia a vida chegaria ao caos da separação, mas, é bom que pensem bem como reagiriam diante dos conflitos matrimoniais e, principalmente, diante dos filhos!

Sou descrente na Legislação Brasileira, ouço tantas coisas ruins, já passei por algumas também e a nova lei não me parece que sanará o problema pela raiz, mas, certamente, servirá de alerta e alento para muitas pessoas que enfrentam essa complicada situação. É um apoio aos que já não sabiam mais onde ou a quem recorrer. De fato, é preciso ser confiante, mas, não só nas letras que preenchem páginas, não só nas autoridades que legislam de acordo com essas mesmas leis, é preciso confiar que um homem e uma mulher, pai e mãe, hoje separados por motivos mil, não deixem de ver nos filhos a imagem e semelhança deles mesmos, não deixem de notar que um e outro foram e serão sempre pessoas essenciais na vida de uma criança.

O tempo pode passar, a memória pode reescrever a história e criar mecanismos de defesa dentro desses filhos, mas, nunca deixarão de perceber que falta ou que algo está em excesso em suas vidas, pode faltar amor ou pode sobrar rancor e nenhuma das duas coisas é boa para educar alguém.

Seja despojado das misérias humanas se, porventura, seu relacionamento ruir, se o “mar de rosas” se transformar num “mar de espinhos” somente. Aprenderemos com nossos erros apenas e se estivermos dispostos a isso, caso contrário, só ensinaremos aos pequenos exemplos deprimentes da falta de fé e da maneira totalmente equivocada com que “amamos” outras pessoas.

Refletindo sobre o amor ou mais propriamente sobre a deturpação dele atrás da Alienação Parental, veio-me à mente duas lembranças, uma Bíblica (linda, verdadeira e profunda!) e outra clássica da literatura que seguirão abaixo fechando este post de hoje:

O amor é paciente, é benfazejo; não é invejoso, não é presunçoso nem se incha de orgulho; não faz nada de vergonhoso, não é interesseiro, não se encoleriza, não leva em conta o mal sofrido; não se alegra com a injustiça, mas fica alegre com a verdade. Ele desculpa tudo, crê tudo, espera tudo, suporta tudo. O amor jamais acabará. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá. Com efeito, o nosso conhecimento é limitado, como também é limitado nosso profetizar. Mas, quando vier o que é perfeito, desaparecerá o que é imperfeito. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quando me tornei adulto, rejeitei o que era próprio de criança. (I Coríntios 13, 4-11)

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas." (Antoine de Saint-Exupéry, O Pequeno Príncipe)Aqueles que passam por nós não vão sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós. (Antoine de Saint-Exupéry, O Pequeno Príncipe)Fonte da Imagem: Google

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

30 de setembro – Dia da Bíblia: “Uma gota do saber a cada dia!”

"A Bíblia é a Palavra de Deus semeada no meio do povo!"Fonte da Imagem: Dreamstime.com

Livro de cabeceira para ser lido antes de adormecermos, todavia, em qualquer momento, para ser meditado, pesquisado com curiosidade e vontade de aprender, livro para muito ser folheado, em horas felizes, em horas sombrias…

Lá podemos “conversar com Deus”, encontramos textos dos mais variados, com exortações para o bem viver, com puxões de orelhas dos mais severos, com motivos de alegria e gratidão, com parábolas repletas de milagres e muita esperança. A Bíblia é uma verdadeira biblioteca em mãos, a palavra vem do grego biblos e significa livros.

