sábado, 30 de junho de 2012

Ausência - Por razões de força maior... e ainda maior prazer!


Apresentação de Cândido Mota
Poemas ditos por Fernanda Lapa e Fernando Tavares Marques
Canções por Samuel
Intervenções de Armando Farias, António Gervásio e Manuel Begonha - Presidente da ACR


Este cartaz explica o facto de eu, desde o fim da manhã, não actualizar a caixa de comentários.
O facto da ausência se ir prolongar até bem depois das duas ou três da madrugada, esse ficar-se-á a dever à minha já habitual participação no júri das “Marchas Populares de Almada 2012”... lá mais para a noite.
Dia em cheio!

Não há nada como realmente... sobretudo quando!


Não poderia ter chegado em melhor altura esta notícia de capa do “DN”:
Ora ainda bem! Eu já estava completamente desesperado... sem saber como havia de contribuir...
Valha-nos “santa” Isabel dos Santos, que ao comprar o banco pela fortuna "fabulástica" de 40 milhões de euros, depois de lá termos enterrado milhares de milhões, se recusou a ficar com estes calotes, obrigando o Estado (a que Portugal chegou)... a assumir as dívidas destas e muitas outras figuras e alguns figurões.


sexta-feira, 29 de junho de 2012

Governo - O diabo está nos pormenores


Mesmo sendo o corte de salários e o roubo generalizado cometido sobre os trabalhadores, bem ilustrado neste título, “Salários cairam 3,8% no primeiro trimestre”... a (quase única) solução milagrosa deste governo para os cortes na “despesa” decretados pelos ocupantes da troika, os resultados dessa política ficam bem espelhados neste outro título, “Défice de 7,9% no primeiro trimestre”.
A mostrar que a realidade não se compadece com os elogios da dita troika e da Merkel, nem com as suas festas nos lombos dos nacionais lacaios de estimação, recompensando a sua obediência e bom comportamento.
Por mais que estes se babem de prazer e abanem as caudas, ainda que alguma “dúvida” já se vá instalando nas hostes... esta execução orçamental é a «confirmação do desastre», como dizem (e bem!) os “chatos” do costume.
Gostaria muito de poder dizer que somos governados por incompetentes... mas, desgraçadamente para a grande maioria dos portugueses, não é de todo isso o que eles são!

Ricardo Rodrigues – É o que fazem as pressas


Devo confessar que nenhuma das várias estórias envolvendo Ricardo Rodrigues, o escorregadio e (pelo menos para mim) algo repelente pavão que tem lugar na Assembleia da República como deputado do PS, me interessou alguma vez por aí além... muito menos esta farsa dos gravadores surripiados a meio de uma entrevista.
Assim sendo, quando ao passar os olhos pelas notícias do julgamento e condenação do indivíduo dei de caras com a palavra “suspensão”... fui percorrido por um leve arrepio.
Que diabo! Por tão pouca coisa, não será um pouco excessivo “suspender” o homem?! Por causa de dois gravadores que juntos devem valer para aí 200 euros... e um atentadozito à “liberdade de imprensa”... que, nos dias que correm, deve andar a valer ainda menos que os ditos gravadores?!
Depois é que percebi que aquilo que foi suspenso... foi simplesmente uma parte das actividades parlamentares do deputado.
É para eu aprender a não ler notícias de viés... sem ter treino específico para tal!

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Lixo informativo


Estória curtíssima... mas de significado francamente sinistro.
Um pequeno avião de instrução falha o voo e cai, matando os dois ocupantes. Um, é o instrutor. O outro é o aluno de pilotagem, ao que dizem, filho de alguém cheio de dinheiro. Título óbvio na primeira página do “Correio da Manhã”:
O outro, o mais pobre, é morto duas vezes. Uma pelo avião... e outra, pelo abjecto e quase automático servilismo dos media para com os mais ricos. Estamos todos os dias a ver exemplos como este, de como décadas e décadas de adoração do “deus-dinheiro” podem transformar uma boa parte de um país e da sua comunicação social... numa estrumeira.

Força Portugal!!!


