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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Manchester United na bolsa de Nova Iorque

Os caminhos que o grande exemplo dos autores do Projecto vai seguindo, no dia que em rebentou um conflito entre os accionista do Arsenal a propósito da saída de Van Persie. E para quem se esqueceu, ou não ligou, vale a pena ver o que é que está a acontecer em Glasgow com o Ranger reconstituído.

United's debt, loaded on in 2005 for nothing more constructive than the Glazers' takeover itself, remains a sorry £423m burden, even after the club has paid out more than £500m interest, bankers' fees and charges, to service it.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

O "Sporting way"...

"Euro 2012: Portugal profit from ruthlessly efficient approach built on Sporting way"
É verdade. Mas, a pergunta continua a ser: o que é que o Sporting ganhou com isto? Quem conduziu este processo que foi levando —perante o olhar complacente, indiferente ou preconceituoso de muitos os Sportinguistas— o precioso património financeiro e desportivo do Sporting ao desastre de hoje? Quem?!
Não creio que seja difícil encontrar a resposta...

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Feliz ano novo

Via: Ti amo Sporting

Tudo o que tem de saber sobre o Relatório e Contas do Primeiro Trimestre da época 2011/2012 (Julho/Agosto e Setembro 2011) – Sporting Clube de Portugal, SAD.
1) O Sporting apresenta sempre resultados negativos nos seus relatórios?

Não. Em igual período na época passada a Sporting SAD, beneficiando dos proveitos de venda de jogadores, registou um lucro de 10,57 milhões de euros.~

2) Desde o início da época a dívida, em especial aos bancos, aumentou de forma grave?

Sim. Neste relatório, a Sporting SAD subiu o seu passivo em mais de 30 ME no espaço de 3 meses, com um resultado líquido negativo de quase 8 ME, uma subida de mais de 36 % entre salários de jogadores, custos com colaboradores e de órgãos sociais. A dívida financeira duplicou de 30 de Junho de 2011 para Setembro de 2011 passando de €42.289.000 para €81.187.000 (conforme página 39 do relatório). A dívida ao Factoring passou de €5.290.000 para €25.825.000 no período de 30 de Junho de 2011 para Setembro de 2011 e os juros dos empréstimos bancários, obrigacionistas e respectivas comissões duplicaram.

3) As vendas de jogadores no inicio da época foram de €7.500.000 conforme anunciado na Comunicação Social?

Não. Na temporada em curso a venda de jogadores apenas totalizou €1.751.000 resultantes sobretudo das cedências de Djalo, Postiga e Vuckcevic. Na altura das referidas vendas, foram veiculadas pela Comunicação Social e nunca desmentidas pelo Sporting as vendas destes 3 atletas pelos montantes de €4.500.000, €1.000.000 e €2.000.000, respectivamente, o que totalizaria €7.500.000, que conforme se pode ver neste relatório não se verificou. Alertamos que o relatório refere a venda de Djalo ao Nice, pelo que os valores apresentados não foram afectados pelo resultado da eventual não venda de Djalo a esse clube francês, não servindo o mesmo de desculpa para perceber que se a venda de Postiga (conforme comunicado à CMVM) foi de €1.000.000, todos os restantes totalizaram apenas €751.000 e não os valores que nos fizeram acreditar.

4) Conforme prometido, o Sporting deixou de depender de receitas antecipadas na sua gestão financeira?

Não. O Sporting já recebeu mais de 13ME de possíveis receitas futuras de vendas de jogadores (não é venda de passes, mas sim receitas futuras de vendas das percentagens de passes que ainda são do Sporting) (página 40 do relatório). O Sporting já recebeu mais de 2,6ME de receitas de bilhetes de época 2012/2013. O Sporting já recebeu mais de 22ME de facturas antecipadas referentes a prestações de serviços e proveitos com cedência de direitos económicos de jogadores (página 42 do relatório).

5) O Sporting, Benfica e Porto estão iguais em termos financeiros?

