segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A paranoia americana

Nos últimos 10 anos tive a impressão que o Bush reagiu de forma exagerada aos atentados do dia 11 de Setembro 2001. Está certo que morreram 2996 americanos em resultado dos atentados terroristas e, se pensarmos nos individuais, são 2996 tragédias. No entanto, em termos estatísticos, não aconteceu nada. Em 2001, nos USA, por cada pessoa que morreu nos atentados, morreram 14 pessoas em acidentes de trânsito e não houve uma guerra às estradas.

Do que é que os Americanos têm medo?
Há três factos que, desligados, não fazem sentido mas que, em conjunto, fazem soar os sinais de alarme.
1) O Iraque encomendou 54000 metros de tubos de alumínio com 7.44cm de diâmetro interno.
2) O Iraque comprou 550 t de Urânio.
3) O Iraque tem refinarias de petróleo.
As 550t de Urânio estavam inventariadas e "presas" pela IAEA mas estavam lá e constava que o Iraque procurava comprar secretamente Urânio à Nigéria.
Mas para fazer uma bomba atómica é preciso Urânio enriquecido em U235 superior a 50% que é muito difícil de conseguir, ou de Plutónio que obriga a ter uma central nuclear.
Aí surgiu uma questão na minha mente. 

Será que é possível construir uma bomba atómica com Urânio Natural e sem ter uma central nuclear?

É possível. Não é preciso que seja um engenho explosivo mas apenas ser um mecanismo de contaminação radioactiva.

O reactor.
Tem que se usar um moderador sendo o Coke de Petróleo com baixo teor em boro o eleito.
Este material obtém-se como subproduto no Craking do gasóleo feito nas refinarias de petroléo. Por questões de segurança pode-se converter em grafite (que não arde facilmente) mas não é obrigatório.
Constrói-se um cilindro com 20m de diâmetro e profundidade trespassado por tubos de alumínio e envolto em água (que não permite a fuga de radiação).
Fig. 1 - O núcleo com os tubos e o escudo biológico
Seré uma silo com 8000t de Coke de Petróleo que pode fazer parte de uma instalção industrial  completamente disfarçado.

A carga de combustível.
Transforma-se o oxido de Urânio Natural em varas de metal com 1.5 cm de diametro e enfiam-se dentro de varetas de aluminio estanques que se agrupam em conjuntos de 7 que se colocam dentro dos tubos de alumínio que trespassam o reactor.
Fig. 2 - O tubo e a organização do combustível

Não havendo cálculos pormenorizados das características do reactor, não se sabe quanto combustivel é necessário para "acender" a reacção em cadeia. Para isso colocam-se alguns contadores geiguer na parede do reactor. São baratos e de fácil aquisição. Vai-se preenchendo os tubos, de fora para o centro, com combustível nuclear e vai-se marcando o nível de radioactividade num gráfico. Se não houver uma "fonte de neutrões" esta operação  tem que ser feito de forma lenta, levando meses.


A refrigeração.
A potência do reactor vai ser muito inferior ao usado numa central nuclear comercial que consegue 100MWt por m3. Aqui, não é certo qual o nível de potência mas poderá andar, no centro, num máximo de 2MWt/m3 e na periferia em 1MWt/m3.
A refrigeração será a ar atmosférico, em circuito aberto. Para controlar a reacção, haverá a possibilidade de injectar água, também em circuito aberto, nos tubos do meio.
O Alumínio não pode ultrapassar os 250ºC pelo que, caso o ar saia a um temperatura superior a 200ºC, injecta-se água no tubo até que a temperatura desça abaixo desse valor.

Usam-se varas de prata para controlar em caso de emergência o reactor e para o "desligar".


Quanto custa isto?.
Serão precisas 350t de Urânio que custam 35 milhões €, 8000t de Coke de petróleo que custam 3 milhões € e a infraestura custará  20 milhões €. Totalizará 58 milhões €.

