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quarta-feira, 15 de julho de 2009

Tertúlia Virtual - Tema Livre


Escolhe!

Nasci...
Cresci...
Tornei-me homem...
Doravante livre arbítrio:

Se lembro ou esqueço,
Se esfrio ou aqueço,
Se desvio ou endereço,
Se sorte ou insucesso,

Se fracasso ou venço,
Se falo ou penso,
Se mantenho ou apresso,
Se suficiente ou excesso,

Se ignoro ou enterneço,
Se fragilizo ou fortaleço,
Se libero ou impeço,
Se omito ou confesso,

Se inerte ou propenso,
Se calmo ou tenso,
Se desobstruo ou tropeço,
Se admito ou despeço,

Se correto ou avesso,
Se singelo ou adereço,
Se tranquilo ou possesso,
Se militante ou egresso,

Se calo ou expresso,
Se contínuo ou recesso,
Se prossigo ou recomeço...

Não importa!
E quem as decidirá senão eu mesmo?
Posso conferir a outrem tão árdua tarefa?
O tic-tac do relógio apressa!
Sem hesitar me convenço!
Por fim,
Se há prejuízo ou ganho,
Se saio intacto ou me arranho,
A escolha ainda é minha!


Fonte de imagens: Google

domingo, 1 de março de 2009

Orquestrando as Palavras


Jovem, quem aprende a escrever
pode conquistar o mundo!
é o modo simples de fazê-lo crer
na retumbante melodia desse bumbo

entretanto, compor é outra história
preencher linhas, lacunas e entrelinhas,
transformar o corriqueiro em glória
ensinai também isto, professor, às criancinhas

fundamentalmente, ideias e sentimentos
um sacrifício que deve ser ofertado
no altar da literatura, constantemente,
nem o mais singelo tributo lha seja negado

O que seríamos sem as letras?
Sem as palavras e suas experiências?
Ideogramas, alfabetos, Braille: adentras!
Nesse mundo orquestrado por tais ciências

É clarão que corta a escuridão
Dessa falta do que dizer em voz
E do gesto inibido, preso à mão
Ei-las aqui, se expressam por nós

No teatro da sabedoria humana
Assisto a diversos espetáculos
Nenhum deles tanto me inflama
Quanto a estreia dos vernáculos!

“Entretanto, muitos escrevem
Esquecem-se de tirar proveito das palavras
E de, eventualmente, emprestá-las dos grandes poetas
Para presentear aqueles que amam
Pergunto-me então: de que vale escrever?
De que vale se não somos capazes
De colocar as letras n’outro lugar tirando-as do comum?”

Fonte de imagens: Google