quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Os erros da industrialização puxada pelo governo PS

Fala-se muito do novo aeroporto de Lisboa.

Reparem bem. O novo aeroporto vai ser uma infraestrutura 100% privada mas quem está a decidir a sua localização é o governo.

Isto não tem qualquer lógica económica pois deveriam ser os agentes económicos privados a decidir a localização. O governo responde a questões eleitorais (quer maximizar a probabilidade de ser reeleito) e isso não é compatível com uma economia em crescimento.

Claro que será preciso a intervenção pública nas expropriações e na construção dos acessos mas a eficiência económica decidida pelos privados deveria ser o guia para termos uma localização economicamente eficiente.


Para termos uma ideia dos números avançados pelo governo.

Nos últimos 10 anos, investiram-se 350 mil milhões €, é muito dinheiro, mas a depreciação do capital foi de 360 mil milhões €, pelo que houve um pequeno saldo negativo (de 2.5%).


Portugal está a perder capital desde 2002.

Existem pequenas crises económicas que alteram, não se sabe porquê (ou melhor dizendo, eu não sei porquê) que alteram o comportamento das economias no logo prazo.

Em 2002 houve uma crise económica que se denominou por "Crise sul-americana" que levou o então primeiro ministro Guterres a dizer "Demito-me porque isto está-se a tornar num pântano" e, logo a seguir, ser substituído pelo Durão Barroso que concluiu "Estamos de tanga".

Essa crise já aconteceu há mais de 20 anos mas, estranhamento, desde então, a nossa economia tem um crescimento muito fraco e a quantidade de capital começou a cair. Entre 2002 tínhamos 180% do PIB em capital e estamos hoje com pouco mais de 100% do PIB.

Também aconteceu entrarmos para o Euro em 1999 mas pode ser apenas mais uma coincidência.

Fig. 1 - Evolução do capital em Portugal (% do PIB, dados: WB)


Dividindo o capital total pelo número de trabalhadores, obtemos 50000€/trabalhador.

Estes 50000€ traduzem que, em média, cada posto de trabalho tem associado 50000€ de capital.

Quer isto dizer que o nível de sofisticação da nossa economia aponta para que os novos investimentos não devam implicar muito mais do que 100000€ por cada posto de trabalho criado.


É quase como o TGV.

Se em Lisboa e Porto autocarros viajam a 15km/h e os comboios a 50km/h, em vez de fazer investimentos para ter um comboio Porto Lisboa a circular a 300km/h, era melhor para o país como um todo aumentar a velocidade média dos autocarros no Porto e Liboa para 25km/h e dos comboios para 80km/h. É que milhões veriam a sua vida progredir enquanto que o TGV só vai aproveitar alguns.


Isso também se passa com os médicos de família.

Para quê exigir uma pessoa com 19 valores no secundário, que andou 6 anos na universidade mais outros tantos a tirar uma especialidade para, no final, cair num centro de saúde a fazer consultas de rotina?

Deveria ser criado um curso de "saúde familiar", 4 anos como enfermagem, para criar médicos de família como quem faz pão quente, sempre a andar.


Estes 50000€ traduzem que, em média, cada posto de trabalho tem associado 50000€ de capital.

Quer isto dizer que o nível de sofisticação da nossa economia aponta para que os novos investimentos não devam implicar muito mais do que 100000€ por cada posto de trabalho criado.


Vou acabar por falar do famoso datacenter de Sines.

O Augusto Santos Silva conhece-me, infelizmente, e odeia-me.

Do que ouvi da sua boca foi que o poder judicial mandou o governo ao charco. Mas isso não é verdade, foi o António Costa que se demitiu.

Vamos supor que, como agora querem fazer crer os socialistas, o poder judicial não tinha qualquer credibilidade junto do povo. Então, aquele parágrafo que diz que o António Costa está a ser investigado seria um motivo de orgulho, currículo político, como ter sido preso (ou detido) no tempo da "outra senhora".


Vamos então ao datacenter.

A parte do armazenamento é formada por discos rígidos, HDD, iguais aos dos nossos computadores mas centenas de milhar. Estes HDD nãos e produzem em Portugal,  são comprados no estrangeiro, digamos que à Coreia do Sul, Japão, USA , Taiwan ou China.

Se a capacidade do datacenter for de 18 HexaByte, terá um milhão de HDD de 18TB que implicam um investimento de 250 milhões €. Um datacenter com 18HB já é muita coisa, mais do que o servidor do Google, o maior do mundo, tem 40HB.

Agora, para os anunciados 3600 milhões € ainda falta muito pelo que penso ser banhada!!!!!

Ainda tem os computadores que processam os pedidos de dados por parte dos clientes mas também não produzimos computadores, tudo importado da Coreia do Sul, Japão, USA, Taiwan ou China.

Alegadamente, o datacenter de Sines vai criar 1200 postos de trabalho. Isto dá 3 milhões € por cada posto de trabalho.


Estão a ver o problema?

Em média, cada posto de trabalho em Portugal tem associado 50 mil € de capital e o datacenter vai precisar de 3 milhões, 60 vezes mais.Pensando uma taxa de amortização de 20%/ano (o equipamento fica rapidamente obsoleto), cada posto de trabalho tem uma "despesa" em capital de 50000€/mês.

E este investimento é apenas depositar em Sines equipamentos estrangeiros e pagar 50000€/mês por cada posto de trabalho criado aos investidores. 


Isto é como a TAP.

Compramos os aviões ao estrangeiro.

Compramos o combustível ao estrangeiro.

Vendemos bilhetes que os governantes chamam de exportações "esquecendo-se" que o valor dos bilhetes é maioritariamente usado para pagar os aviões e o combustível ao estrangeiro.

Fig. 2 - Para atravessar o caminho, não seria mais rápido pores os pesinhos no chão?


segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Os palestinianos não querem uma Palestina independente por causa do desengajamento

Em 1948 formou-se o Estado de Israel e ficou lá a viver quem lá morava.

Apesar de dizerem que os palestinianos foram expulsos, a verdade histórica não é essa.

Em 1948 uma percentagem de muçulmanos que viviam na zona, acreditaram na promessa da Jordânia, Síria, Egipto, Líbano, Iraque, Yieman e Arábia Saudita de que os judeus seriam todos mortos, atirados ao mar ou expulsos dali e que ele voltariam para uma Palestina "do rio até ao mar".

O problema é que a guerra de 1948 correu mal para os árabes e quem se retirou para retornar em glória, nunca mais teve oportunidade de voltar para Israel. 


Mas ficaram muitos muçulmanos em Israel à espera da Palestina Independente.

Actualmente, 21% da população israelita, isto é, das pessoas que têm passaporte israelita, são palestinianos que se mantêm à espera da Palestina Independente, 1,9 milhões de pessoas.

O problema é que, o Estado de Israel diz que, quando se formar o Estado da Palestina, deixa de fazer sentido que essas 1,9 milhões de pessoas que se identificam como palestinianos continuem a ser israelitas. Assim, no dia da independência da Palestina, essas pessoas vão deixar de ser israelitas para passarem a ser palestiniano.


Isto é o desengajamento.

Semelhante ao que aconteceu na Índia/Paquistão em 1947, quando se formaram os 2 países pela divisão do território da Índia Imperial Inglesa.

