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quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Formula 1: Herbert especula que Williams conseguiu Newey


A contratação de Carlos Sainz Jr. por parte da Williams, através do seu diretor, James Vowles, está a ser considerado por muitos como uma jogada. Só não se sabe se uma de génio ou de louco. 

Contudo, Vowles, que está nestes últimos tempos a trabalhar para a reabilitação da Williams, depois da era do seu fundador, poderá estar a montar uma equipa de forma a colocar no topo, mais ou menos da mesma forma que a McLaren fez desde que Zak Brown chegou a Woking. Contudo, há quem ache que o grande objetivo da Williams poderá ser... não uma contratação, mas um regresso. Quem o afirma é Johnny Herbert, ex-piloto da Lotus e Benetton, entre outros, e comentarista de Formula 1.  

Carlos Sainz é um dos pilotos mais talentosos da grelha. Deveria ter sido contratado por uma equipa do top 3, mas é uma contratação brilhante para a Williams! É um momento emocionante para a Williams. James Vowles está a bordo e Alex Albon deu a volta ao período difícil que passou na Red Bull com algumas corridas fantásticas. James Vowles tem sido uma adição fantástica à equipa”, começou por referir Herbert. “Ele sabe o que a Williams precisa e sabia muito bem que eles precisavam de um piloto de topo. Eles têm um em Alex, mas Carlos vai ser uma adição muito forte para o futuro desta equipa”, continuou.

Isto é algo que me surpreendeu. Todas as discussões sobre Carlos Sainz, da Mercedes à Audi e à Alpine, muitas equipas têm falado do Carlos. Estas equipas precisavam do Carlos nas suas estruturas. Os pilotos têm de saber qual é o plano para o futuro da equipa e o homem de quem se tem falado muito é Adrian Newey. Será que o Carlos sabe que Adrian Newey vai entrar para a equipa? Isso seria um golpe brilhante para a Williams!


Para quem não sabe, Newey esteve na Williams entre o final de 1990 e 1996, vindo da March, e projetou, entre outros, o FW14, o FW15C, o FW18 e o FW19, carros que deram títulos de pilotos a Nigel Mansell, Alain Prost, Damon Hill, e Jacques Villeneuve. Para além disso, alcançaram títulos de Construtores por cinco ocasiões, em 1992, 93, 94 e 96.

segunda-feira, 29 de julho de 2024

Noticias: Carlos Sainz Jr será piloto da Williams


É oficial: A Williams anunciou esta tarde que Carlos Sainz Jr será seu piloto na temporada de 2025. O anuncio foi feito um dia depois do GP da Bélgica, e o contrato, aparentemente, terá a duração de duas temporadas. 

Na página oficial da equipa, o filho de Carlos Sainz mostrou o seu contentamento pela sua decisão. 

Estou muito feliz por anunciar que vou juntar-me à Williams Racing a partir de 2025. Não é segredo que o mercado de pilotos deste ano tem sido excecionalmente complexo por várias razões e [por causa disso] demorei algum tempo a anunciar a minha decisão.", começou por afirmar.

"No entanto, estou totalmente confiante de que a Williams é o lugar certo para continuar a minha jornada na Formula 1 e estou extremamente orgulhoso por me juntar a uma equipa tão histórica e bem-sucedida, onde muitos dos meus heróis de infância conduziram no passado e deixaram a sua marca no nosso desporto.", declarou.

"O objetivo final de trazer a Williams de volta ao lugar onde pertence, na frente da grelha, é um desafio que abraço com entusiasmo e positividade. Estou convencido de que esta equipa tem todos os ingredientes certos para voltar a fazer história e, a partir de 1 de janeiro, darei o meu melhor para levar a Williams em frente ao lado de cada membro da equipa.", continuou.

Quero agradecer ao James Vowles e a todo o conselho da Williams pela confiança e determinação. A sua sólida liderança e convicções desempenharam um papel importante na minha tomada de decisões. Acredito verdadeiramente que o núcleo de toda a equipa de sucesso está no seu pessoal e na sua cultura. Williams é sinónimo de herança e pura corrida, as bases do projeto que temos pela frente são muito fortes e estou realmente ansioso por fazer parte dele a partir do próximo ano.”, concluiu.

Do lado da Williams, James Vowles, o seu diretor desportivo falou da chegada de Sainz Jr desta maneira:

O Carlos juntar-se à Williams é uma forte declaração de intenções de ambas as partes. O Carlos tem demonstrado repetidamente que é um dos pilotos mais talentosos da grelha, com um pedigree de vitórias, e isso sublinha a trajetória ascendente em que nos encontramos, mas também um impulso feroz para extrair cada milissegundo da equipa e do carro, o ajuste é perfeito. "começou por afirmar.

O Alex e o Carlos serão uma das formações de pilotos mais formidáveis ​​da grelha e com uma enorme experiência para nos guiar nos novos regulamentos de 2026. A sua crença na missão desta organização demonstra a magnitude do trabalho que está a ser realizado por detrás das cenas. As pessoas não devem ter dúvidas sobre a nossa ambição e impulso à medida que continuamos a nossa jornada de regresso à competitividade – estamos aqui, somos sérios e com o apoio de Dorilton estamos a investir no que for necessário para regressar à frente da grelha.", continuou.

Também quero agradecer ao Logan por tudo o que fez pela equipa e saber que continuará a lutar muito por nós nas próximas corridas.”, concluiu.

Na Formula 1 desde 2015, com passagens por Toro Rosso, Renault, McLaren e Ferrari, o piloto espanhol conseguiu até agora três vitórias, cinco pole-positions, 23 pódios e quatro voltas mais rápidas, num total de 1144,5 pontos, tudo em 199 Grandes Prémios. A sua melhor classificação na geral foram dois quintos lugares, em 2021 e 2022. Nesta temporada, tem uma vitória e mais cinco pódios, num total de 162 pontos, colocando-o na quinta posição. 

quinta-feira, 13 de junho de 2024

Rumor do Dia: Carlos Sainz Jr. será piloto da Williams


O espanhol Carlos Sainz Jr será piloto da Williams nas próximas quatro temporadas. O anuncio será feito no fim de semana do GP de Espanha, e aparentemente, o contrato terá uma clausula onde o piloto poderá sair da equipa, caso o equipamento não seja competitivo. 

O facto de ele ter escolhido a equipa de Grove sobre a Sauber-Audi poderá ter a ver com a dificuldade da equipa fundada por Peter Sauber ter dificuldades de atrair engenheiros para a sua equipa, já que se situa em Hinwill, na Suíça, longe do "motorsport valley" do centro da Grã-Bretanha. Para além disso, o facto de trabalhar com James Volwes, também poderá ter ajudado no processo. Para além disso, a Williams renovou há algum tempo o acordo de fornecimento de motores à Mercedes, do qual se fala ter um avanço ligeiro em 2026, altura em que entram em vigor os novos regulamentos.