Não. Se verificarmos as regras do Fair Play Financeiro imposto pela UEFA, que vai ser aplicado no inicio da época 2013-14, o Sporting seria das 3 equipas a única a sofrer uma penalização pela UEFA. O quadro de sanções ainda não está definido mas poderá vir a ser de multas a exclusão. O conceito principal de Fair Play Financeiro é a obrigação de os clubes não poderem ter despesas superiores às receitas no conjunto das três últimas épocas, ou seja, que os clubes gastem apenas o que têm ou podem vir a ter. Actualmente, se os critérios do Fair Play Financeiro já estivessem em vigor, o FC Porto, que apresentou lucros nos últimos 5 anos cumpriria os critérios. O Benfica que teve prejuízos superiores a 28ME estaria sob vigilância, e o Sporting, que acumulou prejuízos de 72ME nas duas temporadas passadas, estaria sujeito às punições.

6) O investimento realizado em jogadores esta época é a principal causa do prejuízo verificado neste trimestre e da preocupação que os Sportinguistas têm que ter no futuro do clube?

O investimento realizado em jogadores esta época ascendeu a €34.781.000 com cerca de €11.000.000 (dados constantes nas páginas 40 e 41 do relatório) a serem respeitantes a comissões (cerca de 70%) e prémios de assinatura (cerca de 30%). É lógico que este investimento tem peso no prejuízo apresentado no trimestre. Mas a grande preocupação é que não só não conseguimos providenciar receitas correntes para fazer face ao investimento ou pelo menos a parte dele, como apesar de já termos vendido a maioria das percentagens de passes de quase todos os jogadores, ainda se deve a 30 de Setembro de 2011, €34.440.000 desse investimento realizado (ver mapa em anexo). Assim percebemos que a alienação de percentagens maioritárias dos passes (que irá continuar a suceder conforme afirmado no relatório na página 31) apenas serviu para pagamento de salários e despesas bancárias, sendo que qualquer empresa que vive de receitas antecipadas e da venda do seu activo para financiar despesas correntes está a um passo muito curto de passar de falência técnica para falência.

7) As percentagens que têm sido vendidas ao fundo do BES (Sporting Portugal Fund/ Fundo ESAF) e ao fundo do Peter Kenyon/ Jorge Mendes (Quality Football Ireland Limitted) têm dado dinheiro a ganhar ao Sporting?

Não. As percentagens dos passes estão a ser vendidas ao preço de compra ou abaixo, como no caso do Elias. Assim, o Sporting está a ficar com percentagens muito pequenas desses passes, quem vai ganhar dinheiro é o BES e os empresários e corremos o risco na altura real da venda que a parte que fica com o Sporting não chegue para cobrir o investimento realizado em termos de compra/salários/prémios/comissões e juros bancários.

8) O Sporting vai conseguir continuar a pagar os salários dos seus jogadores, órgãos sociais e colaboradores?

Ao ritmo a que o Sporting está a vender as percentagens detidas dos passes, não terá dinheiro para pagar salários até ao fim da época e não tem outras receitas para fazer face aos mesmos.

9) Vamos continuar a fazer reestruturações financeiras que retirem cada vez mais o papel dos sócios no Clube e o último património do Sporting Clube de Portugal?