Força Portugal... que bem precisas dela! Agora que acabou mais uma distração patrioteira e podem (e devem!), finalmente, voltar às primeira páginas as coisas realmente importantes.
Acorda! Ataca! Vai-te às canelas daqueles que andam a rasteirar-te e a roubar-te há tantos anos. Organiza-te!
O que está em jogo é o teu futuro e o dos teus filhos!
Força, Portugal!

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Vítor Gaspar – Ainda se riem dele?!


Foi de muito pouca duração o tempo em que encontrei motivos para piadas no ar meio “zombie”, entaramelado e levemente esgazeado do ministro das Finanças, Vítor Gaspar.
Na verdade, por detrás daquela maneira de se expressar que parece um interminável anúncio publicitário às maravilhas da lobotomia, esconde-se um cérebro frio, um executor sem “estados de alma”, um lacaio consciente daquilo que tem que fazer para servir os seus donos. Aqueles que mandam no mundo, sobre o mar de suor e dificuldades dos milhões de seres humanos que exploram.
Ainda há umas horas o vimos, descarado e insolente, virar-se para aqueles que vêm, desde sempre, avisando para aquilo que agora o “surpreendeu”, ou seja, o resultado prático de uma política de ruína para o país... e chamar-lhes «irresponsáveis», por "censurarem" o seu desempenho desastroso. E enquanto o fazia, um pesado ar de ódio rompia a máscara de pateta com que pensa continuar a enganar uns tantos.
Não! Decididamente esta não é mais uma figura risível da nossa política! Enquanto Passos Coelho, o “manequim” acéfalo, office boy menor dos grandes grupos económicos, vai papagueando a sua “não intensão de adoptar mais medidas de austeridade”, já Gaspar anda semeando as suas frases propositadamente ensonadas, abrindo buracos entre as “promessas” do primeiro ministro, buracos por onde passarão, muito brevemente, as tais novas mediadas de austeridade. Mais uma vez, contra os mesmos.
Não! Decididamente, este ministro não é o palhaço que parece!
Este ministro é mais um que não tem perdão... pois sabe muito bem o que faz.
Este ministro é um canalha!

terça-feira, 26 de junho de 2012

O prazer de ser diferente


Deixando claro que a única solução para "resolver" a deterioração das condições económicas e financeiras que ele próprio criou com a imposição de um fanático programa de austeridade... é mais austeridade, o governo ameaça com novos roubos dirigidos prioritariamente aos trabalhadores.
Enquanto se preparava para, do alto da sua maioria parlamentar, chumbar a Moção de Censura do PCP, várias foram as tiradas “brilhantes”, por entre muito circo, com que os membros do governo e os seus apoiantes brindaram o país. Fixei particularmente uma. Paulo Portas, com a desfaçatez que lhe é conhecida, pergunta:
A lembrar um qualquer canalha que, avisado durantes centenas de quilómetros para conduzir com cuidado, depois de estampar o carro, pergunta arrogante a quem o vinha avisando: “Estás para aí a dar lições de condução... mas agora, se não arranjares um carro novo, como é que vais para casa?”
Estivesse eu no Parlamento (longe vá o agouro!) e talvez lhe dissesse que é de facto uma pergunta de difícil resposta. Sobretudo porque as hordas de ladrões que ao longo dos anos foram delapidando o país em muitos milhões de contos e, seguidamente, em muitos milhares de milhões de euros, quase todos dirigentes, militantes ou simpatizantes do CDS, do PSD e do PS... não devem estar muito disponíveis para devolver as astronómicas fortunas que roubaram.
Portanto, assim de repente... não sei onde iria buscar o dinheiro. Já se não for de repente e com uma clara mudança de políticas, sei! E não vale a pena fazerem-se de estúpidos, dizendo que nunca ouviram nenhuma proposta ou alternativa nesse sentido. Está tudo escrito e publicado! Se nunca leram ou ouviram... a brilhante e demolidora intervenção final do Bernardino Soares deve chegar para tirar muitas das dúvidas.
Adenda: Eu sei que alguns dos ladrões que se têm governado à conta do erário público ou da simples exploração dos trabalhadores, foram dirigentes ou militantes do PCP. Acontece que, como é notório, todos eles saíram do PCP antes de irem tratar da sua vidinha, uns... e encher pornograficamente os bolsos... outros. 
E isso faz toda a diferença!

