31/10/07

Chamuças internacionais


Num dos meus "passeios" ao supermercado, encontrei massa de arroz (rice paper), normalmente utilizado para "embrulhar" os famosos crepes chineses. Maravilhada com este achado e cheiinha de vontade de experimentar umas receitinhas vegetarianas, meti de imediato no cesto das compras e corri para casa para "experimentar" esta versátil massa. Depois de alguns quilómetros, e muitos "... hummm... vou fazer isto... Não!... afinal vou fazer aquilo!...", cheguei a casa e os crepes chineses vegetarianos acabaram transformados em chamuças internacionais: massa chinesa com carne portuguesa e tempero indiano.


Ingredientes:

Folhas de massa de arroz (rice paper)
Carne de vaca picada

Cebola picada

Alho picado

Caril em pó
Mistura de pimentas
Pimenta Caiena

Cominhos moídos

Açafrão moído

Pimenta da Jamaica

Azeite

Sal grosso

Salsa picada


Para o recheio, coloca-se numa panela os condimentos (caril em pó, mistura de pi
mentas, pimenta Caiena, cominhos moídos, açafrão moído, pimenta da Jamaica e sal grosso, tudo muito bem moído no almofariz) sobre um lume muito brando. Quando se começar a sentir os maravilhosos aromas das especiarias, acrescenta-se um pouco de azeite, a cebola picada, e o alho picado (nesta ordem). Depois de a cebola estar um pouco caramelizada (não deixar queimar o alho), junta-se a carne picada, mistura-se bem e antes que fique completamente cozinhada, acrescenta-se a salsa picada, tapa-se e desliga-se o lume. Enquanto a carne ganha sabor, prepara-se a massa de arroz da seguinte forma: mergulha-se, uma a uma, cada folha num recipiente com água morna e retira-se logo de seguida colocando-a em cima de um pano seco. Reserva-se cerca de 2 minutos. De seguida, recheia-se a massa e dobra-se de forma a criar um pequeno triângulo (ou outra forma que preferir). Depois, fritam-se as chamuças numa frigideira, com óleo bem quente, até ficarem douradas, retiram-se e colocam-se em papel absorvente antes de as servir. Eu acompanhei as chamuças com arroz basmati salteado com coentros e alho. Bom apetite!

29/10/07

Sopa exótica do Nilo


Esta receita encontrei-a aqui, ao procurar uma sopa de ervilhas fora do comum. Duas palavras captaram imediatamente a minha atenção: exótico e Nilo. A primeira por ser sinónimo de especiarias e aromas do médio oriente, a segunda por me fazer “ viajar” até rio Nilo, trazendo-me à memória a assombrosa paisagem das suas margens. Esta sopa é MARAVILHOSA, aconselho-a vivamente, sobretudo aos incondicionais de comida condimentada, como a do médio oriente ou a indiana.


Ingredientes:

1 chávena de ervilhas secas
(usei uma mistura de ervilhas amarelas e verdes)
2 colheres de sopa de azeite
1 cebola picada
3 dentes de alho picados
½ chávena de curgetes raladas
½ chávena de pimento vermelho picado
2 colheres de chá de gengibre ralado
2 colheres de chá de cominhos em pó
2 colheres de chá de coentros (sementes) em pó
2 colheres de sopa de brown sugar
7 chávenas de caldo de legumes (ou até mesmo água)
2 rodelas de limão
1 chávena de puré de tomate
¼ colher de chá de pimenta da Caiena
(fica picantinha, como eu gosto)
Sal e pimenta
(eu saltei esta parte, pois usei caldo de legumes)
4 colheres de sopa de coentros frescos picados
Natas para enfeitar


