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31/03/2022

Para quando dignificar a Zona Envolvente do Palácio Nacional da Ajuda?

Exmo. Sr. Ministro da Cultura
Dr. Pedro Adão e Silva
Exmo. Sr. Presidente da Junta de Freguesia da Ajuda
Dr. Jorge Manuel Marques


C.C. Senhor Primeiro-Ministro, Senhor Presidente da CML, 12ª comissão da AR, AML, DGPC, ATL e Agência LUSA

Dada a proximidade da abertura do novo pólo do Palácio Nacional da Ajuda (PNA), designada Museu do Tesouro Real, e considerando que toda a área daquele sítio monumental irá ser (re)descoberta por um número crescente de público,

Constatando o evidente impasse em que se encontra a zona envolvente do Palácio da Ajuda, mesmo sabendo da intenção, várias vezes expressa pelas entidades oficiais, de intervir nesse conjunto urbano,

E considerando as notícias animadoras que dão conta da inscrição da referida zona na “componente 4” do Plano de Recuperação e Resiliência,

É imperativo perguntar-se:

1 – Torre do Galo

Qual a entidade que tem efectivamente a responsabilidade da consolidação, restauro e valorização da Torre do Galo, incluindo o mecanismo do relógio e os sinos?
Lembramos a V. Exas. que a Junta de Freguesia (sob eventual protocolo com MC/DGPC) terá já reunido a verba necessária para a empreitada de conservação e restauro da torre, excluindo, contudo, o restauro (reconstrução) do mecanismo do relógio e dos sinos, o que nos parece grave.
Há algum calendário previsto para eventual abertura ao público e/ou conclusão das obras?

2 – Sala dos Serenins

O projecto/estudo pensado para toda a área contempla a abertura ao público da Sala dos Serenins, devidamente restaurada e incluída num percurso museográfico?

3 – Jardim das Damas

De acordo com as imagens conhecidas do projecto para o remate da ala poente do PNA, a fachada norte estaria recuperada, dado abrir para o Jardim das Damas. Mantém-se em aberto essa possibilidade?
O Jardim das Damas é, em conjunto com a Torre do Galo, um dos pontos fulcrais de qualquer valorização do sítio monumental da Ajuda. Lamentavelmente, encontra-se num avançado estado de degradação. Lamentavelmente, também, o protocolo DGPC/CML nunca foi cumprido por esta última, tendo a manutenção do espaço sido delegada na Junta de Freguesia, ainda que se desconhecendo a que título o foi. Pelo que se questiona:
Qual a entidade que tem a responsabilidade da recuperação do Jardim das Damas nos moldes protocolizados há 10 anos com a CML?
Prevê o Ministério da Cultura a sua recuperação a tempo da abertura do Museu do Tesouro Real?

Melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Bernardo Ferreira de Carvalho, Virgílio Marques, Pedro Malheiros Fonseca, Ana Alves de Sousa, Inês Beleza Barreiros, Luís Mascarenhas Gaivão, Ana Celeste Glória, Pedro Cassiano Neves, Carlos Boavida, João Oliveira Leonardo, Beatriz Empis, Jorge Pinto, Miguel Jorge, José Maria Amador, Maria do Rosário Reiche

26/03/2021

23/11/2020

Baixela Germain - Que futuro no futuro "museu do tesouro real"?

Exmo. Sr. Director-Geral
Eng. Bernardo Alabaça


CC. PM, MC, CML e media

À luz da entrevista que V. Exa. deu ao jornal Público no dia 21 de Novembro (https://www.publico.pt/2020/11/21/culturaipsilon/entrevista/bernardo-alabaca-nao-defendo-parta-direccaogeral-patrimonio-cultural-1940014), cremos que se torne imperativo obter o seu esclarecimento urgente quanto aos seguintes pontos:

1- Pretende a tutela lutar para que a Baixela Germain, conjunto único no seu género em todo o mundo e obra-total da ourivesaria francesa do Séc. XVIII, possa finalmente ser reunida como Património Nacional que é, para a sua leitura e fruição do público português e internacional?