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Governo Passos/Portas – A arte de fazer a festa... lambendo as próprias botas




Ofuscado pelo habitual “brilho” e repercussão mediática das sua frases-feitas pretensamente vistosas, Paulo Portas nem se terá dado conta do significado profundamente canalha da sua tirada:
"Esquece-se" o ministro de que esta metade do ano que já passou, tendo sido um pesadelo para os muitos milhares de trabalhadores que o seu governo se encarregou de espoliar, mais os outros milhares a quem criou a “oportunidade” do desemprego, mais os outros a quem acelera a morte por falta de assistência médica próxima e capaz, mais os jovens a quem empurra para a emigração...não foi, de facto, igual para todos.
Na verdade, para muito dos amigos e patrões do ministro e do seu governo, esta metade de 2012 não é uma boa notícia por já ter passado, mas sim por ter acontecido... pelo menos a ver pelos ganhos fabulosos que estão a retirar da chamada crise e da desgraça de milhões de portugueses.
Não se esperaria melhor, nem do demagogo populista Paulo Portas, nem da «cerimónia de propaganda», como bem lhe chamou Vasco Cardoso, em que esta frase foi produzida. Uma cerimónia lamentável em que o governo de lacaios da “troika” se encarregou de, copiosamente, lamber as próprias botas.

Grécia – Ele há cada simbolismo!...


Mesmo admitindo que algumas notícias, em vez de me impelirem a fazer comentário sérios, despertam o “pior” que há em mim; mesmo frisando que desejo rápidas melhoras aos senhores e que, neste post, apenas me refiro ao carácter extremamente simbólico das suas maleitas...
Ainda assim, não resisto! A notícia de que o novo primeiro ministro grego, mal tomou posse, já está a ser operado aos olhos e que o ministro das finanças foi internado com intensas dores abdominais, não me deixa outra alternativa senão imaginar um primeiro ministro que, o mais das vezes, não verá lá muito bem o que está a fazer... e um ministro das finanças que, com um tamanho “desarranjo” abdominal, não augura nada de bom para a sua futura obra...

P.S.    Eu sei que o cartoon não tem nada que ver com a notícia... mas com que diabo é que haveria de ilustrar isto?!


Adenda: Entretanto, o senhor das finanças já desistiu mesmo antes de tomar posse.

domingo, 24 de junho de 2012

Paul McCartney – E tinha razão...


“Mesmo que tenha chovido
nós não nos importámos
Ela disse - me que um dia, em breve
o sol iria brilhar
E tinha razão
o meu amor
a minha namorada” 
("My Valentine - Paul McCartney)

Já por milhares de vezes se compuseram canções de amor. Muitas dezenas de vezes, ter-se-á recorrido à língua gestual como efeito visual... mas há sempre pormenores que tornam uma canção única.
Natalie Portman há só esta... e as canções de Paul McCartney (por enquanto) só as há feitas por Paul McCartney.
E esta é de se lhe tirar o chapéu! Feita agora, aos setenta anos, mas a lembrar o Paul McCartney da minha juventude. Aquele que, juntamente com Lennon, Ringo e Harrison, ajudou a mudar o mundo das canções... e não só.
Façam como eu. Ouçam esta pérola e deixem-se “cativar”... um conceito nunca tão bem explicado como pela raposa d’ “O Principezinho”.
Bom domingo!
My Valentine” – Paul McCartney e Natalie Portman
(Paul McCartney)



sábado, 23 de junho de 2012

UGT – João Proença... e uma sucessão que se anuncia muito “auspiciosa”


