Que caminhos são estes que se abrem
Dentro de mim sem sentir?
Que forças me arrancam do peito
Esta fome de partir?
Para onde vou?
Donde venho?
E onde pretendo chegar?
E esta luta constante
De procurar e buscar?
Porque não cais, coração,
Dentro de tão pequeno peito?
Porque saltas sem parar?
Não!
Para tal foste eleito!
Abranda a correria
Vais a tempo de chegar
Embora o tempo te fuja
Não corras! Vai devagar!
Olha que a vida é amor
Ternura, contentamento
Dá-me a mão, quero o calor!
Dá-me a paz deste momento!
Manuela Barroso, In "Inquietudes" Edium Editores