E agora?
Agora vem o Cobalto. Pega-se em Nitrato de Cobalto (por ser solúvel em água) compacta-se nas mesmas varetas usadas para o combustivel e enfiam-se em tubos que ficaram livres no centro de reactor (onde o fluxo de neutrões é maior). Num tubo cabem 50 kg de Nitrato de Cobalto Anidro.
Também se pode colocar Cobalto metálico em esferas pequenas em latas tipo "coca-cola" de aço-inox.
A filosofia é colocar num recipiente que não precise manipulação depois da irradiação porque o material vai ficar muito radioactivo.
Lentamente, algum do Cobalto vai-se transformar em Cobalto 60.
Vamos supor acontece a transformação de 0.1% do cobalto em 3 anos. Serão 50g de material radioactivo.
Cinquenta gramas de Cobalto 60 contaminam 370 km2 durante 16 anos com uma nível de radioactividade superior a 40Ci que é o nível da zona de exclusão absoluta de Chernobyl e demorará 50 anos a atingir um nível de radioactividade aceitável.
Então, pegando nestes 50kg de nitrato de colanto e descarregando-o no Rio Hudson, Nova York deixa de poder ser habitada durante dezenas de anos.
On então, mistura-se o cobalto com um explosivo convencional e faz-se a famosa "bomba suja".

Como nos podemos proteger deste perigo?
Os USA colocaram em órbita satélites que medem o nível de radiação gama emitida pela terra.
O Oxigénio do ar e da água que passa pelo reactor torna-se activo(N16) emitindo radiação gama. Então, sendo usada refrigeração em circuito aberto, é possivel detectar um aumento da radiação gama na zona.
Mas não é certo que consiga ser detectado.
Quanto menor for a potência do reactor, mais dificil será detectá-lo.
Por isso, a paranóia dos americanos, dos israelitas e de outros é ser possível que algures perdido no meio do Irão, da Somália, do Pakistão ou de outro sítio qualquer, alguém tenha um reactor pronto a produzir cobalto 60.

Afinal, o perigo é real.
Existe mas não se pode assustar a população. O povinho acha que é imperialismo os americanos andarem por ai feitos cães danados, mas o perigo de aparecerem atentados radioactivos é muito sério não precisa de nenhuma tecnologia sofisticada.
Americanos, pá, não se destraiam.

Pedro Cosme Costa Vieira

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O problema dos medicamentos a crédito

Os medicamentos são um "Ovo de Colombo": custa muito a descobrir uma molécula com efeitos terapêuticos mas, uma vez descoberta, custa pouco produzir o medicamento.
Por exemplo, supondo que o preço final de venda do medicamento da SIDA é 100€/u. então, 75€/u. vão para o laboratório que descobriu o medicamento, 24€/u. vão para a margem da comercialização (distribuidor e farmácia) e 1€/u. vai para a produção.

Fig. 1 - A suspensão dos pagamento aos fornecedores é o precursor da bancarrota

A concorrência
Se não houvesse patentes que protegessem o investimento feito na investigação então, qualquer um poderia copiar o medicamento. É o que acontece com os genéricos. Desta forma o preço do medicamento ficaria reduzido a 1.25€/u.. Aparentemente seria positivo mas acabava a investigação em novos medicamentos.
Para haver investigação de novos medicamentos a sua descoberta tem que ser lucrativa. Sem patentes, nunca o seria.
Por exemplo, as doenças tropicais, por ocorrem principalmente em países pobres, não têm potencial comercial pelo que a  investigação de novos medicamentos tem que ser subsidiada pela ONU.

A venda a crédito
A estratégia que maximiza o lucro do laboratório é afixar um preço diferente para cada país. Assim, deveria cobrar um preço elevado nos países ricos e um preço baixo nos países pobres que, de outra forma , não compraria o medicamento. Chama-se a isto a "divisão do mercado".
Por exemplo, vendendo o medicamento da SIDA nos países da OCDE a 76€/u. (+24€ para a comercialização), nos países intermédios a 36€/u.(+14€ para a comercialização) e nos países pobres a 5€/u. (+2€ para a comercialização).
Mas é proibido pelo Organização Mundial do Comercio vender a preços diferentes em regiões diferentes. A literatura diz que isso uma prática anti-concorrencial.
Então, uma alternativa permitida é vender a crédito para os países mais pobres sendo os juros imputados ao vendedor.

O preço real de venda
Como os laboratórios não são instituições de crédito, uma vez efectuada a venda, o activo é transaccionado à taxa de juro do mercado.
Por exemplo, o laboratório vende a 100€/u. para a República Centro Africana que só vai pagar daqui a 10 anos. Vamos supor uma taxa de juro de mercado de 35%/ano então, o laboratório vai vender essa divida por 5€ = (1+35%)^-10. Apesar de formalmente vender por 100€, de facto está a vender por 5€.
A República Centro Africana arranja países doadores que comprem os activos ao laboratório pelos 5€/u.
O mais interessante é que o mercado diz automaticamente na taxa de juro quais os países financeiramente mais frágeis e que por isso incorpora automaticamente maior desconto para os mais frágeis.