Demolhar as ervilhas no mínimo 2 horas (demolhei 4 horas). Lavá-las, retirar as cascas (as cascas saem por si, enquanto se demolha, pois estas ervilhas estão partidas ao meio) e escorrê-las. Aquecer uma colher de sopa de azeite e saltear a curgete e o pimento, cerca de 5 minutos. Reservar. Saltear o alho e a cebola na restante colher de sopa de azeite. Numa panela, deitar as ervilhas, a curgete com o pimento, o gengibre, os cominhos, os coentros em pó e o açúcar. Cobrir com a cebola e o alho. Juntar o limão, o caldo de legumes, o tomate e a pimenta da Caiena. Deixar levantar fervura, reduzir o lume, tapar e cozinhar durante 1 h ½ ou até as ervilhas estarem tenras (bastou-me 1 hora). A meio da cozedura, removi as rodelas de limão. Depois de cozidas as ervilhas, retirar a panela do lume e triturar a sopa. Se preferir uma sopa menos grossa, adicionar água quente a gosto (eu acabei por juntar mais 2 chávenas do que a receita original). Pode juntar os coentros picados antes ou depois de triturar a sopa. Servir com natas azedas, natas frescas ou iogurte.

Nota: fiquei na dúvida se se mediam as ervilhas (1 chávena) antes ou depois de demolhar, mas optei por medir antes de demolhar e penso que o resultado final é melhor, pois a relação legumes/temperos fica mais equilibrada.

28/10/07

Bolo de noz e caramelo (Nanda)


Espero que a Nanda me perdoe a liberdade de ter ido ao seu cantinho vascular e, não contente com a invasão, ainda me ter apoderado sem dó nem piedade da receita dela. Declaro-me inocente da acusação de adulteração da receita, segui-a à risca. Contudo, não posso deixar de me confessar culpada por ter reduzido o seu magnífico bolo a apenas meia dose…mas é que aqui em casa somos só 2 e havia sempre o risco de darmos cabo de uma dose inteira desta saborosa “bomba calórica”. Embora saiba que sou culpada do pecado da gula, aguardo um veredicto a meu favor!

Ingredientes:

125 g de manteiga
150 g de açúcar
3 ovos
150 g de farinha
2 colheres de chá rasas de fermento
3 colheres de sopa de vinho do Porto
½ chávena de nozes picadas grosseiramente
Sumo de ½ limão (era pequenito)
⅓ de chávena de caramelo

No modo de fazer, aproprio-me do texto da Nanda: “Misturar a manteiga com o açúcar até fica uma massa macia. Adicionar um ovo de cada vez e posteriormente a farinha peneirada com o fermento. Acrescentar as nozes e o vinho do Porto. Barrar uma forma com manteiga e polvilhar com farinha”. Esta parte é minha: Como o bolinho que fiz era mais pequenito (boa medida para uma forma de bolo inglês de 10x25 cm) foi ao forno 35 minutos. Volto a citar a Nanda: “ Desenformar ainda quente e verter o caramelo onde se juntou o sumo de limão.”

26/10/07

Feijão assado da ilha do Faial



Embora adore feijão, não estava nada inspirada para participar no rei da quinzena. Mas a leitura dos textos e maravilhosas receitas das talentosas Eliana e Marizé, deixou-me vontade de divulgar algum prato típico Ilha do Faial, de onde é originária a minha família (eu e a minha prima A. somos as únicas excepções). Então, lembrei-me do feijão assado à faialense, cuja particularidade é levar melaço de cana e o mais tradicional enchido açoriano (linguiça). Esta é uma tentativa de reproduzir uma receita familiar, que faz parte da minha memória, e que aproveitei esta ocasião para, pela 1.ª vez, confeccionar.

Recentemente, li um artigo na revista da SATA sobre a gastronomia açoriana e pude aprender um pouco da história deste prato. Por ser de fácil conservação (o melaço tem essa função), o feijão assado era recorrente na ementa dos marinheiros, tendo sido adoptado nos veleiros americanos da caça à baleia e posteriormente exportado para a culinária americana.


Ingredientes:
300 g de carne de porco



Refogar a cebola com o alho, juntar a linguiça, cortada às rodelas, e deixar que esta destile um pouco de gordura. Adicionar a carne, previamente cortada em cubos, e deixar cozinhar uns minutos, até ficar dourada. Juntar o tomate, o vinho e os restantes temperos. Enquanto se deixa a carne cozinhar, vai-se juntando água, pois deve ficar com algum caldo. Quando a carne estiver bem tenrinha, retirar o cravinho, a canela e a pimenta e misturar com o feijão. Verter esta mistura num recipiente de barro, espalhar o melaço por cima. Levar ao forno até apurar e o melaço ficar com um aspecto caramelizado (cerca de 30 minutos).