Nesses dia, 7 milhões de muçulmanos saíram da Índia e foram para o Paquistão e 5 milhões de hindus e sikhs saíram do Paquistão e formam para a Índia. Pelo caminho, formam mortos centenas de milhares (para os incentivar a mudar de país).

Também aconteceu no Centro da Europa em 1945, milhões de alemães saíram da Prússia Oriental (que passou a pertencer à URSS). Também saíram centenas de milhar de Polacos da URSS (a metade da Polónia ocupada pela URSS).


Também há jovens palestinianas muito bonitas

E há o problema dos nepaleses!!!!!!!!!

Quando, no dia 7 de Outubro o Hamas invadiu Israel, não matou apenas israelitas, também matou os nepaleses.

É que o Nepal é um estado amigo de Israel, por exemplo, os casais gays têm os filhos no Nepal com barrigas de substituição. Em termos económicos, o Salário de um trabalhador agrícola no Nepal são 90€/mês enquanto que os palestinianos exigem 350€/mês.

Em termos económicos e de segurança (pois os nepaleses são amigos de Israel) é preferível contratar nepaleses do que palestinianos.

Contrariamente ao que dizem os esquerdistas (de que os israelitas exploram a mão de obra barata dos palestinianos) a verdade é que apenas os procuram ajudar pois os nepaleses são melhores.

Havendo desengajamento, os palestinianos que hoje trabalham em Israel, incluindo os tais 1,9 milhões de pessoas, vão ser substituídos por nepaleses.

E isso vai levar ao colapso económico da Palestina Independente.


O erro dos palestinianos é pensarem que a agricultura tem importância económica.

Quando vemos falar dos problemas da Palestina, é a dificuldade da apanha da azeitona. Mas numa economia desenvolvida, a agricultura não tem qualquer importância económica.

Em termos mundiais, apenas 4% do PIB se deve à agricultura e, em Portugal, por cada 100€ de riqueza que se criam, apenas 1,50€ são criados na agricultura e, na Alemanha, apenas 0,70€.


Os palestinianos deveriam apostar nas zonas industriais mistas.

Israel criou zonas industriais mistas, por exemplo, a Nitsanei Shalom Industrial Zone, onde tanto palestinianos como israelitas podiam operar empresas. Os palestinianos boicotaram alegando que era ocupação e exploração.


Não vai então haver Palestina Independente porque o desengajamento seria muito duro.

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Eu penso que o próximo primeiro ministro é o Pedro Passos Coelho

Vai haver eleições no próximo 10 de Março.

As últimas sondagens dizem que há um empate entre PS e PSD mas isto vai mudar em favor do PSD por duas razões.

1) O processo de corrupção vai causar desgaste no PS.

2) O candidato do PS não ser o António Costa (no estado imaculado de há uma semana) vai prejudicar o PS.


O PSD vai aumentar mas não de forma suficiente para governar.

O Montenegro é muito fraco, não presta, um populista barato e está ligado aos problemas da autarquia de Espinho (isso vai entrar na campanha eleitora) pelo que se não houvesse a descoberta do novo polvo de corrupção do PS, teríamos o Costa mais anos e anos e anos até se cansar.

Como pode um primeiro ministro do PSD defender a anulação de tudo o que o "governo de salvação nacional" do Pedro Passos Coelho teve tanto esforço para fazer?

Baixar impostos e subir a despesa pública com professores, médicos, e tudo o demais?  Ele e demais que o rodeiam só podem estar sob o efeito da ganza. 

Mesmo com o desgaste do polvo, vai ser difícil uma vitória da direita e, a haver, vai ser muito à tangência com PSD+IL+CHEGA.


O CHEGA vai ter bom desempenho.

Por mais estranho que pareça, os votos do CHEGA são captados no eleitorado tradicional do PCP e do CDS. Pelo contrário, os votos da IL são captados no PSD. Isto faz provável que o CHEGA aumente e que a IL diminua.

As sondagens indicam que o PSD não vai conseguir mais de 30% dos votos / 80 deputados. 

O CHEGA pode ter 12% dos votos / 30 deputados.

Faltam 8 deputados que a IL consegue com 5% dos votos.


Na campanha o Montenegro vai malhar no CHEGA.

O Montenegro não é uma pessoa inteligente senão observaria o que se passou em Espanha. 

O PP atacou a "extrema direita" e, no fim, não arranjou no bloco da direita deputados suficientes para formar governo.

Inteligente da parte do PSD será malhar no PS e na sua teia de corrupção e deixar o CHEGA, como Sá Carneiro, deixou o CDS e o PDC fazerem o seu caminho (depois de 1974, estes partidos tinham a fama de serem fascistas).

Isso vai inviabilizar o governo de direita que precisa ser PSD+IL+CHEGA.


É aqui que surge o Pedro Passos Coelho.

Uma woke perguntou - “Acha que eleições antecipadas podem dar força a partidos que ameaçam a democracia, como o CHEGA?”

O Passos Coelho respondeu “o CHEGA não é um partido antidemocrático, (...) tem toda a legitimidade de existir. (...) foi eleito democraticamente (...) [sendo] um partido como os outros que estão presentes na Assembleia da República”.


O Montenegro vai tentar formar governo com a abstenção do PS.

E vai levar uma nega.

Depois, o André Ventura vai dizer "Se for o Pedro Passos Coelho, podemos falar ..."

Ventura, queres vir tomar um cafezinho para recordarmos que te indiquei e apoiei em Loures?


quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Vou explicar ao Povo quais foram os crimes do António Costa e demais.

Quando imaginamos um crime, assumimos que o criminoso procurou um ganho.

Quando alguém rouba uma carteira, procura obter um ganho pela apropriação do seu conteúdo. Pelo contrário, a pessoa a quem a carteira foi roubada teve um prejuízo e o roubador sabe disso.

Claro como a água de que estamos em presença de um crime.

O problema é quando o roubador não lhe passa pela cabeça ter um ganho até podendo pensar que vai causar um ganho à vítima, por exemplo, imagina que ao roubar a carteira, a vítima não vai poder comprar droga (que lhe causa um dano) e, ao dar anonimamente o dinheiro a uma instituição de caridade, vai fazer o bem.

Continua a ser um crime porque o ato foi feito contra a vontade da vítima e à revelia da Lei.

Bem sei que o Zé do Telhado está na história como um herói mítico popular porque roubava aos ricos para dar aos pobres mas não deixava de ser um criminoso.


Muitas vezes, à posteriori, o crime é considerado um crime.

No Ruanda, entre os dias 7 de Abril e 15 de Julho de 1994, 77% dos Tutsis foram assassinadas.

Imaginem que eu, no dia 6 de Abril, era Embaixador no Ruanda e, adivinhando o massacre, dava vistos às centenas de milhar de pessoas que foram assassinadas nos 100 dias seguintes e que elas conseguiam fugir para Portugal.

Eu não teria qualquer ganho, ainda cansava a mão a fazer centenas de milhar de assinaturas e estava a salvar pessoas mas cometia um crime de desobediência porque estava claramente a violar a Lei.


O problema é que quando a administração pública não cumpre a Lei, não acontece nada ao agente prevaricador.

Um dirigente qualquer, mete processo disciplinares, inventa factos, chama amigos como testemunhas falsas, contrata advogados caríssimos e trafulhas que o Estado paga para perseguirem pessoas que não gostam. 

