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sábado, 19 de março de 2022

Formula 1 2022 - Ronda 1, Bahrein (Qualificação)


E a Formula 1 está de volta. Só que com esta nova temporada, há novas regras, que modificaram os carros fortemente, e provavelmente, baralharam as coisas na grelha. E se calhar, é isso que a FIA queria, para tirar o aborrecimento de uma só equipa a alcançar os títulos de pilotos e construtores. Ironicamente, na temporada a seguir a uma batalha a dois que prendeu os espectadores nas bancadas e nas televisões entre Max Verstappen e Lewis Hamilton

E depois da noite a cair por lá, descobrimos que a Ferrari está de volta. Charles Leclerc foi o "poleman", com o seu companheiro de equipa, Carlos Sainz Jr. no terceiro posto, e entre eles, Max Verstappen, no seu Red Bull. Há atores novos, mas existe aqueles que nunca se foram embora, mesmo com as novas regras.  E o motor da Ferrari foi tão falado que todos os outros que têm esses motores foram vistas com mais alerta. E claro, com um Haas F1 e uma Alfa Romeo na Q3, esse resultado não surpreende.

As coisas começaram no inicio do noite, quando no Q1, os pilotos mais rápidos entraram a meio da sessão. Max Verstappen tratou de baixar os tempos em um segundo do melhor, marcado pelo Alpha Tauri de Pierre Gasly. A seguir, apareceu Kevin Magnussen, que no seu Haas, marcou o segundo melhor tempo. E logo depois, apareceram os Ferrari na pista e mão demorou muito até marcar os tempos suficientes para serem os melhores e seguirem para a Q2. Quando a Mercedes apareceu para marcar os seus tempos, Hamilton não conseguiu mais que o quinto posto, e George Russell, o oitavo. 

E se eles foram tranquilamente para a fase seguinte, já o Williams de Nicholas Latifi, o McLaren de Daniel Ricciardo, os Aston Martin de Nico Hulkenberg e Lance Stroll, e o Alpha Tauri de Yuki Tsunoda, ficaram para trás.

A Q2 começou com Alexander Albon a ir para a pista... e a regressar logo depois às boxes, regressando mais tarde, para tentar a sua sorte - spoiler: não passou - antes do resto do pelotão entra entrado em pista em catadupa, para marcar os seus tempos. Verstappen foi o melhor, seguido por Leclerc, Pérez, Magnussen e Hamilton. Mais tarde, Sainz destronou Leclerc do segundo melhor tempo, mas não conseguiram ser melhor que Max. Mas os três foram para a Q3, acompanhados por Pérez, no segundo Red Bull. E os dois Mercedes também os acompanharam, com o Alpine de Fernando Alonso, o Alfa Romeo de Bottas, o Haas de Kevin Magnussen e o Alpha Tauri de Pierre Gasly.

E entre os que ficavam, para além de Albon e o chinês Guangyou Zhou, no segundo Alfa, o McLaren de Lando Norris, o segundo Haas de Mick Schumacher e o segundo Alpine de Esteban Ocon.


E chegados ao Q3, o duelo era entre a Ferrari e a Red Bull, com os Mercedes à espreita. E foram os carros de Brackley os primeiros a irem para a pista, com Russell na frente. E claro, foi o primeiro a colocar um tempo na tabela nesta sessão. Hamilton apareceu logo atrás e melhora o tempo, ficando com o primeiro posto. Mas os Ferrari apareceram logo a seguir, com Sainz a conseguir um tempo 44 centésimos melhor que o seu companheiro de equipa, Charles Leclerc. 

Chegados aos últimos minutos, e a última volta lançada, primeiro foram os Mercedes, com a mesma ordem: Russell primeiro, Hamilton depois. Mas eles tinham sido superados por Red Bull, primeiro, e Ferrari, depois. e na Scuderia, Leclerc marcou primeiro, e Sainz não conseguiu melhorar. Assim sendo, foi o monegasco que ficou com a primeira pole do ano. Parece que... há transferência. Pelo menos, no duelo.