2 – Quando o Director-geral afirma que “a recomposição de colecções não pode ser feita com sacrifício da identidade dos equipamentos, sob pena de estarmos a construir um à custa de uma desvalorização significativa de outros.” quer dizer que as tipologias existentes no MNAA permanecerão à guarda dessa instituição, impedindo, desse modo, a reunião da Baixela? Dito de outro modo, sacrificará a tutela este património excepcional, hoje reduzido a uma expressão parcelar, estando asseguradas as condições de exposição na extensão do Museu do Palácio Nacional da Ajuda cujas obras milionárias decorrem neste momento? Qual será, então, a “identidade” que a DGPC considera mais importante?

3 – Se assim for, como justificará a DGPC que se construa uma extensão de um museu já existente, num esforço e investimento tremendos, para que uma das colecções mais importantes se mantenha desintegrada, dispersa entre duas instituições?

4 – Como justifica V.Exa. a sua afirmação de ainda ser prematuro saber se as peças pertencentes à Baixela Germain e que estão no MNAA irão reintegrar a sua colecção de origem (é bom notar que essas peças transitaram para o MNAA a título de empréstimo e por lá foram ficando)? Prematuro, porquê? V. Exa. está em funções desde Fevereiro e este projecto mantém-se como até então, ou seja, à margem do escrutínio público.

Cremos que estamos perante um desígnio nacional, que não pode ficar refém de outros interesses ou perspectivas. Um desígnio nacional que não pode ser vítima de uma DGPC constantemente secundarizada, quando o que se pede a essa entidade é que seja capaz de criar um consenso essencial para que este conjunto único de ourivesaria francesa do século XVIII não esteja a correr o risco de continuar disperso e fragmentado. Pedimos-lhe, Senhor Director-Geral, para, por uma vez, nos deixarmos de subalternizar o Património em prol dos egos desta ou daquela personagem do momento.

Por último, tendo V. Exa. sido omisso em relação ao resto do projecto do todo Palácio Nacional da Ajuda, cumpre perguntar o que pretende a DGPC fazer em relação ao Jardim das Damas, já há muito tempo encerrado ao público, à Sala dos Serenins e ao torreão da antiga Capela Real ("Torre do Galo")?

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, António Araújo, Jorge Pinto, Virgílio Marques, Rui Pedro Martins, Pedro Jordão, Nuno Caiado, Helena Espvall

Foto:Terrina, in MNAA

16/07/2019

Torre do Galo e Largo respectivo/pedido de esclarecimentos à DGPC


Exma. Senhora
Directora-Geral do Património Cultural
Arq. Paula Silva


C.C. Ministra da Cultura, PCML, AML, JF Ajuda e media

Considerando a necessidade urgente em se requalificar paisagisticamente o largo da Torre Sineira da Real Capela da Ajuda, vulgo “Torre do Galo”, transformado que está, há tempo demasiado e de forma completamente inglória, em parque de estacionamento automóvel, como se se tratasse de uma zona afecta a alguma grande superfície comercial;

Considerando as notícias que dão conta de uma operação de limpeza da “Torre do Galo” por parte da Junta de Freguesia da Ajuda, em cuja página online, aliás, se refere ser este o “primeiro passa que visa reactivar este monumento emblemático da Ajuda”, “equipamento da responsabilidade do Ministério das Finanças”;

E considerando que as chaves da porta de acesso à “Torre do Galo” sempre estiveram à guarda da Direcção-Geral do Património Cultural;

Serve o presente para solicitarmos a V. Exa., que nos esclareça sobre:

* Qual a tutela exacta da Torre Sineira da Real Capela da Ajuda?

* Quais os termos desta eventual cedência da “Torre do Galo” à Junta de Freguesia, quais os planos exactos previstos para a "reativação" da Torre, se a mesma prevê a recuperação do mecanismo do seu relógio histórico e dos sinos, e se a Direcção-Geral do Património Cultural irá acompanhar/fiscalizar a implementação da mesma?e se a anunciada “reactivação” da mesma prevê a recuperação do mecanismo do seu relógio histórico e dos sinos?