Uma das muitas vantagens que as conversas de café com os amigos têm sobre os blogues, jornais e telejornais, é que não dependem da actualidade para terem interesse. Sendo assim... lá estava o meu amigo desabafando comigo sobre duas notícias já com alguns dias, envolvendo “sindicalistas”.
1. O mais que certo sucessor de João Proença à frente da UGT, Carlos Silva, promete ser ainda melhor que a encomenda! De facto, fica-se sem grande coisa para dizer, ao apreciar a satisfação do “sindicalista”, pelo facto de o seu patrão, Ricardo Salgado, dono do BES, «lhe desejar muita sorte, afirmando ser para ele um orgulho ter um seu colaborador à frente da UGT».
Não... o meu amigo não estava a inventar! A entrevista em que o “sindicalista” e futuro dirigente máximo da UGT fez estas “confidências”,  pode ser lida AQUI.
2. O ainda secretário geral da UGT, o inimitável João Proença, declarou que que a revisão do Código do Trabalho (que há bem pouco tempo assinou)é má, não serve para nada, nem ajuda a resolver nenhum problema.
Quando o meu amigo se preparava para “ilustrar” a sua estória disparando alguns adjetivos sobre o grande João Proença, eu, para o acalmar e, sobretudo, poupar os ouvidos das senhoras que tomavam chá na mesa ao lado, resolvi dizer-lhe que o caso do Proença não é único... dando mesmo como exemplo a estória de uma fantástica tia de um colega meu dos tempos de escola, que quase todos os dias vinha para a rua e assinava tudo o que lhe puséssemos à frente: livros, cadernos escolares, fotografias, bilhetes de rifas...
Claro que a senhora tinha a excelente desculpa de ser louca juramentada, diagnosticada, medicada... e só não internada, porque nunca fez mal a ninguém. Dava-lhe apenas para se tomar por uma grande artista de cinema ou teatro, ou grande escritora, ou diva da ópera... e dar autógrafos a condizer.
Qual será a desculpa de João Proença?!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Selecção Nacional – Ganhou!!! (apesar de certas presenças agoirentas)


Ainda a propósito de Miguel Relvas, um leitor devidamente identificado enviou-me por mail esta imagem que terá visto, por uns segundos, durante o jogo Portugal/República Checa, que a Selecção Nacional ganhou, dizem-me que muito bem.
É um mail com algumas dúvidas sobre se, por exemplo, o ministro "pagou a viagem do seu bolso", se a estada na estranja lhe é "descontada no vencimento", etc., etc.
Claro que partilho as dúvidas deste leitor, sendo que, ainda por cima, a fotografia não ajuda lá muito a esclarecê-las... fotografia em que, confesso, apenas distingo três figuras que consigo identificar:
1. Eusébio – Grande jogador de bola!
2. Luís Figo – Grande jogador de bola (e frequentador de pequenos-almoços famosos).
3. Miguel Relvas – Grande... grande... bem, agora não me ocorre nada, mas que é grande, isso é!!!


ERC – Peço desculpa... mas para mim, “Reguladora” é uma marca de relógios despertadores




Esta deliberação da ERC cheira mal! A ERC, Entidade Reguladora para a Comucicação Social, decidiu que não houve pressões de Relvas sobre ninguém, no famoso caso em que vários elementos do “Público”, incluindo a jornalista que terá sido ameaçada pelo governante, continuam a dizer que houve.
Como se isso não bastasse, uma votação de três contra dois, não se pode chamar uma “vitória” retumbante, num caso destes.
Acresce ainda o facto (algo esquisito) de uma das figuras que integram a ERC, ser uma amiga, íntima e de longa data, do ministro... e não ter tido a lisura (mesmo não tendo a obrigação) de se afastar desta votação, tendo, bem pelo contrário, votado a favor da ilibação de Relvas.
A ERC, numa forma estranha de “investigação”, segundo testemunho dos elementos do jornal, dá como provados factos menores, mas em que as versões dos litigantes coincidem... e quanto às matérias em que divergem, opta por dar tudo como «não provado».
Em boa verdade, a funcionar nestes moldes e pelo que se tem visto, uma ERC serve para quase tanto como uma “espinha amuada” no nariz, embora esta incomode mais durante uns dias. Seja como for, este caso é mais um retrato tristonho do estado a que chegámos.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Passos/Portas – “Ándale, ándale!!!”


O primeiro ministro Pedro Passos Coelho e o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, estão de viagem pela América Latina, num périplo que inclui o Peru, o Brasil e a Colômbia.
A confirmar-se a visita à Colômbia, trata-se dum acontecimento sem precedentes. Na verdade, não há memória de que alguma vez duas “encomendas de droga” tão nocivas para a saúde pública, tenham alguma vez feito o trajeto Península Ibérica-Colômbia, em vez do clássico Colômbia-Península Ibérica.