Infelizmente, tudo parece levar a crer que sim, pois este cenário de falência técnica associado ao crescente aumento do passivo nesta época desportiva, levou ao anúncio nos media, por parte de Nobre Guedes (Diário Económico) de existir vontade de fazer uma nova reestruturação financeira e de capital no primeiro trimestre de 2012. A última realizada foi entre Dezembro de 2010 e Janeiro de 2011 que se consubstanciou numa redução de capital social seguida de um aumento onde o Sporting CP + Sporting SGPS (detida a 100% pelo Sporting Clube de Portugal) ficaram detentores de 89% das acções da Sporting SAD. Mas a esta operação seguiu-se a emissão de €55.000.000 de Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis em acções da sociedade (VMOC) com prazo máximo de 5 anos, mas podendo ser convertida ao fim de 2 anos, ou seja, em 2013. Desta subscrição apenas 0,3% foi subscrito pelo público em geral ficando os bancos que acompanharam esta operação com os restantes 99,7% , repartidas 50% BES e 50% Millenium BCP. No final da operação, quando existir a reversão, o Sporting CP + Sporting SGPS passarão a deter apenas 37% de acções da Sporting SAD, caso não efectue na altura um aumento de capital ou exerça o seu direito de compra, o que se verifica muito difícil perante o agravamento contínuo da dívida. Assim, se a estratégia se mantiver (que é o previsível) e ocorrer um aumento de capital, não se prevendo a capacidade financeira de o Sporting subscrever, o que vai acontecer é que os 89% que detemos actualmente na SAD vão diminuir. Isto significará que após a reversão das VMOC’s, o Sporting além de perder a maioria da SAD, ficará com menos do que 37% que já derivavam dessa operação. Mais ainda: parece que o direito de superfície do Estádio e o seu naming também estarão a ser preparados para deixar de estar sobre o controlo do Sporting Clube de Portugal, mas de servirem de moeda de troca para tentar, durante apenas um curto período de tempo, resolver pontualmente esta política financeira que tem sido levada a cabo esta época e que levou o Sporting de uma situação de falência técnica para um situação eminente de falência.

Retirado do grupo Sporting nosso orgulho...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A Alegoria da Auditoria

O empossado presidente do conselho directivo do Sporting resolveu numa atitude de evolução na continuidade (palavras de alguém da lista dele) incluir uma auditoria às contas do clube, contrariando o que era o seu programa eleitoral.
Esta mudança pode ser vista como um amadurecimento de posicionamento, o que não é caso único nos actuais empossados do mesmo órgão.
A efectivação da promessa de auditoria provoca em muitos sportinguistas um sentimento de satisfação, que poderá advir de finalmente acreditarem que vão ficar a saber a verdade sobre o que se passou na gestão do clube.
No fundo é como ideia transmitida pela alegoria da caverna, só que não vão chegar a sair da caverna e ver as formas na realidade. Esta auditoria, no fundo é meia auditoria. Se fosse o presidente empossado o autor da alegoria da caverna, os habitantes depois de muito protesto não sairiam da caverna, mas para além de verem as sombras das formas, poderiam ver as próprias formas na penumbra.
Sempre há quem diga que é melhor que nada e podem ter razão, é melhor um pobre comer bolos para enganar a fome do que não os ter.
Voltando a auditoria, aliás à meia auditoria, esta não me satisfaz, porque o que defendi e continuo a defender é uma auditoria externa financeira e de gestão. A auditoria financeira pouco vai dizer, limita-se a conferir se os auditores internos cumpriram as regras ou se meteram água no cumprimento desta, apenas apontando irregularidades na forma e possíveis lapsos. Não nos vai dizer se a gestão foi um não negligente, danosa, se a venda do património foi um acto que defendeu os interesses do clube, se o negócio com a opway (do ex-presidente vendedor e comprador) foi transparente, se a comissão para ao amadeu lima carvalho foi transparente, se a passagem da academia para a sad foi no interesse do Sporting, se a gestão das dezenas de empresas criadas durante o roquetismo foi danosa e por ai fora.
Não vamos ter acesso a toda a informação que deveríamos ter, mas como godinho lopes já defendeu que não estava disponível para aferir de toda a verdade, pois não queria ferir susceptibilidades, da minha parte só posso concluir que é porque quer esconder algo e não é com máscaras que se pacifica e se unifica.
Por isto se vê que esta anunciada auditoria, ou meia auditoria, não passa de um golpe de propaganda e é perfeitamente dispensável, pois sempre se poupava algum dinheiro que vai ser deitado fora.
Acrescento que, bruno de carvalho fez bem em não se juntar ao quarteto fantástico, pois de certeza que as pessoas de bem não iriam querer um vale e azevedo de terceira a participar numa auditoria financeira.
Quanto a mim, continuo na minha posição original de defender uma auditoria externa financeira e de gestão a todo o universo do grupo Sporting desde 1995, ou se fosse possível desde o 25 de Abril, pois a verdade não me incomoda.
Esta posição, da auditoria de gestão não é virgem e vem no seguimento da iniciativa lançada pelo movimento ser Sporting, que apresentou após recolha de assinaturas, enviou proposta ao então presidente da mesa da assembleia geral do Sporting, e que nunca chegou a ser concretizada.
Entre os mentores dessa auditoria estão hoje pessoas que "amadureceram" a sua posição, como o actual vogal do conselho directivo do Sporting, pedro da cunha ferreira (ver aqui) e o ex-candidato e actual vice-presidente paulo pereira cristóvão (ver aqui).
Pela minha parte, não amadureci nenhuma posição, ela continua verde, pois o amadurecimento célere, lembra-me a fruta, num instante passa a podre.

