Hoje, no Porto, grande parte da População Madeirense voltou acreditar que existe o Pai Natal. Eis como foi referenciado...
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Quereis uma revolução? Invocai os três ingredientes que nunca lhes faltam: a loucura, a maldade e o sofrimento. A loucura dar-vos-á máximas de justiça; a maldade, os executores; o sofrimento, um povo. Rapetti
Mas, logo em seguida, veio o conjunto que quero hoje enaltecer, a «Colecção Histórias», da Bertrand, onde tomei o primeiro contacto com muitas obras de que logo quis ler uma versão mais adulta. Era coisa admirável para fomentar hábitos de Leitura. Livros que me marcaram, como «Os Três Mosqueteiros» e «Vinte Anos Depois», de Dumas, o «Robinson Crusoé», de Defoe, ou «A Flecha Negra», de Stevenson, aí tiveram o primeiro contacto. O facto de alternarem as páginas de texto corrido com as de uma súmula, em quadradinhos, tornavam-nas particularmente apelativas e eficazes, em ordem a despertar a curiosidade e o seu filho, o vício. Aí, com o Sinbad, vivi a primeira aproximação às «Mil e Uma Noites», que, posteriormente, li por completo, quer em boa versão portuguesa da opção realista de Mardruz, quer numa edição setecentista do elegante Galland, que possuo. E ainda guardo o projecto de me abalançar à transposição de Burton, no Inglês em que ficou. Hoje por hoje, depois de ter estudado não sei quantas páginas sobre o Robim dos Bosques, quer em ensaios sobre a lenda, quer em ficções, é ao tríptico constante deste grupo que me mantenho fiel, no estabelecimento da ortodoxia narrativa.
Em sequência, viria outro conjunto importante, o da «Biblioteca dos Rapazes», da Portugália, começando pelo terceiro da série Dumasiana, «O Visconde de Bragelone», não publicada na anterior. Logo após o que a Entidade Materna me achou maduro para me meter nas mãos «A Cidade e as Serras». Estava lançado!
Tenho de dizer que, no affaire Pardon, estou totalmente pelo lado da Carla Bruni, ao pretender encher o saco de euros, para os doar à Caridade. Não só porque o fim é bom, como porque acho que Ela foi alvo de um insulto duplo. Não estaria tão certo, caso a sociedade da Reunião que lhe estampou o nu se tivesse ficado por tal ousadia. Parecer-me-ia, então, que espremer os direitos de imagem não honra qualquer estrela, como a que, por razões várias, a bela Italo-Francesa se tornou.
Todavia, a frase, combinada com o nome da firma, é acintosa, ao ponto de degradar gratuitamente a percepção do matrimónio dela com o Presidente, coisa que merece sanção dura. E, para cúmulo, o dono da empresa que conseguiu esta publicidade de sonho, veio, com uma justificação seráfica, invocar em seu favor outra, em bem mais dúbio sentido, a da Primeira Dama. O que, sob a capa da inocência igualizadora, é evidente jogo de significações ofensivo, como na anedota com barbas paternatalícias, em que um bem intencionado orador saudava o eminente Homem Público e a sua distintíssima esposa, também de todos conhecida como notável mulher pública...
Uma notícia verdadeiramente importante é a da eleição como Miss Mundo da belíssima Siberiana que é Ksenia Sukhinova, aqui menos loira do que no concurso. Está muito longe de ser Beleza que me deixe frio, pelo contrário, acho-a a prova viva de que a baixa temperatura conserva em excelente estado. Mas tenho de confessar o meu parcialismo - ao contrário do que tantas vezes disse durante o sistema Comunista da União Soviética, ser deportado para a Sibéria pode ser muito desejável...
Todavia, se eu fosse juiz, a minha decisão vacilaria. É que a Miss Namíbia, publicada de seguida, conseguiria provar aos Sócrates e Amados deste Mundo que se pode fazer cimeiras com África que não redundem em baixarias...
Não me interessam as motivações. Mas quando deixa de ser nítido que uma página é um prolongamento da capacidade de uma pessoa se dar a conhecer, parece ganhar vida própria, para lá do controlo do animador. Tenho de repensar a continuidade. Não gosto de ser ultrapassado pelas minhas criações.
Nunca pensei invejar tanto a Princesa, do vídeo. Uma manhã sem água canalizada é o pior dos suplícios para mim. Tirem-me a luz, eu aguento. Cortem-me o gás, eu sobrevivo. Se falta a água fico a regurgitar palavrões para o ano inteiro. O que só faz piorar o humor, lá de si mau, ao ver o Governo a importar, entusismado, detidos de Guantánamo. Espanta-me é como, com todo o lixo que se empilha em Lisboa, ainda passemos junto dos Americanos como idóneos para reciclagens. Mas este afã em fazer fretes, seja a vista grossa aos aviões da ida, como os braços abertos os da volta que cá despejem, fede por todo o lado. Está explicada a razão pela qual vejo cada vez mais, até nesta outrora exemplar linha do Estoril, pessoas com máscaras parecidas com as de cirurgia no rosto.
As criancinhas não servem só para tirar fotografias de campanha!