Esta também é uma das razões para os países venderem bens e serviços que têm no preço final  uma componente fixa muito elevada (por exemplo, aviões comerciais, reactores nucleares, submarinos, etc.): é um desconto no preço real sem o ser no preço nominal.

O problema grego e português.
O medicamento é vendido a 100€/u. dos quais 25€/u. são para a comercialização.
Em Portugal a farmácia recebe 100€/u. a um ano. Então, para uma taxa de juro de 17%/ano (que é quanto está o Risco da República), vai ser equivalente a vender a pronto por 85.5€/u. A farmácia retira  25€/u. e entrega 60.5€/u ao laboratório que paga 1€/u. pela produção. OK, o laboratório teve uma margem de 59.5€/u.
Agora vejamos a Grécia que está a pagar os medicamentos com 3 anos de atraso e com taxas de juro da república na ordem dos 65%/ano.
A farmácia grega vendeu por 100€ mas é equivalente a receber a pronto 22.26€ =  (1+65%)^-3. Descontando os 25€/u. para a comercialização, não fica nada para o laboratório que não consegue pagar os custos de produção.
Naturalmente, o laboratório recusa-se a vender pois, no mínimo dos mínimos, tinha que receber 1€/u.
Acresce ainda o risco de os hospitais gregos começarem a vender os medicamentos, que não pagam, para países terceiros prejudicando as vendas do laboratório.

Será um problema muito grave?
Gravíssimo.
Ai mas as pessoas têm direito a um Serviço Nacional de Saúde universal e de qualidade, blá blá blá blá.
Mas porque será que nos países com menor rendimento as pessoas duram menos tempo?

Fig. 1 - Relação entre esperança de vida à nascença e PIB per capital, ppc (fonte: Banco Mundial)

São os direitos abstratos que depois não há como fazer cumprir.
É como o Alberto João que pensa ser justificação para a divida colossal ter feito muitas coisas.
Primeiro, são obras de pequena utilidade. Se assim não fosse, as obras geravam receitas capazes de amortizar o investimento não sendo preciso carregar os cubanos do cont'nente.
Segundo, se os Madeirenses têm direito a viver bem, também  os de Arouca e os de Marrocos e não me consta que façam lá obras escondidas e depois nos venham apresentar a conta.

Escolhe outro, amigo.
Ser pobre custa muito mas quem não pode, não pode. Não vale a pena berrar.

Pedro Cosme Costa Vieira



segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A constituição e o limite ao endividamento

Estimado Francisco, obrigado pela questão.
A taxa de juro real de longo prazo exigida a Portugal está acima de 10%/ano. Real quer dizer que se retira da taxa nominal, 12 ponto tal, a taxa de inflação, 2%/ano. Estas taxas de juro levam qualquer país à miséria. São taxas observadas apenas em países em guerra.
A taxa está elevada porque os credores não acreditam que Portugal vá pagar o que deve. Ou vai entrar em bancarrota ou vai abandonar o Euro.
Nunca nenhum país conseguiu manter-se numa zona monetária (i.e., o câmbio fixo) depois de os credores anteciparem que iria sair.

Fig. 1 - Angola, diz a Constituição, é uma Democracia.
Erfuhr von der portugiesischen (este aprendeu com os portugueses)

É uma profecia que se faz auto-concretizar.
Imagine que um barco de recreio que afunda a 10 km da costa e decorrida uma hora chega o pedido de socorro aos helicopteristas. Se estes estão a jogar sueca e dizem "éh pá, o mar está muito bravo, vão morrer todos na mesma, não vale a pena apressarmo-nos", automaticamente que morrem todos.

Será que o Salazar era um froxo?
Nunca mais as taxas de juro vão descer. Isto já aconteceu centenas de vezes e nunca teve solução. É esta a razão porque cada país tem a sua moeda. O Francisco não se recorda, mas nas "províncias ultramarinas" começou por circular o Escudo mas o Salazar teve que criar uma moeda para província. Mesmo dizendo que eram parte integrante de Portugal, não conseguiu manter a províncias ultramarinas integradas na Zona Escudo.
Até o Macauzito teve que ter a Pataca que ainda hoje perdura. A China não integrou Macau na sua Zona Monetária. Serão os chinas nabos e nós os mais finos do Mundo? Mau. Eu sou democrata e 1300 milhões a dizer que não funciona e 10 milhões a dizer que funciona, eu vou pelos 1300 milhões.

