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14/07/14

Peixinhos da Horta (e uma refeição de petiscos n' A Charcutaria)

Peixinhos da horta

Já várias vezes aqui disse que me perco por um bom petisco. Seja no Inverno, acompanhados por um bom vinho, ou no Verão, com uma cerveja estupidamente gelada, não dispenso umas moelas, uns peixinhos da horta, uma salada de polvo, uns carapaus alimados, umas amêijoas à Bulhão Pato, caracóis... é infindável a lista. Por isso, quando fui convidada para almoçar petiscos n’ A Charcutaria, fiquei radiante.

Num ambiente muito acolhedor, com uma vista inspiradora, e um serviço simpático e cuidadoso, a refeição foi memorável: empadas de galinha (as melhores de Lisboa, sem dúvida), pataniscas, pezinhos de borrego em tomate (adorei!, patê de fígado de aves... Provei mais de 10 petiscos executados com mestria sob a batuta do maestro  - e contador de histórias – Manuel Martins,  o proprietário deste restaurante na Rua do Alecrim, em Lisboa.

Além dos tradicionais acepipes da cozinha alentejana, Manuel Martins pegou no conceito de petiscar e levou-o um pouco mais longe, oferecendo pequenas doses de algumas das iguarias tipicamente portuguesas, como feijoada, bacalhau à Brás, polvo no forno, entre outros.

Vale a pena uma visita. Ao almoço há menu a 12,5€, com prato e entrada. Se preferirem, sentem-se ao balcão, e saboreiem uns petiscos bem portugueses. Peçam ao chef para vos surpreender, não vão ficar desiludidos!

Evocando as memórias desta bela refeição n’A Charcutaria, deixo-vos com a receita de um dos meus petiscos favoritos: peixinhos da horta. 

Ingredientes:

350 g de feijão-verde
100 g de farinha
1 colher de café de bicarbonato de sódio
(se usar farinha com fermento não precisa de juntar o bicarbonato)
1 ovo (tamanho L)
1 dl de líquido (usei  metade vinho branco, metade água fria – mas pode usar só água, caso prefira)
1 mão cheia de salsa
½ cebola (cerca de 40 g)
Sal e pimenta qb
Óleo para fritar

Lavar e tirar o fio ao feijão-verde (se o feijão for tenro, provavelmente nem fio tem). Cortar as vagens ao meio no sentido longitudinal. O objectivo é ficar com pedaços com cerca 10 cm  -  gosto dos peixinhos mais pequenos, com cerca de 8 com, por isso, também os cortei ao meio  horizontalmente.

Cozer o feijão-verde com sal em água a ferver cerca de 5 minutos (fica ainda rijinho, pois ainda vai levar a fritura). Escorrer e deixar arrefecer. Entretanto, fazer o polme, misturando a farinha, o bicarbonato, o ovo e o vinho. Juntar salsa e cebola bem picadinhas. Temperar com sal e pimenta a gosto. Juntar o feijão-verde ao polme, misturando com um garfo. Fritar os peixinhos em óleo bem quente. Escorrer em papel absorvente. 


Fotos cedidas por Suzana Parreira, Gourmets Amadores
Petiscos: empada de galinha, sopa de tomate, pezinhos de borrego, petingas em conserva caseira

22/07/13

Quiche sem massa (bacalhau e alho francês)

Quiche sem massa

A quiche é sempre uma opção fácil e rápida, ideal para aproveitamento de restos. Com uma salada, temos uma refeição estival bem agradável, é também muito prática para levar para um piquenique, cortada em fatias. No entanto, para quem tem algumas restrições alimentares, como é o meu caso, se for possível fazê-la sem massa, tanto melhor. Com esta receita, deixo aqui uma base para cada um confeccionar a quiche à sua maneira, com os ingredientes de que mais gostar e com os restos disponíveis. Lá em casa havia restos de bacalhau cozido e dois alhos franceses pequenos, mas podem usar cogumelos (convém salteá-los primeiro, caso contrário deitam muita água) e queijo, restos de frango assado, só legumes e vegetais, ervas a gosto...

Ingredientes:

4 ovos
1 embalagem de creme de soja (200 ml)
Restos (usei meia posta de bacalhau cozido)
Legumes e/ou vegetais (usei 2 alhos franceses pequenos cortados em rodelas)
Ervas a gosto (salsa ou coentros frescos; orégãos ou tomilho secos ou frescos)
Azeite q.b.


Untar um pírex ou tarteira com azeite, dispor legumes e/ou os restos. Bater os ovos com as natas e temperar a gosto, com sal e pimenta e ervas. Verter para a tarteira. Vai ao forno a 180 graus cerca de 20 minutos. 

28/01/13

Puré de couve-flor e cenoura


Puré de couve-flor e cenoura

Ultimamente tenho tido uma maior preocupação em relação aos acompanhamentos, principalmente para evitar o tradicional consumo de arroz/batata/massa, mas também para não me ficar pelo facilitismo dos legumes cozidos típicos das dietas. Atenção que eu até aprecio muito legumes cozidos (cozidos al dente e regados com um fio de bom azeite) – mas gosto particularmente de variar. Além disso, se o conduto for bom, ou um pouco diferente, basta grelhar ou fritar um bife, cozer ou grelhar um peixe, e o prato ganha uma nova dimensão. Não acham?

·         1 couve-flor (cerca 600 g)
·         2 cenouras descascadas (cerca 150 g)
·         1 colher sopa de pesto
·         Pimenta e noz-moscada
·         Leite de soja (sem açúcar!) ou leite de vaca 0,5 dl (copinho ½ medida copinho da bimby)

Bimby
Separar a couve-flor em floretes e cortar a cenoura em rodelas. Dispô-las nos 2 tabuleiros da Varoma. Cozer 20 minutos, Varoma. Triturar na velocidade 4 durante 20 segundos com os temperos e o leite de soja.