* Quais os eventuais planos da Direcção-Geral do Património Cultural para uma requalificação paisagística do Largo da Torre, por via do ordenamento da circulação automóvel, plantação de árvores, acessos dignos ao Palácio Nacional da Ajuda e, obrigatoriamente, da criação de uma área desafogada em redor da Torre (contextualizando-a, por exemplo, refazendo no pavimento de uma área devidamente ajardinada a planta da antiga igreja - Patriarcal da Ajuda - conforme os desenhos resultantes da escavação arqueológica ali efectuada em 1994-95, sob orientação da arqueóloga Maria Ramalho), que permita a interligação coerente e harmoniosa com o Largo da Ajuda.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Bruno Palma, Luís Mascarenhas Gaivão, Júlio Amorim, Filipe Teixeira, Beatriz Empis, Virgílio Marques, Ana Alves de Sousa, Helena Espvall, João Oliveira Leonardo, Rui Pedro Martins, Maria do Rosário Reiche, Pedro de Souza, Pedro Jordão, Fátima Castanheira, António Araújo, Rui Pedro Barbosa, Jozhe Fonseca, Jorge Pinto, Pedro Henrique Aparício

19/12/2018

Largo da Ajuda - Pedido de intervenção urgente no espaço público


Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina
Exma. Senhora Ministra
Dra. Graça Fonseca


C.c. AML, JF Ajuda, DGPC, Vereador do Urbanismo e Espaço Público

Considerando que o Largo da Ajuda é a entrada nobre para o Palácio Nacional da Ajuda, Monumento Nacional e local de recepções de Estado;

Considerando o estado caótico em que se encontra este Largo, por força, designadamente, do estacionamento automóvel que é cada vez em maior número e que desrespeita, inclusive, as normas de conservação preventiva dos monumentos, pois chega a haver estacionamento junto às fachadas (ver imagens de há dias); e por força do lamentável estado de conservação dos espaços “ajardinados” que nele existem (são meros relvados sem nexo e depauperados);

Considerando a existência de um amplo parque de estacionamento para automóveis em volta da eternamente esquecida Torre do Galo, e que já se encontra em construção um passadiço de acesso pedonal ao mesmo, desde o próprio Palácio, permitindo assim o fácil acesso a quem nele estaciona para ir àquele;

E considerando a recente, e bem-vinda, colocação no site da CML de um conjunto de largos da cidade para recolha de contributos do público para efeitos de prossecução do programa “Uma Praça em Cada Bairro”;

Serve o presente para apelar a V. Exa. para dar indicações aos Serviços respectivos no sentido de estes desenvolverem um estudo prévio para o amplo largo rectangular fronteiro ao palácio da Ajuda em termos da sua requalificação de modo a:

· Dignificar toda aquela entrada e a própria estátua a D. Carlos I.
· Interditar o estacionamento automóvel que ali se verifica.
· Interditar a circulação de automóveis entre as arcadas das alas nascente e poente do Palácio, mesmo para dirigentes.
· Ampliar as duas zonas ajardinadas e libertar o restante espaço para circulação pedonal e/ou viaturas cerimoniais, mantendo-se o piso em paralelepípedos de basalto.
· Requalificar condignamente as duas zonas ajardinadas, devolvendo-lhe beleza e brio, por via de um projecto de paisagismo adequado ao sítio histórico em apreço.
· Garantir o bom cumprimento das mais elementares regras de conservação preventiva dos monumentos.

Mais solicitamos que esta intervenção se alargue à Alameda dos Pinheiros, ou seja, que ali se interdite o estacionamento de automóveis e se alarguem os passeios, colocando-se mais bancos (de pedra "Ressano Garcia"), e se dignifique toda aquela fantástica zona arborizada.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Inês Beleza Barreiros, Pedro Cassiano Neves, Júlio Amorim, Henrique Chaves, Ana Alves de Sousa, Helena Espvall, Virgílio Marques, João Oliveira Leonardo, António Araújo, Maria do Rosário Reiche, Rui Pedro Martins, Miguel de Sepúlveda Velloso, Jozhe Fonseca, Luís Mascarenhas Gaivão, Fátima Castanheira

30/11/2018

Remate do Palácio Nacional da Ajuda - Obras paradas - Pedido de esclarecimentos à DGPC, CML e ATL


Exmo. Senhor Presidente da CML
Dr. Fernando Medina
Exma. Senhora Directora-Geral do Património Cultural
Arq. Paula Silva
Exmo. Senhor Director-Executivo da ATL
Dr. Vítor Costa


