Não sou especialista em comida do Médio Oriente, nem indiana, nem tailandesa, nem mesmo tradicional portuguesa, mas gosto muito de saborear estas gastronomias, e é como apreciadora que me posiciono. Nesse sentido, muitas vezes me questiono se estarei a atraiçoar alguma tradição gastronómica, alterando aqui ou ali algum ingrediente, transformando ligeiramente uma receita. Esta conversa tive-a há pouco tempo com a Mariana a respeito do hummus (fazer com ou sem iogurte). E, no Verão passado, lembro-me de a ter com a Manuela, a propósito de comida indiana (usar ghee ou substituir por uma mistura de óleo e manteiga).
Não sou de purismos, pois acho que podemos adaptar ao nosso gosto receitas tradicionais, desde que não estraguemos o “espírito” da coisa... Mas para fazê-lo não será importante saber como é feito originalmente? Mudar com algum conhecimento na matéria? Afinal, para criar uma pintura abstracta é importante dominar as técnicas da pintura clássica, para “desconstruir” é preciso saber como é “construído”. Na verdade, até a criatividade – a priori território da absoluta liberdade – acaba por obedecer a algumas regras. E vocês? Acham que existe algum limite no que toca a recriação de receitas tradicionais? O caldo verde do Nigel Slater será “mesmo” caldo verde (discussão que ontem teve lugar no Facebook do Caos na Cozinha)? Este baba ganoush será mesmo legítimo?
Ingredientes:
Beringela (cerca de 200 g)
2 colheres de sopa de tahini
1 dente de alho
Sumo de 1/2 limão
Cominhos em pó
Piripiri
Sal
Salsa picada
Para enfeitar:
Azeite
Sumac ou pimentão-doce (facultativo - isto já é "traição")
O sabor fumado da beringela é mais acentuado se a fizer no churrasco ou se a grelhar no bico do fogão (como fazemos os pimentos assados). No caso de ter placa, terá de recorrer ao forno, preferencialmente usando a função grill.
Grelhar a beringela (cortei a minha em 4 pedaços) no bico do fogão, até que a polpa fique mole e a casca preta e encarquilhada. Deixar arrefecer e retirar a casca. Se a polpa tiver pedaços demasiado queimados, retire-os.
A pasta pode ser preparada no robô de cozinha ou com a varinha mágica, mas há quem defenda que isso é traição e que deverá ser tudo misturado manualmente (com um garfo, por exemplo). Deitei todos os ingredientes (com excepção do azeite e do sumac) na Bimby velocidade 5 até obter uma pasta. Verifique os temperos e o sumo de limão. Coloque no recipiente de servir e, por cima, regue com um pouco de azeite e polvilhe com sumac ou pimentão.
Ingredientes:
Beringela (cerca de 200 g)
2 colheres de sopa de tahini
1 dente de alho
Sumo de 1/2 limão
Cominhos em pó
Piripiri
Sal
Salsa picada
Para enfeitar:
Azeite
Sumac ou pimentão-doce (facultativo - isto já é "traição")
O sabor fumado da beringela é mais acentuado se a fizer no churrasco ou se a grelhar no bico do fogão (como fazemos os pimentos assados). No caso de ter placa, terá de recorrer ao forno, preferencialmente usando a função grill.
Grelhar a beringela (cortei a minha em 4 pedaços) no bico do fogão, até que a polpa fique mole e a casca preta e encarquilhada. Deixar arrefecer e retirar a casca. Se a polpa tiver pedaços demasiado queimados, retire-os.
A pasta pode ser preparada no robô de cozinha ou com a varinha mágica, mas há quem defenda que isso é traição e que deverá ser tudo misturado manualmente (com um garfo, por exemplo). Deitei todos os ingredientes (com excepção do azeite e do sumac) na Bimby velocidade 5 até obter uma pasta. Verifique os temperos e o sumo de limão. Coloque no recipiente de servir e, por cima, regue com um pouco de azeite e polvilhe com sumac ou pimentão.