O piloto de 29 anos, que está na Ferrari, ficou sem lugar depois da confirmação de Lewis Hamilton na Scuderia para 2025, e essa movimentação poderá ter atraído Adrian Newey para a marca de Maranello. Na temporada de 2024, Sainz Jr é quarto classificado, com 108 pontos, resultantes de uma vitória em Melbourne e mais três terceiros lugares.

quarta-feira, 8 de maio de 2024

Noticias: Audi-Sauber quer Sainz Jr, mas há "outras prioridades"


A Sauber, que passará para a ser Audi em 2026, após anunciar a contratação de Nico Hülkenberg, confirmou esta semana o seu interesse em Carlos Sainz Jr, admitindo existirem planos de contingência, caso não haja acordo com o piloto espanhol. 

O atual representante da Sauber, Alessandro Alunni Bravi, expressou confiança na potencial contribuição do piloto espanhol de 29 anos, atualmente na Ferrari, e afirma que a experiência e a competência de Sainz fazem dele uma escolha atraente para a equipa, que neste momento, se prepara para a introdução dos novos regulamentos técnicos na temporada de 2026. Mas não descarta outros pilotos, caso não chegue a acordo. 

Toda a gente sabe que há um piloto de topo que está disponível no mercado, que é o Carlos Sainz”, disse Bravi ao site motorsport.com. “Penso que toda a gente gostaria de ter o Carlos. É um dos melhores pilotos, mostra ser extremamente maduro, um bom piloto para desenvolver o carro, para conduzir a equipa no desenvolvimento, mas, ao mesmo tempo, muito consistente, muito forte tanto na qualificação como na corrida. E penso que a Ferrari tem uma das melhores duplas de pilotos”, continuou. 

O responsável da Sauber, sublinha, porém, que nem tudo depende da equipa. “Também sabemos que o mercado de pilotos não depende apenas de nós. Depende de diferentes fatores. E há muitas equipas que discutem com os pilotos. Existem várias opções para a nossa equipa e avaliamos, mas agora que anunciámos o Nico não há pressa em fazer esta escolha. Ainda estamos no início”, concluiu.

sábado, 20 de abril de 2024

Youtube Formula 1 Video: A redenção de Carlos Sainz Jr

Quando a Ferrari anunciou no inicio do ano a contratação de Lewis Hamilton, para correr ao lado de Charles Leclerc, parecia que Carlos Sainz Jr estaria numa espécie de canto, do qual não iria sair dali tão cedo. E iria sair de Maranello pela porta pequena. 

Contudo, quatro corridas no campeonato - cinco neste final de semana - o piloto espanhol ganhou uma corrida, tem mais pontos que o seu companheiro de equipa - e falhou uma corrida por ter tido apendicite - e agora, toda a gente quer tê-lo na sua equipa em 2025. A Mercedes fala dele, a Red Bull também, e fala-se que quer ir para a Audi, com um contrato de três anos, ou quatro temporadas. 

E é por causa deste "hype" que o Josh Revell fala sobre o filho de Carlos Sainz no seu mais recente vídeo. 

sexta-feira, 8 de março de 2024

Noticias: Sainz Jr de fora, Bearman estreia-se na Ferrari


A Ferrari anunciou esta manhã que Carlos Sainz Jr foi substituído pelo britânico Oliver Bearman, devido a problemas de saúde do piloto espanhol. Ele sofreu uma apendicite aguda, foi operado e nesta corrida será substituído pelo piloto britânico de 18 anos.

Com isto, Bearman bate alguns recordes: será o terceiro piloto mais novo de sempre à partida de um Grande Prémio, será o mais novo de sempre a bordo de um Ferrari, batendo um recorde com 61 anos, e será o primeiro britânico ao volante de um carro da Scuderia num Grande Prémio desde Eddie Irvine, em 1999. Ou seja, bateu até... Lewis Hamilton

Por causa disso, o piloto britânico não participará na ronda saudita da Formula 2, que aconteceria neste final de semana. 

No comunicado oficial, a equipa de Maranello explicou o sucedido:

Carlos Sainz foi diagnosticado com apendicite e vai precisar de cirurgia. A partir do terceiro treino livre e no resto do fim de semana, ele será substituído pelo piloto reserva Oliver Bearman. Oliver, portanto, não participará mais na ronda da Fórmula 2”, informou a escuderia de Maranello em nota. “A família Ferrari deseja a Carlos uma rápida recuperação”, finalizou.


Nascido a 8 de maio de 2005, em Chelmsford, no Essex britânico, Bearman começou a sua jornada competitiva no karting em 2013, passando gradualmente por vários campeonatos. A sua transição para os monolugares ocorreu em 2020, competindo na Fórmula 4. Na sua temporada de estreia, o britânico conquistou vitórias nas séries regionais alemã e italiana, mostrando seu potencial e chamando a atenção da Ferrari, que no final de 2021, o incluiu na Ferrari Driver Academy.

Em 2022, progrediu para o Campeonato FIA de Fórmula 3, terminando em terceiro lugar na sua temporada de estreia, e na temporada seguinte, subiu para a Formula 2, ganho quatro corridas, sendo o sexto classificado no campeonato. No final da temporada, teve a chance de experimentar um carro de Formula 1 da Haas nos treinos livres das corridas do México e Abu Dhabi. Em 2024, passou a ser piloto de reserva, enquanto continua a correr na Formula 2, pela Prema.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Apresentações 2024 (6): O Ferrari SF-24


E no dia de Carnaval, a Ferrari revelou o seu SF-24. Indo um pouco diferente dos últimos anos, a Scuderia mostrou o vídeo do seu carro, além das fotos do chassis no seu site, e um "shakedown" com Carlos Sainz Jr. ao volante, na pista de Fiorano.

O chassis SF-24 mantém a tradição da Ferrari, cuja cor principal da pintura é o vermelho, mas este ano apresenta riscas brancas e amarelas na pintura, um pouco inspirado nos seus bólidos da Endurance, que no pano passado deram à marca a sua primeira vitória em Le Mans em quase 60 anos.

A Ferrari afirma que o SF-24 irá ter 95 por cento de novos componentes. Por isso, este chassis marca um novo reinício para a Scuderia, com o objetivo de ser competitiva e de aperfeiçoar processos internos, preparando-se ainda para a chegada de novos técnicos. 


No comunicado da equipa, Frederic Vasseur admitiu que “apresentar um novo carro ao mundo pela primeira vez é sempre um momento muito emocionante para mim e para os pilotos, mesmo que já estejamos todos a pensar no momento em que vamos enfrentar os nossos rivais em pista”. O chefe de equipa salientou que em 2024 a Ferrari tem “de começar onde parámos no final da época passada, quando fomos consistentemente os primeiros classificados, com o objetivo de melhorar constantemente em todas as áreas”.

O responsável sublinha que todos na equipa concordam que têm “de ser mais cínicos e eficazes na forma como gerimos as corridas, fazendo escolhas arrojadas, de modo a obter o melhor resultado possível em cada Grande Prémio”. Vasseur conta ainda, esperando “um campeonato muito disputado”, com “os nossos ‘tifosi’ de todo o mundo” para dar uma força extra aos seus pilotos.

Quanto aos pilotos, Charles Leclerc espera que o seu carro seja mais facil de guiar, e que gostou das mudanças na decoração. 