A história humana, desde sua gênese até o seu findar, nela consta. Crianças podem se interessar e se encantar com a enorme Arca de Noé e seus animaizinhos aos pares; pela façanha de Moisés atravessando o mar com o povo hebreu; pelo profeta Jonas que foi engolido por uma baleia e devolvido são e salvo; podem gostar muito de ouvir que Jesus as considerou imensamente importantes e lhes teve gesto de carinho: “Deixai vir a mim as criancinhas, não as impeçais…”(Lc 18,16);enfim, podem aprender a amar e respeitar o próximo. Entretanto, nós, quando deixamos de ser pequeninos, crescemos não só fisicamente, mas sobretudo, na descrença, na dúvida, na comparação, na soberba, na falta de amor e fé, nos deixamos iludir porque supomos explicar e provar tudo cientificamente, que para tudo existe lógica e racionalismo, que é dificílimo, quiçá inexplicável, seguir os exemplos de um homem que se deixou crucificar para expiar os pecados de toda humanidade corrompida.

Muitas palavras para serem absorvidas, abstraídas, termos difíceis, outros tão simples e fáceis de interpretar, porém, não basta apenas sua leitura, é imperativo sentir e interagir com a Força Divina. Quão pueris, feito filhos mesmo que somos, nos colocamos diante da Sagrada Escritura e ficamos como quem muito precisa aprender desse mundo imenso. Recordo alguém dizendo: “Devemos absorver a Bíblia uma gota a cada dia…” e concordo porque sei que o oceano que nela existe poderia nos afogar subitamente, entretanto, em doses homeopáticas pode curar dores que nem mesmo os médicos mais capacitados conseguem.

"Devemos orar, não até Deus nos ouvir, mas até que possamos ouvi-lo." (desconheço a autoria)

Ah! Você busca algo além do óbvio? Além do que a rotina é capaz de oferecer, mesmo com toda tecnologia? Então, juntemo-nos nessa corrente em busca da verdadeira sabedoria, não a que pode nos fazer melhores e maiores na ferrenha competição humana, mas, a que pode nos trazer a serenidade.

Fonte da Imagem: Dreamstime.com

Quantos tentam decifrá-la feito enigma do universo, quantos a usam como pretexto dentro de determinados (e convenientes) contextos? Quantos a ignoram totalmente e ainda assim milhares são vendidas?

Mesmo praticando doutrinas diferentes, professando a fé de modos peculiares na busca pela verdade e pela paz, sem o mínimo de amor ao próximo tentaremos preencher espaços em vão ou para ser mais exata em minha paráfrase, devo citar:

 Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada.”

(I Coríntios 13,2)

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Infância ontem e hoje. E amanhã?

— Você lembra daqueles piões em madeira com os quais nossos avós e pais brincavam? Acabei de ver um numa loja de usados…

— Claro. Hoje eles ganharam luzes, sons, muitas cores e não deixaram de ser piões, mas, nossas crianças estão deixando um pouco a infância de lado…

— Será possível criança deixar de ser criança?

— O pior é que pode e está acontecendo de um jeito estranho e gradativo. Já percebeu como estão amadurecendo mais cedo? Como as meninas já se tornam pequenas moças antes do previsto? E os meninos cada vez mais ligados aos videogames e computadores?

— Não havia pensado nisso. Tem razão! Notei mesmo certas mudanças que no nosso tempo eram desconhecidas ou ignoradas, não sei dizer… Tipo essa coisa de hiperatividade e obesidade infantil, parecem mais atuais, não? A gente brincava muito na rua, não tinha essa preocupação com a violência, esse medo de deixar os filhos em contato com os outros não era constante nos pais. É, está difícil ser criança hoje em dia, é uma pena!

— Também acho. Lembrei de tantas brincadeiras de rua que fazíamos com a molecada, era muito bacana: mãe da rua colorida, três mocinhas da Europa, passa anel, balança caixão, lenço atrás, amarelinha… Quanta coisa!

— Nossa! Nem lembrava disso… E já pensou que se fazia muito com bem pouco? Diferente do que acontece com nossos filhos hoje, tão rodeados de brinquedos eletrônicos e cheios de tecnologia? Uma bola servia para futebol entre os meninos, bola-queimada para quem quisesse, vôlei com aquela corda servindo de rede… hehe! E essa mesma corda, então? Era para brincar um dia inteiro fazendo competição de quem pulasse mais modalidades, depois virava cabo de guerra. Algumas pedrinhas viravam logo “cinco Marias” para as meninas e, entre os meninos, as bolinhas de gude rendiam muitos buracos no asfalto! A ideia era reunir e se divertir, hoje não me parece a mesma coisa, talvez porque tenhamos crescido e esquecido desses momentos… sei lá!