Agora, esperamos por domingo para saber até que ponto Maranello baterá Milton Keynes, e se estes pilotos serão os favoritos à conquista do campeonato. 

segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Noticias: Bahrein queria o exclusivo dos testes de pré-temporada


A razão porque não existirá imagens dos testes de pré-temporada em Barcelona só esta segunda-feira foi revelada: o Bahrein pagou para ter o exclusivo dessas imagens. Segundo conta a motorsport.com, os responsáveis pelo circuito de Shakir queria que fossem o palco dos novos carros para 2022, mas quando concordaram, tinham um problema para descascar entre mãos: é que eles tinham um acordo com Barcelona para ser o palco dos testes. E para contornar isso, decidiram que o melhor seria uma restrição de jornalistas e filmagens.

Segundo conta a mesma publicação, inicialmente foi pedido às equipas para criarem decorações exclusivas para o teste, mas por falta de recursos e tempo esta ideia depressa foi colocada de lado. O plano B foi transformar o teste em Barcelona numa espécie de "shakedown", sem tempos, forçando os fãs a esperar mais uma semana do que o inicialmente previsto para podermos ver os carros em pista.

Em suma, para além de ser a prova de abertura da temporada, mais a Arábia Saudita a receber a segunda corrida do campeonato, em Jeddah, o Bahrein também será o local exclusivo dos testes de pré-temporada. Definitivamente, a península arábica quer que o centro do universo automobilístico se transfira para ali...

terça-feira, 30 de novembro de 2021

A imagem do dia


Por estes dias, fez um ano que aconteceu o acidente de Romain Grosjean em Shakir, no Bahrein. Um acidente que foi bem assustador, ao pontos de nos lembrarmos que, por muita segurança que existe agora, estamos sempre a uma curva do desastre.

E esta noite, apareceu no Twitter do João Carlos Costa, o jornalista da Eleven Sports que fala sobre Formula 1, esta imagem do carro de Grosjean de regresso às boxes da Haas após o seu acidente. Dizendo melhor... as duas partes do Formula 1 do piloto francês, que acabou com cicatrizes nas mãos e que terminou precocemente a sua carreira na categoria máxima do automobilismo e antecipou a sua chegada à IndyCar. 

E pelo ar de toda a gente nas boxes, eles devem ter ficado a pensar como é que ele saiu vivo de um acidente destes. Mas o que deveriam era dar palmadinhas nas costas uns dos outros, porque todo o seu trabalho compensou. Pode não ganhar corridas, mas o piloto pode bater no guard-rail e sobreviver, apagando o fogo com as suas luvas de competição...

Agora podemos brincar, mas na altura, foi muuuito assustador. 

terça-feira, 30 de março de 2021

Youtube Formula One Video: As comunicações via rádio do Bahrein

Nova temporada, novas comunicações da rádio de Shakir. E este ano, os gráficos são diferentes. Desta vez, temos as reações de todos os pilotos que terminaram a corrida, desde o primeiro ao último. E claro, cada um deles têm a sua reação ao que fizeram.


sexta-feira, 12 de março de 2021

GP Memória - Bahrein 2006


Depois de uma longa pré-temporada, com um novo campeão do mundo e muitas modificações nas equipas - quer em teros de nomes, quer com a chegada de uma nova, a Super Aguri - a Formula 1 preparava-se para uma nova temporada, num local diferente: as areias do pequeno emirado do Bahrein. A modificação do local onde costuma acontecer o inicio do campeonato tinha a ver com um pedido da cidade de Melbourne, que naquele ano recebia os Jogos da Commonwealth, e a troca era simples: o GP da Austrália iria ser a terceira prova do campeonato, no inicio de abril, e o Bahrein tornava-se na prova de abertura da competição.

Com três equipas a mudar de nome - Jordan virava Midland, Minardi virava Toro Rosso e a Sauber tinha uma parceria maior com a BMW - ainda tínhamos a chegada em cena da Super Aguri, que tinha motores Honda e os pneus da Bridgestone, pilotos japoneses como Takuma Sato e Yuji Ide... e um chassis de 2002, modificado para estar de acordo com os regulamentos daquele ano.

E claro, havia pilotos novatos, como Nico Rosberg na Williams, Scott Speed na Toro Rosso e Christijan Albers na Midland. E todos esperavam que a Ferrari pudesse enfim responder a uma Renault que tinha dominado a temporada anterior e dado a Fernando Alonso o seu primeiro título mundial.