(usei pá de porco, mas habitualmente faz-se com entrecosto)
100 g de linguiça açoriana
(um enchido delicioso, praticamente sem gordura, temperado com massa de malagueta)
550 g de feijão manteiga cozido
1 cebola
2 dentes de alho
3 tomates (usei pelados)
1 colher de café de massa de malagueta
(esta massa tem um sabor peculiar que nunca encontrei em nenhum produto congénere, mas acima de tudo, serve para dar um toque picante à receita)
3 cravos-da-índia
5 grãos de pimenta da Jamaica
1 pau de canela
6 a 8 colheres de sopa de melaço de cana
Sal

24/10/07

Lasanha com espinafres e requeijão


(Please scroll down to read the recipe in English)

Todos os pretextos são bons para fazer – e comer - massa. Por isso, aproveitei o desafio da Verena do Mangia que te fa bene, a propósito do World Pasta Day, para publicar a receita de um dos clássicos da minha cozinha.
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Ingredientes:

250 g de lasanha fresca
450 g de espinafres congelados
5 dentes de alho picados
½ chávena de leite
2 requeijões de ovelha (400 g)
1 embalagem de molho bechamel (5 dl)
1 embalagem de natas (2 dl)
1 colher de chá de sumo de limão
Noz-moscada
Parmesão ralado
Azeite
Sal e pimenta


Dar uma fervura nos espinafres 3 a 4 minutos, escorrê-los bem e salteá-los em azeite com os dentes de alho picados. Juntar o leite, temperar com sal e pimenta e deixar cozinhar 1 ou 2 minutos. Coloco o leite para que os espinafres não fiquem muito secos e seja mais fácil misturá-los com o requeijão, que é o passo seguinte. Salpicar o fundo do tabuleiro com um pouco de natas, para a 1.º camada de lasanha não pegar. Colocar as folhas de lasanha, alternadas com o recheio (esta é a parte que todos conhecem!). Cobrir com o seguinte molho: o bechamel de compra, misturado com as natas, temperado com noz-moscada e limão. Verter este molho sobre a lasanha e polvilhar com parmesão ralado. Vai ao forno 30 minutos. Deixar arrefecer 10 a 15 m antes de comer (vá lá resistam, pois o sabor fica bem melhor).



Portuguese-Italian lasagne (with requeijão and spinach)

Any excuse is a good excuse to make (and eat) pasta. Therefore, I’ve seized Verena’s (Mangia que te fa bene) challenge to make and post my kitchen pasta classic, commemorating World Pasta Day. Requeijão is a traditional Portuguese cheese, similar to ricotta, made with sheep or cow whey. In this recipe, I’ve used the first one.
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Ingredients:
250 g fresh lasagne
450 g de frozen spinach
5 minced garlic cloves
½ cup milk
400 g requeijão
5 dl béchamel/white sauce
2 dl pasteurized cream
1 teaspoon lemon juice
Ground nutmeg
Grated parmesan cheese
Olive oil
Salt and black pepper

Bring spinach to boil for 3 or 4 minutes, draining them well. Sauté spinach with garlic in olive oil. Add milk and season with salt and pepper. Milk makes it easier to combine spinach and cheese, which is the following step. Spread a small amount of cream on the bottom of a pan. Then place the lasagne and spinach stuffing in layers. Cover with the following sauce: béchamel sauce, the remaining cream, ground nutmeg and lemon juice. Sprinkle with parmesan cheese. Bake for 30 minutes or until cheese is lightly brown. Wait 10/15 minutes until serving. Bom apetite (which means "Tuck in").
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Thanks mrs pickles for helping me in this translation!

23/10/07

Arroz doce cremoso


A pedido de várias famílias… pronto… apenas da minha amiga pipoka...lá fui eu fazer o meu arroz doce (não é que seja um sacrifício cozinhar, principalmente doces!).
A origem deste arroz doce é uma receita do Livro de Massas e Arroz da Vaqueiro com algumas adaptações minhas, fruto de várias experiências.
O arroz doce é uma sobremesa muito apreciada na família do meu R. (que é originária da zona de Coimbra – onde se faz o arroz doce sem ovos), o que aumenta o grau de exigência na confecção e nas críticas! Por este motivo, costumo fazer sempre esta receita utilizando o dobro dos ingredientes.


