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terça-feira, 29 de abril de 2014

parentalidade e tabús pessoais



No mundo dos blogues há muita maternidade. Muita paternidade. Muita parentalidade. Em alguns sítios até demasiada. Discute-se tudo até ao ínfimo detalhe, toda a gente tem opiniões e muitos as debitam constantemente. Não sou mãe, logo, por razões óbvias, não é um tópico que me chame particularmente a atenção. A rúbrica Motherhood Mondays da Joanna Goddard é das poucas que leio porque vem no meio de vários outros temas genéricos que me despertam uma espécie de curiosidade sociológica. A mais recente entrada nesse tópico teve uma colaboração da Mara Kofoed de A blog about love e abordou o inesperado "What if you can't have a baby?".

Não me identifico com a autora em vários aspetos, nem encaro as questões da mesma forma, porque não acredito que nós humanos sejamos a medida de todas as coisas, nem que as respostas estejam dentro de nós. A minha fé leva-me num percurso distinto. Sinto-me em paz e cultivo a gratidão pela minha vida como ela é - e não como eu gostaria que fosse. É por isso que me identifiquei muito com:

"we're trying to cultivate as much excitement and hope as we can for a life that looks nothing like we had planned."

No filme "The Village" (em português, "A Vila") de M. Night Shyamalan havia a referência a "those we don't speak of". Muitos de nós temos tabus pessoais que constituem "aqueles sobre os quais não falamos" na nossa vida. No meu caso, o facto de não termos filhos é o tal assunto que nunca puxei e evito o mais possível. Não por me custar ou ser desagradável mas, principalmente, porque não sei o que dizer. Sempre quis ter filhos e sempre achei que viria a ter uma família grande mas isso não aconteceu e nós fomo-lo aceitando.

Desde há pouco menos de 2 anos trabalho com crianças diariamente e, se há características notáveis das crianças, a falta de pudor e filtro são algumas delas. Dizem o que pensam e perguntam o que querem. É por isso frequente perguntarem-me se tenho filhos e à resposta "não" reagirem com um espantado "Porquê?". Já houve tempo em que essas perguntas me incomodaram mais. Agora respondo "Porque não" e mudo de assunto, mas já por várias vezes fiquei enternecida ao perceber que o espanto deles é carinhoso por acharem que os nossos filhos seriam uns sortudos. Fico mesmo enternecida. E quem sabe um dia? Se Deus quiser.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Moonrise Kingdom



Provavelmente o filme mais leve alguma vez feito sobre temas tão pesados. Muito bom.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

pensar alto



Lembram-se daqueles velhotes que nos Marretas estavam sempre num camarote a comentar, discordar e reclamar de tudo? Há muitos dias em que eu sou um deles. Dá-me para ficar no camarote a reclamar da vida. E a verdade é que todo o tempo que perdemos a lamentar o que não está bem ou podia estar melhor, é tempo desperdiçado. Acredito que a ênfase deve sempre ser colocada no que é bom e podemos melhorar. Não digo que seja fácil nem que o podemos conseguir sozinhos, mas é o caminho a seguir.

No entanto, os velhotes no camarote não deixam de ser os meus personagens preferidos...

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

o exercício da paciência


Agrada-me a rotina de aguardar pacientemente, semana após semana, que chegue a segunda-feira para saber o que acontece lá em Downton Abbey. Bem sei que é uma "série de mulherzinha" mas, com mais Globos de Ouro muito justamente arrecadados, sinto-me legitimada para escancarar esse meu lado piroso (como se no erva cidreira não o fizesse já suficientemente!). Gosto de quase todas as séries de época mas há que fazer justiça e elogiar os britânicos. Estas séries inglesas não perdoam, são certeiras, têm aquela precisão no contexto, o rigor das roupas e cenários, o travo amargo da perfeição que quase se cumpre mas no derradeiro instante se desfaz e desmorona com uma imperfeição notável. A segunda temporada termina inesperadamente feliz e serena, mesmo a pedir uma grande desgraça no início da terceira. E eu aprecio tanto uma boa desgraça! Fico à espera, claro.

sábado, 15 de outubro de 2011

um aparte completamente desnecessário

Não é habitual falar de filmes no ervacidreira. Fazia isso no antigo blog, mas aqui armo-me em cozinheira amadora, bordadeira de fim-de-semana e pouco mais. Se vou abrir uma excepção, é porque as duas últimas semanas foram generosas comigo: um filme bom, um divertido e um excelente.

Aviso já que a minha opinião nesta matéria não é para ser levada em muita conta, que tenho um cinéfilo a sério em casa e, por isso, "sei que nada sei". Mas é a minha opinião e, se este é o meu blog, para alguma coisa há-de servir.

O bom:
Gostei muito. Foi das poucas vezes em que, logo no final da sessão, me apeteceu regressar à sala e rever o filme. É leve apesar de ter conteúdo. Lembrou-me algumas noites de Coimbra, pessoas que por lá passaram e como era ter vinte anos. Não daria para explicar. Gostei muito.

É isso. Um bocado muito bem passado e umas gargalhadas sentidas. Dentro do género, tem a particularidade de, no fundo, ser um filme ternurento mais do que idiota. É uma visão um bocado feminina, calculo.


Uma pessoa sai de lá sem saber muito bem o que a atropelou. Se eu volto a ver algum dia a Rita Blanco pelas ruas de Lisboa, vou ter de perder a timidez, dar-lhe os parabéns e espetar-lhe um abraço. Dá gosto ser portuguesa.

domingo, 26 de dezembro de 2010

o meu dia teve magia

Há quem pense que os filmes de animação são para crianças. Essas pessoas estão mesmo muito enganadas.







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