Aqui estreava-se um novo sistema de qualificação, em três partes, onde os seis piores tempos eram excluidos de cada uma dessas partes, até ficarem os dez melhores para disputar a pole-position. em suma, o sistema que conhecemos hoje em dia. E logo na primeira parte, a grande surpresa foi Kimi Raikkonen não ter marcado qualquer tempo e ficado de fora do resto da qualificação. Mas a razão tinha sido forçada: a suspensão traseira direita tinha se rompido durante a sua volta qualificativa, ele bateu contra o muro de pneus e a sessão fora interrompida com uma bandeira vermelha. 

Em contraste, Michael Schumacher começava bem a temporada com a pole-position, tendo a seu lado o seu companheiro de equipa, Felipe Massa. Jenson Button era o terceiro, no seu Honda, na frente do Renault de Fernando Alonso. Juan Pablo Montoya era quinto, na frente de do segundo Honda de Rubens Barrichello. Mark Webber, no Williams, e Christian Klien, no Red Bull, ocupavam a quarta fila, e a fechar o "top ten" estavam o segundo Renault de Giancarlo Fisichella e o BMW Sauber de Nick Heidfeld.


A largada começou com Schumacher a levar a melhor sobre a concorrência, com Alonso a passar Massa e a ficar com o segundo posto no final da primeira volta, aproveitando um pião por parte de Felipe Massa, enquanto Nick Heidfeld e Nico Rosberg sofreram um toque que os fez perder tempo, mas recuperaram. Pior sorte teve Christijan Albers, que com problemas no eixo da transmissão, acabava por ser a primeira desistência do ano. Nas voltas seguintes, o alemão da Ferrari começou a afastar-se do pelotão, enquanto Kimi Raikkonen começava a recuperar posições. 

Massa tentava acompanhar os da frente, mas as coisas pioraram quando ele foi às boxes e perdeu tempo no reabastecimento, caindo ainda mais no pelotão, enquanto na frente, Schumacher vigiava Alonso e esperava continuar na frente no segundo reabastecimento. Mas quando o alemão parou, o espanhol ficou um pouco mais, tentando ir mais velozmente e ver se ganhava segundos na saída. Depois de uma paragem veloz, Alonso volta à pista com Schumacher lado a lado, e conseguiu levar a melhor. Mas claro, o alemão não desistiu e foi em busca dele, procurando o erro. Apesar das pressões, o espanhol foi forte e aguentou a liderança até à bandeira de xadrez.

Na parte final, Nico Rosberg ainda teve tempo de fazer uma ultrapassagem impressionante a Christian Klien para ser sétimo e fazer a volta mais rápida, tornando-se o mais jovem de sempre até então a alcançar esse feito, e claro, conseguindo os seus primeiros pontos. E Raikkonen conseguiu subir fortemente no pelotão até chegar ao terceiro posto e fazer companhia a Alonso e Schumacher no pódio.  


Nos restantes lugares do pódio ficaram o Honda de Jenson Button, o McLaren de Juan Pablo Montoya, os Williams de Mark Webber e Nico Rosberg e o Red Bull de Christian Klien. 

A Formula 1 começava bem a temporada de 2006, mas não tinha tempo a perder: dali a uma semana iriam correr em Sepang, na Malásia.    

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Youtube Formula One Video: As comunicações de Shakir

No rescaldo de uma corrida veloz e imprevisivel como foi o GP de Shakir, a segunda corrida em solo barenita, eis o video onde se fez a seleção das melhores comunicações da prova. 

domingo, 6 de dezembro de 2020

Foemula 1 2020 - Ronda 16, Shakir (Corrida)


Na semana passada, vimos o horror a acontecer diante dos nossos olhos, com o acidente de Romain Grosjean e a sua salvação milagraosa graças à tecnologia usada no carro. Depois, vimos a noticia da doença de Lewis Hamilton, que o obrigou a largar o carro neste final de semana e dar uma chance a George Russell para andar num carro de campeão, temos de ser honestos. 

Contudo, se achavam que as coisas acabariam por aqui e iriamos ter uma prova aborrecida, com 87 voltas ao redor do anel externo do circuito de Shakir... bom, enganaram-se.  Foi uma prova muito mexida, e teve como vencedor, algo completamente diferente. Mas mesmo diferente, especialmente depois de ele levar um toque na primeira volta e acabar no fundo do pelotão. 


