Ligou para o posto da GNR a dizer que a empresa de madeiras de que é dono, em Mondim de Basto, estava a ser assaltada.
Ao aperceber-se da chegada dos militares, José Júlio Pereira, de 50 anos, que estava de caçadeira em punho, disparou três tiros.
Dois guardas ficaram feridos. Para o Ministério Público não restam dúvidas: o arguido, que começa a ser julgado no dia 15, premeditou o crime e agiu para se vingar.
O caso remonta à noite de 27 de dezembro do ano passado. Refere a acusação que José Júlio tinha vários problemas com a Justiça, estando a decorrer em tribunal, na altura dos factos, um processo por injúrias à GNR.
Por isso, engendrou um plano de vingança. Foi para as instalações da empresa, no lugar da Serra, e pediu reforço aos militares para um alegado assalto.
Ao local acorreram quatro guardas: dois fardados e dois à civil todos a usar coletes refletores identificativos da GNR.
Como o portão da fábrica estava fechado, os militares tiveram de saltar o gradeamento e dividiram-se dois para cada um dos lados da empresa.
Ao avistar um homem armado, os guardas Gil Pereira e Pedro Ceriz, ordenaram que aquele largasse a arma, e identificaram-se.
Foi então que José Júlio elevou a caçadeira, e quando os dois elementos viraram costas para fugir, disparou, atingindo-os na cabeça, costas, pernas e braços. Foram hospitalizados.
O arguido está em domiciliária há dez meses. "Está um pedido pendente de flexibilização com vista a que ele possa trabalhar na empresa", disse o advogado, Gil Balsemão.
Fonte: CM