Investigadores desenvolvem estudo sobre efeitos de nanopartículas de prata.
Investigadores de Coimbra estão a desenvolver um estudo para a Força Aérea dos Estados Unidos (EUA) sobre o impacto da exposição a nanopartículas de prata na saúde humana, anunciou esta segunda-feira a Universidade de Coimbra.
A investigação, que está a ser feita no Mitolab, "laboratório de referência internacional no estudo da mitocôndria", pretende avaliar se "a exposição continuada a nanopartículas de prata, muito utilizadas em equipamentos militares, é prejudicial à saúde humana", afirma a Universidade de Coimbra (UC), numa nota esta segunda-feira divulgada.
Envolvendo uma equipa de sete investigadores da UC, liderada pelo catedrático Carlos Palmeira, o trabalho para o Departamento de Investigação Científica da Força Aérea Americana (US Air Force Office of Scientific Research) é financiado pelo European Office of Aerospace Research and Development (EOARD), "elo de ligação entre a comunidade científica e a Força Aérea, a nível mundial".
Para analisarem a evolução do nível de toxicidade no interior das células, os investigadores recorreram a "um conjunto de modelos animais (ratos)", que foram expostos a "diferentes concentrações de nanopartículas de prata, durante dez semanas", adianta a UC.
O contacto permanente dos animais com nanopartículas de prata "permite apurar se há bioacumulação e quais os seus efeitos junto das células de órgãos vitais do organismo como rins, coração, fígado e pulmões", refere Carlos Palmeira, sublinhando que a investigação visa "perceber quais as células afetadas (se há algum tipo de especificidade), e em que medida, por forma a estudar medidas profiláticas".