terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Para quem ainda não percebeu o que se passou
Apesar de em cinco anos os bancos BES e BCP poderem ficar com a maioria do capital da SAD do Sporting, o clube manterá o controlo estratégico da sociedade. A garantia foi dada à agência Lusa por uma fonte próxima do processo, que releva a existência de 8,79 por cento de acções especiais na posse do clube.
Ora essas acções especiais garantem ao Sporting o direito de veto, que lhe permitem ter a última palavra em qualquer decisão. De resto, o Sporting pode também recuperar parte da posição que se tornará maioritária por partes dos bancos, tendo para isso de exercer a opção de compra sobre os valores agora negociados.
Os bancos adquiriram na semana passada 99,7 por cento dos 55 milhões de euros em valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis em acções. Quando esses valores se converterem em acções, o que acontecerá durante um prazo de cinco anos, os bancos ficarão com 58 por cento do capital da SAD.
Outra alternativa nas mãos do Sporting, no caso de não querer exercer a opção de compra sobre os valores convertíveis em acções, passa pelo aumento de capital através da cedência em espécie dos direitos de superfície do Estádio José de Alvalade, que estarão avaliados entre os 15 e os 18 milhões de euros.
domingo, 24 de outubro de 2010
mártir prestes a espetar-se com camião de pesados e há quem ache isto tudo normal que o problema são os fiéis
Hoje estou à vontade para dizer que disse à minha família: a probabilidade de espetanço é de 90 por cento. E espetando-me no Sporting a 90 por cento estou morto para o resto da carreira. Mas quando percebi que ninguém queria o lugar - porque aquilo a que assisti foi a desculpas esfarrapadas - era preciso alguém que assegurasse a parte do bater no fundo para depois vir um verdadeiro Messias.
JEB, n'A Bola, trecho disponível na versão online (quanto baste, diga-se, não vá acontecer alguém ir comprar o pasquim..), em entrevista aos amigos Serpa e Delgado que tão bem o apoiaram na campanha e que, com tanta pérola atirada e matéria por sacar, vêm confirmar que das duas uma: ou as perguntas estavam previamente aprovadas e não havia direito a mais ou continuam grandes amigo.sexta-feira, 15 de outubro de 2010
sábado, 2 de outubro de 2010
Medidas anti-crise II
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Quantificar a esperança
- De que é que este labrego, atrasado mental, do Luisinho está a outra vez falar, que não se percebe nada outra vez, caralho?, interroga-se o leitor mais incauto, e esperançoso de que a roulote se tenha transformado num espaço de optimismo em vez do antro de bota-abaixismo que é.
O Luisinho explica. Quem é que comprou o pacote Sporting Allez para a Liga Europa?
Vá toca de responder. Está na hora de quantificar esperanças. Aliás, a própria direcção da SAD aposta num falhanço da equipa na Liga Europa, não é? Se não porque raio é que haviam de especular financeiramente com esse falhanço, não é? Assim, ao menos ainda dá para fazer uns trocos não é? Vá lá malta, quantos Sporting Allezes é que andam aí? Quem é que acredita mesmo que o Sporting faz pelo menos três joguinhos terminada a fase de grupos da Liga Europa? Quem é que meteu dinheiro nisso, hã seus garanhões?
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
A reestruturação financeira trocada por miúdos
Por João Mineiro.
Tenho visto na blogosfera leonina, assim como nos jornais desportivos, muita falta de informação (ou desinformação consoante os casos), sobre o que é verdadeiramente o projecto de reestruturação financeira – tal como vem proposto desde o tempo de Filipe Soares Franco. Antes do mais há que esclarecer três pontos:
- Este projecto nada tem de semelhante com o que foi inicialmente negociado em 2005, ao contrário do que deixa entender aqui um blogger anónimo.
- O controlo da SAD não fica assegurado com 51% do capital, uma vez que não estão garantidos 51% dos direitos de voto mas apenas 26,33%.
- A reestruturação financeira não permitirá investimentos avultados no futebol, como adiante se mostra, ao invés do que é dado a entender em asneiras difundidas pela Lusa e publicadas em diversos meios de comunicação.
