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Hoje olhei a lua
E senti a eternidade desse instante.
Lembrei quando minha vida
se cruzou com a tua.
Como passei a ser mulher amante.
Num doce apego,
Numa estranha sedução,
Num amor cego,
De loucura acometida.
Como deixei escapar a vida?
Arde na minha memória como febre
Vivifica meus sonhos, meu sorriso
Amor que ainda se atreve
A acalmar a força do desejo
Quando é preciso.
Na solidão dos astros te vejo
Olho a lua hoje e o tempo ignoro
Sonho que te toco e te beijo
Será apenas sonho? Não... te imploro!
Meus olhos esvaziaram
Abriram-se ao vazio
De tanto que te amaram,
nesta noite de estio.
Ouço a lua a conspirar sem piedade
Incendeia-nos com fogo de amantes
E ao relento da noite me traz a saudade
Saudade... saudade doutros intantes!
rosafogo
natalia nuno
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