Impõe horários o pior possível, desclassifica, grita, gesticula, insulta.

Isto são crime mas não lhe acontece nada.

Os dirigentes acham que são inimputáveis, nada de mal lhes pode acontecer.

Isto acontece a todos os níveis, desde professores, directores de faculdades, reitores de universidades, juízes, procuradores, chefes de finanças,  vereadores, presidentes da junta, presidentes da câmara, bombeiros, cometem ilegalidades todos os dias e dizem "Se não estiver bem, vá para tribunal".

O problema é que os tribunais custam muito dinheiro à vítima e o criminoso não paga nada, é o Estado que paga tudo.

E, depois, o tribunal dá quase sempre razão ao agente público que cometeu o crime alegando "Ele não fez isso a mais ninguém, não teve lucro nenhum com a decisão, estava a defender o interesse público" 

O Estado é formado por pessoas corruptas na sua maioria e, por causa disso, defendem-se uns aos outros e paga tudo ao agente que comete a ilegalidade.


O que dizem os comentadores da televisão?

"Deviam ter avisado o Costa, é uma pessoa muito séria, não o estou a imaginar a meter a mão na massa, a procuradora tem muito a explicar, coitadinho, blá, blá, blá, blá"

Mas alguma vez alguém avisa um criminoso de que está a ser investigado?

O que é que tem o Costa de especial?

É a cabeça da máquina corrupta que é o Estado como um todo.

O cidadão perde sempre contra este polvo corrupto, um funcionário qualquer das finanças aplica a uns uma multa (e a outros não) e tem de se pagar pois, se reclamar, a decisão será "A situação foi avaliada na repartição de finanças competente e a decisão foi tomada dentro da liberdade de julgamento dos factos e circunstâncias do inspector, Indeferido".


Vamos imaginar que eu sou presidente de um câmara.

Existe um regulamento para atribuir casas camarárias com renda controlada e há 1000 pessoas desgraçadas à espera de uma casa.

Uma casa vagou e vem o meu melhor amigo e diz "Pá, há um caso de um José da Silva e Costa que precisa muito de uma casa, está desgraçado, a mulher mete-lhe os cornos e os filhos chamam-lhe padrinho, vê lá o que podes fazer."

Se eu passar este fulano à frente dos 1000 que estão à espera não respeitando o regulamento, mesmo que eu não tenha qualquer lucro, estou a cometer um crime.

Mesmo que eu pense que estou a fazer uma obra de caridade, estou a fazê-lo com à custa de recursos públicos. Se eu quiser fazer uma obra de caridade tenho de o meter em minha casa, não na casa camarária.


É isto que acontece no desgoverno do António Costa.

Cada um daqueles mentecaptos tipo Galamba ou Nuno Santos, pensam que estão a levar Portugal para a frente mas estão a cometer crimes de lesa Estado.

Se a Lei diz que se deve fazer isto e aquilo, o agente da administração pública, mesmo contra a sua vontade e noção de justiça, tem de cumprir com a Lei, não se desviando nem um milímetro.


Como sabem, houve um professor na Faculdade de Letras da Universidade do Porto que violou repetidamente uma aluna.

O que é que lhe aconteceu?

Nada. Sim, absolutamente nada.

Teve um processo porque a aluna insistiu muito, demorou meses a arrancar, no afinal aplicaram-lhe 60 dias de suspensão, pena amnistiada.

Quem foi o professor?

Não sei mas deve ser esquerdistas porque, no meu caso, por ter dito que "A minha mãe diz que os homens se casam porque não querem comer sandes", andou em todos os jornais e televisões e eu acabei despedida.

Isto é um crime cometido de dimensões comparáveis ao Dilúvio e nada acontece.

Pensam que alguma comunicação social investigou?

Nada, fazem parte do máquina corrupta em que vivemos.

Ainda vamos ver a comunicação social a pedir a canonização do Costa, será o Santo António Costa de Lisboa.

Faz algum sentido reuniões com candidatos de um concurso público?

Nenhum, reuniões com candidatos a concursos por intermédio do melhor amigo para quê? O que é preciso é cumprir com a Lei.

Isto é um crime claríssimo porque não cumpre o princípio da independência e legalidade dos agentes da administração pública.

Se não ganhou nada com isso, não interessa. Não é por alguém atropelar umas pessoas na passadeira sem ter qualquer benefício que deixa de ter cometido um crime.

É um crime esta menina estar no convento


terça-feira, 7 de novembro de 2023

AAAHHHHHHH, percebi agora a pressa em apanhar o computador ao Homem da Bicicleta

 Pois, também me perguntei "Qual é a pressa?"

O vizinho de cima diz que, naquela noite, ouviu o seguinte (transcrição verdadeira).

"Aqui-del-rei, Santa Vaca, Santa Maria da Feira, Santo Inácio Boiola, ACCCUUUDDAAAAMMM que ele leva a BOMBA ANTÓNICA no computador".

"COOOSTAAAAAA, GAAAALLLAAAMMMMBAAAA, SSSIIIISSSSSSSSS, acudam-nos que  somos umas mulherzitas franzinas, com mamas chupadas, não aguentamos o bicho mau muito mais tempo na jaula!!!!!! ele atropelou-nos com a bicicleta e foi foi contra a porta de vidro!!!!!!!"


O Marcelo bem disse - "Deita o gajo fora que é uma pedra agarrada a um naufrago"

Diz o Costa -"Não posso porque ele é muito competente"

AHHHAHHHHAHHHHAAAHHHAAAHHHA

PPPPPEEERCEEEEEBIIIIIIII NNOO QQUUUE É COMPETENTE

É Com-metente no bolso!!!!


Que grande coincidência!!!!!

O Frederico Pinheiro apresenta ontem o livro e hoje o Costa demite-se.

AHHHAHHHHAHHHHAAAHHHAAAHHHA

Filhos da puta de esquerdistas que me despediram e são muito piores do que eu.

AHHHAHHHHAHHHHAAAHHHAAAHHHA

É tudo uma corja punheteiros que só querem encher os bolsos.

AHHHAHHHHAHHHHAAAHHHAAAHHHA


Fig. 1 - Estado em que ficou a bicicleta (imagens reais recolhidas pela MOSSAD)

terça-feira, 31 de outubro de 2023

É mentira que Portugal está a convergir com as economias mais ricas da EU.

Vou comparar Portugal com a Alemanha, França, Áustria, Bélgica, Luxemburgo e Holanda .

Peguei no PIB per capita português e dividi pela média do PIB destes 6 países, os mais ricos da UE para os anos 1960-2022. O valor máximo que conseguimos foi 53.5% nos anos 1999-2002.

De 2002 a 2022 passaram 20 anos e ficamos com 51.8%, uma divergência e não uma convergência.

Claro que os políticos são peritos a ver nos números o que lhe interessa. Como na crise de 2008-2013 o nosso PIB caiu significativamente, para 47.1% em 2013, no entretanto, corrigimos esta queda de curto prazo.

Fig. 1 - Evolução do PIB pc português relativamente aos países mais ricos da UE (dados, WB)


Mas o Costa não terá razão quando diz que convergimos desde 2016-2022?

Em termos numéricos, em 2013 atingimos o mínimo de 41.7% e em 2022 atingimos um valor maior, 51.9% mas, em termos técnicos, este aumento não traduz uma convergência, apenas uma correcção da quebra da Crise da Banca Rota.