C.C. AML, JF e media

Constatando que as obras para o chamado "remate" do Palácio Nacional da Ajuda estão neste momento paradas, sem que haja ou tenha havido qualquer declaração pública que esclareça esse impasse;

Considerando que os prazos devem ser rigorosamente cumpridos, caso contrário o orçamento previsto poderá ser largamente ultrapassado, com tudo o que isso implica para o erário público;

Considerando que o Jardim das Damas apesar de ter sido objecto de obras de restauro recentemente, e de estar sob "manutenção" dos jardineiros da CML, mais parece continuar ao abandono, pelo que a soma envolvida na sua recuperação (cujo protocolo DGPC-CML demorou anos a ser produzido e cumprido) terá sido integralmente perdida, continuando a tardar a tão prometida abertura ao público em regime de permanência;

Constatando a existência de buracos enormes no complexo do Palácio, que enchem de água sempre que chove, e que há partes do referido palácio, de grande importância (ex. Torreão Sul), que não foram tidas em consideração para serem resgatadas do abandono, onde se verifica, nomeadamente, falta de manutenção em muitas janelas, e em que muitos serviços são desalojados pela proximidade à obra, pátios interiores se encontram na miséria pela entrada de pós e escombros decorrentes da obra, etc.;

Assim e tendo em conta os princípios da transparência que devem reger a Administração Pública, nomeadamente a boa gestão dos fundos afectados, pedimos à DGPC, CML e ATL que:

- divulguem os termos do acordo tripartido CML-DGPC-ATL que possibilitou a viabilização do projecto em curso,
- indiquem qual ou quais as estruturas respectivas responsáveis pela malograda intervenção no Jardim das Damas,
- informem sobre quais os procedimentos administrativos que implicam a paragem das obras do remate do Palácio Nacional da Ajuda,
- tornem público o calendário para a evolução e conclusão das diferentes fases dos trabalhos, (estrutural, arquitectura, museologia),
- informem a razão da opção de escolha do projecto arquitetónico para finalização do Palácio em curso, tal como os gastos do erário público inerentes a essa escolha, uma vez que em 1990, na Universidade de Roma ‘La Sapienza’, o arquitecto Gabriel Palma Dias, na altura assistente na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, com bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian e da FCT, defendeu uma tese de doutoramento cujo trabalho original era a conclusão do Palácio da Ajuda. O trabalho, seguido pelos maiores arquitectos italianos, obteve a classificação máxima por unanimidade do júri. O projecto poderia ter sido utilizado também ele a custo zero para o Estado português e com uma qualidade criativa e de conservação da traça original do edifício que no projecto actual manifestamente não se verifica,
- se decidam em conjunto por um plano global para o Palácio Nacional da Ajuda, incluindo a abertura ao público permanente da Sala dos Serenins, a recuperação integral da Torre do Galo e, em conjunto com a Junta de Freguesia, desenvolvam, eventualmente ao abrigo do Programa Uma Praça em Cada Bairro, um projecto de paisagismo digno para o terreiro em volta daquela Torre.

Melhores cumprimentos

Miguel de Sepúlveda Velloso, Henrique Chaves, Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Luís Mascarenhas Gaivão, Luís Raposo, Rui Pedro Martins, Ana Celeste Glória, Bruno Rocha Ferreira, Maria do Rosário Reiche, Fernando Silva Grade, Jorge Pinto, Júlio Amorim, José Maria Amador, Fátima Castanheira

Foto: Jornal Público

29/11/2018

Enquanto isso, na Ajuda:


Enquanto isso - os milhões no "radiador da Ajuda" - um dos torreões do Palácio Nacional da Ajuda (do palácio que conta), continua assim, até ao dia em que por lá entre D. Maria Pia, quem sabe :-)

21/12/2017

Projecto de remate do Palácio Nacional da Ajuda - Queixa à Provedoria de Justiça

Exma. Senhora Provedora de Justiça
Prof. Doutora Maria Lúcia Amaral


Vimos pelo presente apresentar queixa a Vossa Excelência pela continuada persistência de quem de direito (MC/DGPC, CML e ATL), na não divulgação pública do projecto de “remate” do Palácio Nacional da Ajuda.

