Quando um dia com potencial para ser óptimo passa a péssimo, depois melhora um bocadinho até ficar muito bom antes de ficar terrível e depois recupera para acabar quase perfeito. Devo ser esquizofrénica e ainda não sei!
Hoje saí do trabalho pouco depois das 16h e o plano era ideal: só eu, a praia e um livro! Já a caminho, começo a achar o trânsito demasiado compacto para aquela hora, ligo a rádio e ouço que há acidente na ponte e filas intermináveis à minha frente. Uns quilómetros depois, consigo esquivar-me do eixo norte-sul e desisto da praia. Chego a casa e passou 1h. Só pensava em como esta cidade consegue ser tão má por ser tão boa. Há gente demais em Lisboa. Para quem trabalha, o que está perto, fica longe.
Acabei por deixar o carro em casa e ir ter com o marido à baixa. Comemos os melhores croissants do mundo e ouvimos o Camané ao vivo no Chiado, quase morri de cansaço por estar parada em pé durante 1h com a temperatura acima dos 30ºC, regressámos pelo Rossio, andámos às voltas na Mouraria e subimos pelo novo Jardim da Cerca da Graça que é maior do que esperávamos e tem potencial. Andámos mais de 10km a pé e chegámos a casa antes de anoitecer. O dia acabou tão bem que até me esqueci da desilusão da praia. Não sei bem o que pensar desta cidade. Até quando corre mal, acaba bem.