Tradicional

Separar a couve-flor em floretes e cortar a cenoura em rodelas. Cozer ao vapor até os legumes ficarem bem tenros. Passar pelo passe-vite ou triturar no robô de cozinha. Juntar o leite e temperar.  

Nota: Caso coza os legumes em água, tenha atenção, pois muito provavelmente não haverá necessidade de juntar o leite ao puré

18/06/12

Marisco com leite de coco

Marisco com leite coco

Não me importo de passar umas boas horas na cozinha, mas, na verdade, sou apreciadora de receitas rápidas e fáceis. Aliás, a maioria de nós é assim, sobretudo depois de um dia de trabalho! Este prato é um desses casos de celeridade, embora se tenha que descascar os camarões (também não são muitos), não leva mais do que 20 minutos (ou até menos). De qualquer forma, torna-se ainda mais rápido, se utilizar camarões congelados já descascados ou uma mistura congelada de mariscos. Para o meu paladar essas opções são inviáveis. Por um lado, o camarão congelado descascado sinceramente nunca me soube a nada (já o outro camarão, deixando-lhe a cabeça, confere um agradável sabor a marisco à receita). Por outro, as misturas de marisco têm um ingrediente que só de pensar nele fico imediatamente arrepiada (pior do que passar as unhas em esferovite...): as assustadoras "delícias do mar" (pronto já estou arrepiada!).

Ingredientes:

300 g alho francês (parte branca, a verde reservem para aromatizar sopas ou caldos)
300 g de mexilhão congelado sem casca
400 g de camarão congelado com casca
1 1/2 colher de chá de pó de caril (usei de Madras
3 tomates (frescos sem pele ou pelados)
1 1/2 colher de sopa de óleo de coco (azeite ou óleo de amendoim)
1 lata de leite de coco
Sal grosso q.b.
Coentros a gosto

Descascar os camarões, retirando a tripa e deixando-lhes a cabeça (para fazer esta operação mais facilmente é melhor não deixar descongelar totalmente os camarões). Aquecer o óleo de coco, juntar o alho francês cortado às rodelas grossas. Deitar um pouco de sal. Deixar estufar um pouco. Juntar os tomates desfeitos, o leite de coco e o caril. Quando o alho-francês estiver quase cozinhado, juntar os mexilhões (não têm que estar perfeitamente descongelados) e os camarões. Quando levantar fervura, contar 3 minutos e já está! Adicionar coentros frescos picados na hora de servir. 


Nota: Receita adaptada da revista Saberes & Sabores (Julho, 2010). A receita original, feita com preparado de marisco, refere que as delícias do mar só devem ser adicionadas à receita na fase final, já com o restante marisco cozinhado. 

15/06/12

Estufado de couve roxa e maçã

Estufado de couve-roxa e maçã


Um acompanhamento perfeito para assados ou grelhados, com um sabor agridoce e uma cor fantástica! 
Tradicionalmente usado para servir com carne de porco, este estufado dá um toque especial a uma refeição simples, como acompanhamento, por exemplo, de umas costeletas grelhadas.

Ingredientes:

1 cebola pequena
500 g couve roxa
1 maçã ácida (tamanho médio)
sumo de 1/2 limão
1 dl de vinho doce (Favaios, Moscatel..)
Azeite q.b.
sal, pimenta e noz moscada

Cortar a couve-roxa em juliana fina (na bimby 3 segundos, velocidade 4). Passar por água, escorrendo bem. Descascar e cortar a maçã em cubos e regar com sumo de limão. Picar a cebola grosseiramente. Numa caçarola (ou wok), saltear a cebola até que fique translúcida. Juntar a couve-roxa e o vinho. Deixar cozinhar 2 ou 3 minutos. Adicionar a maçã. Temperar com sal, pimenta e noz moscada. Deixar cozinhar cerca de 10 minutos (depende do tamanho de corte da couve, naturalmente). Não deixe cozinhar demasiado para que a maçã não se desfaça e a couve se mantenha crocante. 

15/05/12

Truta em tabuleiro de legumes



Truta com legumes


Uma forma saborosa e saudável de cozinhar peixe, sem exagero de temperos, apenas com os sucos do peixe, um pouco de vinho e todo o sabor do meu trio de vegetais/legumes favorito: pimento vermelho, cenoura e alho francês. Uma boa opção para quem está de dieta, que é o meu caso!

Ingredientes:

1 truta salmonada (ou outro peixe a gosto)
Meio pimento vermelho
1 ou 2 alhos franceses (parte mais clara – guarde as folhas verdes para aromatizar caldos)
2 cenouras médias
2 dl de vinho branco
Coentros
Azeite
Sal grosso
Papel de alumínio para tapar o tabuleiro

Tapar o fundo do tabuleiro com a cenoura ralada, o alho francês cortado às rodelas, o pimento cortado às tiras e os coentros picados. Por cima, dispor a truta, colocar alguns legumes na barriga. Verter o vinho, salpicar com sal grosso e deitar um fio de azeite. Tapar o tabuleiro com papel de alumínio. Cozinhar em ao forno pré-aquecido a 180 graus cerca de 20 minutos. 

11/02/11

Soufflé de couve lombarda com queijo

suflé queijo e couve-lombarda 3


Um destes dias falei aqui de técnicas culinárias e receitas que tenho alguma dificuldade em dominar, embora algumas delas sejam relativamente fáceis para a maioria das pessoas, Com os soufflés acontece-me precisamente o contrário... Normalmente, saem-me bem! Não me perguntem porquê, mas a verdade é que nunca me aconteceu uma daquelas "desgraças" do soufflé abater subitamente assim que sai do quentinho do forno. Este até resistiu estoicamente ao frio da marquise onde costumo tirar as fotografias. E vocês costumam-se ajeitar com os soufflés?