Grécia – Rescaldo eleitoral e “novo” governo


Depois da vitória da Alemanha nas eleições gregas, fruto de uma intensa campanha eleitoral, vinda de todos os lados, principalmente da própria Alemanha e da sua inefável “frau” Merkel, a favor dos partidos favoráveis... ou para ser mais exacto, lacaios da “troika”, aqui fica uma sequência de reflexões... chamemos-lhes assim.
Milhares e milhares de eleitores gregos foram votar na “Nova Democracia”, de direita, borrados de medo com a ameaça de vitória dos “radicais de esquerda” do “SYRISA”. Um perfeito disparate... já que, não duvidando das simpatias de esquerda de muitos dos ideólogos e militantes daquela coligação/partido, o seu “radicalismo” está bem expresso na forma empenhada como gritaram aos quatro ventos a sua adesão à UE e ao Euro, questionando verbalmente o “pacto de agressão” ao povo grego... mas deixando no lugar as suas causas.
Milhares e milhares de eleitores do “PASOK”, o “PS” lá do sítio, foram votar, a tremelicar das pernas, no “SYRISA”, justamente divorciados do seu partido, fortemente enlameado pelos últimos acontecimentos naquele país.
Milhares e milhares de simpatizantes e militantes do “SYRISA” foram votar no “SYRISA”... e fizeram eles muito bem!
Muitos milhares de eleitores que antes votavam no “KKE” foram votar, a tremelicar das suas convicções, no “SYRISA”, iludidos como tantos antes deles e muitos que virão depois, pela velha e estafada fraude do “voto útil”.
Muitos milhares de simpatizantes e militantes do “KKE”, contra ventos e marés, contra campanhas de terror e difamação, votaram no seu partido... e fizeram muito bem!
Resumindo... enquanto vai tomando posse o “novo” governo, restam-me três observações:
1. A “suave” proposta de renegociação (mas dentro do Euro e da UE) defendida pelo “SYRISA”, foi um presente para a “Nova Democracia”, que pôde desta forma também propor, digamos assim, uma coisa parecida... e ficar bem na fotografia, para além de ganhar as eleições, ainda que por uma unha negra.
2. Para o povo grego, principalmente para os seus trabalhadores e grupos de cidadãos mais indefesos, estes resultado eleitoral é a continuação de mais do mesmo. Mais austeridade, mais roubo, mais sacrifícios. Impostos por uma “troika” que continua a ter no governo exactamente os mesmos que colocaram a Grécia nesta situação.
3. Para os agiotas internacionais (e alguns nacionais) que vão continuar a ganhar milhares de milhões com o esmagamento do povo grego, estes resultados eleitorais foram (e perdoem-me o trocadilho)...
“A Syrisa em cima do bolo”

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Cavaco Silva e o Código do Trabalho – Ainda o célebre sorriso das vacas – 2


Ilustração imaginária e fantasista de uma hipotética e mais do que improvável visita oficial das “vacas dos sorrisos felizes” açorianas... ao continente.

Cavaco Silva e o Código do Trabalho - Ainda o célebre sorriso das vacas


Esta descarada publicidade a um produto lácteo açoriano (que ninguém me vai pagar) parece não ter nada que ver com qualquer assunto de actualidade, mas, se repararmos bem...
No fundo da embalagem de leite, devidamente assinalada pela minha seta, está a frase que explica o meu interesse pelo produto: “Leite de vacas felizes”.
Assim à primeira vista, esta frase “sacada” pelo pessoal da “Terra Nostra”, ou é um rasgo de humor, aproveitando a boleia da idiótica apreciação de Cavaco Silva sobre o célebre “sorriso das vacas” que tanto o fascinou... ou então, estava tudo combinado previamente, sendo aquela tolice de Cavaco, parte integrante da campanha publicitária.
Claro que nem por um momento acredito nesta segunda hipótese! Não porque o cidadão Aníbal não fosse “sensível” ao aceno de uns cobres... mas porque sendo o canastrão incompetente que é, nunca seria capaz de ter dito aquilo na televisão, com aquela quase naturalidade que o caracteriza, se a coisa se tratasse de um texto publicitário pré-concebido.
O que fica para memória futura é que foi uma frase quase tão idiota e descabida como as justificações que agora deu para promulgar o criminoso Código do Trabalho, não “vislumbrando” em todo o texto qualquer sombra de inconstitucionalidade, colocando os trabalhadores portugueses numa situação ainda pior do que aquela que já suportam e colocando-se a si próprio, como diz (e muito bem!) o Francisco Lopes neste vídeo... «fora da lei».
A justificar plenamente o pedido de fiscalização, assim como o apelo à resistência dos trabalhadores!

terça-feira, 19 de junho de 2012

É um génio, este Cadilhe!


