Bem sei que tenho falado muitas vezes do acidente por aqui, mas a realidade é que, até ver, este é o meu blogue, e um blogue sobre o meu caminho até ao Biquíni Dourado da Princesa Leia e o acidente foi, literalmente, um camião nesse tal caminho que levou a que o biquíni ficasse, por momentos, a ser visto por um canudo. (ainda por cima, a maior parte destes textos escrevo-os durante a parte em que me põem paninhos quentes no cotovelo durante a fisioterapia, fisioterapia essa a que só vou porque tive um acidente... já perceberam, é uma bola de neve!)
Repito: por momentos quis desistir.
Não imediatamente a seguir ao acidente, porque, isso, ainda não estava a ser tirada do carro e já estava a perguntar ao paramédico quando é que ele achava que eu ia poder voltar ao ginásio... Mas ali umas semanas depois, ainda não vendo melhorias no braço, sentindo dores na perna e costelas, ao ver a minha independência comprometida, mais a burocracia constante de um acidente de carro, enfim, já perceberam... Sentia-me cada vez mais distante do meu objectivo e, como tal, melhor seria desistir.
Mas, mais uma vez, a Zumba salva o dia. Neste caso, a missão dourada. As aulas de Zumba do Daniel, com os meus amores zumbásticos como parceiros de dança, fizeram a diferença. Mais do que querer voltar ao ginásio, eu quis voltar àquelas aulas. Quis voltar a ver o Daniel a dançar, quis voltar a ouvir aquelas músicas contagiantes, quis voltar a estar rodeada de pessoas que todas as aulas a que eu faltei me mandavam mensagens a dizer "Faltas tu", ou "Volta rápido".
Escrevo estas memórias com um coração tão cheio que quase rebenta, pois foi mesmo o carinho deles que me fez voltar à Zumba exactamente um mês depois do acidente.
A Mia, a Mariana, a Joana, o Álvaro, sem saberem ajudaram-me a fazer sentir o bichinho do ginásio mais vivo do que nunca (mas não só eles, faltam muitos mais, cá beijinho a mim!).
Agora, voltei a ser seguida por uma nutricionista (em breve conto tudo) e, de alguma maneira, a minha mente está mais dedicada que nunca em chegar ao corpo do Biquíni.
Depois, houve ainda a descoberta de outro instrutor de Zumba, numa aula especial do Daniel no nosso ginásio com convidados, em que um moço de Guimarães, que, além de ser um pedaço de mau caminho, dança que se farta, me veio dar uma força extra à distância de uma Internet. O facto de saber que o Vítor está lá longe a torcer pelo meu objectivo e a enviar mensagens de força constantes, fazem a diferença no final do dia: tenho esta malta maravilhosa a torcer por mim e, além de não me querer desiludir a mim mesma, não os quero desiludir a eles. Quero mostrar-lhes que têm razão em acreditar em mim, caneco!
Esta malta tem aturado as minhas crises, tem aplaudido as minhas conquistas, desafiado a experimentar coisas novas (aula de MIB, Juju!) e a voltar a ser a Catarina pré-camião.
Sei que esta "vida de ginásio" é a minha "cena", mas também sei que ainda está tudo muito fresco (as dores, principalmente as dores) no que ao acidente diz respeito, mas, mais uma vez, posso afirmar que foi a aula do Daniel a fazer a diferença na minha vida.
Como sempre o fez.
Catarina