Ingredientes:


100 g de queijo
(usei uma mistura de emental e parmesão)
500 g de leite
50 g de farinha
4 ovos
300 g de couve lombarda
Sal e pimenta a gosto


Bimby_thermomix:


Corte a couve lombarda em juliana (não é preciso ficar fina, pode ser grosseiramente). Ralar o queijo 5 seg/vel 9. Reservar. Cozinhar a couve lombarda na Varoma durante 15 minutos. Reservar. Coloque o leite no copo, a farinha, a manteiga e programe 6 minutos/90 graus/vel 4. Adicione o queijo ralado, metade da couve lombarda, tempere e triture 5 seg/velo 5. Incorpore a restante couve e envolva com a espátula. Bata as claras em castelo (não uso a Bimby porque pela experiência que tenho as claras não ficam com a mesma consistência do que se forem batidas na batedeira e também não aguentam muito tempo firmes). Se ainda assim, preferir bater as claras na Bimby, então retire a mistura com a couve lombarda e reserve, lave e seque bem o copo, coloque a borboleta e bata as claras com limão e sal durante 4 m/vel 3. Envolva as claras batidas na mistura de couve com bechamel. Coloque esta massa num ramequim untado com manteiga (pode fazer doses individuais, colocando em ramequins pequenos). Levar ao forno pré-aquecido a 180 graus durante 30/35 minutos. Se usar ramequins pequenos terá que reduzir o tempo de forno para cerca de 20 minutos.


Tradicional


Corte a couve lombarda em juliana (não é preciso ficar fina, pode ser grosseiramente). Cozinhar a couve lombarda ao vapor (é melhor cozer ao vapor para a couve não absorver demasiada água). Reservar. Numa caçarola, faça o molho bechamel: derreta a manteiga, incorpore a farinha e, por fim, adicione o leite morno a pouco e pouco, mexendo sempre. Adicione o queijo ralado e a couve lombarda, tempere a gosto. Bata as claras em castelo e envolva-as no bechamel. Coloque esta massa num ramequim untado com manteiga (pode fazer doses individuais, colocando em ramequins pequenos). Levar ao forno pré-aquecido a 180 graus durante 30/35 minutos. Se usar ramequins pequenos terá que reduzir o tempo de forno para cerca de 20 minutos.


Servir o soufflé acompanhado por salada.


Receita adaptada a partir do Soufflé de bróculos com milho do livro base da Bimby.

suflé queijo e couve-lombarda 2

25/11/10

Sopa de pêra e de beterraba


A pêra é das minhas frutas favoritas da estação e uma presença constante na minha alimentação. Já a beterraba é dos poucos vegetais com o qual tenho uma relação muito pouco regular. A sua cor é belíssima, mas o sabor às vezes deixa-me de nariz torcido. No entanto, esta sopa foi uma experiência bem-sucedida, pois a pêra suaviza a intensidade da beterraba e dá um toque especial a esta sopa.


Fonte: receita da revista Delicious, adaptada a partir da versão do blogue Souvlaki for the soul. Aconselho uma visita demorada a este blogue que tem receitas excepcionais e fotografias absolutamente fantásticas.

Actualização: também pode ver no blogue No soup for you a versão estival desta sopa feita pela querida Gasparzinha.

Ingredientes:


Azeite (10 ml)
1 cebola
1 cenoura
2 dentes de alho
450 g de beterraba
(já cozida ou assadas e sem pele)
180 g de peras (usei 3 pequenas)
7 dl de água
Sal e pimenta
Iogurte ou natas espessas para servir.


Se usar a beterraba em cru, terá de cozinhar a sopa mais tempo, cerca de 50 minutos no total.


Tradicional


Lave, descasque e corte os legumes e as peras e pique o alho e a cebola. Refogue a cebola, o alho e a cenoura. Adicione a pêra e a beterraba cortadas aos pedaços. Verta a água e tempere com sal e pimenta. Deixe cozinhar cerca de 20 minutos. Triture a sopa. Verifique a consistência e, se estiver demasiado espessa para o seu gosto, junte mais água. Sirva com um colherzinha de iogurte ou de natas espessas.

Thermomix_bimby


Lave, descasque e corte os legumes (como a bimby tritura muito bem os alimentos, não descasquei as peras). No copo, junte o azeite, a cebola, o alho e a cenoura. Pique 5 seg/velocidade 5. Refoge 4 min/ varoma/velocidade 1. Adicione a pêra e a beterraba cortadas aos pedaços. Verta a água, tempere com sal e pimenta. Programe 15 m/100 graus/velocidade 1. Triture 2 m/velocidade 3-5-7. Verifique a consistência da sopa e, se estiver demasiado espessa para o seu gosto, junte mais água. Sirva com um colherzinha de iogurte ou de natas espessas.

05/04/10

Rolo de espinafres com queijo de ervas e salmão fumado


Adorei esta entrada que a Carlota fez no dia em que nos juntámos em casa dela para o jantar de pizzas. Já lhe tinha dito que quando tivesse convidados não vegetarianos para a refeição, faria esta delícia. E assim foi: servi este rolo como entrada do almoço de Páscoa.

Este rolo pode servir de base para outro tipo de recheios, por exemplo, fiambre ou presunto, com Camembert ou queijo de cabra (na versão para barrar).


