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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

grande passo

 "Abriu a porta e sugeriu que Markus se retirasse, o que ele fez com bastante dificuldade. Era como Armstrong andando na Lua. Aquele beijo representava, com certeza, um grande passo para a sua humanidade."

(David Foenkinos in: A delicadeza. Ed. Rocco, p. 66)

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

E, mais de perto ainda, era possível identificar a natureza de certa tristeza


Jessica Kaufman
 "Inicialmente, foi uma mancha pequenina, como uma forma de nostalgia. Mas não. Aproximando-se bem, era possível discernir o aspecto roxo da melancolia. E, mais de perto ainda, era possível identificar a natureza de certa tristeza. De um segundo para outro, como uma pulsão mórbida e patética, ele se viu diante do vazio daquela noite. E perguntou a si mesmo: por que estou aqui tentando parecer no meu melhor dia?"

(David Foenkinos in: A delicadeza. Ed. Rocco, p. 106-107)

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Uma espécie de calma

Matthew Tischler
"Febril, frágil em alguns momentos, Markus tinha, porém, alguma força. Uma espécie de estabilidade, de calma. Algo que torna possível não colocar-se em risco todos os dias. Porque se agitar demais, quando tudo é, no fundo, absurdo? , perguntava-se às vezes, certamente bastante nutrido pela leitura de Cioran.  A vida pode ser bela quando sabemos da inconveniência de termos nascido."

(David Foenkinos in: A delicadeza. Ed. Rocco, p. 156)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

O Larousse estanca ali onde o coração começa


"Perturbação que ela nunca fora capaz de definir. O Larousse estanca ali onde o coração começa."

(David Foenkinos in: A delicadeza. Ed. Rocco, p. 162)

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

que a vida não se resume a isso


“O sentimento amoroso é o sentimento que mais culpa transmite. Acabamos por achar que todas as feridas do outro foram provocadas por nós. Podemos chegar a pensar, dentro de nossa loucura – em um movimento quase demiúrgico -, que estamos no coração do outro. Que a vida se resume a um universo isolado de válvulas pulmonares.”

(David Foenkinos in: A delicadeza. Ed. Rocco, p. 166)

terça-feira, 16 de agosto de 2011

vida dura

Michel Ochs
"Quando entrava em um recinto, imediatamente os homens a imaginavam de todas as formas, enquanto as mulheres a detestavam instintivamente."

(David Foenkinos in: A delicadeza. Ed. Rocco, p. 80)

sábado, 13 de agosto de 2011

e basta um movimento ínfimo dos lábios

"Estava de volta a valsa dos sorrisos. É incrível como, às vezes, tomamos decisões, dizemos a nós mesmos que de agora em diante tudo será assim ou assado, e basta um movimento ínfimo dos lábios para quebrar toda a segurança de uma certeza que parecia eterna."

(David Foenkinos in: A delicadeza. Ed. Rocco, p. 119) 

terça-feira, 9 de agosto de 2011

uma distância

 "Ele nunca avançava demais, pois ela impunha uma distância que para ele parecia insuportável. Ela não entrava no jogo dele, simplesmente porque não conseguia jogar. Estava acima de suas forças."

(David Foenkinos in: A delicadeza. Ed. Rocco, p. 47) 

sábado, 6 de agosto de 2011

percurso do Titanic

"Era como o encerramento súbito de alguma coisa que o movera durante anos. O fim de uma possibilidade. A noite tinha conhecido o mesmo percurso do Titanic. Inicialmente festiva, morria agora em pleno naufrágio. A verdade tem, com frequência, as dimensões de um iceberg".
 
(David Foenkinos in: A delicadeza. Ed. Rocco, p. 54) 

sábado, 30 de julho de 2011

Morte em Veneza - e a beleza

Morte em Veneza
"A beleza estava ali, bem à sua frente, olhando-o diretamente nos olhos, como um aperitivo para a tragédia. Era esse exatamente o tema de Morte em Veneza, com aquela frase central: "Aquele que contempla a beleza está predestinado à morte." (...) Mas é preciso ter passado anos no meio do nada para entender como é possível sentir-se aterrorizado diante de uma possibilidade."

(David Foenkinos in: A delicadeza. Ed. Rocco, p. 111) 

terça-feira, 26 de julho de 2011

talvez, quem sabe?

"Principalmente, não conseguia viver o presente. Talvez a dor seja exatamente isso: uma forma de estar permanentemente ligado a passado."

(David Foenkinos in: A delicadeza. Ed. Rocco, p. 61)  

domingo, 24 de julho de 2011

e numa manhã qualquer...

"No momento mais difícil da dor, achamos que a ferida permanecerá viva para sempre. E, então, numa manhã qualquer, nos surpreendemos aos constatar que já não sentimos aquele peso terrível."


(David Foenkinos in: A delicadeza. Ed. Rocco, p. 76)  

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Estou lá no Amálgama

Com resenha do livro:

A Delicadeza
do David Foenkinos

Passem por

quarta-feira, 13 de julho de 2011

;

"Depois da última troca de palavras, ele se retirou vagarosamente. Como um ponto e vírgula em um romance de oitocentas páginas."

(David Foenkinos in: A delicadeza. Ed. Rocco, p. 76-77)  

domingo, 10 de julho de 2011

a batida - perfeita

"Conseguia manter o silêncio, mas temia que seu coração, batendo tão forte como estava, fizesse barulho demais".

(David Foenkinos in: A delicadeza. Ed. Rocco, p. 100) 

sábado, 9 de julho de 2011

transformando o tédio em melodia

À deriva

"Algo que correspondia à maravilha dos contos, dos momentos perfeitos. Momentos que se gravam na memória no mesmo instante em que são vivenciados."

(David Foenkinos in: A delicadeza. Ed. Rocco, p. 189)

Ouça

terça-feira, 5 de julho de 2011

não, não vivi

"Sonhara que nunca vivera aquele instante, pois sentia, claramente, que seriam necessários vários meses para se recuperar daqueles poucos segundos."

(David Foenkinos in: A delicadeza. Ed. Rocco, p. 78)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

estamos sempre cinco minutos atrasados com relação às nossas conversas sobre o amor

"Tinha se atrapalhado todo. Fora, acima de tudo, incapaz de lhe dizer o que realmente estava sentindo... (...) Eis, mais ou menos, o que ele gostaria de ter dito. Mas as coisas são assim mesmo: estamos sempre cinco minutos atrasados com relação às nossas conversas sobre o amor."

(David Foenkinos in: A delicadeza. Ed. Rocco, p. 133) 

Como?

"Na cama, percebeu que não conseguiria pegar no sono: como avançar na direção dos sonhos quando acabamos de sair de um deles?"

(David Foenkinos in: A delicadeza. Ed. Rocco, p. 99) 

domingo, 3 de julho de 2011

Não se devia nunca evitar uma dor quando ela é ainda apenas potencial.

El Greco
"Pensou, sobretudo, que não fazia sentido ele continuar com medo, que fora ridículo ao recuar daquela maneira, proteger-se. Não se devia nunca evitar uma dor quando ela é ainda apenas potencial. Mais uma vez, ele continuava a pensar, até para responder a ela, quando ela, na verdade, já tinha saído fazia vários minutos. (...) Nada, ali, era trágico. Sabia que havia pequenas lotações que faziam o trajeto ente a ilha do sofrimento e a ilha do esquecimento, além daquela outra ilha, mais distante ainda, a da esperança."

(David Foenkinos in: A delicadeza. Ed. Rocco, p. 124)