Pois que me escarre a boca que beijei!
Já não me importa mais a ingratidão,
Já não me importa mais a ingratidão,
Se amar, sofrer, chorar tem sido em vão,
E se de mim eu mesma já não sei!
Pois que me atire a pedra a mesma mão
Que um dia, com ternura, tanto amei...
Se mil carícias dela desejei
Hoje não creio mais no amor, paixão!
Já nada mais me atinge ou desespera!
À tua ingratidão não dou guarida,
Nem causam dentro em mim qualquer ferida!
Não pode, não, sofrer quem nada espera!
Quem já não sonha! Quem não tem quimera!
Quem já não crê no amor! Na própria vida!