Ingredientes:



350 g espinafres
(usei daquelas embalagens com folhas de espinafres já lavadas)
3 ovos
175 g queijo creme com ervas (tipo Philadelphia)
(a receita original leva 200 g, mas optei por usar só uma embalagem)
200 g de salmão fumado
Sal e pimenta
Sumo de limão


Cozer os espinafres no microondas sem qualquer água até murcharem. Bater-se as claras em castelo. Reservar. Misturar os espinafres cozidos (deixá-los esfriar um pouco) com as gemas, o sal e a pimenta e reduzir tudo a puré com a varinha mágica. Envolver o puré de espinafres com as claras em castelo. Espalhar a mistura num tabuleiro rectangular (usei quadrado de 30x30 cm) forrado com papel vegetal. Levar ao forno a 200º entre 5 a 10 minutos. Deixar arrefecer um pouco, desenformar sobre película aderente, retirando-se o papel vegetal. Espalhar por cima o queijo creme e dispor as fatias de salmão fumado, regando com umas gotas de sumo de limão. Enrolar com a ajuda da película aderente. Levar ao frio e, na altura de servir, cortar em fatias com cerca de 1 cm de grossura. Servir acompanhado por pão ou tostas.

Nota: a recomendação da Carlota para que se cozam os espinafres no microondas sem qualquer água é fundamental para obter um bom resultado.

17/03/10

1 ano de 4 por 6: chowder de mexilhão e de alho-francês

O 4 por 6 completou ontem um ano. Não tenho sido tão activa quanto seria desejável, no entanto, o balanço deste projecto tem sido muito positivo. Experimentei a dificuldade de ter um orçamento reduzido, aprendi a economizar na cozinha (e em outras áreas da minha vida quotidiana), tornei-me mais atenta aos preços, pus a cabeça a funcionar para elaborar dicas de poupança e inventar (ou adaptar) receitas originais e económicas…

Nesta retrospectiva, cabem ainda algumas peripécias: uma entrevista à jornalista Cláudia Henriques para a revista Gingko, com direito a almoço festivo para uma conturbada e divertida sessão fotográfica; uma ida ao programa Portugal no Coração, onde fomos acolhidas com imensa simpatia por toda a equipa... A senhora cabeleira que me queimou o colo com a escova de esticar o cabelo está definitivamente perdoada ;-)

Mas o quadro jamais estaria completo se não referisse as minhas companheiras de projecto. Suzana, Laranjinha, Elvira, Marizé e Mariana, minhas queridas amigas, com quem partilho este amor pelos tachos e panelas, e pela tagarelice, entre outras paixões que só se dividem com pessoas extraordinárias como só elas sabem ser. 

Espero que o prazer com que faço o 4 por 6 tenha passado para todos os que visitam esta cozinha virtual. E, sobretudo, espero que, para alguns de vós, as minhas receitas e dicas de economia doméstica tenham sido úteis.
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Bem... vamos lá à receita... Mais uma sopa refeição, desta feita um Chowder de Mexilhão e alho francês, adaptada do livro Tender de Nigel Slater.




Ingredientes:


1 kg de mexilhão
2 alhos-franceses
500 g de batatas
75 g de bacon
40 g de manteiga
1,5 dl natas
2,5 dl de vinho branco
Ervas a gosto


Lavar e limpar o mexilhão. Cortar o alho-francês em rodelas finas, lavá-lo e secá-lo bem. Descascar as batatas e cortá-las em cubos. Cortar o bacon em tiras e passá-lo por manteiga até ganhar cor. Juntar o alho-francês e deixar estufar uns 10 ou 15 minutos, mexendo ocasionalmente. Cozinhar o mexilhão no vinho branco (é só deixar abrir os bichinhos). Coar o líquido e reservar. Cozer as batatas no líquido de cozedura do mexilhão, juntando sal, pimenta em grão, as natas e as ervas (louro, salsa, tomilho). Entretanto, descartar os mexilhões que não se abrirem e retirar os restantes das cascas. Junte as batatas cozidas, e o respectivo líquido da cozedura, ao alho francês a ao mexilhão cozido. Adicionar um pouco de água, se achar necessário - mas atenção que não é para ficar com muito líquido. Rectificar os temperos. Servir.

Nota: se quiser um chowder mais basto, pode triturar parte das batatas.


Se optar por miolo de mexilhão congelado: os mexilhões congelados regra geral são mais caros do que os frescos. No entanto, o Continente vende embalagens de 500 g por um preço bem simpático, 3 euros. Nesta receita precisamos de, sensivelmente, 350 g de miolo de mexilhão, por isso, não corremos o risco de ultrapassar o plafond do 4 por 6.


Se preferir usar miolo de mexilhão congelado, não os cozinhe em água, junte-os ao estufado de alho francês e bacon, adicione o vinho e deixe apurar 2 ou 3 minutos. Quanto às batatas, coza-as em água com natas e os temperos. Depois junte tudo.
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Para sobremesa, proponho este delicioso pudim de leite condensado.



Vamos às contas: os valores de referência são do Continente. Volto a referir que este hipermercado vende uma marca de miolo de mexilhão congelado a um preço muito acessível, perfeitamente consentâneo com uma refeição de custos controlados.




Dica de poupança: antes de decidir entre dois produtos similares, repare sempre no preço por quilo. Quantas vezes não levamos para casa o mais caro, porque impulsivamente escolhemos a embalagem mais barata? Ao chegar a casa lá nos apercebemos de que a embalagem mais barata tinha 150 g de produto e que a que ficou no supermercado, afinal, tinha mais quantidade e, por isso, era mais acessível.