— Mas é isso mesmo que vem acontecendo! Nossos filhos estão cada vez mais presos em casa, daí essa proliferação de brinquedos em que se brinca mais só do que acompanhado, como a Internet e seus atrativos, o realismo nas telas dos videogames, bonecas que (quase) interagem feito outra criança, falando, rindo, contando histórias… Uma loucura, não acha?

— Acho sim. Não é à toa que todos os problemas da infância estão mais evidentes, as crianças estão perdendo a essência com tanta informação, meu Deus!

— Não culpo a modernidade, acho que falta um pouco de jeitinho dos pais e até dos professores em resgatar certas coisas e aproveitar melhor os benefícios da tecnologia em favor desses baixinhos, afinal, nasceram crianças como nós e crescem com o que oferecemos, então, se não estimulamos alguns hábitos e nem despertamos a curiosidade deles para o que já existia, é certo que ficarão com o que mais atrai-los…

— Pois é… Difícil um pião de madeira competir com um outro cheio de luzes, sons e cores.

— Cheguei ao meu ponto e é o último dia que pego esse ônibus, vamos continuar essa conversa depois em outro lugar, tá bem? Tchauzinho!

— Tudo bem. Tchau! A gente se fala!

"Tempos de criança" Imagem Stock Photo

Este texto encerra minha participação no “Vou de coletivo” e o tema de novembro foi “Brinquedos – dos mais antigos aos mais recentes”. Aproveito para parafrasear o tema em questão com a despedida do projeto: todos crescemos e é preciso se despedir da infância em algum momento, dessa que contém brinquedos e brincadeiras diárias, entretanto, não é preciso perder a alegria ao fazer essa transição. Apenas mudamos. Se forem positivos, a essência e o aprendizado que decorrem do crescimento devem permanecer.

Como toda viagem, essa chegou ao fim e o projeto ficou com os bons frutos colhidos até aqui.

Transcrevo abaixo o esclarecimento de seu idealizador aos que, assim como eu, viajaram juntos dele. Até mais!

Parada obrigatória

Posted: 21 Nov 2009 03:55 PM PST

Muito obrigado a todos que embarcaram nas viagens que o coletivo fez. Foram momentos de muita criatividade, alegria e, sobretudo, momentos de nascimentos de novas amizades.

Infelizmente, meus compromissos profissionais estão tomando muito tempo e impedindo que eu me dedique mais a este blog, que visite mais os blogs participantes e que detalhe melhor as propostas de blogagens.

Assim, preferi interromper essa iniciativa a ter que continuá-la sem qualidade.

Deixo um grande abraço a todos que dedicaram tempo e carinho ao participarem das blogagens.

Muito, muito obrigado mesmo.

Murilo

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Quando eu era criança…

Lembra daquela canção infantil “quando eu era neném, neném, neném, eu era assim…eu era assim…”? (gesticulávamos como se estivéssemos sendo embaladas ao colo por nossas mães) - os versos e gestos eram trocados para cada fase da vida: criança, mocinha, mulher, velhinha… e parecia apenas uma brincadeira de criança.

O interessante é que se “toda brincadeira tem seu fundo de verdade” esta é uma delas. E, conforme crescia, repeti muitos dos gestos da referida canção na prática: desde ser embalada, brincar entre as crianças da vizinhança, usar batom e salto alto… vejo-me seguindo a vida sem ter certeza se repetirei o gesto da velhinha, e é claro, espero que sim!