Esta correcção acontece pela redução do desemprego e não por qualquer melhoria relativamente aos países mais ricos da UE.

O importante na Economia é o longo prazo e, neste capítulo, ainda estamos abaixo do que estávamos em 2000.

Se compararmos 1980-2000, com 2000-2022, o comportamento da nossa economia é totalmente diferente para pior. Talvez por coincidência, esta alteração acontece ao mesmo tempo que entramos no Euro.


Concluindo?

Temos o que o povo quer porque, colectivamente, temos medo que, se o governo mexer, a coisa vai ficar pior.

Eu avisei que para o Costa descer o IRS dos mais jovens e mais ricos (como pedia a Direita), teria de aumentar os impostos pagos pelos mais velhos e mais pobres. É que há despesas para pagar e quem tem de as pagar é o Contribuinte.

Ai está o colossal aumento do IUC dos carros dos pobres e mais velhos.

O empresário indiano Narayana Murthy diz que os jovens têm de trabalhar 70 horas por semana para a economia da Índia se poder desenvolver.

Quando era jovem, trabalhava 70h por semana e mais com o projecto de quando atingisse a idade que tenho agora, com o peso da idade já a fazer-se sentir, poder descansar mas os jovens de agora parece-me que só têm pensamentos woke e cortam estradas pensando que vão conseguir acabar com as guerras, a fome e com os gases.

Fig. 2 - Se querem acabar com os gases, comam menos feijoada e trabalhem para a frente.

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

A última década foi tempo perdido para o Brasil e para a Argentina.

O Brasil e a Argentina são as duas maiores economias da América do Sul.

Em 1993 as economias do Brasil e da Argentina começaram a crescer, com uma taxa anual de crescimento do PIB per capita de 2,1% o que fez com que, em duas décadas, o nível de vida tenha aumentado 50%.

Em 2013 esse crescimento parou e as duas economias começaram a contrair e, consequentemente, o nível de vida a piorar.

Evolução do PIB per capita da Argentina e do Brasil (relativo à média 1990-2022), dados do WB


Não consigo explicar porque isto está a acontecer.

Isto do crescimento económico é muito complicado porque existem muitas teorias que fazem sentido mas, depois, aplicamos a teoria e não dá resultado.

Haverá alguém no PSD que vai dizer que é por causa dos impostos serem elevados. Mas um rendimento de 3230€/mês (livre de deduções) paga uma taxa média de IRS de 23,1% no Brasil, de 26,1% na Argentina e de 31,4% em Portugal. Não parece ser por ai.

Será que a Crise das Dívidas Soberanas da Zona Euro de 2011 aumentou o risco destas economias e, consequentemente, prejudicam o seu desenvolvimento económico?


O que sei é que a poupança interna é muito importante.

Pegando nos dados do Banco Mundial e calculando as médias para a década 2013-2022, a poupança interna justifica 45% da variação relativamente à média do crescimento económico (WLS, 184 países e 98,2% da população, R2 = 0.206 e R = 0.454). Podemos dizer que a poupança interna é o factor que mais impacta no desenvolvimento económico.

Se no Mundo a média da poupança interna é de 27.2%, no Brasil é 17,1%, na Argentina é 17.8% e em Portugal é 17.4%.

Portugal está 10 pontos percentuais da média mundial, naturalmente, cresce menos

Reparem que usei 148 países onde vive mais de 98% da população mundial, sem escolher ou excluir algum baseado na minha vontade no sentido de favorece a minha tese de que o mais importante no crescimento económico é a poupança.

Relação entre a poupança interna e o crescimento do PIBpc, 184 países, 2013-2022 (dados, WB)


Mais do que diminuir o IRS, interessava fomentar a poupança.

Alguém apresentou um estudo com 148 países a provar que descer o IRS induz crescimento económico?

Não.

O que há muitos estudos é que provam que aumentar a poupança, aumenta o crescimento económico.

Então, o que os partidos da direita deveriam defender era incentivos que fizessem aumentar a poupança, nomeadamente:


Acabar com o imposto sobre os juros, dividendos e rendas. 

Quem tem poupanças, para as ter já pagou IRS. Claro que podem dizer que não pagou IVA mas quando, no futuro, gastar os juros, vai pagar esse IVA.

Zerar a taxa liberatória sobre estes rendimentos antes de pensar em reduzir o IRS ou outro imposto qualquer geral.

Podem dizer que "vai favorecer os mais ricos" mas será que queremos ter um país de pobres?


A economia de um país é como uma bicicleta. 

Há pessoas que comparam a economia com um carro, uns países um carro mais potente e outros países um carro menos potente. Mas isso é dizer que há países que, em termos estruturais, são piores do que outros.

Os países são bicicletas que andam mais rápido se o ciclista der mais ao pedal.

Em Portugal não queremos dar ao pedal, é só direitos, garantias, liberdades e quando chega à hora de pedalar, "Amigo, escolhe outro que a vida não foi feita para trabalhar."

Na Polónia ou Roménia pedalam mais do que nós e, porque não queremos pedalar, é que temos um governo de maioria absoluta que procura manter tudo igual.


Se eu fosse candidato a governar Portugal o que diria?

Quando for primeiro ministro vou trabalhar muito, esforçar-me dia e noite para que tudo, mesmo tudo, fique na mesma.

Fiz há dias 40 anos que entrei na Universidade. Interessante que as disciplinas são as mesmas e ensinam-se exactamente as mesmas coisas.

Fui ver e, no entretanto, há licenciaturas que introduziram a disciplina de Informática e que já a retiraram com o argumento de que "Os alunos já sabem mais do que os professores."

É a pasmaceira total e depois eu é que não presto.


quarta-feira, 25 de outubro de 2023

O conflito Israel-Palestina resulta da aplicação no tempo do conceito de descolonização.

Como sabem, Portugal tinha colónias que descolonizou.

No Séc. XX a humanidade começou a reconhecer que os povos nativos tinham direito ao seu território e a formarem o seu país.

O problema está no tempo, de saber quando foi a colonização operada.

As pessoas que apoiam Israel acham que o seu país é o território do Reino de Israel do tempo do Rei David, isto é, no ano 1040 AC, quando a grande maioria da população professava o judaísmo. 

Depois, vieram colonizadores que destruíram a cultura do povo judeu, babilónios, gregos, romanos e, por fim, os árabes de forma que, em 1500, só 2% da população de Israel professava o judaísmo.

Apesar de não haver lá judeus, quem hoje apoia Israel acha que esse povo, mesmo vivendo durante gerações e gerações na Europa, são os únicos donos daquele território e todos os outros que lá estão estão são colonizadores que têm de se ir embora dali.

Da mesma forma que vieram milhões de pessoas das colónias de volta para a Europa, os defensores de Israel acham que as fronteiras têm de ser as de há 3000 anos e, quem não se conformar com isso, tem de ser ir embora, para a arábia de onde são originários.

Comparação do Reino de Israel do tempo de David (riscado a preto) com o Israel actual (esverdeado claro)

Até onde no passado vai o conceito de colonização?

Há quem pense que os muçulmanos que vivem no Reino de Israel são nativos de lá porque esse povo já lá vive há 50 gerações mas são árabes invasores, em 636 cercaram Jerusalém que só aguentou 6 meses. 