P.S.: Esta consulta de informação foi-me profícua, fiquei a saber que no actual conselho directivo apenas a responsável pela juventude tem um número de sócio superior ao do presidente (menos mau) e que até eu, que me fiz sócio aos 14 anos por iniciativa pessoal, sou sócio mais antigo do que o actual presidente do conselho directivo, que tem quase idade para ser meu avô. Deve ter sido por alturas da fé no roquetismo.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Quantificar a esperança

No dia em que o presidente do clube e da SAD vem mais uma vez responsabilizar as vozes críticas de dentro clube pelos maus resultados (sim eu admito, foi a minha maledicência que trocou o Pongolle por seis milhões e meio), queria fazer um pequeno inquérito aos nossos leitores. É certo que sentimentos como o amor não se quantificam, embora a SAD bem o tente fazer, não é? Toda a filosofia da maior rendibilidade do segundo lugar do campeonato em relação ao título assentava no pressuposto dessa mesma mensurabilidade, vero? Então, como não pode ser só o poder a produzir saber, a resistência também procura quantificar sentimentos. E claro, se o amor não se compadece com o frio e cínico cálculo económico, já a esperança é todo um outro negócio. Isto é, toca a quantificar a esperança que esta SAD, esta direcção, este treinador e este plantel são capazes de mobilizar. Isto é, quem é que pôs o dinheiro onde temos a esperança?
- De que é que este labrego, atrasado mental, do Luisinho está a outra vez falar, que não se percebe nada outra vez, caralho?, interroga-se o leitor mais incauto, e esperançoso de que a roulote se tenha transformado num espaço de optimismo em vez do antro de bota-abaixismo que é.
O Luisinho explica. Quem é que comprou o pacote Sporting Allez para a Liga Europa?
Vá toca de responder. Está na hora de quantificar esperanças. Aliás, a própria direcção da SAD aposta num falhanço da equipa na Liga Europa, não é? Se não porque raio é que haviam de especular financeiramente com esse falhanço, não é? Assim, ao menos ainda dá para fazer uns trocos não é? Vá lá malta, quantos Sporting Allezes é que andam aí? Quem é que acredita mesmo que o Sporting faz pelo menos três joguinhos terminada a fase de grupos da Liga Europa? Quem é que meteu dinheiro nisso, hã seus garanhões?

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Fim-de-semana fora

Por acaso, vou estar fora este fim-de-semana. Isto significa que não vou à bola. A malta do marketing do Sporting pelos vistos conhece a minha vida já que não se deu ao trabalho de me fazer chegar a gamebox até ao momento em que escrevo. Está tudo calculado! Menos a possibilidade de passar a gamebox ao meu pai - lagarto de longa data, detentor durante muitos anos de um lugar cativo na bancada central, que desde que a SAD e a Sport Tv conjugaram esforços se dedica essencialmente ao Sporting a partir do sofá.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Vender em baixa

