Daquelas coisas que acontecem porque houve um desenrolar de acções, o chamado efeito borboleta.
Primeiro momento desta história: em Outubro de 2016, mais ou menos, inscrevi-me para ser "cobaia" de um estudo da Faculdade de Motricidade Humana sobre a importância das tecnologias ajudarem a manter grandes volumes de peso perdido.
Segundo momento desta história: fui chamada a fazer parte do estudo, e como tal deram-me um relógio que tem de andar sempre no meu pulso e, entre outras coisas como dar horas, contabiliza o exercício físico que esta que vos escreve vai fazendo todos os dias.
Terceiro momento desta história: talvez por excesso de uso ou só por a tecnologia não morrer de amores por mim, a bracelete do relógio partiu-se... a caminho da aula de Zumba de segunda-feira.
Quarto momento: E AGORA??
Quinto momento: "OK, se eu de alguma maneira conseguir usar o elástico do cabelo para prender a bracelete, fica o caso resolvido."
E assim chegamos ao momento final deste efeito borboleta.
Não tivessem todos estes momentos acontecido, eu nunca teria precisado do elástico do cabelo para prender a bracelete do relógio, nem nunca teria feito a aula de Zumba de cabelo... solto. E digo-vos que foi uma espécie de revelação. Soltar o cabelo foi quase o equivalente a soltar a franga (ou a soltar a borboleta, que sempre é mais elegante).
Claro que não fiquei melhor zumbadeira por o ter feito, nada disso. Mas o facto de ter soltado o cabelo deu-me uma segurança como nunca tinha sentido nas aulas, e não falo só de Zumba.
Para já, parecia que havia um elemento do meu corpo, o cabelo, que tinha estado amarrado nas outras aulas e que estava finalmente livre. Depois, o ter o cabelo solto, o meu eterno escudo, parecia esconder a minha expressão do mundo. Apesar de ser dos sítios onde sou mais feliz, tenho sempre uma expressão muito neutra nas aulas de Zumba, mas de cabelo solto... ui!, de cabelo solto fui eu, a Catarina do cabelo desgrenhado! E que sensação! Dei por mim a olhar para mim ao espelho e a sorrir!
Quem diria que uma simples inscrição num estudo poderia resultar numa revelação tão grande...
E para provar que não vos minto, aqui fica a obra de engenharia que assim continuará até chegar a bracelete nova... Claro, não consigo ver as horas, nem as calorias perdidas, nem coisa alguma, mas tranquilo, ao menos o elástico é assim de tons dourados...
Adenda a esta publicação, ontem à noite fui fazer outra aula de Zumba, com um elástico extra, e não resisti em prender o cabelo... Confere, aquela sensação de liberdade e desenvoltura só acontece MESMO de cabelo solto...
Catarina