Bem sei que foi há muito tempo mas o que é muito tempo para um povo?

Este problema também se passa com o Tuaregues do Norte de África que são os verdadeiros nativos que foram ocupados pelos árabes no ano 689 ou para os índios americanos. 

Também nós Portugueses somos mais romanos, colonizadores, do que celtibéricos (o povo colonizado).

Claro que podem dizer que, provavelmente, os muçulmanos que vivem em Israel são geneticamente descendentes de judeus que se converteram mas são outra cultura. E os povos fazem-se de cultura.


Algum dia o conflito terá solução?

Talvez um dia, as pessoas se convençam que primeiro está viver bem e deixem de guerrear porque uns dizem que os nativos são os de há 3000 anos e outros dizem que são os de há 1300 anos.

Mas isso não vai acontecer nos nossos tempos.

O que eu sei é que o PIB per capita na Palestina está nos 3000€/ano, no Líbano, na Jordânia e no Egipto está de 4200USD/ano (na Síria está nos 550USD/ano) e em Israel está nos 55000USD/ano.

Sim, mesmo com enormes problemas de segurança, o PIB per capita de Israel é 13 vezes o PIB per capita dos países vizinhos Líbano, Jordânia e Egipto e é mais do dobro do português.

sábado, 21 de outubro de 2023

Se os USA não tinham munições para Ucrânia, como arranjaram munições para Israel?

A resposta é muito simples.

A guerra na Ucrânia é uma sucessão de batalhas de artilharia, canhões, num território com "profundidade estratégica. Por causa disso, a Ucrânia precisa de obuses de 155mm com alcance de 30km para a frente  e de misseis de longo alcance, 200km ou mais, para atacar a retaguarda.

Os USA não têm stocks de obuses de 155mm porque já ninguém imaginava possível haver nos nossos dias batalhas de artilharia com a intensidade que se vive na Ucrânia.

A guerra em Israel é uma batalha aérea contra o solo que não tem defesa aérea e num território sem "profundidade" (são menos de 10 km desde a fronteira até ao mar). Por uma notícia, parece que os Israelitas estão a usar bombas guiadas de 600kg largadas de aviões.

Disto os americanos têm milhares e milhares.


As bombas são americanas mas estão em Israel há muito tempo.

Os americanos têm um armazém em Israel com milhares e milhares de bombas e, quando decidem "entregar armas a Israel", não é preciso envia-las desde a América até lá, basta os camiões irem-nas buscar ao armazém.

Quando for misse universo e arredores, primeiro, desço os impostos e aumento os salários dos médicos, dos professores e de todos os que berrarem. Logo a seguir, acabo  com a guerra em Israel, com todas as outras guerras e  com a emissão de gases, saiam eles de onde saírem.


segunda-feira, 16 de outubro de 2023

O factor mais importante que justifica o crescimento dos países de Leste é a distância ao centro da Europa

A Economia Espacial tenta explicar as diferenças com base na localização.

Se medirmos as distâncias, os países da Europa de Leste estão muito mais próximos do centro mais desenvolvido da Europa do que nós.
Em particular, a distância de Frankfurt a Portugal (2300km) é maior em 50% que a distância á Roménia.


Vou agora mostra uns números.

Na década 1930-1939, o PIB per capita português era 35% da média das economias mais desenvolvidas (Amaral, 1998).

Houve a Segunda Guerra Mundial, muita destruição, cidades no centro da Europa totalmente arrasadas, milhões de mortos, tudo a que Portugal foi poupado. Em 1945 o nosso PIB estava próximo de 80% do PIB do centro da Europa.

Chegado a década de 1950-59, o PIB per capita português voltou a cair para 37% da média das economias mais desenvolvidas (Amaral, 1998).

Os países recuperaram em 5 anos de toda aquela destruição.

E não nos podemos esquecer que estes países que estão a crescer apenas não cresceram porque a URSS não o permitiu.


Interessante é hoje estarmos com 35% do PIB per capita americano.

Decorridos quase 100 anos, estamos nos 35% em comparação com a fronteira tecnológica (dados, Banco Mundial).

Estes dados mostram que o nosso atraso relativo não se resolve com uma portaria sobre a habitação ou uma qualquer contribuição das barragens para não sei quem ou uma badalada descida do IRS.

Está na nossa cultura sermos pobres, invejosos e vingativos.

sábado, 14 de outubro de 2023

Israel, Gaza e o papagaio

Certo dia, num avião, viajava um papagaio.

Disse o papagaio para a hospedeira do bordo - "Traz-me um whisky com gelo sua puta, rameira."

E a hospedeira trouxe o whisky.

Logo o papagaio disse - "Traz-me uma sande de queixo com fiambre e uma coca-cola sua puta, rameira."

E a hospedeira trouxe a sande e a coca-cola.

Estando outra passageiro a observar, decidiu usar a mesma técnica. 

Disse o passageiro - "Traz-me um whisky com gelo sua puta, rameira, uma sande de fiambre e uma coca-cola, sua puta rameira."

A hospedeira vai lá dentro e volta com o capitão do avião, armado com um machado - "Ambos lá para fora, já".

Quando caminhavam ambos para a porta de emergência que já estava aberta à espera da ejecção dos dois, o papagaio disse para o passageiro - "Para quem não tem asas, esticaste-te um pouco de mais."

Para quem não tem asas, ...

Em verdade, verdade vos digo, penso não ser preciso dizer mais nada.


quarta-feira, 11 de outubro de 2023

A Faixa de Gaza vai caminhar 20km para Ocidente

Morreram 1300 judeus.

Entraram em Israel, a partir de Gaza, milhares de militares que mataram todas as pessoas que puderam, novos, velhos, mulheres, homens, altos, baixos, pacifistas ou guerreiros. 

Mataram pelo menos 1300 pessoas (as contas ainda não estão encerradas) e, se a maior parte dos judeus em Israel não usasse arma de fogo, teriam matado todos os judeus.

Não se viam coisas destas desde os massacres da Segunda Guerra Mundial em que os soldados alemães chegavam e matavam toda a gente.


Os esquerdistas perdoaram este massacre.

Da mesma forma que dizem que a culpa da invasão da Ucrânia por parte da Rússia é culpa da NATO e da sua política expansionista para Leste, agora dizem que "faz tudo parte do desespero dos palestinianos por causa da opressão que sofrem".

Também perdoaram os recentes massacres perpetrados pelos russos na Ucrânia.

Vejamos a lógica dos esquerdistas.

Os Palestinianos (e os Russos) não precisam cumprir as leis básicas da humanidade e que é um mandamento de todas as religiões: Não Matarás. Já os Israelitas (e os Americanos) precisam de cumprir todas essas leis básicas.


Repetem-se os massacres da WWII, repete-se Dresden.

Em resposta aos massacres alemães, nos dias 13,14 e 15 de Fevereiro de 1945, as forças ingleses e americanas bombardearam a cidade de Dresden com 1305 bombardeiros protegidos por 784 caças.

Os alemães tinham 28 caças para se defenderem.

A cidade de Dresden ardeu completamente não ficando um único edifício de pé. Quem ficou, morreu, quem quis escapar, teve de fugir.


E qual será o futuro?

Em 1945, todos os alemães que viviam na Cidade Livre de Danzig, Pomerânia, Silésia e Prússia Oriental tiveram que abandonar as suas casas e fugir para ocidente. Milhões de pessoas.