“[Este chassis] deverá ser menos sensível e mais fácil de conduzir e, para nós, pilotos, é disso que precisamos para nos sairmos bem”, começou por afirmar. O piloto monegasco espera “que o carro seja um passo em frente em várias áreas e, pela impressão que tive no simulador, penso que estamos onde queremos estar. O objetivo é estar sempre na frente e quero dar aos nossos fãs muitos motivos de alegria, dedicando-lhes vitórias nas corridas”.

Quando à mudança que abalou a pré-temporada neste inverno, da chegada de Lewis Hamilton a Maranelllo, em 2025, apesar de ter dito que ficara chocado com a decisão, ele afirmou que fora avisado antes. 

Esse tipo de acordo não é finalizado da noite para o dia, leva tempo e eu estava ciente das negociações antes de assinar meu contrato, então não foi uma surpresa. Tivemos conversas com Lewis, especialmente quando tudo foi anunciado e oficializado”, começou por contar.

Nós trocamos mensagens de texto. Ele é um grande campeão com muito sucesso. É sempre interessante ter um novo companheiro de equipa à medida que aprendemos diferentes formas de trabalhar e guiar – ainda mais quando o meu novo companheiro é sete vezes campeão do mundo”, finalizou Leclerc.

Já Carlos Sainz Jr, que agora está no seu último ano na Scuderia, afirmou que estava ansioso por experimentar o carro em pista. 

Quando vi o SF-24 pela primeira vez, mal podia esperar para guiá-lo. Estou ansioso para ir com ele para a pista e saber se o comportamento é o mesmo que vi no simulador. O objetivo é ter um carro melhor, capaz de manter um ritmo de corrida consistente, porque isso é o básico para lutar pela vitória”, disse o piloto espanhol.

Nós, os pilotos, fizemos o nosso melhor para dar um feedback preciso aos engenheiros e tenho certeza que todos que trabalham em Maranello ouviram nossos pedidos. Queremos dar aos fãs algo para comemorar, já que eles nos apoiaram muito no ano passado, mesmo quando as coisas não estavam indo a nosso favor”, finalizou Sainz.


Depois da apresentação, o carro irá para os testes coletivos de pre-temporada, no Bahrein, que acontecerá na semana que vêm, antes da primeira corrida do campeonato, a 2 de março.

domingo, 17 de setembro de 2023

Formula 1 2023 - Ronda 15, Singapura (Corrida)


Deixada a Europa para trás, a Formula 1 agora navega em paragens asiáticas, onde ficará por um bom tempo - mais de um mês, antes de passar pelas Américas - mas ali, em Singapura, ao pé do Equador, era a terceira corrida noturna do campeonato, depois do Bahrein e de Jeddah, na Arábia Saudita. 

A grande questão deste domingo era saber se a Red Bull iria hoje corrigir os erros cometidos na véspera, onde acabaram, pela primeira ocasião em quase seis anos, de fora da Q3, logo numa altura em que o carro é a máquina dominante deste pelotão e no qual todos aceitam a ideia de que eles ganharam todos os títulos. Contudo, com o que aconteceu ontem, começava-se a pensar se eles iriam ganhar todas as corridas. 

Pelos vistos, poderia não acontecer.   

Mas ainda antes da corrida, a noticia de que Lance Stroll não iria alinhar na corrida devido às consequências físicas do acidente de ontem, na qualificação. A Aston Matin falava que, apesar de ter saído do seu próprio pé, as suas reações tinha, ficado afetadas com o impacto na parede. E por causa disso, apenas 19 pilotos alinhariam na corrida.  


O Grande Prémio começou com Sainz a manter o primeiro lugar, enquanto Leclerc aproveitava o mau arranque de Hamilton, que deixou passar o piloto monegasco, para ficar com o segundo lugar. Russell era quarto e Oscar Piastri subia de 14º para 11. Fernando Alonso e Esteban Ocon (sexto e sétimo) ganharam um lugar cada à custa de Kevin Magnussen. Pior ficou Yuki Tsunoda, pois foi a primeira desistência da corrida, o japonês retirou o carro da pista e por isso, não se precisou a entrada do Safety Car.

Atrás, bastou duas voltas a Max para entrar nos pontos, enquanto alguns pilotos, como Lando Norris, queixavam-se que Hamilton deveria-o passar por causa do que aconteceu nos primeiros metros, e foi avisado disso. Assim, o piloto da McLaren foi para o terceiro posto, à custa de Hamilton. 

Com o pelotão junto, esperava-se pela altura em que os pilotos iriam para as boxes para aquilo que iria ser, aparentemente, a sua única paragem nas boxes. Isso acabou por acontecer na volta 20, quando aconteceu o Virtual Safety Car por causa de Logan Sargent, que teve a sua asa dianteira danificada. Os pilotos queriam colocar os duros, para ver se poderiam aguentar até ao final da corrida. Os Red Bull queriam aguentar o mais que podiam, e quando foram para os lugares de cima graças à sua tática, eles não aguantaram as investidas de gente domo Lewis Hamilton e George Russell, por exemplo. Não estava a ser uma grande corrida nesta final de semana para os energéticos.  

A partir do meio da corrida - volta 31 de 62 - o ritmo aumentou, mas os pilotos andavam perto uns aos outros, sem atacar, pelo menos na frente. Contudo, depois da Mercedes ter trocado de pneus para médios mais frescos, o seu ritmo era avassalador, chegando até a andar dois segundos mais rápido por volta. Atrás, os Red Bull também tinham trocado mais tarde e recuperavam posição, regressando aos pontos e a ganhar também dois segundos por volta.    


A parte final deu algo fantástico. Quatro pilotos a lutarem pela vitória! Sainz Jr aguentava as ofensivas, primeiro, de Lando Norris, e depois, da aproximação dos dois Mercedes, com George Russell a querer ficar mais acima da terceira posição, porque tinha o seu companheiro de equipa, Lewis Hamilton, atrás de si. Ainda por cima, o veterano ficava com a volta mais rápida, mostrando que estava ali com olhos na vitória. E os quatro estavam longe de Max, que estava a aproximar-se à traseira de Charles Leclerc.   

E a última volta reservava um golpe de teatro: com os quatro pilotos colados, Russell cometeu um erro e bateu na parede, seguindo em frente no final da curva, cedendo o terceiro lugar para Hamilton. Sainz Jr. respirava um pouco melhor, e ia a caminho da vitória, mesmo com Norris e Hamilton logo atrás, provando que sabia aguentar sob pressão.

E quem também aguentava sob pressão era Charles Leclerc, que perante a carga da Max Verstappen, conseguiu aguentar o quarto posto, não dando mais que 10 pontos ao piloto da Red Bull no campeonato, mas se calhar, não deu qualquer mossa da sua liderança. E mais abaixo, a acidente de Russell deu a chance de uma vida para Liam Lawson, que pontuou pela primeira vez na sua carreira, com os dois pontos do nono posto, conseguindo ficar na frente de Kevin Magnussen e Alexander Albon, o primeiro dos não pontuáveis.