04/11/09

Carne estufada com nabos


Há sabores que só em adultos conseguimos apreciar devidamente. A meu ver, talvez devido ao seu ligeiro amargor, o nabo é um deles. Nunca fui criança de torcer o nariz a comida, mas tinha dois ódios gastronómicos de estimação: a beterraba e o nabo. Actualmente, ainda que a beterraba não me tenha conquistado totalmente – como apenas de quando em vez – tornei-me uma fã incondicional do nabo e gosto dele quer cru, quer cozinhado. Por isso, assim que vi esta receita da doce Laranjinha percebi imediatamente que ia adorar.


Ingredientes:

800 g de carne de vitela cortada em cubos
Chouriço a gosto (4 fatias de bacon na receita original)
Vinho branco
Sal
Pimenta
Massa de malagueta
(como gosto de um pouquinho de picante, lá teve de ser, mas é opcional)
1 cebola picada
3 dentes de alho picados
2 folhas de louro
Azeite
4 cabeças de nabo
Segurelha (salsa na receita original)

Num tacho, refogar a cebola, os alhos, o azeite e o louro. Adicionar o chouriço, sem pele e cortado aos pedacinhos, e deixar cozinhar um pouco. Juntar a carne. Temperar com sal, pimenta e massa de malagueta. Acrescentar o vinho branco e a segurelha. Tapar o tacho e deixar cozinhar. Caso seja necessário, juntar um pouco de água ou mais vinho branco. Quando a carne estiver pronta, misturar os nabos cortados aos cubos e deixá-los cozer.

30/09/09

4 por 6 – Sopa de pêra e curgetes + Cobbler de tomate

O tomate mereceu protagonismo na minha proposta desta semana, pois além de estarmos na época em que estão mais saborosos, encontrei uns a apenas 30 cêntimos o quilo. Um achado! As duas receitas de hoje são de Mark Bittman (outra vez!) – a sopa de curgetes e pêra já a tinha apresentado, a outra, encontrei-a no Chucrute com Salsicha.




Cobbler de tomate


Este cobbler - de aspecto algo rústico... já para não dizer feiote - é verdadeiramente delicioso. Neste caso, a proposta é que seja o prato principal de uma refeição vegetariana. Mas se lá em casa forem menos de 4 pessoas e restar, podem comê-lo na refeição seguinte como acompanhamento.

Ingredientes:

De 1 kg a 1,300 kg de tomates bem maduros (usei 1,200 kg chucha)
1 colher de sopa de amido de milho
Sal e pimenta
1 chávena de farinha de trigo
1 chávena de farinha de milho integral
(aquela muito amerelinha e de moagem mais grossa do que
a farinha de milho tradicional que compramos no supermercado)
1 ½ colher de chá de fermento em pó
¼ colher de chá de bicarbonato de sódio
4 colheres de sopa (56 ) de manteiga bem gelada cortada em cubinhos
1 ovo batido
¾ chávena de buttermilk*
(1 colher de sopa de sumo de limão + leite magro até perfazer os ¾ de chávena – 180 ml)
½ chávena de ervas frescas picadas
(usei manjericão, tomilho-limão secas e alecrim fresco, a gosto)

*O buttermilk pode ser substituído pelo seguinte preparado (quantidade para 1 chávena, mas eu usei ¾ chávena): 1 colher de sopa de sumo de limão à qual se adiciona o leite magro (morno) necessário para perfazer 1 chávena (ou ¾ chávena). Deixar repousar durante 10 minutos.

Untar um recipiente de ir ao forno com azeite ou manteiga. Lavar os tomates e cortá-los como desejar (em fatias, ou em quartos), colocá-los numa tigela e polvilhar com o amido de milho. Temperar com sal e pimenta. Misturar bem e reservar.

No robô de cozinha, colocar a farinha de trigo, a farinha de milho, o fermento, o bicarbonato e uma pitada de sal. Adicione a manteiga gelada e ligar o robô (botão pulse) até obter um preparado granulado. Adicionar as ervas, o ovo batido e o buttermilk e ligar o robô até a massa ficar firme. Acrescentar mais farinha se a massa ficar muito mole ou mais buttermilk (ou leite) se ficar muito seca.

Colocar os tomates no recipiente de ir ao forno, espalhar a massa por cima, usando uma espátula, até cobrir tudo. Com diz a Fer “Não precisa ficar perfeito, deixe buraquinhos para o vapor poder escapar”. Levar ao forno, pré-aquecido a 190 graus, durante 45 minutos, até que a massa fique dourada e o recheio borbulhante. Retirar do forno, deixar arrefecer um pouco e servir.

Vamos às compras e às contas: com excepção da farinha de milho integral, que foi comprada no Celeiro, os preços de referência desta refeição são os do Continente. Queria no entanto fazer aqui uma ressalva: os tomates custaram-me 30 cêntimos o quilo numa mercearia... Ou seja, no Continente custam o quadruplo! Assumi o preço do Continente no quadro das contas, mas caso tivesse colocado o preço real (€ 0,36 – 1,200 kg de tomate), o total desta refeição seria apenas € 2,92 (uma redução de € 1,08)! Fica aqui uma vez mais provado que não compensa comprar tudo no mesmo supermercado.



Dica de poupança: querem fazer uma determinada receita, mas as palavras buttermilk, sourcream, iogurte grego ou mascarpone na lista dos ingredientes causam-vos arrepios devido ao preço? Não se preocupem: podem substituí-los por ingredientes bastante mais baratos:

Sourcream – substituam por iogurte natural.
Buttermilk – sigam a indicação que acima vos deixei
Iogurte grego – deixar o iogurte a escorrer de um dia para outro, para que liberte o soro e fique espesso.
Mascarpone – vejam aqui no Outras Comidas como fazê-lo.