Nostalgia, às vezes, é bom e recomendo, o excesso vira depressão e falta de perspectiva. Não se deve viver do no passado, apenas usá-lo como base de (in)formação, reconhecimento da própria identidade e, consequentemente, provocar uma avaliação de si; positiva, se possível! Afinal, Cazuza há muito cantava que o tempo não para, então, para que viver preso sem aceitar as mudanças naturais que são impostas pela existência?

Na adolescência ouvi pessoas mais velhas dizendo que temiam a velhice e eu não compreendia a razão de temerem o inevitável, obviamente, quando nada as impede continuar sua trajetória. Hoje, mais amadurecida, entendo que a velhice não deve despertar o temor, mas sim a solidão e o enfado de uma longa caminhada vivida sem muitas alegrias e perspectivas. Portanto, o dia das crianças deve ser uma data muito mais que comercial como tantas outras, deve ser o dia de revigorar-se observando a natureza ingênua e feliz (muitas vezes sem brinquedos caros!) dos pequenos. Sinto-me rejuvenescida quando rio das pérolas que meu filho fala, ainda que, aos poucos essa inocência vá ficando pelo caminho enquanto ele cresce; quando o observo brincando sem as preocupações que a vida adulta incute em cada um, vida esta que pode ser melhor com uma ajudinha extra nossa, não é?

Ao pensar que tudo é e sempre será, ontem eu, hoje ele, amanhã meus netos e netas (quem sabe?), a nostalgia pretende invadir o espaço e é preciso dar-lhe de ombros, pois, a vida continua e as crianças são provas reais disso! São flores que enfeitam o jardim da existência humana, necessitam cuidados especiais para que não murchem, não sufoquem entre as ervas daninhas e consigam desabrochar na plenitude. Cuidemos com esmero da infância e observemos a beleza dela refletida em cada um.

Tenha um feliz dia das crianças, em paz com a criança dentro de você!

batutinhas

Fonte da imagem: Google

Do filme “Os Batutinhas” (The little Rascals)

P.S.: Se eu fosse você assistiria! Divirta-se com elas!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

REFLEXÃO – Poesia para crianças (e adultos)

Desde que iniciei o blog tive vontade de abranger mais esse assunto, inclusive, de postar mais poemas infantis, o que ao meu ver não parece ser algo muito aprofundado quando se estuda o Magistério e até mesmo o curso de Letras, como aconteceu no meu caso: desculpe se incorro num grave erro neste ponto, talvez os cursos referidos estejam dando mais ênfase no conteúdo atualmente, sei que muitas mudanças ocorreram ao longos desses anos em que estou ausente do meio acadêmico, não posso precisar sobre este em questão. (Em off: lá se vão 15 anos em que concluí o Magistério e outros 10, que completei este ano, o curso de Letras! Caramba, como o tempo voa!rs…Isso me deixou mais velha!kkkkk!)

O fato é que gosto e já expus poesias de Olavo Bilac aqui e acolá. Intento postar outras, tanto dele quanto de outros poetas que muito contribuíram para a Literatura. Curiosamente, em vias de me formar “sofressorinha”, em meio à loucura dos estágios, revirando os livros nas prateleiras da biblioteca, fazendo pesquisas e mais pesquisas, planejando aulas e “tentando inovar” (coisa básica que os supervisores pedem a todo principiante!), deparei-me com alguns poemas infantis, encantei-me com a simplicidade do conteúdo e com a riqueza presente nas entrelinhas ao lê-los! Intitulados “infantis”, porém, muito se podia extrair de significativo para uma jovem normalista. Diante de mim havia um mundo de possibilidades! Além disso, crianças gostam e precisam ser estimuladas sempre mais a apreciar esse tipo de texto. Mães ninam os filhos com cantigas rimadas, com a sonoridade das palavras, sabemos muitas questionáveis, outras mais lúdicas. Nos primeiros anos do jardim de infância canta-se muito, gesticula-se para expressar o que se canta e, de certo modo, a poesia está inserida no contexto da criança, mas, a partir da alfabetização isso vai diminuindo e mudando de forma, outras vezes desaparece completamente da vida do aluno.