Recordamos que, mais importante que uma “obra de regime”, se trata do Palácio Nacional da Ajuda e de uma obra para as gerações futuras, pelo que não se compreende o mistério, ou mesmo segredo, em volta de algo que devia ser participado pela população em geral e pelos especialistas das mais variadas formações, a vários níveis, local e nacional.

Assim, apresentamos queixa e solicitamos a melhor intervenção da Provedoria de Justiça no sentido de ser tornada pública (on line) a informação técnica relativa ao “remate” do Palácio Nacional da Ajuda, ou seja:

* Ao estudo prévio;
* Ao projecto de arquitectura;
* Ao relatório de estruturas;
* Aos estudos de impacte;
* Ao projecto de especialidades;
* Ao relatório das escavações arqueológicas;
* Ao custo actual estimado de toda a obra.

Muito obrigado.

Com os melhores cumprimentos e votos de BOAS FESTAS!


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Luís Serpa, Luís Mascarenhas Gaivão, Fernando Silva Grade, António Araújo, Inês Beleza Barreiros, José Maria Amador, Beatriz Empis, Rui Martins, Júlio Amorim, Pedro Janarra, Jorge Pinto e Fátima Castanheira

14/12/2017

Ainda o Palácio Nacional da Ajuda - Para quando a abertura do público do Jardim das Damas?


Fazendo parte integrante do Palácio Nacional da Ajuda, encontra-se o Jardim das Damas, espaço murado com uma área de 0,7 ha.

De concepção barroca, dotado de um mirante de onde se pode ver o palácio, a cidade de Lisboa, o rio Tejo e a sua margem Sul, encerra valores importantes do ponto de vista ornamental e natural. Nos primeiros sobressaem as cascatas, tanques e fontes, nos segundos, é de referir a existência de uma romãzeira centenária (Punica granatum L.) .

O jardim que sempre fez parte do Paço Real, foi construído depois do Terramoto de 1755 para recreio das senhoras da corte de D. Maria I.

Esperemos que este jardim, há tantos anos aguardando uma requalificação definitiva, possa em breve abrir ao público aumentando substancialmente os vários motivos de interesse para quem visita o Palácio Nacional da Ajuda.


João Pinto Soares

01/12/2017

Palácio da Ajuda - apelo ao PM para avaliação urgente do LNEC


Exmo. Senhor Primeiro-Ministro
Dr. António Costa


CC. PCML, MC, DGPC, ATL, LNEC e media

No seguimento do que se observa desde a Calçada da Ajuda, e considerando a total falta de informação ao público acerca do que se passa com as escavações e as demolições em curso no Palácio Nacional da Ajuda, com vista à obra do chamado “remate do Palácio”, apelamos a Vossa Excelência, Senhor Primeiro-Ministro, que solicite ao Ministério da Cultura uma avaliação, urgente, por parte do Laboratório de Engenharia Civil à segurança estrutural do Palácio.

Com efeito, tem sido evidente que as últimas intervenções técnicas com vista a estancar os imprevistos sequentes às demolições efectuadas, não asseguram essa estabilidade de facto e que pode estar em causa a segurança estrutural da ala poente do Palácio Nacional da Ajuda, por eventuais assentamentos ou até deslizamentos das respectivas fundações.

Não se questionando as opções técnicas dos responsáveis pela fiscalização e acompanhamento do projecto, estranha-se que durante a obra se tenha procedido ao desmonte sem processos de entivação e contenção. E que após a conclusão ou suspensão da mesma se tenha constatado o desprendimento de alvenarias, inclinação de vigas e pilares e o recurso a guincho de desmonte em regime que aparenta de emergência de algumas construções.

Não se compreende ainda qual a justificação para se proceder ao revestimento apressado de perfis expostos e fundações, temendo nós que esta reacção tenha sido despoletada por assentamento de elementos, lavagem ou alteração de solos de fundação e até deslizamentos do grande buraco aberto; sequentes a rupturas de canos, chuvas e alagamentos acentuados pela inexistência de uma drenagem eficaz.