Então foi assim... depois de oito dias no mesmo lugar, e com Hamilton doente, e a ver a corrida isolado do mundo, e provavelmente com Roscoe, o seu animal de estimação, esperava-se que os Mercedes voltassem a dominar como habitualmente. Mas se a ideia era ver Valtteri Bottas na frente, por causa da sua pole position na véspera, o que aconteceu foi ver um George Russell lançado para fazer a primeira curva na primeira posição, enquanto atrás, Charles Leclerc queria se destacar, mas na curva 4, tocou na traseria do Racing Point de Sergio Perez e acabou na barreira de pneus, levando consigo o Red Bull de Max Verstappen. Resultado final? Safety Car, o que deu para Perez ir às boxes para ver se não tinha nada danificado e tentar a sua sorte para o resto da corrida.

Apenas na sétima volta, tudo voltou ao normal. Os Mercedes seguiam calmamente na liderança, Com Russell no comando e a mostrar que tem talento para andar entre os melhores, se tiver um carro digno desse nome, Perez tentava recuperar o tempo perdido, passando pilotos uns atrás dos outros. Sem grandes emoções externas, as voltas passavam rapidamente, e iria parecer que não teria grande história... a não ser a chance de vermos George Russell a chegar a uma vitória histórica, depois de dois anos a lutar contra uma Williams que não só há muito passou os seus tempos aureos, como sofre com um chassis sem downforce.

Em suma, parecia que iria ser uma história perfeita para os Flechas Negras, digna de um episódio do "Drive to Survive". 

Mas então... aparece Jack Aitken. 

Quem? 

O substituto do Russell na Williams. 


Ele sofreu um pião na volta 63 e por causa disso, o seu nariz ficu partido e a direção da corrida optou por um Safety Car Virtual, para tirar os destroços da pista. O pessoal aproveitou para ir às boxes... e é aqui que começa a segunda parte do desastre. Tudo começa quando a Mercedes chama ambos os pilotos para fazer uma paragem adicional nas boxes. Mas primeiro, veio Valtteri Bottas, que quando fez a troca, houve problemas na fixação da roda dianteira esquerda, o que arruinou por completo qualquer chance de vitória para Valtteri.

A seguir, Russell, que tinha feito a sua troca, teve de voltar às boxes para fazer... nova troca (!) porque a equipa misturou tudo ao colocar os pneus que estavam designados para o carro de Bottas no bólido de Russell, o que não é permitido pelo regulamento. Com isto, a liderança caiu no colo de Sergio Pérez, com Esteban Ocon, no seu Renault, em segundo e Lance Stroll em terceiro. Bottas caiu para quarto, e Russell, que parecia estar a caminho da vitória, era quinto.

Mas as voltas que faltavam pareciam ser suficientes para que Russell tentar o pódio, por exemplo. E quando tudo voltou ao normal, na volta 69, o britanico partiu ao ataque, passando Bottas sem qualquer problema, e atacando os três primeiros, tentando chegar de novo ao lugar mais algo do pódio. E em poucas voltas, na 75ª passagem pela meta, Russell era segundo, e tentava diminuir os 3,3 segundos de vantagem.

Mas a sete voltas do fim... golpe de teatro. Um furo lento no Mercedes numero 63 o colocou de novo nas boxes, trocar e tentar recuperar o mais possivel. Era muito mau para ser verdadeiro, parecia ser Jean-Pierre Jarier no GP do Canadá de 1978. Parecia ser o rei do azar. Voltou à pista, com moles e a volta mais rápida, para chegar o mais acima possivel. 

Mas enquanto lá chegava, viamos mais uma vez história a acontecer. Sergio Perez, numa altura em que poderá não correr em 2021, e depois de ter tido aquele toque que o relegou para o último lugar, fez tudo bem e deu à Racing Point a sua primeira vitória na atual encarnação. E melhor, conseguiu melhor resultado que Lance Stroll. 