E com isso, a Ferrari está presente no final de duas dos maiores domínios na história da Formula 1. 35 anos antes, em Monza, estavam no lugar certo, à hora certa, quando Ayrton Senna embateu no Williams de Jean-Louis Schlesser e a liderança caiu ao colo de Gerhard Berger, e agora, o mau fim de semana dos Red Bull deu a pole, liderança e no final, a vitória a Carlos Sainz Jr, e a primeira vitória da Ferrari - e de qualquer outro carro que não a Red Bull - na temporada de 2023. 

E assim chegou ao fim o GP de Singapura. Agora são mais sete dias até à Formula 1 chegar a Suzuka, na primeira corrida desde março onde voltamos a acordar de madrugada. 

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Rumor do dia: Carlos Sainz Jr. tem um pré-acordo com a Audi


Carlos Sainz Jr. poderá estar a caminho da Audi. Segundo conta Luís Vasconcelos, o piloto espanhol assinou um pré-contrato para ser seu piloto na temporada de 2025, graças aos contactos que o seu pai, Carlos Sainz Sr., tem na marca alemã graças à sua participação no Dakar.

Com Frederic Vasseur, diretor desportivo da Ferrari, a afirmar que as renovações dos seus pilotos, Sainz Jr e o monegasco Charles Leclerc, não são prioridade neste momento - ambos os contratos terminam no final de 2024 - o piloto espanhol decidiu o seu futuro na marca alemã, que recorde-se, irá ser o dono da Sauber a partir de 2026. 

Falando em exclusivo para o jornalista português, afirmou: “Prefiro começar a próxima temporada já sabendo onde vou correr no ano seguinte. Isso evita distrações e perda de foco. Meu objetivo é começar o campeonato do ano que vem de contrato já assinado, sem nenhuma preocupação”.

Como é sabido, a Alfa Romeo sairá da Sauber no final do ano - irá patrocinar a Haas F1 a partir de 2024 - e o nome voltará em 2024 e 2025, antes da marca de Inglostasdt tomar conta das operações e desenvolver o seu motor para tentar chegar ao topo do campeonato. Numa altura em que, também, estreará um novo regulamento técnico. 

Neste momento, Sainz Jr é sétimo no campeonato, com 92 pontos. 

domingo, 5 de março de 2023

Formula 1 2023 - Ronda 1, Bahrein (Corrida)


E pronto: sempre que o inverno acaba, com os dias maiores debaixo do sol, é sinal que os carros estão na pista e teremos uma nova temporada na Formula 1. Mas pelos vistos - pelo menos depois de termos assistido aos testes de pré-temporada e à qualificação - parece que esta nova temporada poderá ser a de domínio de uma equipa. Isto... se ouvirmos os mais pessimistas. Porque parece que a Red Bull tem o melhor chassis, o mais fluído e o que tem o melhor ritmo de corrida.

Quer dizer que já sabemos quando é que Max Verstappen será campeão? Não! É porque o pelotão anda mais perto uns dos outros e a batalha pelo meio do pelotão, por exemplo, será bem mais aguerrida que no ano anterior. A Mercedes e a Ferrari, que querem tentar apanhar os touros vermelhos, irão se calhar mais a olhar para os carros da Aston Martin, por exemplo, para ver se não ficam com um lugar no pódio. Ainda por cima, este ano tem um piloto experimentado, Fernando Alonso, que mesmo com 41 anos, não perdeu qualquer um das suas qualidades. 

E claro, a abertura é no sítio do costume. De uma certa forma é o sinal dos tempos, mas tem o seu quê de irónico que, naquelas bandas, para esperarmos pela corrida, temos de esperar pelo pôr do sol!

Mas tirando isso, é saber até que ponto toda esta aproximação irá mudar a hierarquia atual. Provavelmente não, e a qualificação de ontem mostrou um pouco isso. Max partia da pole, com a Red Bull a monopolizar a primeira fila da grelha,  a Ferrari a segunda, parece que tenha ficado tudo na mesma em relação a 2022.


Na partida, Max defendeu-se dos Ferraris, com Leclerc a tentar chegar à frente, apenas passando Pérez, com Sainz Jr a ser quarto, aguentando os Mercedes, com Hamilton na frente de Russell. Alonso era sétimo, mas pressionava os Mercedes, esperando por um erro ou por ter maior velocidade em relação a eles. De resto, tudo calmo, sem toques ou outro tipo e incidentes.

Nas voltas seguintes, Max afastou-se do pelotão, ao ponto de ele ganhar quase um segundo por volta em relação ao resto do pelotão.  As primeiras paragens aconteceram na volta 10, com Gasly a parar no seu Alpine, regressando na última posição. Três voltas depois, foi Hamilton que passou nas boxes, trocando por duros, ao mesmo tempo que Alonso pressionava Russell para o passar. E conseguiu, ficando na quinta posição. Duas voltas depois, o espanhol foi às boxes, trocando para duros, seguido por Russell. Ambos regressaram no oitavo e nono posto, respetivamente. Ao mesmo tempo, também Max parava, mantendo os moles. 

Ao mesmo tempo, Oscar Piastri parava o seu carro nas boxes... e de forma definitiva. Era a primeira retirada da corrida e da temporada.  

Na volta 18, só Pérez não tinha trocado para duros, mas era terceiro. E Russell, sétimo no seu Mercedes, era ameaçado por... Bottas. No seu Alfa Romeo-Sauber.

Depois, Max foi-se embora, e na volta 25, já tinha 12 segundos de vantagem sobre Leclerc, que com duros, tentava manter-se o mais possível, porque era ameaçado por Pérez. E o mexicano, que fazia voltas mais rápidas de forma consecutiva, apanhava o piloto da Ferrari e conseguiu passá-lo para ser segundo.

A segunda janela de paragens nas boxes começou na volta 30, com Bottas primeiro, seguido de Hamilton e Stroll, na volta seguinte, Sainz Jr e Russell na volta 32. Este último foi atacado pot Stroll logo na saída das boxes e o ultrapassou. Já agora, todos eles andavam com pneus duros. Pérez parava na volta 35, trocando para duros, seguido por Alonso, que regressava à pista na quinta posição, mas com Hamilton não muito longe dele.

Max lá parou na volta 37, mas estava tranquilo: 11 segundos sobre Checo, quando voltou à pista. Atrás, Alonso estava colado na traseira de Hamilton, reavivando duelos de há década e meia. Os veteranos sabem dar espectáculo, é verdade...

E na volta 40, inesperadamente... Leclerc desiste! O motor entrega a sua alma ao Criador e o monegasco regressava às boxes de lambreta. Virtual Safety Car acionado por momentos, e no regresso, Alonso tentou afastar-se de Hamilton para apanhar o Ferrari sobrevivente. E conseguiu na volta 45, conseguindo o terceiro posto. O piloto da Ferrari não teve tempo para respirar, porque Hamilton estava bem perto dele.

Na frente, tudo calmo: Max controlava a distância para Checo: 10 segundos entre ambos. 

