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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Barbas nos Tempos

Uf, estou mesmo a chegar ao fim de uma semana sem tempo para nada. Não é que o mal dos outros me console, mas evitei queixar-me, ou desistir, aimda que momentaneamente de Vós, ao ser informado de casos piores:
Passando do Tempo que foge para aquele de que se é obrigado a fugir, acreditei que a má vontade de um alto responsável russo contra o Pai Natal, dado como usurpador de identidade dum vulto tradicional, fosse mais do que nova tensão Leste-Oeste, um fenómeno de chauvinismo imoral. Mas não há como estudar. Ao ler a história do Pai Congelador daquelas bandas, vi que se tratava antes de um chauvimismo moral e moralizador, aquele que usa o frio que também queima para banir a frieza com que tantos recebemos aqueles que se acercam de nós.

sábado, 1 de novembro de 2008

Um Quid Pro Quo

Muito se ouviu falar de panaceia, a propósito da crise financeira que se vive. Pois hoje descobri, numa pecinha engraçada, a resposta hábil ao desejo de recalcitrantes enformados em pacientes de curar moralmente o Homem, por uma poção, em vez de se intentar tal pelo Esforço. Partindo do princípio do Boticário, um de nome André que traz ressonâncias do Mestre da loja da canção, faz o experiente farmacêutico oferecer-se para tudo sarar, até os males que temos mais habituais do que nunca:
Os entorses da política
Das Leis e Contribuições...
Doenças dos corações
E qualquer mal refractário,
Tudo cura o boticário
Com as Suas infusões!

Aqui se aviam sentenças,
Se curam máguas e tédios,
E a quem morra dos remédios
Não se pedem recompensas.
Venham todos sem detenças
Que a botica tem virtude.
E que Deus lhes dê saúde
P´ra terem muitas doenças.

O resto é o esquema de um cliente simbolizando o padecimento de cada um dos Sete Pecados Capitais, com diálogo em versos de maior agilidade espiritual do que, muitas vezes, a pregação dos bons princípios revela. Acabando por receitar à Inveja três gotas de Caridade e um poucochinho de Amor; à Gula, a par do bicarbonato, a Temperança, à Ira, Água de Paciência; à Soberba, duas fricções de Humildade; à Luxúria, Emplastro de Castidade, à Preguiça, o meu vício preferido, uma prática de endireita de Diligência; e à Avareza, sangrias com Liberalidade.

O meu exemplar calha a ser único, porque dedicado pelos Autores a Alguém que foi grande na difusão da Cultura em Portugal, nos tempos em que a concepção dela não se cingia aos concursos e telenovelas ue embrutecem. E que massificam, como as prescrições que se tenta fazer consumir uniformemente pela Massa, em vez de tratar cada qual com o que especificamente lhe convém.