Depois de 191 Grandes Prémios, e de nove pódios, e depois de lhe tirarem um pódio feito na semana passada, Perez teve por fim aquilo que já merecia há uma década. Dos seus tempos da Sauber, McLaren, Force India e suas incarnações, por fim, sucedeu a Pedro Rodriguez, meio século depois da sua úlima vitória, em Spa-Francochamps. Perez está a ter um final de sonho, a merecer cada vez mais o seu quarto lugar na classificação geral. E como em setembro, com Pierre Gasly, esta foi uma vitória popular. Parabéns a ele!

domingo, 29 de novembro de 2020

Formula 1 2020 - Ronda 15, Bahrein (Corrida)


O Bahrein - dizendo melhor, o circuito de Shakir - tem tudo para ser aborrecido. Apesar de este ano ser a terceira corrida em ronda dupla - petrodólares oblige - todos têm a ideia de que, se não existir uma luta por um lugar qualquer da liderança, de forma constante, como aconteceu em 2014, não será uma prova emocionante, bem pelo contrário, um suporífero.

No final, não foi. Bem pelo contrário: foi arrepiante. E foi graças à ciência e à tecnologia que se salvou uma vida. E nem foi o único acidente daquela prova, apenas o primeiro.

As coisas explicam-se em poucas linhas: depois da partida, onde Lewis Hamilton partiu bem e Valtteri Bottas mal, Max Verstappen ficou com o segundo posto, seguido pelo Racing Point de Sergio Perez. Atrás, havia a confusão do costume, mas o Haas de Romain Grosjean, ao evitar um carro que tinha parado à sua frente, desviou-se e tocou na roda do Alpha Tauri de Pierre Gasly, acabando nos guard-rails de proteção da Curva 3. O impacto foi forte, o chassis foi arrancado em dois precisamente na parte do depósito de gasolina, e uma bola de fogo se via no lado de fora dos guard-rails. Depois de alguns segundos de angustia, e de respiração suspensa, Grosjean saiu do carro pelo seu próprio pé, e arrancado do local pelo Dr. Ian Roberts, o médico de serviço, e o piloto do carro médico, o sul-africano Alan ven der Merwe.

No final, escriações nas pernas e ligeiras queimaduras nos braços foi apenas o resultado de um impacto que uma geração antes, teria mandado o piloto para a sepultura, fosse queimado, sufocado ou destruido com o impacto contra os guard-rails. Mas graças à tecnologia, que nos deu coisas como o Halo, a celula de sobrevivência, a o chassis de fibra da carbono, Romain Grosjean vive para continuar a correr, seja aqui ou noutro lado.

Corrida interrompida, bandeira vermelha. E respirar fundo enquanto se pensa que o automobilismo continua a ser perigoso.


Demorou até recolher tudo e reparar o guard-rail na zona afetada, e quando puderam, houve nova partida. Hamilton voltou a largar bem, com Perez a assediar Verstappen, mas o holandês levou a melhor. Atrás, Bottas era assediado por Albon, mostrando que hoje, aparentava não ter um grande carro para acompanhar os da frente. Mas afinal, tinha um furo e iria recolher às boxes.

Mas... atrás, novo acidente. Daniil Kvyat tocava em Lance Stroll na curva 8, e o canadiano da Racing Point acabou de cabeça para baixo, que deu em Safety Car e não acabou pior porque... o Halo fez o seu trabalho. Mais uma vez.

Apenas na nona volta é que a corrida recomeçou, com Hamilton á frente de um comboio de pilotos, e aos poucos, o que se via eram os Ferrari a ficar acada vez mais para trás, enquanto os McLaren iam para a frente. Um pouco como está a ser a temporada, não é?


Com o passar das voltas, a emoção foi-se. O britâico ia para ma vitória que ninguém o contestava, apesar de Verstappen. As trocas de pneus, dos médios para os duros, após a passagem pelas boxes, era mais para ver se iam até ao fim ou não. E parecia que as coisas iriam assim até ao fim, até que a três voltas do final, o motor Mercedes de Sergio Perez entregou a sua alma ao Criador, algo bem raro hoje em dia. Aliás, se não estiver enganado, a última vez que vimos um motor a explodir na pista não foi com Lewis Hamilton, em Sepang, em 2016?