De uma semana para a outra, o Nagorno-Karabakh que é um território com área semelhante ao Algarve, ficou despovoado de Arménios. Uma população cristã que desapareceu em face dos muçulmanos do Azerbaijão, tudo posto dali para fora. E os esquerdistas estão em silêncio. 

Vai acontecer o mesmo em Gaza. A população vai ter de sair da Faixa de Gaza, todos os edifícios serão demolidos e o território vai ficar "terra de ninguém".


Tenho fontes bem informadas (melhores que as do Marques Mendes).

Estão a decorrer negociações com o Egipto para deslocar a Faixa de Gaza para Ocidente, ficando localizada a 20 km da fronteira de Israel.

Como alguns sabem, em termos de direito internacional, a Faixa de Gaza pertence ao Egipto que a cedeu com o objectivo de criar um exclave da futura Palestina. 

O acordo que está a ser negociado é o actual território da Faixa de Gaza voltar para o Egipto em troca de uma outra área equivalente para a Nova Faixa de Gaza que garanta a segurança de Israel.

Segundo a minha fonte, a Nova Faixa de Gaza vai ser um pouco maior que a actual, vai estar a 20km a ocidente da fronteira de Israel e vai ser construída com a ajuda dos USA, da EU, da Arábia Saudita e do Katar. 

O Egipto compromete-se a ceder 10m3/s de água do Rio Nilo através de um canal com 200 km, a construir.

Fig. 1 - Localização da Nova Gaza


Fig. 2 - As Kardashians são as arménias mais famosas de sempre

terça-feira, 10 de outubro de 2023

O PSD está liderado por mentecaptos que só têm o 'choque fiscal' abortado de 2002 do Durão Barroso

As últimas sondagens ilustram o que se passa no PSD.

É uma vergonha o PSD apresentar 25% de intenções de votos, muito menos do que os 32% que diziam as sondagens nas vésperas da legislativas de 30 de Janeiro de 2022.

O rui banana rio não valia uma casca de um caracol pelo que, pensava eu, seria impossível fazer pior.

Mas quanto estava eu enganado!!!!!


Um professor da faculdade de letras da universidade do porto violou repetidamente uma aluna.

O reitor da universidade do Porto aplicou-lhe uma suspensão de 60 dias.

Eu, porque disse:

"Na economia circular, a roupa que metemos nos contentores é vendida em África em segunda mão",

"Na economia do desenvolvimento, os países africanos são pobres por falta de capital físico e humano",

"Na economia da família, a minha mãe diz que os homens casam porque não querem comer sandes".

Fui despedida.

Acham que vivemos num Estado de Direito em que é respeitado o Princípio Constitucional da Igualdade?


Decorridos 21 anos, o PSD encontrou no funda da gaveta o 'Choque Fiscal" de 2002.

O plano do governo para a habitação está errado mas qual é o plano do PSD?

O plano do governo para a saúde está errado mas qual é o plano do PSD?

O plano do governo para a justiça está errado mas qual é o plano do PSD?

O plano do governo para o ensino está errado mas qual é o plano do PSD?

O plano do governo para as infraestruturas está errado mas qual é o plano do PSD?

O plano do governo para a economia está errado mas qual é o plano do PSD?

É ir ao fundo das gavetas, no meio dos papeis amarelos e carcomidos de há vinte e tal anos e tirar o Choque Fiscal abortado do Durão Barroso.

Há tanto vácuo na caixa craniana dos dirigentes e orbitantes do PSD, a começar pelo comentador Marques Pentes e a acabar nas 'novas estrelas' académicas da área da economia, que foi preciso ir ao fundo das gavetas ressuscitar buzzwords bafientas e sem pernas para andar.


Eu odeio o António Costa.

Aquele riso trocista, o olhar por cima dos óculos pelo que não compreendo como o PSD o quer ajudar tão descaradamente propondo políticas que foram testadas no passado e que se sabem só conduzir ao fracasso.

E o povo português não é estúpido, um novo Sócrates com o nome de Montenegro?

"Meus Deus, retira de mim este cálice"


Um "estudo" de direita fala da Roménia.

Para começar, quem sabe alguma coisa de estudos, sabe uma observação não permite a generalização estatística. Para ficarmos certos de que a diminuição dos impostos induz crescimento económico   teríamos de fazer um estudo com pelo menos 30 países e não serviam quaisquer países, não poderiam ser escolhidos à mão pois é necessário garantir a representatividade estatística.

Alguém já ouviu falar de portugueses a emigrar para a Roménia por esta ser uma terra de oportunidades?

Se está assim tão rica, deveríamos ver os nossos jovens a emigrar para lá!!!!!!!! 


Alguém me sabe dizer qual é a taxa de IRS e IRC no Afeganistão?

É o dizimo, são os 10% previstos no Antigo Testamento, menor que a taxa de IRC da Irlanda e é apenas um dos países mais pobres do mundo.

Porque será que o "estudo" não pegou nos Afeganistão, Chade, Sudão ou Sudão do Sul onde o IRC é dos mais baixos do mundo?

Porque não interessava saber a verdade mas apenas justificar uma política bafienta repetidamente fracassada.


O Investimento Directo Estrangeiro consegue-se com Acordos Fiscais e Parafiscais.

A Alemanha para atrair a Tesla não diminuiu o IRC de todas as empresas, fez foi um acordo com a Tesla negociado e desenhado de forma personalizada de forma a tornar a Alemanha atractiva para o Musk.

O Salazar para atrair a Toyota fez um acordo com a Toyota.

O Cavaco Silva para atrair a Auto-Europa fez um acordo com a Auto-Europa, não diminuiu o IRC de todas as empresas.


Para dar qualidade de vida aos portugueses não é a diminuir o IRS dos jovens.

Cada euro perdoado aos jovens, é um euro a mais que vai ser cobrado a mais aos não jovens.

Os jovens que têm escolaridade elevada, potencial para ter salários superiores à média, vão ser beneficiados e os outros, com baixos salários, prejudicados.

Reparem que para perdoar as portagens, os mais pobres, os que têm automóveis velhos, vão pagar mais IUC.

É que alguém tem de pagar a despesa do Estado.


sábado, 7 de outubro de 2023

É errado comparar a nossa economia com a dos parceiros da UE em Paridade do Poder de Compra

Na comunicação social, a Direita tem comparado Portugal usando a Paridade do Poder de Compra.

Resumindo, o que a direita tem afirmado é que Portugal já foi ultrapassado pela maioria dos países da Europa Central que, há 30 anos, eram muito mais pobres do que nós.

Em particular, surgiu nos últimos dias um "estudo" que garante que a Roménia já nos ultrapassou.

Esta afirmação está errada porque a Paridade do Poder de Compra apenas pode ser utilizada na comparação de economias muito diferentes. Assim, quando duas economias se aproximam, em particular, quando o PIB em PPC é semelhante, deixa de ser válido utilizar esta medida.


O que é o PIB?

É o Produto Interno Bruto a preços de mercado.

Obtemos o PIB multiplicando as quantidades de todos os bens e serviços produzidos numa economia  pelo preços de mercado de cada um dos bens e serviços.

    PIB = Quantidades*Preços


O que é o crescimento do PIB Nominal e do PIB Real?