Ingredientes
50 g de arroz carolino (qualquer marca)
1 dl de leite (meio-gordo)
1 dl de água
1 casca de limão
100 g de açúcar
Canela para enfeitar


A receita é muito simples e o ingrediente principal é a paciência (pois o arroz demora cerca de 1 hora a fazer). Colocar a água numa panela. Quando começar a ferver junta-se o arroz bem lavado e escorrido, deixar cozer o arroz 3 a 4 minutos, mexendo sempre para não pegar. Ir juntando o leite (previamente fervido com a casca de limão), a pouco a pouco e mexendo. Quando o arroz tiver absorvido o leite, junta-se o açúcar e deixa-se ferver mais 5 minutos.
E já está! É nesta altura que fica um aroma na cozinha que nos dá vontade de começar a comer o arroz ainda quente mas, mais uma vez, paciência… quando o arroz tiver arrefecido colocamos a canela e agora sim, ao ATAQUE!!!

22/10/07

Creme de cogumelos com amêndoas


A sopa é uma presença assídua na minha ementa diária. No entanto, este é um prato que raras vezes é vítima dos meus ímpetos de criatividade gastronómica (não sei se isso será bom ou mau!), pois quase sempre o faço com uma base de abóbora, nabo e cenoura, variando depois as verduras que adiciono para “colorir”. Aproveito, assim, este blogue para começar a diversificar em matéria de sopas.


Ingredientes:

350 g de cogumelos
1 colher de sopa de manteiga (25 g)
25 g de amêndoas torradas e raladas
6 dl de caldo de legumes
(uso 1 cubo de caldo de legumes biológico, dissolvido em água)
4 dl de leite
3 colheres de sopa de natas
Noz-moscada
Sal e pimenta
Salsa picada para enfeitar

Limpar e laminar os cogumelos. Numa panela, derreter a manteiga e juntar os cogumelos. Quando começarem a largar água, tapar e deixar cozinhar 5 minutos. Juntar a amêndoa, o caldo de legumes e o leite (quentes), a noz-moscada, o sal e a pimenta. Tapar e deixar cozinhar 10 minutos, em lume brando. Triturar a sopa até ficar cremosa. Juntar as natas e aquecer a sopa, sem deixar ferver. Rectificar os temperos. Servir, finalizando com salsa picada.

21/10/07

Doce Halloween


Apesar de não ser uma tradição tipicamente portuguesa, tem-se vindo a celebrar o Halloween em Portugal de forma séria! Como este blogue trata de assuntos relacionados com culinária e não bruxarias, neste Halloween optámos por escolher um “doce” em vez de “travessuras” e qual o melhor doce para esta ocasião??? Doce de Abóbora com Amêndoas!!!

Ingredientes:

2 kg de abóbora amarela
1,6 kg de açúcar granulado branco
100 g de açúcar mascavado
1 Pau de canela
2 Copos de água
200 g de amêndoa laminada

Tirar a casca e as pevides da abóbora e cortá-la em cubos pequenos. Colocar estes cubos numa panela grande cobertos com os 2 tipos de açúcar, o pau de canela e os copos de água (para ajudar a desfazer a abóbora). Deixar ferver em lume brando cerca de 1 hora, até o doce fazer o conhecido “ponto estrada” (consiste em colocar uma colher de doce num prato raso, com o dedo traçar uma estrada no meio do doce e certificar que a estrada se mantém). Juntar a amêndoa laminada e já está!!!
Este doce é óptimo para comer com tostas, servido com requeijão (para entrada) ou à colher a ver um filme de terrror!!!