E foi assim até à meta: os Red Bull dominaram, conseguindo a vitória a Max e o segundo posto ao Checo, sem que ninguém os incomodasse - temendo uma tremendo aborrecimento para o resto da temporada - mas mostrando que tem o melhor ritmo de corrida do pelotão, seguindo por Ferrari, mas com os Aston Martin bem perto. Fernando Alonso, que conseguia o terceiro lugar, o primeiro com a marca e o primeiro em ano e meio, enquanto Lance Stroll era sexto, passando George Russell e pelo menos mostrando que tinham melhor ritmo que os Flechas de Prata.


Agora, são duas semanas até à Arábia Saudita, do outro lado da península arábica.        

domingo, 4 de setembro de 2022

A imagem do dia


Max Verstappen conseguiu nesta tarde a sua décima vitória no campeonato, quarta seguida. Tem 109 pontos de avanço sobre Charles Leclerc. E pelos meus cálculos, ele será campeão do mundo a 9 de outubro, no GP do Japão, quatro corridas antes de acabar este campeonato. 

E claro, mal cruzou a meta, o público, esmagadoramente maioritário para ele, comemorou largando "very-lights" de cor laranja, envolvendo o circuito nesse fumo. 

Ao contrário do que aconteceu em 2021, onde tivemos um duelo e boa parte dos fãs não aceitou o resultado, este ano é diferente: o carro é mesmo o melhor, o piloto está mais maduro, e eles conseguiram recuperar dos problemas das três primeiras corridas do ano, onde Max teve duas desistências e apenas 25 pontos, contra os 70 de Charles Leclerc e muitos pensavam que iria ser o princípio de algo imparável por parte de Maranello.  O carro melhorou, os Ferrari erraram, e agora, as cartas são completamente diferentes.

Em Zandvoort, Max dominou no fim de semana. Pole, volta mais rápida e o lugar mis alto do pódio. Para os que foram assistir à corrida nas bancadas, não queriam saber se foi aborrecida ou não. O que queriam era saber se iria ganhar ou não. Com aquele triunfo, continuaram a fazer a festa. A par do Red Bull Ring e de Spa-Francochamps, aquele era mais um local para o circo laranja de fãs que ele arrasta. O filho de "Jos, the Boss", há muito se transformou em "Super Max". 

E contrariamente a 2021, parece que triunfará em 2022 com muita autoridade, com ou sem ajuda do carro. Com 25 anos, está muito mais maduro e já sabe que será uma questão de tempo até à consagração. Agora, resta saber se estamos na entrada de mais uma era de domínio na Formula 1.

quinta-feira, 23 de junho de 2022

Youtube Formula 1 Video: Razões para ainda acreditar em Carlos Sainz Jr.

Se ontem o Nico Rosberg dizia que Carlos Sainz Jr tinha de se esforçar muito para poder chegar aos calcanhares de gente como Charles Leclerc e Max Verstappen, hoje dou de caras com um vídeo do Josh Revell precisamente acerca de... Carlos Sainz Jr em que afirma ser muito cedo para desistirmos do piloto da Ferrari. 

Aqui neste vídeo, o nosso amigo neozelandês dá razões para defender a sua dama, neste caso, o piloto espanhol, dizendo que deveríamos dar tempo a ele para se mostrar, antes de chegarmos a conclusões precipitadas. 

quarta-feira, 22 de junho de 2022

Noticias: Rosberg não acredita em Sainz Jr.


Apesar do piloto espanhol ter batalhado pela vitória no Canadá com Max Verstappen, Nico Rosberg, o campeão de 2016, afirmou que Carlos Sainz Jr ainda não tem a capacidade para superar sobredotados como Max Verstappen, que segundo ele, está muito confiante com o carro que têm e é o claro favorito para renovar o título.   

Falando no programa Any Driven Monday da Sky Sports, Rosberg afirmou que o piloto espanhol precisa de fazer bastantes progressos para estar em condições de igualdade com Leclerc. 

Sainz tem nele o sonho de ser um bom e decente piloto dentro da Ferrari, mas de momento não tem nele o que precisa para ser um Campeão do Mundo. Porque no desempenho, [Charles] Leclerc tem sido superior a ele em todas as corridas deste ano”, começou por dizer. "Isso é uma grande surpresa depois do ano passado, mas é claro que o carro é completamente diferente, por isso talvez leve mais tempo para lá chegar", continuou.

“[Max] tem feito corridas super impressionantes. Ele está tão confiante e conduz a um nível tão impressionante. Conduziu na perfeição em circunstâncias difíceis na qualificação e a pressão de Sainz na corrida não deve ser subestimada. Dentro do carro é uma sensação horrível. Se cometer o menor dos erros, ele está acabado, mas o Max não meteu uma roda fora do sítio”, concluiu.

Com cinco pódios nesta temporada, mas sem vitórias, o filho do bi-campeão do mundo de ralis, Carlos Sainz, é atualmente quinto classificado, com 102 pontos. 

domingo, 19 de junho de 2022

Formula 1 2022 - Ronda 9, Montreal (Corrida)


Para muita gente, este regresso a Montreal é, de uma certa forma, um sinal de que alcançamos a normalidade. Como a última vez que vieram aqui foi em 2019, e nos dois anos seguintes o mundo ficou de cabeça para baixo, vê-los de volta é ótimo para toda a gente: os pilotos, os espectadores e a Formula 1, até. Numa corrida onde toda a gente saber que nunca será aborrecida - eu tenho a teoria que quando a Formula 1 chega aqui, o espírito do Gilles Villeneuve aparece por ali e faz de tudo para estragar os planos dos favoritos - e com os eventos da véspera, com uma qualificação invulgar da pole para baixo - as pessoas esquecem que Max Verstappen é muito bom à chuva - e ainda por cima, com os problemas de Charles Leclerc, que parte da última fila, parece que a vida estava mais que bem resolvida para o neerlandês da Red Bull.

Isto, se ele partisse melhor que Fernando Alonso. O quarentão da Alpine deu um ar da sua graça quando conseguiu o segundo melhor tempo, colocando o seu carro num lugar mais alto que o normal e conseguindo a sua melhor posição em quase uma década. E claro, prometia que iria colocá-lo mais adiante possível para não só dar um ar da sua graça, como também incomodar Verstappen na sua cruzada para o segundo título mundial. 

Ainda por cima, hoje... não iria chover. Mas havia vento, e isso também afeta o desempenho dos pilotos.


Na partida, Verstappen foi perfeito, saindo bem na frente de Alonso, que começou a aguentar Sainz, Hamilton e o pelotão. O neerlandês começou a ganhar um avanço de um segundo por volta, ainda antes da terceira volta, altura em que o DRS começou a ser ativado. Atrás, gente como Kevin Magnusson tinha problemas no seu carro, no caso dele, a sua asa dianteira estava danificada. 

Sainz consegui passar Alonso na volta 3, sedo segundo, mas já havia uma diferença de 2,6 segundos para Max, que seria complicado para ele o apanhar. E para piorar as coisas, o espanhol começou a se queixar de desgaste dos pneus logo na volta seis, numa altura em que Magnussen era passado por Russel para ser quinto. Atrás, bem atrás, Charles Leclerc tinha ganho três lugares, e já era 16º.