Diz o senso comum que para fazer um bom negócio é preciso comprar em baixa e vender em alta. No Sporting, ou melhor, na SAD, fazem tudo ao contrário. Confirma-se o novo contrato de cedência dos direitos televisivos do futebol, à PPTV, do grupo Controlinveste, propriedade de Joaquim Oliveira, o tal que é também proprietário dos três jornais para onde o FCP sopra as notícias e de 30% da "nossa" SAD. A venda dos direitos até 2017/1018 foi feita por 108 milhões, o que dá os tais 15 milhões por época. O Benfica está a pedir pelo menos o dobro e arrancou com uma exigência de 40 milhões. Agora, a questão que se coloca é saber quem é que no seu perfeito juízo vai renegociar um contrato que era válido até 2013 num momento em que o clube está no lodo e, por conseguinte, as audiências estão em baixa? Que raio de gestores são estes? Por um lado, dizem-nos que vamos ser campeões por outro e nas medidas de gestão fica claro que eles próprios não acreditam nisso. Ou alguém que espera ser campeão nos próximos dois anos vai renegociar um contrato quando está em baixa em vez de o fazer quando tem mais poder negocial? Mais um belo negócio, a acrescentar a uma infindável lista. O Santander não o quer de volta?

Cooperação estratégica

Depois de feito o negócio segue-se a assadura dos concorrentes, como lhes chamou Bettencourt na AG, em lume brando. Ontem, Dias Ferreira, numa tentativa de limpar um bocado o negócio, já havia referido a possibilidade de Moutinho usar algumas das cláusulas de desvinculação introduzidas nos últimos anos pela FIFA. Não percebi muito bem, mas aparentemente por Moutinho já ter mais de cinco anos de contrato cumpridos poderia sair pagando o que faltava do seu contrato mais uns trocos. Mas o que é verdadeiramente interessante é a ofensiva mediática de hoje. Olhando para o DN, o JN e o Jogo assistimos a um relato meticuloso das incompetências que possibilitaram este negócio. Até o habitualmente solícito Jean-Paul Lares desta vez malha forte. O mais curioso é reparar na propriedade dos referidos órgãos de comunicação: todos pertencem à Olivedesportos, que por sua vez detém 20% da SAD por via directa e mais 10% por via da Nova Expressão, empresa desse grande sportinguista que dá pelo nome de Pedro Baltazar. Para cúmulo, refira-se que, ao contrário do que sucede com o Benfica, que está a pedir 40 milhõs, a SAD já negociou e vendeu os direitos televisivos até 2019, por 15 milhões de euros à mesma Olivedesportos.

Para memória futura



domingo, 4 de julho de 2010

Palhaços pirómanos sem extintores

Ao contrário do Anjo acho que a transferência de Moutinho é a machadada final numa época que ainda nem sequer começou. O amor à camisola e as preferências clubistas do jovem não são tema que me interesse. Interessa-me, isso sim, que era o capitão de equipa, o jogador que há seis ou sete épocas jogava todos os jogos, todos, com níveis de rendimento que oscilaram entre o brilhante, o excelente e o aceitável. Teria muito mais a dizer, mas penso que o kovacevic no 442 resume tudo muito bem. Estamos a ser governados por doidinhos incompetentes que não percebem rigorosamente nada de futebol, nem de gestão, nem de coisa nenhuma. Porque se percebem, e por pior que esteja a tesouraria (não comprassem o Pongolle e o João Pereira em Janeiro!), deveriam entender que vender um dos melhores jogadores da equipa a um rival, que ainda por cima vai transferir Meireles aí por uns 18 milhões, é meio caminho andado para que tudo corra mal esta época. Ou a equipa começa a ganhar e segue na liderança de tudo até ao final da época ou à primeira contrariedade a tenda começa a arder. Enfim, este negócio sintetiza todas as tensões e problemas que cercam o clube, e uma posta é demasiado pouco para se poder pensar seja lá o que for, se não com calma, pelo menos com a necessária clareza. Este é um daqueles actos de gestão cujas repercussões de vão fazer sentir durante anos. Vão ao 442 que está lá tudo, que agora vou ali cortar os pulsos.