Ricos paladares - 27º Festival Nacional de Gastronomia


Pois é... se há locais onde as pessoas gulosas, com apetite e apreciadoras de bons paladares não deveriam entrar, um deles seria o Festival Nacional de Gastronomia em Santarém. De 18 de Outubro a 04 de Novembro, podemos encontrar neste certame tasquinhas com os restaurantes típicos das diversas regiões do nosso país.
Este ano, fiquei-me apenas pela visita à exposição de artesanato (não é muito grande) e o pavilhão da doçaria… Hum!!! É uma perdição para a vista e é difícil saber por onde começar… A minha experiência gastronómica foi: ginginha de Óbidos em copo de chocolate (neste stand havia com cada bolo com chocolate e amoras e…), argolas de açúcar e ovo de Santarém, Azevias no stand dos doces Conventuais, sangria de frutos silvestres e… chega!!! Fui tudo o que a minha consciência permitiu, mas com os olhos comi muito mais!!!
Em média estas experiências custam entre €1 e €3, e vale muito a pena experimentar.
Se estiverem a pensar visitar não esperem muito tempo, pois quanto mais se aproxima o último dia, mais visitas tem e por vezes torna-se complicado circular no recinto.

Os horários são:
2ª a 6ª Feira e vésperas de Feriado

Das 12h às 16h e das 19h às 24h
Encerra das 16h às 19h
Sábados, Domingos e Feriados
Das 12h às 24h

Programa:
http://www.cm-santarem.pt/NR/rdonlyres/167CAC33-ECEB-4962-B99C-6C07096A3E17/0/Livrogastronomia01.pdf

19/10/07

Cake com pesto de porcini


Desde que vi (e fiz) Cake de Atum com Pimentos da Karen, fui invadida por uma vontade imensa de fazer bolos salgados, inclusivamente até comprei um livro dedicado ao tema. Esse desejo foi recentemente aguçado pelos deliciosos muffins salgados da Migas e pela Bola de Pêra e Roquefort da Patanisca. Aqui está o meu cake (ou pão), a partir de uma receita de Cakes Dolci e Salati (não está exactamente igual, por falta de ingredientes e não por um qualquer assomo de criatividade….).

Ingredientes:
180 g de farinha
3 ovos
100 ml de leite meio gordo
100 ml azeite
100 g de queijo emmenthal ou gruyère
3 a 4 colheres de sopa de pesto de porcini
1 raminho de salsa
3 colheres de chá de fermento
Sal e pimenta q.b.

Para o pesto:
25 g de cogumelos porcini secos
(no original: 150 de porcini frescos. Infelizmente, não se conseguem comprar cá)
1 mancheia de amêndoas (20 g)
(no original, eram pinhões)
50 ml de óleo
1 dente de alho
Sal e pimenta q.b.

Demolhar os cogumelos secos, cerca de 30 minutos em água morna. Fazer o pesto, triturando todos os ingredientes no robô de cozinha. Ligar o forno a 180 graus. Untar uma forma com manteiga e polvilhar com farinha. Numa tigela, misturar os ovos, o azeite, o leite e o pesto. Adicionar a farinha, o queijo e a salsa picada. Temperar com sal e pimenta. Por fim, incorporar o fermento delicadamente. Verter a massa na forma e colocar imediatamente no forno. Coze 50 minutos. Deixar arrefecer antes de desenformar. Servir com salada.


Arroz de polvo (muito malandrinho)


Já andava para convidar uns amigos há muito tempo para experimentarem uma das minhas especialidades, arroz de polvo… Pois foi este fim-de-semana, sábado à noite!!! A receita saiu-me bem e um bom vinho branco da Companhia das Lezírias ajudou à festa…Para quem quiser experimentar, é muito simples…

Ingredientes:
(para 4 pessoas com bastante apetite)
1 polvo grande ou 2 médios (se sobrar polvo, fazem uma salada no dia seguinte)
2 cebolas grandes
4 tomates pequenos maduros
Tiras de pimento verde “a gosto”
2 chávenas de chá (grandes) de arroz
Coentros "a gosto"
Picante "a gosto"