A operação, tal como estava anteriormente planeada, processar-se-á em 3 passos.
Passo 1 – Operação Harmónio
Uma operação harmónio é uma operação através da qual uma empresa reduz parte do seu capital para cobrir prejuízos acumulados, aumentando-o em seguida através da emissão de novas acções. No fundo, é o assumir da incapacidade de recuperar prejuízos passados, “limpando” os mesmos dos capitais próprios através de uma redução de capital.
Desgraçadamente, esta é a segunda operação do género que a SAD leonina propões aos accionistas em apenas 6 anos. Já em 30 de Junho de 2004 o capital social foi reduzido de 54,9 M.€ para 22 M.€, sendo a diferença de 32,9 M.€ destinada à cobertura de prejuízos acumulados nos exercícios anteriores…
É necessário esclarecer que a operação harmónio agora proposta, com uma redução de capital de 21 M.€ e um novo aumento de capital de 18 M.€, não irá traduzir-se numa entrada de fundos uma vez que o Sporting (Clube) irá participar no aumento de capital através de novo financiamento bancário. Os recursos postos à disposição da SAD serão utilizados para abater dívida bancária no mesmo montante, no âmbito da reestruturação. Trata-se portanto de uma mera operação de recomposição de capitais e absorção de prejuízos.
Passo 2 – Emissão de VMOC (Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis)
Por sua vez a emissão de VMOC (não são mais que obrigações que pagam juro até à conversão em acções) representa, apenas, substituição de dívida – obrigações emitidas para pagamento de dívida bancária. As obrigações permitem uma maior folga na tesouraria da SAD, através da redução anual do reembolso de capital em dívida de 55 milhões de euros, mas quase nenhuma poupança de custos/juros nos próximos anos. Imagine-se, a título de exemplo, que a entrada de fundos substitui dívida bancária com um prazo de reembolso de 20 anos – em média reduz-se o reembolso durante esse período em 2,75 M.€ por ano. Ou seja, 10% do investimento realizado em jogadores nos últimos meses !!! Ver aqui… Outra opção seria investir este dinheiro em jogadores e galopar em direcção a um passivo de 450 M.€, o que é impensável.
Essa folga de tesouraria, tem no entanto um custo brutal para os Sportinguistas. Ao emitir os VMOC, o Sporting perde a maioria do capital da SAD se não entregar os seus últimos activos à sociedade. As contas são as seguintes:
- Sporting detém actualmente 68,60% do capital da SAD de 42 M.€
- Sporting passará a deter 83,09% do capital da SAD após operação harmónio (assumindo que subscreve a totalidade do aumento de capital), do novo capital social de 39 M.€ (41 – 21 + 18)
- Sporting passará a deter 34,47% do capital da SAD após operação harmónio e emissão de VMOC, do novo capital social de 94 M.€ (39 +55)
A forma “encontrada” para garantir 51% do capital da SAD na posse do Sporting é um novo aumento de capital em espécie, ou seja, a entrega de activos à SAD por parte do SCP. O valor desses activos (X) pode facilmente ser calculado resolvendo a seguinte equação:
[(34,47% * 94 M.€) + X] / (94 M.€ + X) = 50,01%
Ou seja, X = 29,2 M.€.
Estima-se portanto que a SAD irá ficar com um capital final de cerca de 123 M.€.
Passo 3 – Integração da Academia e dos direitos de superfície do Estádio
Conhecendo a avaliação feita à Academia de pouco mais de 20 M.€ – cujo relatório nunca foi público – mas que assumia incompreensivelmente que o novo aeroporto em Alcochete não traz valor acrescentado aos terrenos, e uma vez que esse valor não perfaz os 29 M.€ acima calculados, resta ao Clube passar também para a SAD os direitos de superfície do Estádio José Alvalade.
Resultado final da reestruturação proposta
Antes ainda de revermos as consequências um facto: é absolutamente inaceitável que toda esta engenharia financeira nunca tenha sido claramente explicada aos sócios.