O crescimento do PIB Nominal obtém-se dividindo o aumento no PIB de um ano para o outro dividindo pelo PIB original: 

PIBn2022 = Quantidades2022*Preços2022

PIBn2023 = Quantidades2023*Preços2023

Crescimento do PIB nominal em 2023 = (PIBn2023-PIBn2022)/ PIB2022

Então, o crescimento do PIB nominal inclui não só a variação das quantidades produzidas mas também a variação dos preços.

O crescimento do PIB Nominal obtém-se dividindo o aumento no PIB de um ano para o outro dividindo pelo PIB original MAS USANDO OS PREÇOS DO ANO ORIGINAL

PIBn2022 = Quantidades2022*Preços2022

PIBr2023 = Quantidades2023*Preços2022

Agora, o crescimento do PIB Real já só inclui a variação das quantidades produzidas.


O que é o PIB per capita?

É a divisão do Produto Interno Bruto pelo número de pessoas.

Se o PIB Nominal português em 2022 é de 242,3 mil milhões de euros  e havia 10,467 milhões de pessoas, então, o PIB per capita nominal português de 2022 é:

PIBpc.nominal.2022 = 242300/10,467 = 23149€/ano


Comparar anos distantes é muito difícil

Considerando o PIB Real, a alteração no nível de preços fica anulado mas não ficam anuladas as diferenças nos os preços relativos e nem no tipo de bens que eram/são produzidos. Num exemplo exagerado, hoje produzimos-se computadores e automóveis que há 500 anos não eram produzidos.

Então, torna-se pouco produtivo comparar o nível de vida português em 2020 com o nível de vida em 1500 usando o PIB real.

Provavelmente, o PIB per capita português em 1500 a preços de 2022 não seria na ordem de 200€/ano (produção de 5000kg/ano de milho mais uns legumes por família com 6 pessoas) de que compara com 23000€/ano em 2022.


Comparar países diferentes também é muito difícil

Se os países são muito diferentes, isto é, produzem um conjunto de bens e serviços muito diferentes e com preços também muito diferentes, torna-se pouco produtivo comparar os países usando o PIB real

Se temos um país em que a maior parte da PIB resulta de produção agrícola rudimentar, em que tudo é produzido a força de animais, e outro altamente especializado em serviços, os bens e os preços relativos têm tantas diferenças que não podemos comparar o nível de vida usando o PIB per capita.

É difícil comparar o nível de vida em Moçambique (PIB per capita de 491USD/ano) e na Guiné-Bissau (PIB pre capita de 795USD/ano) com  o nível de vida em Portugal (PIB per capita de 24568USD/ano).

Podemos afirmar que que em Portugal se vive melhor do que em Moçambique mas não podemos afirmar que se vive 50 vezes melhor.


Surgiu a Paridade do Poder de Compra para comparar situações muito diferentes.

O PIB nominal é uma medida objectiva, basta multiplicar as quantidade produzidas pelos preços de mercado de tudo o que se produz numa economia.

O PIB real surge para podermos comparar anos diferentes e já tem um certo grau de subjectividade pois assume-se que os preços se mantiveram iguais.

Quando queremos comparar países, com moedas diferentes, temos de arranjar uma taxa de câmbio entre a moeda local e uma moeda de referência, normalmente, o Dólar Americano. Aqui já surge um problema pois a taxa de câmbio está sempre a mudar, havendo necessidade de considerar a mesma taxa de câmbio em todos os períodos de análise.

Para Moçambique, teremos: PIBusd = PIBmetical*0.016

A "taxa de câmbio em Paridade de Poder de Compra" surge para podermos comparar economias muito diferentes.

Esta taxa de câmbio é uma construção e, por isso, contém muita subjectividade e interpretação.

Moçambique tem um PIB per capita em ppc de 1243USD/ano, a Guiné-Bissau de 1855USD/ano e Portugal de 35746USD/ano. 

Com toda a certeza, podemos afirmar que em Portugal se vive melhor do que em Moçambique e, em PPC, a diferença é de 29 vezes melhor. Esta relação de 29 vezes continua a ter de ser lida com muita cautela.

Fig. 1 - Em 1995, na Roménia a miséria era generalizada

Vou então comparar.

Os países a comparar com Portugal são Tchequia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Eslováquia, Bulgária e Roménia.

Na comparação, tenho de usar o PIB per capita que, como está denominado em moedas diferentes, tem de ser referenciado (pelo Banco Mundial) a Dólares Americanos. Depois, divido os valores de cada país pelo valor de Portugal.


É verdade que estes países têm crescido muito mais

Se em 2001-2003 tinham 35% do nosso PIBpc, actualmente têm 80%. Isto traduz que nos últimos 20 anos cresceram, em média, mais 3,2 pontos percentuais do que nós.

Considerando o governo do António Costa, os países passaram de 63% para 80% do nosso PIBpc.

Se crescemos uma média de 0,9%/ano, os países de leste cresceram 4,1%/ano.

Fig.2 - Evolução da média do PIB dos países de leste relativamente a Portugal

Mas não é verdade que tenhamos sido ultrapassados por todos

Fomos ultrapassados "apenas" a Estónia (120%), a Chéquia (114%) e a Lituânia (102%) estando próximos as Eslováquia (88%) e a Letónia ( 90%).

Fig. 3 - Evolução do PIB dos países de leste relativamente a Portugal

Nos últimos 25 anos ...

Tivemos 18 anos de governos do PS/esquerda e 7 anos de governos do PSD/direita (2002-2005 e 2011-2016).
Olhando para a Fig. 2 (caixas vermelhas) observa-se um ligeiro aplanar da série nos anos onde estão os governos de direita o que traduz que nos 7 anos de governos de direita, Portugal cresceu sensivelmente o mesmo que os países de Leste enquanto que nos 18 anos dos governos da esquerda, cresceu menos.
Mas os dados não permitem tirar conclusões estatisticamente válidas.
 

Concluindo.

É verdade que a nossa performance económica nos últimos 25 anos é miserável principalmente nos governos de esquerda. Em comparação com os países de Leste, em 20 anos, convergiram de 35% para 80% do nosso PIB per capita.

Mas não é verdade que já tenhamos sido ultrapassados por todos (apenas fomos ultrapassados por 3, Estónia, Chéquia e Lituânia), em particular pela Roménia (em 2022 tem 65% do nosso PIBpc).


Mas é apenas uma questão de tempo.

Continuando o rame-rame PS que temos vivido, tudo concentrado na subida do Salário Mínimo Nacional e no TGV há-de vir, em 2030 já estaremos bem abaixo destes países.

Outra questão é saber o que é preciso fazer e se os actuais líderes da Direita (leia-se Montenegro) são capazes de alterar a tendência de empobrecimento relativo.

Fala-se da "necessidade de profundas reformas estruturais" mas ninguém avança na identificação das estruturas que precisam ser profundamente alteradas porque vão, com toda a certeza, mexer profundamente com os "direitos adquiridos" e com a tendência dos governantes para a estatização de tudo.

terça-feira, 3 de outubro de 2023

A Direita portuguesa está de cabeça perdida.

Como todos sabemos, há países mais ricos e países mais pobres.

Os países são mais ricos porque as pessoas produzem, com uma hora de trabalho, bens e serviços com mais valor.

Claro que os casos do Luxemburgo ou da Suíça não são replicáveis porque são pequenos países bem localizados. E os casos do Kuwait ou da Noruega não são replicáveis porque têm muito petróleo. 