28/09/09

Sopa tailandesa de cenoura


Um dos ingredientes que mais me seduz na culinária tailandesa é, sem dúvida, a erva-príncipe. O seu sabor perfumado, intenso e ao mesmo tempo delicado, o seu travo a limão… uma delícia. Por isso, percebi logo que esta receita (do Mark Bittman) com a chancela da minha querida Carlota/Tangerina, era “a” sopa de cenoura e coco que eu andava há 2 semanas a procurar para fazer a vontade ao Luís.


Ingredientes:

2 colheres de sopa de óleo
3 talos de erva-príncipe*
2 dentes de alho
1 colher chá de gengibre fresco ralado
(ou ½ colher de chá de gengibre em pó)
500 g cenoura (pesada depois de arranjada)
Sal e pimenta
250 ml leite de coco (200 ml, no original)
400 ml água (200 ml, no original)
Coentros (não usei)

*Vendem-se congelados nas lojas de produtos asiáticos (Martim Moniz). Mas caso tenham dificuldade em comprar, não deixem de fazer esta sopa: façam um chá de erva-príncipe bem aromático e, em vez de água, usem o chá (ou uma parte de chá, outra de água).

Aquecer o óleo com a erva-príncipe (se os talos forem grandes, cortá-los ao meio), o gengibre e o alho picado, Cozinhar em lume médio até o alho estar dourado. Juntar as cenouras cortadas às rodelas, o sal, a pimenta, os talos dos coentros (se optarem por usar coentros), o leite de coco e a água. Deixar cozinhar até as cenouras ficarem tenras. Retirar os talos da erva-príncipe e triturar a sopa. Se a sopa estiver muito basta, juntar um pouco de água. Rectificar os temperos e servir com folhas de coentros (eu servi com pedacinhos de gengibre fresco).

31/08/09

Dip de cenoura e cominhos


Continuo em maré de dips. Se acharam que a de beterraba era fácil, vejam lá esta:

Ingredientes:

250 g de cenouras
1 dente de alho (facultativo)
Cominhos q.b.
1 fio de azeite
Sal e pimenta a gosto

Descascar e cozer a cenoura. Triturá-la com os temperos e o alho, usando a varinha mágica (mixer). Já está! É servir com pãozinho, tostas, o que se queira, e comer como entradinha.

Receita adaptada daqui.

27/08/09

Para (re)começar de mansinho: dip de beterraba e grão


Tenho a cabeça a fervilhar: imagino as receitas que quero experimentar, elaboro listas (mentais) de compras, recapitulo os ingredientes a utilizar, vêm-me à ideia imagens de pratos deliciosos… já sei o que vou fazer hoje! – penso. Mas essa energia está com alguma dificuldade em passar para o meu corpo teimoso, preguiçoso, afectado por uma moleza estival com cheiro a praia que não me larga. Mas esta semana tinha de ser… fiz uma promessa a uma amiga. Acabaram-se as férias. Este blogue parado há quase 2 meses está mesmo a pedir animação!
(re)Comecemos, então, de mansinho, com uma pasta rápida e simples.


Ingredientes:

1 iogurte natural
1 beterraba cozida ou assada (cerca de 100 g)
100 g de grão cozido
2 dentes de alho
Umas gotas de sumo de limão

Deixar o iogurte a escorrer num coador, pelo menos umas 4 horas, para que perca o soro e fique espesso. Se preferir pode usar iogurte grego, mas esta opção é mais económica. Partir a beterraba aos pedaços, juntar o grão, o alho e umas gotas de sumo de limão. Tempere a gosto. Triture com a varinha mágica até ficar uma pasta homogénea. Use esta pasta para barrar no pão, para “molhar” umas tiras de milho, uns gressinos.

01/07/09

4 por 6: Cake de curgetes e queijo S. Jorge + Panna cotta de chocolate com molho toffee

Cheguei à conclusão de que o “4 por 6” tem sido um treino muito completo, composto por provas de criatividade (arranjar soluções económicas, diferentes e agradáveis), exercícios de escrita (tem dado os posts mais longos deste blogue), problemas matemáticos (nem imaginam as contas que tenho feito...) e muito jogo de cintura (fazer esticar o orçamento é tarefa bem árdua). Infelizmente, a balança continua com o ponteiro no mesmo sítio... enfim, adiante.. chega de conversa e vamos às receitas. Reparem bem no preço desta refeição: apenas € 4,79 e olhem que as quantidades aqui indicadas para o cake e para a sobremesa dão para mais de 4 pessoas!




Cake de curgetes e queijo S. Jorge

Ingredientes:

180 g farinha
3 ovos
50 ml leite meio gordo
100 ml óleo
100 g de queijo
200 g curgetes (aboborinhas)
Erva aromática a gosto (fica bem com manjericão,
mas só compensa tiverem plantação própria
desta erva, pois o preço no supermercado é brutal)
1 colher de sopa fermento
Sal e pimenta

Ralar a curgete e secá-la um pouco com uma toalha ou papel absorvente para lhe retirar humidade, antes de incorporá-la na massa. Untar uma forma com manteiga e polvilhar com farinha. Numa tigela, misturar os ovos, o óleo e o leite. Misturar a farinha e, seguidamente, a curgete ralada, o queijo e a salsa picada. Temperar com sal e pimenta. Por fim, incorporar o fermento delicadamente. Verter a massa na forma e colocar imediatamente no forno. Coze 50 minutos. Deixar arrefecer antes de desenformar. Servir com salada.

Receita adaptada de Cakes dolci & salati.