- No Congresso Leonino, realizado em Santarém, José Castro Guedes, mentor do projecto, limitou-se a mostrar alguns slides com as contas da reestruturação financeira numa base de caixa, recusando-se a entregar esses mesmos slides aos 50 sócios/delegados presentes, bem como qualquer outro elemento contabilístico do Grupo Sporting, conforme requerido por 8 delegados presentes, representando 200 votos de sócios. Esse requerimento nunca teve resposta, prevalecendo em Santarém a exposição contabilística de “mercearia”;
- A Sporting Comércio e Serviços foi vendida à SAD sem ser conhecido sequer um balanço da sociedade; a avaliação da Academia nunca foi tornada pública; a autorização para a redução de participação na SAD e trespasse da Academia nunca tiveram aprovação em AG;
- As Assembleias Gerais têm sido um desfilar de silêncios, justificados com a necessidade de “não maçar os sócios”, ou por “falta de condições de segurança”;
- Os pedidos de elementos informativos, ao abrigo do art.20º/1/d dos Estatutos, são constantemente ignorados, motivo mais que suficiente para impugnar qualquer Assembleia Geral. Este pedido e consequente recusa, assinada pelos serviços do Clube, são apenas um triste exemplo;
- A informação enviada para as redacções deixa entender que tudo não passa de uma operação para “dotar a SAD da capacidade necessária de investir na sua equipa de futebol“.
Ora sendo o futebol a única actividade capaz de gerar mais-valias regulares que nos levem à redução do passivo, a venda da sua gestão e capital a terceiros tem de ser explicada de forma transparente. Uma opção pela privatização da principal modalidade do Sporting e pela venda de 50% dos activos que lhe restam exige clareza.
Neste cenário final o Sporting e a intervenção dos sócios ficam limitados a:
- Gestão das modalidades;
- 25% das quotizações dos sócios,
- 50,1% de uma SAD que deixa de controlar – onde terá direito a apenas 26,3% dos direitos de voto. Note-se, a título explicativo, que as acções do tipo B estão limitadas a 10% dos direitos de voto e o Sporting apenas detém 16,33% de acções do tipo A, sem limitações de voto, conforme resulta do artigo 13º dos Estatutos da SAD.
É isto que os sócios querem?
Alternativas
Finalmente chegamos à questão final: existe alternativa?
Claro que sim.
Toda a reestruturação montada não vai permitir mais que uma ligeira redução dos encargos de tesouraria, implicando um custo imediato de alguns M.€ em custos bancários na montagem da operação, obrigando a uma perda total de poder por parte dos sócios com e ao esvaziar do Clube dos seus activos.
Por forma a conseguir o mesmo efeito de tesouraria há que renegociar a dívida bancária para prazos mais alargados, ajustando os reembolsos de capital aos anos de venda de jogadores da formação e oferecendo em contrapartida novos colaterais aos credores. Ou reduzir a massa salarial do Grupo Sporting em 200 mil € /mês. Ou criar um Fundo de Investimento para os passes da formação. Ou criar fundos de Fomento Desportivo. Ou vender o “naming” do estádio durante alguns anos, por doloroso que seja. Ou recuperar a dinâmica de merchandising do Clube através da rede de Núcleos do Sporting.
Ou, a hipótese mais valiosa de todas, com um efeito equivalente à reestruturação proposta pela “Geração da Dívida”. Recuperar/angariar 20.000 sócios – a base de todo o programa Ser Sporting.
Não seria essa verdadeiramente a solução de futuro que o Sporting necessita?
sábado, 7 de agosto de 2010
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Fim-de-semana fora
terça-feira, 6 de julho de 2010
Cooperação estratégica
segunda-feira, 5 de julho de 2010
O bode expiatório
sábado, 3 de julho de 2010
O estalar do verniz
Por fim, aquela que começou por ser uma pacífica assembleia-geral acabou em quase estado de guerra civil com Dias Ferreira e Bettencourt a sistematicamente serem rudes, mal-educados e desrespeitosos para os sócios. Isto é, os sócios interessam à SAD enquanto clientes, veja-se a nova campanha das Gameboxes centrada em torno da ideia do amor à camisola, mas enquanto parceiros na governação do clube parecem ser um empecilho. O ar de frete de Bettencourt não enganava. Aquilo a que em dia do aniversário do clube se assistiu no auditório de Alvalade foi uma vergonha. Pelos vistos continua. Vamos aguardar pelos acontecimentos das próximas horas.