Não é tarefa fácil aprofundar o tema, entretanto, desvincular-se da poesia por completo é deixar passar algo preciosíssimo, principalmente num mundo carente por expressar-se como o da juventude.

Dias desses, lendo uma história para meu baixinho, lá pelas tantas um dos personagens citava uns versinhos e ele riu à beça, mesmo sem compreender completamente o teor do que era lido; a sonoridade e a rima das palavras despertaram algo na criança e eu percebi o quanto poesia faz bem, mesmo para quem mal entende o que é e como se faz aquilo e pediu que eu repetisse os versos muitas e muitas vezes.

A respeito do título do post de hoje, estive a pensar como o professor em sala e, mesmo em casa com pai, mãe ou qualquer adulto que goste e leia poesia para crianças pode servir de elo entre o que há de belo e mais profundo nessa arte. A partir da poesia é possível compreender o mundo e as pessoas que nos cercam, é possível extravasar, criar e recriar, dar sentido ao que, aparentemente, não tinha nenhum antes.

E, para não deixar passar em branco, escolhi outros dois poemas da Coletânea de Poesias Infantis de Olavo Bilac. Devo dizer que é muito difícil selecionar,pois, quando me deparei com essa riqueza fiquei a imaginar como o poeta conseguiu traduzir o mundo em forma de poemas tão singelos que podem agradar às crianças e aos adultos (e quantas lições podem evocar!).

Um final de semana cheio de poesia para você! Se gostar, leia outras no Portal São Francisco, ok?

avo

O Avô

Este, que, desde a sua mocidade,

Penou, suou, sofreu, cavando a terra,

Foi robusto e valente, e, em outra idade,

Servindo à Pátria, conheceu a guerra.

Combateu, viu a morte, e foi ferido;

E, abandonando a carabina e a espada,

Veio, depois do seu dever cumprido,

Tratar das terras, e empunhar a enxada.

Hoje, a custo somente move os passos...

Tem os cabelos brancos; não tem dentes...

Porém remoça, quando tem nos braços

Os dois netos queridos e inocentes.

Conta-lhes os seus anos de alegria,

Os dias de perigos e de glórias,

As bandeiras voando, a artilharia

Retumbando, e as batalhas, e as vitórias...

E fica alegre quando vê que os netos,

Ouvindo-o, e vendo-o, e lhe invejando a sorte,

Batem palmas, extáticos, e inquietos,

Amando a Pátria sem temer a morte!

borboleta

A borboleta

Trazendo uma borboleta,

Volta Alfredo para casa.

Como é linda! é toda preta,

Com listas douradas na asa.

Tonta, nas mãos de criança,

Batendo as asas, num susto,

Quer fugir, porfia, cansa,

E treme, e respira a custo.

Contente, o menino grita:

“É a primeira que apanho,

Mamãe! vê como é bonita!

Que cores e que tamanho!

Como voava no mato!

Vou sem demora pregá-la

Por baixo do meu retrato,

Numa parede da sala.”

Mas a mamãe, com carinho,

Lhe diz: “Que mal te fazia,

Meu filho, esse animalzinho,

Que livre e alegre vivia?

Solta essa pobre coitada!

Larga-lhe as asas, Alfredo!

Vê como treme assustada...

Vê como treme de medo...

Para sem pena espetá-la

Numa parede, menino,

É necessário matá-la:

Queres ser um assassino?”

Pensa Alfredo... E, de repente,

Solta a borboleta... E ela

Abre as asas livremente,

E foge pela janela.

“Assim, meu filho! perdeste

A borboleta dourada,

Porém na estima crescente

De tua mãe adorada...

Que cada um cumpra a sorte

Das mãos de Deus recebida:

Pois só pode dar a Morte

Aquele que dá a Vida.”