Mas na volta oito, a primeira retirada de destaque. E foi Checo Perez, com o seu motor a ir pelos ares! E por causa disso, a organização colocou um Virtual Safety Car. Quase de imediato, a Red Bull decide chamar o carro de Verstappen para colocar duros, um pouco cedo para quem quiser fazer uma paragem. Ou seja: vai para duas. Quer ele, quer mais outros pilotos, como Lewis Hamilton, Kevin Magnussen e Yuki Tsunoda, menos Carlos Sainz Jr e Fernando Alonso, que ficam com os dois primeiros postos. Verstappen era terceiro.

Sainz destacava-se, aproveitado a falta de andamento de Alonso, que no final da volta 13, tinha uma diferença de 4,5 segundos e segurando o resto do pelotão, especialmente Verstappen. O neerlandês conseguiu passar o espanhol na volta 15, mas já havia um avanço na casa dos cinco segundos a favor do espanhol da Ferrari. Contudo, Sainz Jr tinha médios e tentava manter-se o mais possível, esperando possivelmente por mais um problema vindo de outros.  


Na volta 19, Mick Schumacher bateu no muro e novamente o VSD entrou em ação. Boa parte do pelotão aproveitou para trocar de pneus, incluindo Sainz Jr, que cedia o comando para Verstappen... excepto Fernando Alonso, que decidiu ficar na pista por mais tempo, tentando aguentar com estes pneus o mais possivel, numa estratégia "fora da caixa", espera-se. E no meio disto tudo, Leclerc já estava nos pontos: na volta 22, tinha passado Valtteri Bottas e era sétimo. Pouco depois, os espanhóis trocavam de posições: Sainz Jr em segundo, Alonso, terceiro. 

Na frente, Verstappen tinha um grande ritmo para Sainz, enquanto Alonso perdia tempo, primeiro para Hamilton, que o passou na volta 24, antes de ele parar na volta 29, saindo com duros e tentando ficar na frente de Ocon, mas não conseguiu. Era sétimo, atrás de Leclerc... que não tinha parado, apesar de andar com duros.

Na volta 34, Verstappen começou a falar na rádio que ele começava e perder aderência com os duros, pagando o preço de ter ido as boxes cedo demais, provavelmente. Mas depois manteve o ritmo e deixou Sainz à distância. Na volta 42, Leclerc foi por fim às boxes, mas a paragem foi desastrosa e ele saiu em 12º.


Verstappen foi às boxes na volta 44, para voltar a montar duros e saiu atrás de Hamilton, o que incomodou um pouco o seu ritmo, antes de o passar. Agora tinha 10,8 segundos atrás de Sainz, tentando apanhá-lo, enquanto Hamilton ia às boxes, caindo para quarto. Na volta seguinte, Russell parava para colocar novamente duros até ao final da prova. 

O neerlandês tentava apanhar o espanhol, e a diferença diminuía para 7,8 segundos até que na volta 49, Yuki Tsunoda bateu na saída das boxes e novo Safety Car, mas real. Sainz Jr aproveitou para parar nas boxes, deixando Verstappen na liderança. Mas ambos estavam com menos de um segundo de diferença... e o piloto da Ferrari tinha pneus mais novos. O potencial para um interessante final estava presente. 


A corrida recomeça na volta 55, com Sainz ao ataque, mas o piloto da Red Bull defendia-se dos ataques do piloto espanhol, enquanto o outro Ferrari, o de Leclerc, passava Fernando Alonso, para ser sexto. Depois, o monegasco passou Ocon para ser quinto, enquanto Sainz Jr continuava a atacar Verstappen para a liderança, mas o piloto da Red Bull continuava a resistir.

Apesar destes ataques e defesas, Max não escorregou e fez tudo certo. Até à bandeira de xadrez, ele manteve a liderança e foi assim que cruzou a meta em primeiro lugar, pela terceira vez consecutiva, enquanto Lewis Hamilton subiu ao lugar mais baixo do pódio pela segunda vez na temporada, na frente de George Russell e Charles Leclerc, que cumpriu o objetivo de pontuar na corrida, mas viu escapar Verstappen em mais alguns pontos. Mas com a desistência de Perez, aproximou-se do segundo posto.

Agora, são duas semanas, onde atravessarão o Atlântico e correrão em Silverstone.      

domingo, 12 de junho de 2022

Formula 1 2022 - Ronda 8, Baku (Corrida)


A Formula 1 está sempre a correr de um lado a outro, sem se fixar em lado algum, quais ciganos errantes pelo mundo inteiro, tanto que, ainda nem temos junho a meio e já passamos o primeiro terço do campeonato. À partida, é algo surpreendente termos a Formula 1 no Azerbeijão, porque embora não esteja longe de um palco de guerra, ela acontece. Mas depois, quando pensamos em Jeddah e no míssil que atingiu a refinaria a pouco mais de 15 quilómetros do circuito onde eles corriam, pode-se dizer que os critérios deles são bem largos. A Dorna, por exemplo, decidiu cancelar o GP da Finlândia de MotoGP, apesar de não haver, ameaças explicitas ao país, e rejeitou terminantemente uma proposta vinda do Cazaquistão para ser o seu substituto no calendário. Critérios...

Ao contrário de ontem, onde a qualificação começou mesmo no final da tarde, aqui, no dia da corrida, ele aconteceu por volta do nosso meio-dia. E com Red Bull e Ferrari a dividirem as duas primeira linhas, todos queriam saber quem levaria a melhor na primeira curva, e depois, no resto. 


Na partida, Sergio Perez largou melhor que Charles Leclerc, e ficou com o primeiro posto na primeira curva, enquanto atrás, Max Verstappen fazia a mesma coisa em relação a Carlos Sainz Jr. Já logo nos primeiros metros, a Red Bull triunfava e mostrava à Ferrari que a velocidade de ponta não chega. Pouco depois, Sainz Jr perdia o quinto posto a favor de George Russell, numa altura em que o DRS já estava ativado e Verstappen ia atrás de Leclerc para ter o segundo posto.

Já Nicholas Latifi foi penalizado com um "Stop & Go" de dez segundos porque um dos mecânicos tocou no seu carro depois do tempo permitido, entrando em infração. 

Na nona volta, o primeiro golpe de teatro para Maranello, quando Sainz Jr parou na escapatória da curva 4, e isso motivou um Virtual Safety Car. Charles Leclerc aproveitou para entrar nas boxes e colocar pneus duros, tal como fez George Russell, Pierre Gasly, Sebastian Vettel, Lewis Hamilton e Yuki Tsunoda. Os Red Bull, com pneus médios, ficaram na pista. Pérez liderava ainda, seguido de Verstappen.

Quando a corrida retomou, o mexicano continuou na frente, mas o neerlandês pressionou-o e no final da volta 15, conseguiu ficar com o primeiro posto. Lá ficou na liderança até à volta 19, quando foi às boxes e colocar duros - duas voltas depois de Sergio Perez ter feito o mesmo - para ver se ficava o mais tempo possível na pista. 