O momento da noite: Muitos momentos memoráveis numa AG histórica. Um deles foi quando Dias Ferreira do alto do seu racismo de classe perguntou a um sócio o significado da palavra falacioso, que este havia utilizado para descrever as justificações que Dias Ferreira dava para os procedimentos da AG. Mas o grande momento da noite foi quando Bettencourt disse qualquer coisa do género "no Benfica uma coisa destas era aprovada em 10 minutos" referindo-se à trabalheira que deu e vai dando a tentativa de alienar a Academia de Alconhete. Largas secções da AG responderam com um sonoro "Vivó Benfica!".
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Relatório e Contas 3º Trimestre
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Obrigado CMVM
E em jeito de promessa, ou ameaça, entendam como quiserem, e se o tempo assim o permitir, e se deus assim o quiser, a partir desta semana início ou iniciamos aqui na roulote uma nova série intitulado Jorge Mendes Watch. Vamos tentar manter-nos a par de todos os nomes associados a Jorge Mendes que vão ser associados ao Sporting e no fim, para isto não ser só conspiração, ver a quantidade de dinheiro que vai circular no triângulo SAD, Mendes e outro sítio qualquer mais ou menos indefinido.
domingo, 4 de abril de 2010
Outsourcing ou o adepto, ao contrário do presidente, não pode tirar férias
Um outro número de variedade diz respeito à forma como a direcção tem tratado Carvalhal. Como se não chegassem as declarações do Ravanelli da gestão sobre Paulo Bento, a cena de batatada que envolveu o anterior director desportivo, as atitudes de prepotência que caracterizam o novo director desportivo, a relação da "nossa" direcção com a CMVM é um estudo de caso digno de registo. É que quando estavam nos bancos e nas empresas de consultoria e puseram o país e o mundo à beira da falência cagaram de alto para a CMVM e até para o sindicato dos bancos que em Portugal dá pelo nome de Banco de Portugal, cujo presidente teve como prémio pela grande gestão da crise uma promoção para o Banco Central europeu... mas, dizia eu antes de entrar na tangente, quando estão à frente de clubes de futebol avisam com três meses de antecedência que não vão renovar com o treinador. Caso único no futebol português.
E depois, claro, como se não chegasse, chegaram à conclusão que a gestão financeira é com eles. então vai de fazer outsourcing da gestão desportiva. Agora quem vai mandar no futebol do Sporting é Jorge Mendes. Que assim seja é problemático, que se assuma isso é revelador não só de falta de escrúpulos como de inteligência. Mas o adepto interroga-se? Mas não é bom que assumam que não percebem nada disto e deleguem em quem sabe? E respondo eu: não. E o adepto procura novamente um conforto: mas assim ao menos eles podem concentrar-se no plano de reestruturação financeira. Ao que o Luizinho, qual Jardel, a falar de si próprio na terceira pessoa responde: - Então mas se o plano era urgente, porque é que ainda não foi implementado?
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Jornal do incrível
O Izmailov é isto:
"Estou muito impressionado com a atitude dos adeptos e, em verdade, não fiz nada de especial para merecer isto."
"No Lokomotiv também tive sempre boas relações com os fãs e recebi muitas cartas. Mas lá era alguém da casa, enquanto aqui sou um estrangeiro. Por isso, é que este apoio é tão tocante".
Por uma vez, um jogador faz um elogio genuíno aos adeptos, para lá das tiradas de ocasião extraordinariamente irritantes do Salema, e a primeira coisa que a direcção (?) do clube faz é por o homem no mercado. Por mim, despachem logo também os outros três e acabem de vez com a nossa agonia.
O Sporting hoje é isto, e nada mais do que isto:
A urgência do Sporting em concretizar um encaixe financeiro significativo legitima a inflexão na recusa da proposta de seis milhões de euros do Lokomotiv de Moscovo por Izmailov, declinada em Janeiro, mas entretanto entendida como viável pelos responsáveis da SAD leonina para que a transferência do influente médio russo se consuma.