Como a gestão desastrosa do governo teve como (praticamente única) consequência o empobrecimento da maior parte dos cidadãos e pequenas e médias empresas, o que se traduz numa muito menor arrecadação fiscal, o genial ex-ministro de Cavaco pariu uma solução milagrosa e nunca vista: um novo imposto!
Novo... e à bruta, mais uma vez. Segundo o génio, seria coisa para 4% sobre a riqueza líquida e a pagar por todos os portugueses, em «one shot», que traduzido do “americanêz” que dizer de uma vez só. Com "isenções"... mas que seriam ainda "um caso a estudar".
Sabendo-se da agilidade com que se esquivam aos impostos as grandes fortunas que poderiam, desta forma, contribuir com coisa que se visse... a juntar ao facto de uma boa parte dessas fortunas nem sequer estar acessível, convenientemente escondida em paraísos fiscais, já se está a ver para quem é que uma medida destas iria sobrar.
Partindo do princípio de que o ex-ministro não andou a beber shots a mais na noite anterior a esta invenção, estando portanto consciente do que está a propor... que tal um shuto mesmo em cheio, bem no meio do traseiro?
Vá dar sangue, senhor Miguel Cadilhe!!!

Saúde – Notícias da alcateia...


Perante o facto indesmentível de existir uma notória falta de médicos, o executivo de fanáticos neoliberais que desgoverna o país, decidiu abrir um concurso para suprir essas faltas com a contratação de serviços privados de prestação de serviços na área dos cuidados de saúde.
Para além do linguajar “contabilístico” do texto do concurso, tratando o assunto como uma mera compra e venda... se atentarmos no teor do número 12 do referido texto, parido pelo Diário da República, veremos que a única “qualidade” que se exige aos concorrentes como “critério de adjudicação"... é o «mais baixo preço». Não há melhor forma de avaliar o respeito deste governo pela vida dos portugueses e, sobretudo, a qualidade de “cuidados de saúde” que está decidido a colocar ao seu dispor: refugo.
Perante a natural contestação desta medida por parte dos médicos, tanto por via sindical, como da Ordem dos Médicos e o anúncio de uma greve... o secretário de estado não só «não compreende a contestação», como aproveita para chamar aos médicos, genericamente, «privilegiados que não querem trabalhar»... exactamente como qualquer aprendiz de fascista ou simples reaccionário de taberna classifica todos os trabalhadores que ousam fazer greve.
Vendo-se a canalhice e roubo generalizado na forma continuada, que caracterizam a acção deste governo reaccionário de Passos e Portas... pergunta-se, muitas vezes, de onde terá surgido gentalha desta estirpe.
Observando em particular a acção destruidora, a roçar quase sempre o acto criminoso, do ministro do negócio da saúde, Paulo Macedo, um lacaio descaradamente ao serviço dos negociantes privados do sector, para os quais trabalhou e voltará por certo a trabalhar... pode perguntar-se quem estaria na disposição de ser secretário de estado de tal avantesma.
Simples! Um monte de esterco como este! Fernando Leal da Costa, secretário adjunto e da “saúde”... com o populismo mais rasca a escorre-lhe das palavras e com o rótulo de calhordas estampado por toda a cara (chamemos-lhe assim), como se pode ver e ouvir AQUI.