Cozer o polvo, 30 a 40 minutos, na panela de pressão com uma cebola descascada e cortada em 4. Num tacho de barro, refogar a cebola em azeite até alourar e depois juntar o tomate aos bocados e as tiras de pimento. Como o arroz deve ser feito “na hora”, para ficar com muito molho, a minha sugestão é cozer primeiro o polvo e deixar o refogado pronto. Quando os convidados chegam, enquanto comem uns aperitivos… pomos o refogado a aquecer, juntamos o arroz (para dar uma fritura) e vamos acrescentando a água de cozer o polvo (para 2 chávenas de arroz ponho 6 de água). Quando começar a ferver, junta-se o polvo cortado aos bocados. Como se está a utilizar um tacho de barro, que conserva bem o calor, retiramos o arroz do lume sem estar totalmente cozido e adicionamos coentros picados (a foto foi tirada precisamente neste momento, por isso, o arroz está com muito molho). Levem à mesa e, enquanto se sentam, o arroz fica “no ponto”! Já me esquecia… colocar 1 malagueta ou picante a gosto quando se junta o polvo!

17/10/07

Profiteroles


O nosso blogue está bastante apetitoso mas falta-lhe receitas docinhas… É das coisas que mais gosto de cozinhar, qualquer tipo de doces! É uma satisfação dupla porque adoro fazer doces e ainda mais de os comer (mas isso fica para outra sessão…). Desta vez, elegi uns profiteroles, cuja inspiração obtive dos meus sempre amigos livros de Receitas Vaqueiro. Vamos ver como funciona… à partida os profiteroles parecem ser mais complicados do que na verdade são.

Ingredientes:

3 dl água
150 g margarina
150 g farinha
6 ovos
5 dl natas frescas
1 tablete de chocolate de culinária
Sal

Levar ao lume a água com a margarina e, após levantar fervura, juntar a farinha de uma só vez. Mexer com uma colher de pau até obter uma bola que se descole das paredes e do fundo do tacho. Retirar o tacho do lume e juntar os ovos um a um (esta é a parte mais delicada porque a massa está quente e se não mexemos bem os ovos eles começam a ficar cozidos) – só se junta um novo ovo depois de o outro estar bem envolvido na massa.

Com um saco de pasteleiro, colocar montinhos de massa num tabuleiro, que vai 20 minutos a forno médio. Quando os profiteroles arrefecerem, podem-se bater as natas até fazerem chantilly com 3 colheres de sopa de açúcar (se tiverem em pó fica melhor). Voltemos ao saco de pasteleiro, que tem um bico especial (fino e comprido), óptimo para a próxima tarefa: a de encher os profiteroles.

Derreter a tablete de chocolate com 2 colheres de sopa de água, juntar um pouco de leite e verter por cima dos profiteroles recheados. Sirvam estes pequenotes bem frescos e bom proveito!

16/10/07

Seitan com manga


Vá lá… não torçam o nariz! Eu sei que gostam de diversificar a vossa alimentação! Seitan é bom e cozinhá-lo e tão simples como confeccionar um qualquer prato de carne… Ou seja, basta pegar numa receita de carne e substituí-la por seitan – almôndegas, strogonoff, hambúrgueres, jardineira… são alguns exemplos. Esta receita é uma tentativa de reproduzir um prato do restaurante Psi, do qual eu e a minha amiga MJ (que me pediu para o colocar no blogue) gostamos muito. Sei também que irá agradar à original cozinheira Anette do Freak Veggie, estou certa?


Ingredientes (2 pessoas):

200 g de seitan
125 g de manga ou a gosto (também já comi com papaia)
Molho de soja q.b.
Vinho branco (quando não tenho, uso limão)
2 dentes de alho
Natas de soja q.b.
Azeite q.b.

Cortar o seitan em tirinhas e deixar marinar – 20 minutos - em molho de soja, um pouco de água, alho e vinho branco. Saltear o seitan em azeite até ficar tostadinho. Juntar o líquido da marina (retirar o alho). Se achar pouco molho, junte mais vinho branco (ou vinho do Porto). Deixar apurar. Juntar natas a gosto e a manga cortada aos pedacinhos. Servir com arroz basmati.

15/10/07

Bolachas rústicas de aveia e tâmaras


Achei que neste blogue andava a faltar um docinho, por isso fiz estas bolachinhas (boa desculpa!). Para a próxima faço a receita a dobrar, pois esta só deu 12 bolachas (achei pouco).