Receamos, Senhor Primeiro-Ministro, por alguma ocorrência grave no curto-prazo, com efeitos irreversíveis no Palácio Nacional da Ajuda, o que a verificar-se seria crime de lesa-património pelo próprio Estado.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Silva Grade, António Araújo, Pedro Henrique Aparício, Luís Mascarenhas Gaivão, Rui Martins, Jorge Pinto, Beatriz Empis, Maria Maia, Fátima Castanheira, Júlio Amorim, Filipe Lopes

22/09/2016

Ordem dos Arquitectos critica ausência de concurso no projecto do Palácio da Ajuda


In PÚBLICO (22/09/2016)

«A Secção Sul desta associação profissional contesta a adjudicação directa do projecto de arquitectura no edifício classificado como monumento nacional.

O conselho directivo regional do sul da Ordem dos Arquitectos criticou esta quinta-feira em comunicado o processo de escolha do novo projecto para o Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, lamentado que "não tenha sido objecto de concurso público de concepção”.

Lembra que a obra, apresentado na segunda-feira com a presença do primeiro-ministro, terá um valor de 15 milhões de euros e é "uma intervenção num património tão relevante na cidade”.

A secção do sul da Ordem dos Arquitectos valoriza “o interesse do Ministério da Cultura, da Câmara Municipal de Lisboa e da Associação de Turismo de Lisboa em resolver um assunto há tanto tempo pendente, como é o remate da fachada e a valorização das áreas poente e norte do Palácio da Ajuda”, mas lembra que se trata de um edifício classificado e “um dos mais simbólicos e relevantes conjuntos edificados da cidade de Lisboa”.

A Ordem dos Arquitectos do sul diz ainda que não está “em causa a qualidade do projecto desenvolvido pela Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) e o mérito profissional do arquitecto João Carlos dos Santos”, mas “repudia” as afirmações do ministro da Cultura e do Presidente da Câmara de Lisboa feitas ao jornal Expresso e a “desvalorização da ‘necessidade de um concurso de ideias mais amplo ou de um debate sobre esta escolha’”.

O comunicado acrescenta que “a arquitectura de qualidade é expressão de boa despesa pública”, que a Ordem dos Arquitectos “sempre tem recomendado o concurso público de concepção como o procedimento mais adequado para adjudicação, por entidades públicas, de projectos no domínio da arquitectura e do desenho urbano, em especial em operações significativas e simbólicas, como é o caso”. O concurso para o remate deste edifício que é monumento nacional, lembram, “permite a apreciação de cenários alternativos para a obra, elaborados a partir de um programa objectivo, e avaliados por um júri independente e qualificado”. [...]»

À AR - Projecto de remate do Palácio da Ajuda precisa de debate público nacional e concurso público


Aos Grupos Parlamentares da Assembleia da República


Exmos. Senhores Deputados da Assembleia da República


No seguimento do anúncio feito pelo Senhor Primeiro-Ministro e pelo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa no início desta semana, dando conta do estabelecimento de um protocolo com a Associação de Turismo de Lisboa com vista à empreitada de remate do Palácio Nacional da Ajuda, anunciando na mesma ocasião que o projecto escolhido será conforme as imagens que junto anexamos;

Considerando a importância histórica, patrimonial e afectiva que o Palácio Nacional da Ajuda tem para o país e para os portugueses, lisboetas ou não, e considerando a envergadura de uma empreitada desta natureza, não só em termos técnicos e financeiros, mas também estéticos e simbólicos;

Solicitamos a Vossas Excelências que providenciem no sentido da Assembleia da República recomendar ao Governo e à CML, sob a forma de uma Resolução, a urgência de um debate público nacional, em que se avalie da necessidade em rematar ou não o Palácio, e se divulguem os projectos de remate feitos nos últimos 100 anos, bem como se alerte para a necessidade de realização de concurso público.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Jorge Santos Silva, Júlio Amorim, Pedro de Souza, Ricardo Mendes Ferreira, Maria do Rosário Reiche, Vítor Vieira, José Maria Amador, André Santos, Miguel Jorge, Pedro Henrique Aparício, Fernando Jorge, Fernando Silva Grade e Filipe Lopes

20/09/2016

O remate "ao" Palácio da Ajuda


Sobre este remate “ao” Palácio Nacional da Ajuda, apenas algumas notas (valem o que valem) do que acho estar bem e estar mal, para quem as quiser ler (aviso que é grandote):

1. Há que dar os parabéns (sinceros) ao Governo e à CML por demonstrarem afã e coragem (o tema, inexplicavelmente, sempre foi reclamação exclusiva dos tendencialmente monárquicos) em querer solucionar este assunto da ala inacabada da Ajuda, uma verdadeira VERGONHA nacional.