Fonte das imagens: Site Colégio São Francisco

Poemas de Olavo Bilac (Coletânea de Poesias Infantis)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

REFLEXÃO - Férias

Mês de julho é época de férias da meninada. Que felicidade para elas, não é? E para os pais, o é igualmente? Não sei, às vezes tenho dúvidas se os adultos gostam tanto desse período quanto os filhos, pois, cheguei a ouvir mais de uma mãe a lamentar: "ai, ai...lá vêm as férias!", como se fosse ruim? "Epa! Por que será?" - pensei comigo. Pais que trabalham fora e dependem da escola (dentre outras funções que competem a esta) também como forma de "babá" no horário em que estão dando expediente, podem até sentir falta do período letivo, entretanto, sabemos bem que a função primeira desse local é educar e não manter nossos filhos sob vigília tão somente. Bom seria se houvesse boas escolas com alternativas para casos excepcionais, entendo que não é fácil ter que trabalhar e não saber com quem ou onde deixá-los, porém, devemos pensar que o período de férias, tanto o de agora quanto ao final do ano escolar não são apenas para descanso dos professores e funcionários (Até parece! Tenho colegas que realizam várias atividades pendentes nesse período e pouco aproveitam o "tempo livre", engana-se quem pensa que professor descansa muito por conta disso). E pensei novamente com meus botões: "São só duas semaninhas magras, que mal há nisso?"
De fato, mal nenhum, muito pelo contrário. É tempo de aproveitar mais "nossa criança", de conversar, de brincar, de vivenciar coisas ditas "bobas"(assistir um desenho e comer pipoca no meio da tarde, preparar uma pizza juntos ou levá-la ao parque - algum tipo de atividade que saia do cronograma rotineiro do resto do ano, entende? Se seu filho já tem por rotina isso, então, invente outras, mas, crie oportunidades novas de experimentar e estar perto dele).
E, falando em experimentações, há um tempo ganhei um livro num sorteio do orkut, nem acreditei, sempre acho que tem gente somente querendo levar vantagem na Internet ou sacanear os menos atentos com todo tipo de tralha que possa destruir nosso pc...desconfio bastante, porém, também procuro fontes e chego a conclusões que, eventualmente, vale a pena arriscar. Minha sobrinhamiga está de prova! Foi ela quem me alertou e não é que recebi o livro em casa? Trata-se do "Agressividade Infantil - Relax e reprogramação emocional para crianças" de Cristina Locatelli. Foi ótimo lê-lo e aconselho a quem queira. O conteúdo é interessante e prático, a minha sensação durante a leitura foi da autora o tempo todo enfatizando o amor e a valorização deste entre pais e filhos, ao contrário do que o título pareça sugerir: tratar apenas da questão "agressividade". Entender o porquê a criança muitas vezes se rebela é importantíssimo. Quantas vezes queremos passar por cima do que ela quer dizer com a atitude ou a fala "agressiva", resolvendo na chinelada? Quantas vezes nos culpamos por tomar atitudes impensadas e amargamos ver aqueles olhinhos chorosos e o coraçãozinho triste conosco?
Procuro não errar com meu filho, assim como toda mãe que é preocupada em bem educar, inclusive, as palavras que proferimos têm muito peso e como! Viver a insultar, diminuir, denegrir, desprezar ou coisas que afetem negativamente a criança podem contribuir e condená-la a sentir e a assumir certas posturas. Uma colega vivia a dizer ao filho que ele "era triste" no sentido de ser muito bagunceiro. Eis que um belo dia essa criança respondeu a um elogio da mãe dizendo: "não, eu não sou bonzinho...eu sou triste!". Triste mesmo foi ela se dar conta do que estava fazendo com a cabecinha do menino e repensar as palavras que dizia ao se referir a ele, aliás, não a ele exatamente, mas, às atitudes dele, como se fosse um rótulo, compreende?
Eu mesma me corrigi um dia por conta de um lembrete bem dado da Cris, ao chamar meu pequeno de "seu tranqueirinha", depois disso, troquei por "meu anjo". E, não por acaso, é uma criança bastante carinhosa e compreensiva, muito alegre e inteligente.
Muitas vezes usamos alguns termos sem nem mesmo atinar o real significado deles, todavia, é preciso repensar até mesmo isso. Não é à toa que digo e repito sempre que o magistério muito me influencia e a pedagogia da sobrinhamiga também atualiza nossas conversas. Mãe mais informada pode correr menos riscos, isenta deles nenhuma está!
A questão das férias escolares também pode ser encarada como uma bênção, muito mais do que um problema a ser resolvido no meio e no fim do ano. Passar um pouco mais de tempo com a criança, fazer algo junto dela, apreciar suas habilidades, ouvi-la mais, dedicar-lhe atenção e carinho constantes não tem preço e só pode beneficiar ambas as partes, não acha? Vejo no trabalho que as pessoas, em geral, querem coincidir seu período de férias com o dos filhos, é muito bom saber que se preocupam, que tentam ao menos! Sei que nem sempre é possível, afinal, muitos funcionários para poucos e os mesmos meses ingratos de julho, dezembro, janeiro ou fevereiro. Aff! Decidir férias é sempre estressante nesse ponto também. Fazer o quê? Brigar de igual para igual, seguir as regras da empresa e... aproveitá-las ao máximo, mesmo que sejam em qualquer outro período.
Outro detalhe importante da leitura referida é o do toque. Vamos acrescentar sensações às palavras de carinho: muito cafuné, massagem, beijinhos e abraços apertados! Perco a conta das beijocas que dou nesse baby! E ele as retribui junto de abraços, seja para angariar algo (isso é básico em criança!rs), seja de graça, sem nada em troca! Melhor ainda, não é? E o cafuné para fazê-lo dormir, quantas vezes já não foi meu trunfo? - "mamãe, faz assim..."(massageando a mãozinha sobre a cabeça). Tudo bem que o filho não nos pertence, de certo modo ele ganha asas e voa para o mundo como já ouvimos muito, porém, o mundo lá fora não faz isso pelo filho da gente, faz?
Então, vamos tirar férias de outras coisas, especialmente dos problemas, mas, nunca dos filhos, nunca da possibilidade de estar mais junto e aprender sempre com eles.
Tenha um final de semana muito feliz junto dele ou deles! Falando nisso, vou curtir mais o meu porque as aulas reiniciarão na segunda-feira...que peninha!

