Mais um pratinho ali para o menu degustação
Depois veio Roquette. Primeiro com Santana como fantoche, depois ele próprio como mestre da banda. Vinha o mundo das SAD e da gestão profissional. O argumento era simples: o futebol moderno era uma indústria e o clube tinha de ser gerido como tal. Uma indústria que pressupôs ser visionário, antecipar o futuro, transformar o clube numa empresa, primeiro, e num conjunto de empresas, depois. Todas elas com activos tangíveis e intangíveis, capitais, accionistas, balanços, empréstimos obrigacionistas, dívida financeira, passivo corrente, passivo não corrente, VMOCS, enfim… um fartote. O adepto comum não percebeu nada. Ouviu falar num estádio novo, numa academia, na aposta na formação e na projecção do Sporting como grande emblema nacional do século XXI. E nisto o povo português é fodido: cheirou a modernice, o verbo era erudito, a malta tinha pinta de perceber do assunto e até era descendente de fundadores, portanto… vai de aceitar tudo.
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