Ainda o Dia de Portugal
A letra é do poeta José Carlos Ary dos Santos e a música
de Fernando Tordo.
Desde quando nasci
Que o conheço e lhe
quero
Como a um irmão meu
Como ao pai que
perdi,
Como tudo o que
espero.
É um homem que tem o
condão da doçura
No sorriso de água,
nos olhos cansados,
É metade alegria, é
metade ternura
Nas palavras
cantadas, nos gestos dançados,
Nos silêncios
magoados.
Tem um rosto moreno
Que o inverno o
marcou
E apesar de ser
forte,
É um homem pequeno
Mas maior do que eu
sou.
Tem defeitos, é
certo. Como todos nós.
Sonha, às vezes
demais,
Fala, às vezes no ar
Mas quando dentro
dele a alma ganha a voz
É tal como se fosse o
som do nosso mar,
Se pudesse falar...
REFRÃO
Foi capaz de mentir,
Foi capaz de calar
É capaz de chorar e
de rir,
Tem um quê de
fadista,
Tem um quê de
gaivota,
E a mania que há-de
ser artista.
Quando vê que precisa
É capaz de roubar,
Mas também sabe dar a
camisa.
Foi capaz de sofrer,
Foi capaz de lutar,
È capaz de ganhar
E perder.
É um amigo meu que às
vezes me ofende
Mas que eu sei que me
escuta,
Que eu sei que me
ouve
E também compreende.
Quantas vezes lhe
digo que tenha juízo,
Que a mania dos copos
só lhe faz é mal,
Que a preguiça não
paga e que o trabalho é preciso.
Ele encolhe-me os
ombros num desprezo total,
Este tipo é assim,
mas...
REFRÃO
Foi capaz de mentir,
Foi capaz de calar
É capaz de chorar e
de rir,
Tem um quê de
fadista,
Tem um quê de
gaivota,
E a mania que há-de
ser artista.
Quando vê que precisa
É capaz de roubar,
Mas também sabe dar a
camisa.
Qual o nome final
Deste amigo que eu
canto?
Pois é claro que é
Portugal.