Eu andava no Thai Shi
E havia um Grande Mestre Chinês que, uma vez por ano, vinha de Inglaterra dar uma aula. Batia com o pé no chão e o prédio estremecia todo mas eu, está quieto que isto é frágil. "Nau, Nau foot stlong, stlong". Um dia, "stlong, stlong, bummmm, aiiiiiii, xhau xhing stal fui di do". Partiu o tornozelo.

Escrever na Constituição
Portugal assinou tratados com a UE na qual se comprometeu a ter um défice menor que 3% do PIB, tendencialmente 0% e uma dívida pública inferior a 60% do PIB, tendencialmente 30%. Mas nunca cumpriu. E o governo do Guterres, Santana Lopes, Sócrates, Alberto João e grande percentagem da população portuguesa está-se borrifando para isso.
Então, assinar mais papeis não aumenta a nossa credibilidade em nada.
A sr.a Merkel pensou que, se os PIIGS escreverem na Constituição, talvez eu consiga convencer os alemães a ajudá-los.

É perda de tempo.
Vamos supor que se escreve na constituição que a défice tem que ser menor que 3% do PIB. Na lei do orçamento, tudo bem: se estiver lá previsto um défice maior que 3%, a lei de orçamento será inconstitucional.
O problema está na concretização do orçamento. Como se faz quando houver um desvio? o Estado não paga? Os credores perdem o dinheiro? O tribunal de contas tem que dar visto prévio? mas agora já é praticamente assim e ninguém cumpre.

O que está escrito na Constituição
Que toda a pessoa tem direito a constituir família. E as feias e gordas que não arranjam ninguém o que podem fazer? Metém o Estado em tribunal? Pedem ao Tribunal Constitucional que lhes arrange um parceiro? Pedem indemnização ao Estado? Ainda na sexta-feira passada uma veio a minha casa com essa conversa. A Constituição, a Constituição, ... Fui logo consultar um advogado que me disse que todos temos obrigação de promover o cumprimento da Constituição pelo que vou ter que a carimbar. Lá terá que ser por obrigação da Constitucional.
O Afeganistão escreveu na Constituição que é um estado laico e que a pessoa pode ter a religião que quiser. Alguém acredita que vão dar cumprimento a isto?
O Kadaffi também dizia que era um democrata.

Não vale a pena perder tinta com isso.
É como um mulher feia pensar que dizendo trinta vezes seguida que é bonita que melhora. Não vale a pena. Ninguém vai acreditar que, de repente, vamos mudar de caloteiros para cumpridores.
E depois mete-se o Alberto João a Primeiro Ministro.
E é pior escrever pensando que os nossos problemas vão ficar resolvidos, depois constatar que as taxas de juro se mantêm altas, e o povo ver que o Governo não sabe o que anda a fazer.

Temos é que tratar dos nossos problemas.
Cortar salários o que irá reduzir o desemprego, aumentar as exportações e trazer crescimento económico.
Aumentar os impostos e reduzir as reformas, abonos, assistência médica, ensino, para reduzir o endividamento do Estado.
Sair do euro.
Tudo o resto é dar rebuçados benzidos pelo Padre Pio pensando que curam o cancro.

Um abraço,

Pedro Cosme Costa Vieira

sábado, 3 de setembro de 2011

Será que o governo se aguenta até ao Natal?

O Pedro é bom rapaz, o Álvaro é uma jóia, o Gaspar é um castiço sempre a dar sinais de luzes com as mãos. Mas este governo é fracote. Pensam que as coisas se resolvem com falas mansas, com um aumentozito e logo depois um passe social para os coitadinhos. Não vão a lado nenhum  

Fig. 1 - É o bicho, é o bicho vou-tas apalpar.

O PSD e a mamadeira.
As pessoas acreditam em milagres. Os da direitistas acreditam na "Nossa Senhora de Fátima" e no "Valha-me Deus" e os esquerditas na "defesa da classe média", no "ataque aos capitalistas" e na "redução da despesa". Tudo miragens.
Depois vem o concreto.
Na Madeira são 500 milhões nas duas primeira "pinguinhas" pois, como reconheceu o Alberto João, as coisas agora vão vir, virão, às pinguinhas. Eu diria, no fim do virão, serão baldadas.
Temos as empresas públicas controladas pelos PSDezistas e que é preciso liquidar.
Temos as empresas privadas que têm as PPPs, contratos de SCUTS, TGVs, e cancalhada, as éolicas e a co-geração que recebem do PERE e que são geridas por PSDistas.
Ei no que o homem foi mexer.
Até a Ferreira Leite veio a terreiro.