Salada de tomate, pepino e azeitonas


Ingredientes:

350 g tomate
150 g pepino
60 g de azeitonas
½ cebola
Azeite
Vinagre Balsâmico
Sal q.b.
Orégãos ou coentros

Arranjar os tomates e o pepino e cortá-los de acordo com o vosso gosto (e imaginação). Juntar as azeitonas e as ervas. Temperar com sal, azeite e vinagre balsâmico. Enfeitar com a cebola cortada em finas rodelas.




Panna cotta de chocolate com molho toffee

Ingredientes:

400 ml natas
20 g de açúcar
100 g chocolate
1 pacote de gelatina em pó (6 g)
2 colheres de sopa de água (para hidratar a gelatina)

Levar ao lume as natas com o açúcar, mexendo sempre. Quando começar a levantar fervura, retirar do lume e juntar o chocolate partido grosseiramente. Mexer bem com uma vara de arames, até o chocolate derreter e a mistura ficar homogénea (pode-se levar a lume brando para facilitar a tarefa). Misturar a água à gelatina e deixar repousar 2 ou 3 minutos (são estas as instruções que vêm na embalagem). Juntar a gelatina à panna cotta, levar ao lume até dissolver a gelatina. Deitar a panna cotta em forminhas (usei de silicone). Refrigerar pelo menos 4 horas. Desenformar a panna cotta (mergulhar as formas em água quente e depois desenformar com a ajuda de uma faca). Servir com o molho toffee da Leonor do Flagrante Delícia.


Molho toffee da Leonor:

50 g de açúcar
100 ml de natas
20 g de manteiga amolecida
(a Leonor que me perdoe, mas adoro manteiga
e decidi dobrar a quantidade ;-))


Levar o açúcar ao lume até caramelizar. Adicionar as natas quentes com muito cuidado para não respingar, mexendo bem. Retirar do lume e juntar a manteiga. Refrigerar.

Vamos às compras (e às contas): as compras de hoje foram divididas entre Lidl e Continente. Aproveitei uma promoção do Lidl com curgetes a 0,79 cêntimos, o queijo S. Jorge a € 0,99, o chocolate a € 0,65. Vêem o quanto se pode poupar só por estar atento às promoções?! No entanto, no quadro abaixo, coloquei os valores normais, pois na presente data, estes produtos já não se encontram a estes preços promoção.





Dica de poupança: na sequência do que disse anteriormente: prestem atenção aos folhetos promocionais dos supermercados e aproveitem para fazer as receitas da semana com esses produtos. Se forem produtos com prazos de validade alargados (queijo, café, por exemplo), podem inclusivamente comprar umas quantas embalagens, mesmo que não seja para uso imediato.

27/04/09

Bolo de carne, aveia e legumes


Rolo de carne é uma daquelas comidinhas típicas da avó (pelo menos da minha), da qual nunca me canso. No entanto, é sempre boa ideia introduzir novos ingredientes e conjugações. Desta feita, para variar, fui buscar inspiração ao Pitadinhas, onde encontrei um bolo de carne feito com legumes, flocos de aveia e iogurte. Simplesmente delicioso... até o L., que não se perde por este tipo de receita, ficou fã!

Ingredientes bolo:

600 g carne moída (300 porco, 300 vaca)
1 cebola
2 dentes de alho
½ pimento vermelho
Ervas aromáticas a gosto
1 iogurte natural (125 ml)
1 ovo
1 chávena de chá (200 ml) de flocos de aveia
1 colher de sopa de molho de soja
Sal q.b.
Pimenta q.b.
1 cenoura média

Molho:

2/3 de chávena de polpa de tomate
½ colher de sopa de vinagre de sidra
1 colher de sopa de molho de soja
1 colher de sopa de água
1 ½ colher de sopa de açúcar mascavado escuro (ou outro à escolha)

Picar a cebola, a cenoura, o pimento, as ervas aromáticas e o alho no robô de cozinha. Misturar com a carne e todos os outros ingredientes. Colocar a mistura de carne numa forma de bolo inglês, previamente untada com gordura (azeite, óleo ou manteiga) e polvilhada com pão ralado. Por cima, espalhar o molho. Vai ao forno pré-aquecido a 180 graus durante 1 ½ h.

01/04/09

4 por 6 - risoto de alheira, feijão encarnado e grelos


Embora desta feita inclua carne (em poucas quantidades), a presente refeição “4 por 6” não foge à minha ideia inicial de propostas mais ricas em legumes, vegetais e cereais. Para abrir as “hostilidades”, sugiro esta Sopa de Cenoura com Laranja e, para fechar, umas ameixas. Segue-se, então, o prato principal, que é nada mais do que a concretização das duas dicas de poupança que dou no final deste post.
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Ingredientes:
1 alheira de caça (230 g)
1 chávena de feijão cozido (110 g aprox.)
1 ½ chávena de arroz (230 g aprox.9
½ molho de grelos
1 cebola
1 dl vinho branco
Caldo de legumes q.b. (usei 1 caldo biológico dissolvido em água)
Azeite q.b.
1 dl de natas


Lavar e escaldar os grelos (depois até pode usar essa água para o caldo do risoto). Tirar a casca à alheira, desfazê-la e passá-la por um pouco de azeite. Numa caçarola, refogar a cebola picada no azeite. Juntar o arroz, deixar dourar. Juntar o vinho e deixar evaporar. Começar a adicionar o caldo de legumes. O caldo deve estar sempre quente, juntando-se ao arroz a pouco e pouco, à medida que vai evaporando. Juntar os grelos e a alheira. Quanto faltarem uns 5 minutos para finalizar a cozedura do arroz (o risoto leva 18 minutos a cozer), juntar o feijão cozido. Finalizar o risoto com as natas. Verificar o sal e temperar com pimenta. Atenção que o risoto deve ficar cremoso.