segunda-feira, 18 de junho de 2012

Génio de capitalistas espreme trabalhadores portugueses


Não, o título deste post não é uma tentativa de fazer um trocadilho com os chorudos ordenados dos jogadores de futebol, já que estes, ao que me dizem, dependem exclusivamente do “mercado”... e eu, como vai sendo sabido, não entendo bulhufas deste tipo de “mercadorias”.
Sendo assim, o meu título não é um trocadilho, ou uma piada, mas sim o melhor comentário ao título do CM que vem logo abaixo da festa da bola, dando-nos conta dos 605 mil portugueses que sobrevivem com o Ordenado Mínimo Nacional. Sobretudo, com a parte da capa que, em letras mais pequenas, nos diz ter esse número de portugueses ainda mais violentamente explorados do que a média aumentado para o dobro (*), em apenas quatro anos.
Haveria muito para dizer sobre esta realidade... mas nunca um trocadilho ou uma piada!
* Notícia um pouco mais desenvolvida na "Agência Financeira", já que a notícia do "Correio da Manhã" é exclusiva da edição em papel, pelo menos até ao fim do dia.

Manuel Alegre – Mais uma declaração “póstuma”




Manuel Alegre diz que a moção de censura do PCP é mais contra o PS do que contra o governo. Na verdade, o seu Seguro secretário geral também já tinha feito queixinhas da moção, porque vem na “pior altura”, porque a importância da “estabilidade política”, porque o “sentido de estado”... e mais algumas das “violentas” nulidades que costuma produzir.
Este PS de António José Seguro deveria ter vergonha de assumir tão claramente que a política do governo lacaio da troika lhe convém... mas isso seria pedir muito.
Fico preocupado. O facto de o PCP, querendo censurar o PSD/CDS ter, afinal, dirigido a moção “mais ao PS”, deve querer dizer que, muito provavelmente, sempre que apresentou moções de censura a governos do PS, acertou, sem querer, no PSD ou no CDS... uma falta de “pontaria” que ainda pode muito bem acabar numa moção de censura teoricamente contra o PS/PSD/CDS... que acerte inadvertidamente na velha Banda de Quadrazais do velho "senhor Messias"... o que seria uma enorme e injusta tragédia para uma das minhas mais remotas memórias musicais, para o património histórico dos Parodiantes de Lisboa... e para a comédia em geral.

domingo, 17 de junho de 2012

Fiona Monbet – Ganhar ritmo... e asas


Na enorme enciclopédia mundial da música, o capítulo dedicado à fantástica aventura do “jazz cigano”, ou "manouche", iniciada ainda na primeira metade do Século XX por Django Reinhardt, que continua a ser o principal ícone deste género musical, tem um número considerável de grandes figuras e executantes, quase todos impressionantes.
Numa demonstração de grande vitalidade, bem expressa na atracção que o género exerce sobre os jovens músicos, as “entradas” de novos nomes vão-se sucedendo.
Um novo nome que já está bem instalado nos cartazes de festivais de jazz, um pouco por toda a parte, é o desta violinista franco-irlandesa (mistura explosiva!), Fiona Monbet, que se já chegou a este nível de perfeição com pouco mais de vinte anos... quem sabe onde chegará?!
Poderia agora desarrincar mais umas tantas coisas para dizer sobre a Fiona... mas não vale a pena. Muitas vezes, para ouvir a música de Gershwin tocada desta maneira por gente desta estirpe... o prazer serve como única justificação.
Bom domingo!
“I got rhythm” – Fiona Monbet
(George Gershwin/Ira Gershwin)



sábado, 16 de junho de 2012

Grécia - História antiga


Este título de jornal esconde uma realidade bem mais negra do que a “suspensão” da Europa. Quem tem a vida suspensa é o povo grego. A vida suspensa por ameaças diárias, chantagem descarada vinda de todos os lados, ingerências vergonhosas nas suas decisões eleitorais... e a austeridade fanática imposta pela "troika" e pelos seus apoiantes, defensores e lacaios.
A mostrar que, como já se sabia desde os tempos imemoriais em que os “Sócrates” eram realmente cultos (embora pelo menos um deles afirmasse nada saber)... que  não se pode agradar ao mesmo tempo a gregos e “troikanos.