Ingredientes:

100 g de manteiga
100 g de flocos de aveia
100 g de farinha de trigo integral
60 g de tâmaras (cerca de 8 tâmaras)
2 colheres de sopa de açúcar amarelo (mascavado)

Numa tigela, partir a manteiga aos bocadinhos e juntar as tâmaras picadas, amassando. Noutro recipiente, misturar a farinha, os flocos de aveia e o açúcar. Juntar esta mistura à da manteiga. Amassar até ficar unido e moldar as bolachas. Vão ao forno, num tabuleiro untado com manteiga e polvilhado com farinha, cerca de 20 minutos a 180 graus.

Fonte: revista Vegetariana n.º 6 (Setembro 2004)

12/10/07

Borboleta de espargos


Foi a omeleta que jantei na passada quarta-feira, feita primorosamente pelo L. É que as omeletas requerem uma técnica que, confesso, não consigo interiorizar. Na verdade, também não preciso, pois já há um especialista na matéria lá em casa.

Ingredientes:

4 ovos
250 g espargos
Manteiga q.b.
Azeite
1 dente de alho
Sal e pimenta q.b.

Arranjam-se os espargos, retirando o pé e descascando as partes mais fibrosas. Lavá-los e cortá-los em pedaços. Salteiam-se em manteiga e um pouco de azeite. Reservam-se. Batem-se os ovos e temperam-se com sal e pimenta. Esfregar o dente de alho na frigideira em que se vai fazer a omeleta – este truque o L. aprendeu num programa do Olivier Anquier. Atenção: é só esfregar, pois o dente de alho não é para juntar à receita! Derrete-se a manteiga e vertem-se os ovos e... faça-se a omeleta e recheie-se com os espargos! Eis a borboleta...
zzzz

“Vamo(s) comer Caetano”


Porque a música também é para saborear! Hoje e amanhã no Coliseu dos Recreios; segunda e terça-feira no Coliseu do Porto e, quarta-feira, no Pavilhão Multi-Desportos de Coimbra.

10/10/07

Massa apressada


Quando chego tarde a casa, já sem grande vontade de cozinhar mas com muita vontade de jantar, acabo por fazer o tradicional inglês Beans on Toast com um ovito a cavalo (tenho sempre uma latinhas de Heinz Baked Beans na minha dispensa para estas emergências), ou ainda uma "Massa Apressada"... quase sempre de improviso. Esta gostaria de partilhar convosco porque, além de muito saborosa, é muito simples e rápida de fazer.

Ingredientes:

Massa para duas pessoas comilonas
1 colher sopa de azeite 3-5 dentes de alho
1 malagueta fresca grande
1 pacote pequeno de natas light
1 colher de café de puré de tomate
1 colher de chá de ketchup
1/2 copo de vinho branco
1 colher de sopa de salsa picada
Sal q.b.

Enquanto se coze a massa em água quente com sal, leva-se a lume brando um tacho grande com o azeite, o alho picado miudinho, e a malagueta fresca cortada às rodelas muito fininhas aproveitando também as sementes ;). Quando o alho e a malagueta estiverem amolecidos, deitar as natas e o sal, e misturar bem. A seguir deita-se o vinho, mexendo sempre para não talhar, e por fim, acrescenta-se salsa. Junta-se a massa ao molho, misturando muito bem. Servir logo (fundamental), acompanhar com um bom vinho branco e finalmente relaxar... Espero que gostem ;)


Massa de inspiração Tailandesa


Aqui há uns anos assisti a duas aulas de cozinha tailandesa. Dessa minha experiência, além da paixão pelos sabores desse país, ficou a associação da respectiva culinária aos seguintes temperos e ingredientes: molho de peixe, vinagre, açúcar, massa de arroz, amendoim... que estão presentes nesta receita e justificam o nome. Desculpem lá os q.b., mas é conveniente temperar e rectificar consoante o gosto de cada um, sobretudo quando não se está familiarizado com o molho de peixe.