2. Contudo, acho que o que está aqui em causa merece um DEBATE PÚBLICO (por mais tempo que demore, desde que seja conclusivo) com consulta pública, divulgação de todos os projectos de remate (ou estudos prévios, como é o caso mais recente) feitos até hoje, enunciando-se os prós e contras de cada um deles, desde o impacte visual ao custo financeiro e tempo de obra (para se evitar que tudo seja para inaugurar à pressa…), passando por uma questão essencial: é melhor terminar-se a ala poente ou mantê-la inacabada, desde que com arranjo paisagístico adequado?

3. Depois, um projecto desta natureza deve ser objecto de um CONCURSO PÚBLICO INTERNACIONAL (CCB, lembram-se?). Estamos no século XXI e não propriamente no tempo das adjudicações por despacho. E este remate não é a um simples prédio de esquina nem ao estaminé de junta de freguesia mas a um palácio nacional, por acaso talvez o mais importante do país.

4. A forma encontrada para o FINANCIAMENTO do projecto parece-me boa e muito bem achada, e justa, se por via directa das receitas das taxas criadas recentemente. Nada a opor, portanto, e tudo a aplaudir, ainda que me pareça que o custo final será muitíssimo superior ao agora estimado, como tudo o que é feito neste país. Mas custa-me que seja a CML a ter o grosso do esforço financeiro, quando o palácio é NACIONAL, mas já estamos habituados, vide o Arco da Rua Augusta, outro dos símbolos maiores do Poder Central (e não há que ter medo das palavras) está entregue à CML desde 2012 e com bons resultados (não é disso que se trata), enfim, sinal dos tempos.

5. Muito menos há algo a opor ao programa encontrado para exploração da ala poente: as JÓIAS, as pratas e os tesouros escondidos ou mal expostos na Ajuda merecem estar expostos e bem expostos ainda que o ideal fosse usar toda a ala Norte para o efeito, fazendo sair dali os serviços vários que ali estão. Ainda que nunca tenha percebido como é que havendo ali a Galeria D. Luís I, claramente subvalorizada bastas vezes sem saberem o que lhe hão-de fazer, não seja transformada em exposição permanente dessas mesmas jóias.

6. Sobre o estudo prévio agora apresentado, e independentemente da bondade e da originalidade da sua autoria (o seu autor é dos próprios quadros, dirigentes, da DGPC), acho aquela SOLUÇÃO ESTÉTICA no mínimo decepcionante, e no máximo horrorosa. Não havia outra forma de dar um tratamento moderno, asséptico, limpo à fachada (eu sei que detestam o pastiche…) mantendo a pedra (lioz?) sem ser transformando-a naquela grelha de barbebue? Num “estore” monumental? E déjà vu ainda por cima – vide a ceaucescuniana CGD, a sede paquidérmica da EDP ou até à mirrada fachada do museu antoniano à Sé.

7. Por fim, só se fala no remate e nos milhões para o remate. Mas um projecto que vise, e bem, terminar com a vergonha da Ajuda, acabando ou mantendo a ruína existente, não é projecto a valer se se esquecer das DEMAIS VERGONHAS FÍSICAS da Ajuda: o estado calamitoso do belo torreão Sul, o torreão Norte à espera não sei bem do quê, os Serenins cheios de computadores e com água a entrar pela cobertura, a Torre do Galo com rachas monumentais e com sinos presos por milagre, e a praça miserável em que está, e, por fim, o Jardim das Damas, exemplo maior da não cooperação entre a Ajuda e a CML, pois continua por abrir ao público e com problemas técnicos por resolver...

17/09/2016

Palácio da Ajuda


Chegado por e-mail:

«Boa tarde


Hoje, 17 de Setembro, apareceu na primeira página do "Expresso" um projecto para concluir o Palácio da Ajuda. Ora, o que eu vi foi um verdadeiro CRIME: em vez de fazerem segundo o projecto original, vão fazer à maneira moderna! Não tem lógica nenhuma fazer uma parte do Palácio segundo a arquitectura contemporânea, quando o Palácio é em estilo neoclássico!