Há tranquilizantes... e tranquilizantes


Mário Draghi, lacaio do capitalismo internacional sem cara ou pátria, actual capataz do Banco Central Europeu é bem capaz de estar cheio de razão... mas duvido que o “tranquilizante” que está a pensar administrar aos “mercados” seja o mesmo que enche os dardos com que vêm, há gerações, atingindo os cidadãos:
Uma mistura de fátima, futebol e do fado que ainda se presta a esse triste papel. Para além de “drogas” ostensivamente mais fortes, como o terror social provocado pelo desemprego, a insegurança no trabalho, o desamparo na velhice... ... ... ...
Mas tenham cuidado, canalhas! Há sempre uns tantos dardos que falham os alvos...

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Um Portugal/Espanha muito diferente...




Já que no post anterior falei dessa imensa minoria de seres humanos que não se rendem, fica-me bem dizer que esta noite vou estar com alguns deles. Alguns são espanhóis... e estarão em Almada, na “Incrível Almadense” para conviver com os portugueses, cantar algumas canções de cá e de lá (coisa de que me encarregarei com todo o gosto, se a tanto me ajudar o engenho e arte)... ouvir palavras que mobilizem para a necessária e urgente resistência contra os “pactos de agressão”... trocar experiências, e fazer mais algumas daquelas coisas terríveis que fazem os comunistas quando se juntam.
Lá estarei! Mesmo já não indo para jovem, os meus sessenta anos passados maioritariamente entre esta gente, dizem-me que é praticamente seguro que ainda não será desta que me darão a injecção atrás da orelha. Pelo menos enquanto eu não acabar de cantar...
Até logo!

Retrato


Este é o retrato nítido e triste de um país agredido por trinta e sete anos de contra-revolução. De sucessivos governos vendidos ao capital sem pátria. Um país destroçado por esses verdadeiros furúnculos históricos sem projecto, nem futuro, nem honra que foram o "soarismo", o “cavaquismo” e o “socretismo”, mais as fraudes "menores" que os antecederam ou que se enfiaram de permeio. Um drama ainda agravado pelo fanatismo neoliberal do bando de cangalheiros que agora tomou o poder.
É o retrato trágico de um país que definha e morre aos poucos. De um povo que desiste de se reproduzir, que seca, que se corrompe, que desiste, que se aliena... ou que vai embora.
Um país onde apenas uma minoria não se conforma e resiste... mas que queima nessa resistência uma boa parte da energia de que necessitaria para crescer... em número, em força, em confiança.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Nuno Crato – Fiel de armazém




No já remoto ano de 1952 do século passado, para além de vários outros acontecimentos igualmente desinteressantes... nasci eu e nasceu o actual ministro da educação, Nuno Crato... o que não interessa rigorosamente nada para o post de hoje.
Num passado muito recente, Crato tornou-se uma espécie de vedeta televisiva, vendendo a sua “converseta” neoliberal da meritocracia, da disciplina nas escolas, do Estado mínimo e blá, blá, blá, blá... uma lengalenga populista que faz um grande sucesso em tabernas e estabelecimentos similares, mas que (como se vai comprovando) produz resultados nulos, quando não mesmo vergonhosos.
A lengalenga de Crato torna-se ainda mais irritante para todos aqueles que se lembram da sua entrada na vida política, enquanto estudante de economia, nas fileiras do "PCR", um grupo maoísta iluminado por esses faróis da História que foram Enver Hoxha e a Albânia do seu tempo.
Todos os dias temos o incómodo de assistir à continuada degradação do jovem estudante maoísta. Todos os dias Crato tem o cuidado de reconfirmar que não passa de uma fraude! Esta nova medida ministerial de limitação à abertura de vagas no ensino superior... a menos que as Universidades provem a “empregabilidade dos cursos” a frequentar pelos estudantes, francamente, é de difícil classificação.
Não defendo que se encaminhem milhares e milhares de estudantes para cursos “esotéricos” e demais vigarices que algumas Universidades praticam; mas fazer depender o acesso ao ensino superior, de uma empregabilidade garantida, para além de uma imbecilidade, é menos criativo que gerir um armazém de produtos do Pingo Doce ou do Continente. É afunilar o acesso e tentar “elitizar” ainda mais o ensino superior. É tratar os estudantes como meras mercadorias, ao serviço do interesse exclusivo das empresas e, em boa parte dos casos, contra os seus interesses e crescimento enquanto seres humanos. É transformar o conhecimento e a cultura em simples moeda... o que, nos dias que correm, vale pouco mais que lixo.