Ingredientes:

Massa de arroz (1 barra, ou seja, cerca de 130 g)
60 g de cogumelos secos chineses (vendem-se nas mercearias asiáticas) ou 150 g de cogumelos frescos (aconselho os shitake, pois também têm um sabor intenso)
3 dentes de alho
2 colheres de sopa óleo
200 g de rebentos de soja
3 ovos
Cebolinho q.b.
Molho de peixe q.b. (também à venda nas mercearias asiáticas)
Açúcar q.b.
Vinagre q.b.
Amendoim moído

Demolhar os cogumelos secos cerca de 30 minutos, escorrê-los bem e laminá-los. Num wok, fritar o alho picado no óleo, sem queimar. Juntar os cogumelos, deixar que percam um pouco da água. Temperar com molho de peixe, vinagre e uma pitada de açúcar. Entretanto, demolhar a massa de arroz em água a ferver, de 3 a 5 minutos. Escorrer a massa e juntá-la aos cogumelos. Rectificar os temperos (molho peixe, açúcar, vinagre). Juntar o cebolinho picado e os rebentos de soja, deixar cozinhar. Verificar os temperos. Bater os ovos, vertê-los sobre a massa, deixando-os cozinhar, sem mexer. Só depois é que se mistura tudo. Servir enfeitado com amendoim moído.

08/10/07

Sopa de cenoura e laranja

Nada melhor do que uma saudável e deliciosa sopinha para o jantar, para compensar os excessos das férias! Embora já lhe tenha conferido um toque pessoal – uma forma pomposa de dizer que não sigo a receita à letra - a sopa original é de O Livro Essencial sobre Cozinha Vegetariana.

Ingredientes:


500 g de cenouras
1 cebola pequena
30 g de manteiga (um pouco mais do que 1 colher de sopa)
150 ml de sumo de laranja
1 a 1,25 l de caldo de legumes (uso 1 cubo de caldo de legumes biológico, dissolvido em água)
Sal e pimenta
Noz-moscada (fundamental!)
Ervinha aromática para enfeitar (desta vez usei cebolinho, mas gosto mais da versão com hortelã)

Numa panela, juntar as cenouras, descascadas e cortadas às rodelas, a cebola picada e a manteiga, deixando estufar 10 minutos. Juntar o caldo de legumes e o sumo da laranja. Deixar levantar fervura, adicionar pimenta e verificar o sal. Cozinha cerca de 20 minutos ou até a cenoura estar tenrinha. Triturar com a varinha mágica. Servir com uma ervinha picada e noz-moscada em pó (moída no momento).

07/10/07

Appunti di Firenze

É verdade… tenho mesmo cabeça de gorda (se fosse só a cabeça…)! Com tanta coisa linda que visitei em Florença: Duomo, Ponte Vecchio, Uffizi, Accademia, Palazzo Pitti, Giardino di Boboli... e só venho falar de comida. Em minha defesa, digo apenas que este é um blogue de culinária.

No Mercato di San Lorenzo, os meus preferidos: cogumelos porcini. Como não os podia trazer frescos - pois antes de voltar a Lisboa ainda tinha uma escala de 2 dias em Madrid - tive que os trazer secos. Cá em Portugal também se encontram na versão desidratada – nas lojas gourmet - mas a preços bem mais puxados…


É impossível resistir a um gelado artesanal italiano, sobretudo quando expostos desta maneira.


Dos restaurantes visitados, a menção honrosa vai para a Trattoria Palle D’Oro (Via Sant' Antonino, 43-45r), recomendado por um desconhecido que, há uma semana atrás, no restaurante Caxemira, ouviu a minha conversa com a mrs. pickles sobre Florença e... claro está: comezainas. A entrada picante é simplesmente deliciosa, com salame, malaguetas recheadas com pasta de fígado de galinha, tomate seco e alcaparras. O primo piatto – e único - ravioli com molho de porcini frescos, fez as minhas delícias e as do L. Para sobremesa, os tradicionais Cantucci con vino santo. Vale a pena visitar!

De recordação, não trouxe nenhum livro de culinária italiana, mas um original compêndio sobre Cakes … uma verdadeira pérola, com receitas maravilhosas e dicas para confeccionar originais bolos salgados e doces! Brevemente vou fazer umas delas… para vos aguçar o apetite ficam aqui dois títulos: Cake com pesto de porcini e Cake de chá verde e chocolate branco. Que tal!?