Parecia que iria ser um duelo à distância, entre pilotos com pneus duros, mas na volta seguinte, o motor de Leclerc explode e esse duelo, que prometia, acabava de modo prematuro, a favor de Max. Russell era promovido a terceiro enquanto atrás, Lando Norris parava nessa altura nas boxes, com Ricciardo a assumir o quarto lugar. Mas Gasly estava a pressioná-lo e o francês levou a melhor, ficando com esse lugar pouco depois.

A meio da prova, Verstappen liderava como queria. Era dos mais rápidos em pista e tinha quase dez segundos de vantagem para Sergio Pérez, Russell estava atrás, a 18 segundos, seguido por Gasly, a 21. Mas ainda faltava meia corrida, e poderia haver mais surpresas...

Na volta 33, Kevin Magnussen ficava parado na pista, o que fazia com que o Virtual Safety Car fosse acionado pela segunda vez na corrida. E isso foi aproveitado para que boa parte do pelotão fosse de novo às boxes para trocar de pneus, a começar pelos Red Bull, seguido pelos Ferrari. Alpha Tauri e o Aston Martin de Sebastian Vettel ficaram na pista. 

Pouco depois do VSC acabar, Yuki Tsunoda teve problemas na sua asa traseira, mas foi resolvida com... fita-cola (!) e ele regressou à pista para acabar. Fora dos pontos, é verdade, mas acabou. Quem atacava era Lewis Hamilton, que queria o quarto posto de Pierre Gasly para assim poder compensar a má qualificação e a corrida cinzenta que estava a ter até ali. Ele atacou, e no final da volta 44 - até calhou! - conseguiu o lugar que era do piloto da Alpha Tauri. 

Na parte final, com a Red Bull a ordenar a Max para que não usasse o DRS, para não ter problemas com a asa - e também, porque a distancia com Perez estava controlada - ele foi calmamente para o triunfo, a quinta do ano, com uma distância respeitável sobre Sergio Perez, e George Russell a conseguir o seu terceiro pódio da temporada, e a consolidar o seu quarto lugar na geral.   

Também no final, Lewis Hamilton foi o quarto, numa parte final de recuperação, mas também ficou a imagem do piloto da Mercedes a sair do carro em dificuldades por causa das costas doridas, cortesia do violento "porpoising" que o seu carro causou nas ruas de Baku - Riccardo também se queixou disso no final. Toto Wolff disse que teme pelo seu piloto em Montreal, mas eu estou convencido que ele recuperará a tempo. 


Mas quem deveria temer o futuro era a Ferrari. Afinal de contas, ver a Red Bull 80 pontos na sua frente no campeonato de Construtores, apesar de já ter passado um terço do campeonato, dá que pensar. Quando é que transformarão em resultados os feitos em qualificação? E Canadá é já a seguir...

domingo, 24 de abril de 2022

Formula 1 2022 - Ronda 4, Imola (Corrida)


Por fim, a Formula 1 chegou à Europa, com os Ferrari mais dominadores que nunca. Duas vitórias em três possíveis para Charles Leclerc, os Red Bull a serem irregulares, tudo isto parecia ser um cartaz, não diria histórico, mas quase perfeito. Pelo menos, os "tiffosi", que tinham acorrido a Imola, em números históricos, estavam convencidos que era isso que iria acontecer, apesar de na véspera, os Red Bull triunfaram, passando Charles Leclerc na penúltima volta. Mas pensavam que isso tinha sido por ser uma corrida "sprint", e hoje, a irregularidade dos carros energéticos viria uma vez mais ao de cima, em seu beneficio. 

Mas havia mais um fator: a chuva. Era verdade que já tinha parado na hora da corrida, mas o asfalto continuava molhado, o suficiente para que os pilotos irem para a pista de intermédios, para poderem encarar a corrida, esperando que a pista secasse até ao final da proba e beneficiar alguma coisa disto. Mas em casa da Ferrari, e depois da Red Bull ter mostrado ao que ia, poderia ser que, se os energéticos tiverem resolvido os seus problemas, poderiam dar mais luta para a Ferrari.

Contudo, o que os tiffosi queriam era ver os seus na frente, a dominar. Fizesse chuva ou sol, porque estão convencidos que este será "o ano". 


A partida começou com os Red Bull a saírem muito bem, ficando com os dois primeiros lugares, deixando os Ferrari para trás. E pior, foram passados pelo McLaren de Lando Norris. Daniel Ricciardo queria fazer a mesma coisa, mas na Tamburello, ele tocou em Carlos Sainz Jr. e ambos foram para a gravilha. O madrileno abandonou, e o australiano continuou, com dificuldade, porque tinha caído para o fundo do pelotão. Magnussen, com isso era quinto, e os Mercedes tentavam também aproveitar a situação. Mas era George Russell, que tinha uma grande partida, subindo de 11º para sexto, porque Lewis Hamilton estava no meio do pelotão, cinzento como o carro e lutando para fazer o seu carro mais competitivo que era naquela tarde. 

Mas o Safety Car tinha entrado para que tirassem o Ferrari da gravilha e apenas na volta quatro que esta retomou. Nas voltas seguintes, a pista secava e os Red Bull começavam a afastar-se do pelotão, com Norris e Leclerc os únicos a segui-los. Quando terminava a corrida mais cedo era Fernando Alonso, vitima de um toque com Mick Schumacher. Com os energéticos a irem embora, Norris tentava aguentar Leclerc para o terceiro posto, mas na oitava volta, o monegasco ficou com o terceiro posto.

Tudo isto na altura em que a pista secava e o pessoal que tinha os intermédios começava a ter dificuldades. Pelo menos, a partir da volta 15, quando Daniel Ricciardo foi o primeiro a meter médios para ver se tentava aproveitar da situação. A reação foi imediata e praticamente todos os carros entraram para trocar de pneus.

A partir daqui, as coisas se acalmaram. A pista secava, Leclerc tentaba não deixar escapar os Red Bull e havia duelos no meio do pelotão. 

E na 40ª volta, algo simbólico: Lewis Hamilton recebeu bandeiras azuis para deixar passar o líder Verstappen, uma situação que deve ter afetado o sete vezes campeão do mundo. Para terem uma ideia, a última corrida onde o britânico andou muito mal em termos de classificação foi o GP da Grã-Bretanha... de 2009, nos seus tempos da McLaren. 


A 15 giros do final, mudança de estratégia: Leclerc caminha para as boxes no sentido de trocar de pneus, macios e provavelmente para a volta mais rápida. No regresso, era P4, atrás de Norris, mas ele esperava que o apanhasse rapidamente. A Red Bull reagiu fazendo a mesma coisa, com Verstappen a colocar macios. E quase ao mesmo tempo... Leclerc despistava-se na Variante Alta e os tiffosi passavam por um calafrio. Caía para quase fora dos pontos, e o monegasco lá tinha de fazer uma corrida de recuperação para minorar os prejuízos. E a Red Bull? A ter um fim de semana perfeito. 

O monegasco lá foi minorar os prejuízos, passando carros atrás de carros. No inicio da última volta, ele já era sétimo, a ia atrás de Yuki Tsunoda, para tentar conseguir o sexto posto. Mas de uma certa forma, qualquer resultado que alcançasse, era sinal de fracasso, porque poderia ter conseguido muito mais. E para piorar as coisas, caíam umas pingas de chuva na pista... daria para incomodar? 


