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terça-feira, 6 de julho de 2010

Cooperação estratégica

Depois de feito o negócio segue-se a assadura dos concorrentes, como lhes chamou Bettencourt na AG, em lume brando. Ontem, Dias Ferreira, numa tentativa de limpar um bocado o negócio, já havia referido a possibilidade de Moutinho usar algumas das cláusulas de desvinculação introduzidas nos últimos anos pela FIFA. Não percebi muito bem, mas aparentemente por Moutinho já ter mais de cinco anos de contrato cumpridos poderia sair pagando o que faltava do seu contrato mais uns trocos. Mas o que é verdadeiramente interessante é a ofensiva mediática de hoje. Olhando para o DN, o JN e o Jogo assistimos a um relato meticuloso das incompetências que possibilitaram este negócio. Até o habitualmente solícito Jean-Paul Lares desta vez malha forte. O mais curioso é reparar na propriedade dos referidos órgãos de comunicação: todos pertencem à Olivedesportos, que por sua vez detém 20% da SAD por via directa e mais 10% por via da Nova Expressão, empresa desse grande sportinguista que dá pelo nome de Pedro Baltazar. Para cúmulo, refira-se que, ao contrário do que sucede com o Benfica, que está a pedir 40 milhõs, a SAD já negociou e vendeu os direitos televisivos até 2019, por 15 milhões de euros à mesma Olivedesportos.

domingo, 12 de outubro de 2008

Sublinhados ou eu bem vos avisei ou ainda ou ainda esta merda para mim não é um negócio

Da entrevista de Soares Franco ao DN retenho algumas notas fundamentais devidamente justificadas pelos negritos abaixo assinalados: a campanha de novos sócios é um fiasco, as assistências estão a baixar, e a culpa é da crise económica. Isto apesar de no caso do Porto e do Benfica elas estarem a aumentar. De qualquer forma, salientar que a SAd não tem explicação para o fenómeno. Os resultados da SAD estão dependentes dos resultados desportivos. A ideia de militantismo de Soares Franco é Carnaval. Ele não quer sócios ele quer e passo a citar "segmentar e direcionar" os consumidores. Esta é aliás a nota central que retenho do seu discurso: o desprezo total pelo Clube e pelos Sócios. Finalmente, eu bem vos avisei. O Sporting vai perder a maioria da SAD, mas só depois de o Estádio ser passado para a dita. Resumidamente: custos para o clube, património e rendimentos para a SAD.

Sim e porquê? Porque o Sporting não consegue passar uma mensagem de militantismo para os adeptos, e isso é que me preocupa e leva-me a fazer uma avaliação não positiva do meu desempenho. Considero um fracasso.

Estratégia igual, resultados diferentes?

Neste caso, melhores. O Benfica tem, a meu ver, mais militantismo que o Sporting.

E o FC Porto?

O Porto tem militantismo, mas nesse aspecto, tire-se o chapéu ao presidente Pinto da Costa, que conseguiu fazer do Porto uma bandeira do norte do país e da cidade do Porto. É um bocadinho parecido com o Barcelona com a Catalunha. Porque em todos os negócios, se não se souber segmentar e direccionar está-se provavelmente a errar a pontaria.

crise financeira tocou a campainha na cabeça da família sportinguista, que se calhar hoje perceberá melhor que há um conjunto de operações que vão voltar a uma assembleia-geral (AG) e que têm a ver com a reorganização societária, que são imprescindíveis para garantir a estabilidade do Sporting. O SCP deve ter as modalidades e um conjunto de receitas. E todo o resto do património afecto ao futebol profissional deve ser gerido pela SAD. Mesmo que isso implique que o SCP perca a maioria da SAD. Porque o SCP tem força dentro da SAD com as acções da classe A. O que é mais importante: ter uma equipa de futebol altamente competitiva ou ter mais 1% de acções da SAD?

Qual é o resto do património que passaria para a SAD, a academia, o estádio?

Exactamente, tudo isso é o que faz sentido.

E independentemente do Sporting ter que lutar para ter o melhor contrato que possa, não se pode esquecer que a entidade com quem tem os contratos televisivos teve sempre, desde a primeira hora, a apoiar o Sporting. E eu, enquanto for presidente do clube, nunca me esquecerei.

Não sei avaliar. Não conheço o dossier do Apito Dourado, não me sinto em condições de me pronunciar efectivamente sobre ele.