O que é preciso fazer: dizer a verdade.

Fig. 2 - A senhora tem uns olhos bonitos pelo que fazendo umas madeixas, fica perfeita.

1. Portugal está completamente falido.
Fora o dinheiro que a Troika mete cá, o Estado endivida-se 500milhões de € a cada 15 dias a um prazo de 6 meses. Quer dizer que daqui a 6 meses vai ter que pagar estes empréstimos e não tem onde ir buscar dinheiro. Daqui a 6 meses, vai-se endividar 500M€ por semana. É uma loucura total.
Mesmo assim, não consegue pagar aos advogados, os medicamentos dos hospitais, as obras em curso, fornecimentos, está a atrasar todos os pagamentos. É uma falência total.

2. Não é possível cortar a despesa pública.
Como já referi, 2/3 da despesa são transferências da Segurança Social (reformas, RSI, Sub. de  desemprego, abonos, ajuda aos velhinhos dos lares, crianças abandonadas) e salários. Como é possível cortar isto se não se fala em cortar reformas nem salários?
No que sobra, 35% são despesas em saúde que não salários. Como é possível cortar isto se não se fala em renegociar os contratos de fornecimentos de serviços?
É impossível. É uma mentira para anestesiar. Depois vai acontecer como no tempo do Sócrates e na Madeira, nada se concretiza.

Onde estão os instrumentos de política.
Imaginem um carro que gasta 6l/100km e eu anuncio que vou reduzir o consumo como nunca ninguém conseguiu fazer desde 1950. Mas vou reduzir como? Que instrumento é que eu vou utilizar? Fica-se pela minha vontade de entrar no guinness? Eu teria que dizer que "existe um parafuso no carburador que virando para a direita meia volta, o consumo reduz-se e vamos usar esse parafuso".
O governo tinha que dizer os instrumentos de política que vai utilizar.
Como vai reduzir a despesa da S.S.? Vai reduzir as pensões?
Como vai reduzir a despesa no ensino? Vai reduzir os salários?
E na prestação de serviços? Vai fazer uma lei em que os pagamentos nos acordos de PPPs se reduzem em 10%?
Corta na Saúde como? As pessoas vão pagar mais taxas moderadoras? Vai fazer o quê?
Isto é conversa para adormecer as criancinhas e o pisca pisca é para nos hipnotizar.
Eu vou, pisca pisca, cortar, pisca pisca, na despesa, pisca pisca, e vou ajudar, pisca pisca, toda a gente, pisca pisca, a Madeira, pisca pisca, vai assinar, pisca pisca, um acordo, pisca pisca, de estabilização, pisca pisca, a gente entrega-lhe a massa, pisca pisca, e o Alberto João usa o acordo, pisca pisca, para limpar o cu.
O estimado leitor provavelmente não percebeu o fim da frase anterior porque já estava hipnotizado. Volte lá para ver que o governo vai mandar 1000M€ para a Madeira e eles continuam no regabofe.

3. Falar claramente nos impostos.
O Gaspar tem que dizer claramente que os impostos têm que subir 20%. Que o IVA tem que ir para 30%. Que as contribuições para a Segurança Social têm que aumentar 20%. Que os preços dos transportes têm que aumentar mais 20%.

Estamos num manicómio.
Subiram os transportes e quando o povo já estava preparado, voltam atrás ficando as pessoas a pagar ainda menos que pagavam antes dos aumentos. Mas o Estado não vai compensar as Empresas Públicas.
Então quem vai? Vão falir? Conversa fiada.
E os Estaleiros de Viana do Castelo? Mais um adiamento e lá continuam 720 homens ao alto.

Diz o Papa, o Jorge Nuno.
Quando começam a dizer que um jogador ou treinador está a pedra e cal, dura lá pouco.
Quando o Gaspar vem dizer que "não vamos falhar" para depois amenizar "não podemos falhar" e dar logo o dito por não dito "falhar será terrível" quer dizer que não é capaz de levar a nau a bom porto.
Já falhou e será terrível, pisca pisca.

Pedro Cosme Costa Vieira

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Best Hostgator Coupon Code