Claro, Alex Albon foi o grande beneficiado. E a Racing Point, que poderia ter somado muito, ficou sem nada e pior, viu os McLaren serem quarto e quinto, conseguindo 22 pontos, decidivos na luta pelo terceiro posto no Mundial de Construtores. O piloto tailandês subiu de novo ao pódio, num duplo pódio que já não acontecia desde o GP do Japão de 2017, numa final que acabou debaixo de bandeiras amarelas. E provavelmente, com um enorme sinal de alivio.

sábado, 28 de novembro de 2020

Formula 1 2020 - Ronda 15, Shakir (Qualificação)


E agora vamos para a reta final do campeonato. Está tudo decidido, mas serão três semanas bem duras, pois será uma corrida atrás de outra, nas Arábias. Duas no Bahrein e a corrida de encerramento, em Abu Dhabi. Nenhuma das pists é interessante, e até se pode dizer que a temporada já fechou, cumpre-se o calendário e vamos pensar em 2021. Mas como espero sempre o inesperado, e este é o fim de semana onde eles irão correr no anel exterior do circuito de Shakir, eu tenho de pensar que mesmo essa pista chata pode dar grandes corridas. Como aconteceu em 2014.  

E ainda tinha mais uma coisa que poderá acontecer ainda nesta temporada: Lewis Hamilton poderá alcançar as cem pole-positions, o que significaria algo inédito. Mais do que ter tudo, é elevar a fasquia para o nível de... lenda.

Assim sendo, quando a qualificação começou, findo o dia naquelas bandas, os carros começaram a andar debaixo de temperatuas amenas. Max Verstappen foi o primeiro a fazer um tempo relevante, com 1.28,885, antes de Lewis Hamilton aparecer e fazer 1.28,343, seguido de Valtteri Bottas, que andeou relativamente perto, com 1.28,767. Pierre Gasly conseguiu o quarto melhor tempo, seguido por Carlos Sainz Jr, no seu McLaren. Quem não estava grande coisa eram os Ferrari, atolados no meio da tabela. Aliás, Charles Leclerc reclamava que a sua qualificação era "um desastre". Nada que não se soubesse... 

No final da Q1, entre os eliminados estão... - mais ou menos - os do costume: os Alfa Romeo, os Haas e o Williams de Nicholas Latifi. George Russell foi para a Q2, e o Lando Norris esteve perto de ficar em zona perigosa, mas safou-se. Quem fez um grande tempo foi Lance Stroll, a três centésimos de Hamilton. A Racing Point dava ar da sua graça...

Na Q2, todos os pilotos, menos os da Alpha Tauri, usavam pneus médios para dar as suas voltas. As coisas andaram normalmente até que Carços Sainz Jr teve um problema no seu carro, fez um pião no final da reta da meta e ficou parado, sem se poder sair dali pelos seus próprios meios. Sessão interrompida por alguns minutos para poder tirar o carro a sua posição delicada, e quando recomeçou, Max Verstappen tentou marcar a diferença, primeiro com um tempo de 1.28,025, antes de Hamilton ter tirado quase meio segundo, fazendo 1.27,586. E de uma certa maneira, foi essa a hierarquia na fase final da sessão.

Atrás, entre os que ficaram de fora, estiveram os Ferrari, o Racing Point de Lance Stroll, o poleman da Turquia, o Williams de George Russell, e claro, Sainz Jr. Mercedes, Red Bull, Renault,Alpha Tauri, o Racing Point de Sergio Perez e o McLaren de Lando Norris foram adiante, para a fase final.

E a parte final da qualificação... foi um anti-climax. Primeiro, toos andavam com os macios da Pirelli, e depois de pilotos como Norris, Perez e Gasly começaram a aquecer, fazendo bons tempos, Lewis Hamilton entrou na pista e colocou toda a gente em respeito com 1.27,677. Max Verstappen não ficou longe, apenas 166 centésimos mais lento, e parecia que iria ameaçar. Mas na volta final, Hamilton tirou 413 centésimos do seu tempo, com Bottas a ficar em segundo, com 1.27,553, 289 centésimos mais lento que o britânico. 


E foi assim que Hamilton conseguiu a sua pole numero 98 da sua carreira.

O que será amanhã? Pode ser um longo bocejo. Mas não conseguimos adivinhar o futuro, apesar dessa probabilidade. Ao longo da história, poderemos sempre pensar no imprevisivel. É também por isso que muita gente vai ver estas corridas.