sábado, 19 de junho de 2010

O Sporting no mercado

Finalmente, foram apresentados os primeiros "reforços" para a nova época. Ainda sem se saber se existe dinheiro ou não, a primeira nota é que, por diferentes motivos, os novos jogadores não entusiasmam. Por outro lado, o despesismo de Janeiro está a custar caro neste momento, até porque parece que não há dinheiro. Tal como sucedeu em Janeiro, acredito que o melhor reforço vai ser o mais barato: então, Pedro Mendes, agora André Santos. Também acho que o erro que foi João Pereira se voltou a repetir com Evaldo, ainda que este tenha nível para jogar no Sporting. Três milhões por um lateral de 28 anos com um ano de contrato não deixa de ser demasiado e ficar com metade da defesa do Braga da época passada por seis milhões de euros também não é reconfortante. A solução seria conseguir enganar alguém e fazer os tais 3 milhões com o Grimi. Apesar de tudo ficávamos melhor servidos. Finalmente, Maniche cheira a fiasco por todo o lado. O homem está cada vez mais parecido com o Shaun Ryder - o da fase decadente (será que houve outra?), é claro. Resumindo, o director desportivo que parecia estar cheio de contactos, ter conhecimentos profundos de diversos campeonatos e um acesso privilegiado ao maior empresário do mundo, até agora foi apenas capaz de contratar jogadores que qualquer um de nós também poderia identificar. Com vantagem para nós, que provavelmente negociaríamos melhor, e não contratávamos nem o Pongolle nem o Maniche de certeza,para referir aqueles em relação aos quais não existe debate. Enfim, preparamo-nos para mais uma época de horror e eu vou lá estar para ver. A contratação de Hugo Viana a situação melhora um pouco a situação, mas o homem dilui-se nas asneiras que estão a ser feitas. A contratação de tantos médios para a zona central indicia, por outro lado, que Veloso e Moutinho estão de saída.
Só para concluir, e com um pedido de desculpas ao leitor pela desorganização do texto e das ideias, vale a pena pensar em Tello. Na altura escolheram não pagar ao homem cinquenta mil euros por mês. Saiu a custo zero. Em contrapartida já pagámos ordenados a Ronny, Marian Had, Edson e Caneira. E pagámos também 3 milhões pelo Grimi. Isto tudo para poupar 25 mil euros por mês na folha salarial, cerca de um milhão de euros em quatro anos de contrato. Que bela gestão. Com o De Franceschi foi a mesma coisa. Com o João Pinto também. Com o Derlei voltou a acontecer. Esta malta não aprende, com a desvantagem que o Sporting parece mesmo estar a seguir o modelo de gestão do Porto. Já temos o Costinha, o Nuno Valente, o Maniche e o PEdro Mendes. Foi pena não ter vindo o Vilas Boas mas pode ser que ainda venha o Deco e o Paulo Ferreira e aí tornamo-nos sérios candidatos a vencer a Liga dos Campeões.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Relatório e Contas 3º Trimestre

A CMVM afinal serve para alguma coisa. Nomeadamente para os sócios terem acesso aos relatórios e contas da SAD que não são devidamente disponibilizados nas Assembleias Gerais. Disponíveis aqui, aqui e aqui. Ainda não tive tempo para olhar para eles, mas podem encontrar uma primeira análise no Bancada de Leão. A nota mais saliente são os 14,8 milhões de prejuízo, a acreditar na leitura que o Record fez do relatório. Gestão racional, portanto. Portanto, as bolas bateram na barra e as contas deram negativo. O Projecto Roquette tinha isto tudo pensado e calculado. Agora vêm aí a reestruturação financeira (oh não, outra vez não) e uma catrefada de jogadores do Braga para garantir mais classificações merdosas, mais saída de dinheiro e mais prejuízo que por sua vez vão levar a mais uma reestruturação financeira. Valem-nos as modalidades - até quiseram acabar com elas, não é? - para uns momentos de pausa e para dar tempo para respirar fundo até nos afundarmos outra vez.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Cinco anos na vida de um clube ou a gestão empresarial

Recebi um e-mail do Sporting com o meu número novo, já que estamos em ano de renumeração. Baixei cerca de 35 mil números. Volto a repetir, para os mais incrédulos: 35 mil.