Fonte da imagem: Google

sexta-feira, 5 de junho de 2009

REFLEXÃO - Aprenda com as crianças

Vamos apreciar a natureza mais de perto?
Tudo bem se não mora próximo de áreas florestais ou parques verdejantes, que não haja muito verde em seu quintal, talvez more em apartamento, tenha menos ainda da natureza ao seu redor (ou não - tem gente que consegue fazer mágica em pequenos espaços, sabia?). Há pessoas que curtem animais de estimação e apreciam o convívio com eles e tem outras que amam as crianças. Não importa se plantas, animais, crianças e tudo que proveio de UM SER DIVINO, é preciso estar, de algum modo, em contato com ELE através da sua SÁBIA NATUREZA.
Não se viverá feliz por completo se não houver a contemplação da mesma!
Vagueando meus pensamentos por esse caminho encontrei outro maravilhoso texto do site Momento direcionado para uma aprendizagem riquíssima com as crianças. Muita gente esquece de que um dia foi, sufocando a ingenuidade e a alegria, tornando-se um adulto sisudo e cinzento. E, se de fato tornou-se, se está a ponto de tornar-se, há tempo para refletir e deixar aquela criança sair e gargalhar de coisa pouca! Esforcemo-nos por aprender mais com elas, afinal, Jesus já dizia: Deixai vir a mim estas criancinhas e não as impeçais, porque o Reino dos céus é para aqueles que se lhes assemelham. (São Mateus 19,14)