Vamos às compras (e às contas): Os valores aqui apresentados foram retirados do site do Continente. Mais uma vez aconselho a compra de vegetais e legumes na mercearia do bairro, pois é mais económico.

Quanto ao arroz para risoto, o mais barato que conheço é mesmo o da marca Pingo Doce.



Dicas de poupança: a redução da carne, ou melhor, da proteína animal, é uma boa forma de poupar. Use a carne e o peixe como “condimento” e dê aos vegetais, cereais e legumes o seu merecido protagonismo.


É mais económico comprar leguminosas secas e depois cozê-las, do que comprá-las em lata. Ficam mais saborosas (tempera a seu gosto), mais saudáveis (sem conservantes, nem excesso de sódio) e muito, mas mesmo muito, mais baratas. 500 g de feijão seco vai resultar em cerca de 1250 kg de feijão cozido (a relação é de 1 para 2,5 ou 3). Na receita que aqui vos proponho, 100 g de feijão cozido custou 6 cêntimos. Não se esqueçam de que também é mais ecológico cozinhar o feijão (de preferência na panela de pressão, pois é mais rápido e gasta menos energia) do que comprar em lata.

02/02/09

Sopa marroquina de grão

Regresso lentamente aos tachos e às panelas (e à blogosfera), depois de um mês bem desagradável, em que a cozinha ficou remetida para o fim da minha lista de prioridades. Analisando as receitas que tinha (e tenho) em standby, achei apropriado publicar esta sopa, do livro Rachel´s favorite food for friends, uma prenda natalícia da minha querida amiga Suzana.

Em dias de tempestade (refiro-me também ao tempo), nada melhor do que um prato de sopa fumegante e a companhia dos amigos para aquecer corpo e alma, não é verdade?
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Ingredientes:
a
3 colheres de sopa de azeite
1 cebola picada
100 g de alho francês/alho porró
Sal e pimenta
2 ½ colheres de chá de cominhos em pó
1 lata de tomate pelado (400 g – usa-se o tomate e o sumo)
1 pitada de açúcar
400 g de grão cozido
1 litro de caldo
(usei o caldo de cozer o grão, mas se recorrerem a grão enlatado,
usem caldo de galinha ou vegetais)
Sumo de ½ limão
Coentros picados

Aquecer o azeite numa panela. Juntar a cebola picada e o alho francês cortado às rodelas, temperar de sal e pimenta. Estufar 10 minutos. Juntar os cominhos em pó e deixar 1 minuto. Juntar os tomates cortados e todo o seu sumo, o açúcar, o grão e o caldo. Deixar ferver por 5 minutos em lume brando. Adicionar o sumo de limão e os coentros em pó. Verificar os temperos. Servir.
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Cozer grão: habitualmente, não uso grão de lata (não sabe a nada, ou melhor, sabe a lata), prefiro cozer o grão, depois divido-o em embalagens e congelo (mais saboroso, mais económico, mais ecológico). Deixo o grão a demolhar de um dia para o outro. Depois, cozinho-o na panela de pressão cerca de 20 minutos (contados, a partir do momento em que começa a sair o vapor). Para 500 g de grão seco, utilizo água (aproximadamente 1 litro), 1 pouco de azeite, 1 folha de louro, 2 dentes de alho, 1 cebola. Esta sopa marroquina é excelente para aproveitar a água de cozer esse grão.

27/11/08

Tarteletes de mascarpone, espinafres, pecãs e sultanas

Esta receita surgiu da conjugação de 3 desejos:

1. Testar uma massa de tarte com azeite... pois há dias que a manteiga falta...
2. Utilizar nozes pecãs num prato salgado.
3. Escapar ao clássico recheio das tartes salgadas natas/leite.

A massa base for retirada daqui, quanto ao resto, usei a imaginação e a experiência. Esta receita deu para 5 mini tartes com 10 cm de diâmetro.

Massa:

1 chávena farinha sem fermento
¼ colher de chá de sal
1 colher de sopa de água
2 colheres de sopa de azeite
1 ovo grande batido

Recheio:

250 g mascarpone
2 ovos
60 g pecãs tostadas e picadas grosseiramente*
30 g sultanas
150 g espinafres cozidos e escorridos
Sal
Pimenta
Noz-moscada
Pão ralado (farinha rosca) q.b.

Massa: no robô de cozinha (ou processador), juntar a farinha e o sal. Misturar. Juntar o azeite. Misturar 2 ou 3 segundos. Finalmente, verter o ovo e a água. Misturar cerca de 10 segundos. Retirar e formar uma bola (se estiver estiver muito pegajosa, juntar um pouco mais de farinha). Guardar no frigorífico, no mínimo 30 minutos, envolta em película aderente.

Tender a massa e cortá-la de acordo com a medida das tarteiras. Forrar as tarteiras. Picar o fundo com um garfo. Polvilhar as tarteletes com um pouco de pão ralado, antes de recheá-las. Rechear com os espinafres, as pecãs e as sultanas. Misturar o mascarpone com os ovos, temperar e verter esta mistura. Polvilhar com um pouco de pão ralado (facultativo). Levar ao forno pré-aquecido até dourar (cerca de 25 minutos).

Nota (após comentário do LPontes e da Mariana): habitualmente escolho massas que possam ser feitas no robô de cozinha, não tenho muita experiência de fazê-las à mão. Mas deixo aqui a chamada de atenção de dois especialistas: ao fazerem esta massa tenham cuidado, pois se for demasiado trabalhada não fica bem. O objectivo é juntar os ingredientes até ficar uma mistura homogénea e elástica).

*Seguindo a sugestão do LPontes, já fiz esta receita com nozes e ficou muito bom (nesse caso não é necessário torrar).