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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Sons...


As estrelas iam caindo como madrugadas nos teus olhos
que eram agora a planície onde passeava os meus segredos.
Abracei a árvore nos teus braços e deixei-me dançar
ao som da tua música liquefeita na espuma das tuas palavras
que escorregam desejos e beijos semeados de ternura.
O silêncio ouvia a tua voz e roubava a quietude das horas em fios
que teciam os meus dias que perpetuo em mim.
Em devaneios, passeio os ventos da imaginação
tão distante de si mesma nesta rua
tão estranhamente nua,
que abraço a solidão!

                                     Manuela Barroso