APRENDA COM AS CRIANÇAS

Os adultos desejam ensinar tudo às crianças. Quando elas iniciam a balbuciar, não se cansam de repetir as palavras, a fim de que elas aprendam a falar de forma correta.
Nós lhes ensinamos o alfabeto, os números, as cores. Mergulhamos com elas nos livros, auxiliando-as a descobrir as maravilhas do macro e do microcosmo.
Somos os mais experientes porque já vivemos alguns anos a mais do que elas.
Contudo, existem lições de sabedoria que essas criaturinhas nos ensinam, todos os dias.
Quando uma criança se machuca, não importa se é um pequeno ou grande machucado, ela logo chora e procura o colo da mãe. Chorando, ela informa que está doendo, que aquilo a está incomodando muito.
Buscando o colo da mãe, ela deseja ser acarinhada, confortada, auxiliada.
Lição para o adulto (realce meu): você não precisa suportar a dor sem chorar. E procure alguém em quem você confia para ajudá-lo.
Pode ser um amor precioso, ou um amigo, um irmão. Enfim, alguém que lhe dê a mão.
Quando uma criança cai de um brinquedo e quebra o braço, nem por isso deixa de, ainda com o braço engessado, subir no mesmo brinquedo.
Deseja provar que é capaz, que consegue, que vai vencer.
Ensina, desta forma, que não se deve desistir porque o negócio não deu certo ou porque foi reprovado em teste de seleção em uma empresa.
O importante é não se deixar abater e continuar a tentar, até conseguir.
Quando uma criança está com sono, ela se aconchega, fecha os olhinhos e dorme.
Se o coelhinho perdeu uma orelha ou o carrinho quebrou, assim mesmo ela dorme. E no sono, se permite sonhar.
Sonha com lugares lindos, bolas coloridas, muitos brinquedos, sorvete, brincadeiras e amigos.
Nova lição para o adulto (realce meu): se seu corpo assinala que está na hora de dormir, atenda-o. Recolha-se ao leito e descanse. Depois, você recomeçará as tarefas, e muito melhor.
Não se permita a insônia por causa de coisas materiais. Se os índices da bolsa oscilaram, ou se sua conta não apresenta tantos dígitos, durma mesmo assim.
Seu corpo precisa recuperar as energias pelo repouso. Depois, você retornará às lutas, ao trabalho, às melhores decisões.
Quando uma criança brinca, ela se permite entrar em seu mundo de faz-de-conta e mergulha por inteiro.
Ela fantasia, fala com seus bichinhos e bonecos, cria histórias, sonha de olhos abertos.
Ela é o homem que voa, o dono de uma grande fazenda cheia de animais, o astronauta a caminho do infinito. Não há limites para a sua imaginação. E isso a satisfaz, a faz feliz.

Com isso, diz ao homem que ele nunca deve deixar de sonhar e de perseguir os seus sonhos. Que deve se concentrar em seus desejos e perseverar.
Tudo é possível àquele que trabalha, prossegue, não desiste.
A criança é alguém que nos diz, todos os dias, que é bom viver, que o mundo é belo e que não há limites para a mente humana.
Ela nos afirma, com seu jeito de ser, que podemos sonhar, sem perder a esperança;
Que podemos sofrer reveses, sem cair no desânimo;
Que podemos preservar a saúde, mesmo que adversidades nos envolvam.
Enfim, ela nos ensina que a esperança deve brilhar sempre em nossos olhos.
Isto porque depois deste dia, o sol despertará o amanhã e tudo terá o brilho do novo, do não conquistado, da alegria ainda não fruída.
UM ÓTIMO FINAL DE SEMANA PARA VOCÊ E UM MUNDO MELHOR PARA TODOS NÓS! BUSQUEMOS A RESPOSTA NA SIMPLICIDADE DOS PEQUENOS, POIS, ADULTO TEM MESMO MANIA DE COMPLICAR!
Fonte do texto: Site Momento
Fonte das imagens: Google