Sim, é verdade que há países que foram bafejados pela sorte e outros pelo azar.

Mas mesmo pegando apenas em grandes países semelhantes (os 28 países com mais de 50 milhões de habitantes), há uns onde se produzem mais bens e serviços e com mais valor. Na tabela seguinte mostro desses 28 os 7 mais ricos e os 7 mais pobres, com Portugal no meio, em percentagem do PIB per capita relativamente ao americano.

Para não falar na miséria da Etiópia no na República Democrática do Congo (fui apelidada racista e fui despedida por mostrar estes números), em Portugal, cada pessoa produz em média 1/3 do valor que uma pessoa produz nos USA.


Mas porque há esta diferença?

A diferença não pode estar numa política qualquer fácil de alterar. Se, como diz a Direita Portuguesa o, nosso atraso económico relativo de devesse ao nível elevado de impostos, seria muito fácil resolver esse problema, bastava uma penada de tinta a baixar os impostos e já ficávamos tão ricos como os USA.


A diferença resulta da cultura.

Não confundamos cultura com conhecimento ou, de forma mais pomposa, nível de capital humano.

Se hoje o nosso PIBpc é 34% do americano, para nos aproximarmos, temos de trabalhar de forma diferente. Se fizermos sempre o mesmo e da mesma maneira, em 2024 vamos produzir o mesmo que produzimos em 2023.

O problema é que a forma como produzimos hoje parece à generalidade das pessoas que é a correta. Se hoje há um PDM, uma legislação do trabalho, umas cadeiras na universidade ou um funcionamento de um hospital, as pessoas que estão a realizar as tarefas não aceitam que alguém lhes venha dizer que é preciso melhorar.

Cada um é o melhor professor, o melhor médico, o melhor sindicato, a melhor universidade, o melhor sistema de transportes públicos e a TAP é a melhor empresa do mundo.

Até pode ser mas, para haver crescimento económico de 3%, para o ano cada um tem de ser ainda melhor em 3%.

Se hoje um agricultor produz 100000 kg de milho,  para o ano tem de produzir 103000 kg de milho e no ano seguinte 106090 kg de milho. Se não conseguir aumentar a produção de milho por limitações biológicas, terá que diminuir os custos de produção em 3%/ano ou passar a produzir bens que têm mais 3%/ano de valor.


A cultura dos países pobres é contra a mudança. 

Vou dar dois exemplos que estão relacionados e que são o tema do ano, a habitação.

Um metro quadrado de construção destinado a habitação tem um determinado valor, cerca de 2€/m2/mês. Mas esse mesmo metro quadrado, se localizado em zonas que captam turistas, tem um valor de 10€/m2/mês. Então, para nos tornarmos mais ricos, as pessoas que moram nessas zonas têm de se deslocar para zonas que não captam turistas.

Do outro lado, um terreno aplicado em floresta ou agricultura produz 0.003€/m2/mês enquanto que aplicado em habitação produz 1€/m2/mês de valor, 300 vezes mais. Então, para nos tornarmos mais ricos, a habitação tem de ter prioridade face à agricultura e a floresta.

Simples e necessário para ficarmos mais ricos mas vemos todos os dias pessoas a gritar contra esta mudança, cada vez PDMs mais restritivos, cada vez mais proibições à expansão do turismo.


Vou dar um passo à Madeira.

A proposta da Iniciativa Liberar era "baixar impostos" quando deveria ser "temos de ver formas de liberalizar a economia e a vida das pessoas com o objectivo de longo prazo de diminuir a despesa pública e, consequentemente, dos impostos".

A proposta do CHEGA era "baixar o RSI" quando deveria ser "temos de ver formas de integrar as pessoas mais pobres na economia com o objectivo de longo prazo de diminuir a pobreza e, consequentemente, das pessoas que recebem RSI".

Ambos, IL e CHEGA, deveria dizer na sua proposta "o nosso deputado representa 1/24 = 4.2% pelo que temos de ter mão em políticas que representem 4.2% do orçamento, 86.3 milhões €". 

Não, queriam ser eles a governar como se tivessem maioria absoluta.

A proposta do PAN foi "Têm de salvar a Cagarras, combater a seca melhorando as levadas e o governo tem de instalar uns painéis solares e comprar alguns carros eléctricos".

Pareceu-me racional o Albuquerque querer fazer uma aliança com o PAN.


Vou dar um passo aos professores.

A Iniciativa Liberar defendia na campanha para as legislativas de 2022, há menos de 2 anos, que as escolas deveriam ser entregues aos professores, privatizadas por 1€, e o Estado pagar uma verba por cada aluno. Agora, vem defender que o Estado tem de pagar mais aos professores públicos!!!!!!!!!!

O PSD vem defender o que é impossível de defender, beneficiar quem berra mais.

O CHEGA também está pela mesma nota.


A solução para os professores é diminuir o custo de ser professor.

E neste sentido, custa-me a dizer porque o odeio, o António Costa está no bom caminho, fixação mais fácil dos professores para não terem de ir para longe e aumentar a flexibilidade da formação dos professores.

Vamos imaginar que uma criança de 18 anos quer ser professora. Actualmente, vai ter de fazer um curso e uma mestrado em ensino. Depois, se mudar de ideias ou se não conseguir arranjar emprego, tem de deitar o curso para o lixo. Ninguém quer contratar uma pessoa que fez um curso de professor mais não seja que a ganhar o salário mínimo, a servir às mesas ou a trabalhar num supermercado.

É um risco muito grande e contrário ao Espírito de Bolonha que defende a flexibilidade do trajecto formativo.

O meu pai foi aos 11 anos estudar para padre, fez o seminário maior no Porto e filosofia na universidade católica de Salamanca, no tempo de Salazar. Mas não chegou a ser ordenado padre porque tinham pessoas a mais. Foi ensinar latim e grego. Passado uns anitos, latim e grego acabaram e arranjou a dar filosofia. Andou ando, e passou a dar história no preparatório e reformou-se aos  70 anos a dar português no preparatório.

Não se pode dizer a um jovem de 18 anos, vais tirar este curso e se não arranjares emprego no ensino, acabou, não tens mais hipóteses de nada, vais ser trabalhador braçal. 


A solução para a falta de médico é aumentar o número de alunos em medicina.

Aumentar os salários não aumenta o número de médicos disponíveis, há os que há.

Na Alemanha, um médico recém licenciado ganha 3300€/mês e, em média, 9000€/mês. É uma loucura pensar que em Portugal poderemos pagar esses salário. Mas esse problema coloca-se ainda mais na Ucrânia ou em Moçambique.

Se em 2023 houve 1554 vagas para o curso de medicina, o governo decretava dizia que as universidade públicas têm de duplicar o número de vagas. Os directores que dissessem "não fazemos" seriam imediatamente destituídos. 

Não há instalações? Fazem-se.

Não há professores? No curto prazo pagam-se horas extraordinárias e, para o longo prazo, contratam-se recém licenciados com média elevada para darem 6h/s de aulas práticas enquanto fazem o doutoramento.


Fica caro a formação médica? 

Aumentam-se as propinas das escolas médicas para 20000€/ano, perdoadas em 5% por cada ano que trabalhem no SNS a tempo inteiro.

Quem emigrar, terá de pagar o custo da formação.

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