Se quiserem ver como está projectado, é só ver a primeira página do "Expresso"! Quanto a mim, aquele "remendo" é uma verdadeira ABERRAÇÃO!

Cada vez que eu me lembro que em Berlim estão a reconstruir o Palácio Real, segundo o projecto original...

Mas, melhor que as palavras, falam as imagens; que eu envio!

Concluir o Palácio da Ajuda,sim. Mas desta maneira, NUNCA, JAMAIS, EM TEMPO ALGUM!!!!!

Cumprimentos!

Álvaro Pereira»

06/01/2015

António Lamas quer convencer instituições do eixo Belém-Ajuda a partilhar recursos


In LUSA/Público Online (6.1.2015)

«O presidente do Centro Cultural de Belém (CCB), António Lamas, falou nesta terça-feira com o Presidente da República sobre o projecto que está a desenvolver para o eixo Belém-Ajuda, onde pretende convencer as instituições a "partilhar recursos e serviços".

O responsável falava à agência Lusa no final de uma audiência com o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, a quem apresentou cumprimentos, num primeiro encontro com o Chefe de Estado, cerca de dois meses e meio após assumir o cargo no CCB.

"Vim explicar ao senhor Presidente o que me preocupa em relação ao centro cultural, e em relação à zona, e pô-lo a par destes projectos [no eixo Belém-Ajuda] que gostava de estimular", disse no final de um encontro de cerca de uma hora. [...]

Questionado sobre um eventual prazo para a apresentação do projecto à tutela, António Lamas disse que não existe uma data marcada: "É a tarefa principal. Não tenho um prazo, nem há um projecto concreto com princípio, meio e fim. É um processo em curso de revitalização das instituições, de pô-las a conversar umas com as outras", disse.

[...]»

13/11/2014

Plano de Remate do Palácio Nacional da Ajuda - Intervenção necessária junto do governo!


Chegado por e-mail:


«Exmos. Senhores,

Escrevo-vos este e-mail, com o objectivo de chamar a vossa atenção para um artigo divulgado hoje no jornal Público e que diz respeito às obras de remate do Palácio Nacional da Ajuda.

Neste artigo, o Secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, dá a conhecer que "tem intenção” de avançar, de uma vez por todas esperemos, com obras no Palácio Nacional da Ajuda que, como todos nós sabemos, está num estado lastimável já há bastante tempo. Mas temo que seja justamente isso, em que o Ministério da Cultura mostra que vai tratar do assunto, para acalmar os ânimos de quem contesta o estado de abandono de um edifício que é Património Cultural e, passado um tempo o projecto é posto na gaveta, o que já aconteceu 3 vezes.

Este assunto já se arrasta há muito tempo e com o passar dos anos, o projecto de remate apresentado pelo governo denota cada vez mais uma preocupação para com o “tapar” o buraco que até hoje é a fachada nascente do Palácio, em vez de se arranjar uma solução que dignifique o edificado como um todo. […]

Cabe-nos a nós como cidadãos intervir em situações como esta, sendo que peço a vossa ajuda para divulgar esta questão o mais amplamente possível e assim conseguirmos, de uma vez por todas, restaurar um dos ícones de Lisboa com todo o respeito que merece. Em anexo envio-vos imagens de um projecto de remate excelente, com o qual deparei-me há tempos, e que seria, sem dúvida alguma, algo que deveria ser tido em consideração.

O projecto que vos envio é da autoria de Raul Lino, é talvez a melhor proposta que vi até hoje e aquela, que do ponto de vista orçamental seria muito provavelmente, comportável de realizar.

O meu medo e o de muita gente é que coloquem um rectângulo de vidro a tapar a ruína que se vê hoje, ou que não façam nada e que isto se arraste por mais não sei quantos anos.

Deixo aqui o meu apelo como cidadão preocupado e como alguém que quer o melhor para o nosso património.

Agradecendo desde já a vossa atenção,

Melhores Cumprimentos,

Luis Aguiar»