Não deu para prejudicar ninguém, foi o que aconteceu, quando mostraram a bandeira de xadrez. Na corrida que a Red Bull queria que fosse perfeita, o neerlandês conseguiu o primeiro lugar, na frente de Sergio Pérez. Lando Norris subia ai lugar mais baixo do pódio, dando o primeiro resultado relevante para a McLaren, na frente de Russell, que tinha aguentado nas voltas finais o Alfa Romeo de Valtteri Bottas. 

E na parte final, os Aston Martin também tinham uma boa tarde, porque ambos os carros pontuavam: Vettel era oitavo, Stroll, décimo, com Kevin Magnussen a conseguir mais dois pontos para a Haas, entalado entre os carros verdes. Agora, a Formula 1 ia atravessar o Atlântico, para a primeira corrida de sempre em Miami.

quinta-feira, 21 de abril de 2022

Noticias: Sainz Jr. renova por mais duas temporadas


A Ferrari anunciou nesta quinta-feira que renovou com Carlos Sainz Jr. por mais duas temporadas, até ao final de 2024. O piloto de 27 anos, na Ferrari desde 2021, correrá ao lado do monegasco Charles Leclerc numa temporada onde os carros de Marnello parecem ser dos favoritos à vitória final. 

Quanto à renovação do seu contrato, de uma certa maneira é uma recompensa para quem se adaptou rapidamente à sua vida em Maranello e às exigências de ser piloto da Ferrari, tendo ainda uma excelente relação com Leclerc. Consegue ser um piloto fiável, embora na hierarquia é mais um segundo piloto. Contudo, é consistente e capaz de apresentar resultados, especialmente quando o seu colega de equipa tem algum problema.

Estou muito feliz por ter renovado o meu contrato com a Scuderia Ferrari. Sempre disse que não há melhor equipa de Fórmula 1 para correr e, após mais de um ano com eles, posso confirmar que vestir este fato de competição e representar esta equipa é único e incomparável. A minha primeira temporada em Maranello foi sólida e construtiva, com todo o grupo a progredir em conjunto. O resultado de todo esse trabalho tem sido claro de ver, até agora.", começou por dizer o espanhol, filho do bicampeão de ralis, Carlos Sainz.

"Sinto-me reforçado por esta renovada demonstração de confiança em mim e agora mal posso esperar para entrar no carro, para dar o meu melhor pela Ferrari e para dar aos seus fãs muito para aplaudir. O F1-75 está a provar ser um dos melhores carros, o que me permite perseguir os meus objetivos na pista, começando com a minha primeira vitória na Fórmula 1”, concluiu.

Mattia Binotto, diretor de equipa, está certo que a Ferrari tomou a decisão mais lógica: “Já disse várias vezes que acredito que temos a melhor dupla de pilotos na Fórmula 1 e por isso, parece-me um passo completamente natural prolongar o contrato do Carlos, garantindo assim estabilidade e continuidade. No seu tempo até agora com a equipa, ele provou ter o talento que esperávamos dele, apresentando resultados impressionantes e aproveitando ao máximo todas as oportunidades.", começou por dizer. 

"Fora do carro, ele é um trabalhador árduo com olho para os mais pequenos detalhes, o que ajudou todo o grupo a melhorar e a progredir. Juntos, podemos visar objetivos ambiciosos e estou certo que, juntamente com Charles (Leclerc), ele pode desempenhar um papel significativo no fomento da lenda da Ferrari e pode escrever novos capítulos na história da nossa equipa”, concluiu.

A Formula 1 regressa à ação neste final de semana em Imola.

terça-feira, 19 de abril de 2022

Noticias: Ferrari afirma ser cedo para hierarquias


Com a Ferrari a ter um bom inicio de temporada, e com Charles Leclerc a triunfar no Bahrein e na Austrália, há quem pense que já é altura de colocar prioridades e dar ao monegasco o "tapete vermelho" rumo ao título. Porém, nas vésperas da corrida de Imola, Mattia Binotto acha que é muito cedo para estas coisas, especialmente numa temporada bem longa como esta. 

Só foram três corridas. Ainda há 20 corridas, espero que 19 ou 20 corridas. Então o campeonato é bem longo. Nossos pilotos estão liberados para brigar, e estou ansioso e gostando que eles estão lutando por boas posições e por vitórias, se possível”, afirmou Mattia Binotto, chefe da Ferrari, após o GP da Austrália.

Já Charles Leclerc, o líder do campeonato, não está preocupado com essas coisas, apesar de gostar do carro e estar confortável com ele na pista. E abisou que Imola será um palco muito diferente, onde, para começar, estará cheio de fãs da Scuderia.  

É um carro muito bom, com certeza. Acho que até agora ele casou muito bem com meu estilo de pilotagem. Eu entendi o carro bem no começo da temporada e acho que isso está me ajudando agora. Isso tem sido uma boa surpresa. Mas é óbvio, precisamos continuar trabalhando. Por enquanto, está indo muito bem”, afirmou.

Muitas coisas vão ser meio malucas em Ímola. Obviamente teremos a corrida sprint. Se é a pista certa para isso, não sei, acho que vamos ter a resposta depois do final de semana. Tenho certeza que estamos todos muito empolgados, mas temos que nos certificar de não exagerar como equipa, porque vão haver muitas expectativas, como sempre. Precisamos nos manter calmos” , concluiu.

domingo, 20 de março de 2022

Formula 1 2022 - Ronda 1, Bahrein (Corrida)


Ficaram surpresos com a primeira qualificação o ano? Eu, nem tanto. Sejamos honestos, ver caras novas nas primeiras filas a grelha é algo bem-vindo, uma corria não significa toda uma primavera. Isso é a soma de diversos fatores, e muitos ainda são teorias. Por exemplo: ver Lewis Hamilton em sexto significa que está automaticamente afastado do título? E que chances temos que isto não seja outro 2012, onde as sete primeiras corridas nos deram sete vencedores diferentes? É que quando se mudam regras, verifica-se um "baralhar e voltar a dar", uma transição para outra nova era de domínio. 

Ou seja, uma série de voltas à pista, de modo lançado, é diferente de uma corrida com o máximo de duas horas, e não sabemos a fiabilidade desta gente toda. Temos umas ideias, mas falta a proa, ou o "smoking gun" que convença os céticos de que a temporada anterior não só representa o passado não só em termos de tempo cronológico, mas uma era passada. 

E é isso que precisa de saber à medida que as horas se aproximavam para a primeira corrida do ano, nas areias do Bahrein, uma das petro-monarquias do Golfo que decidiram fazer da Formula 1 o seu cartão de visita. 


Com o sol a se por neste dia de equinócio, os carros lá se alinharam e deram inicio à nova temporada. Os Ferrari mantiveram-se na frente, mas Max deu-se bem, passando Carlos Sainz Jr. e ficar com o segundo posto, indo atrás de Leclerc. Nas voltas seguintes, o monegasco começou a afastar-se do neerlandês, começando a mostrar que aquele carro era realmente aquele a abater para aquela corrida. Atrás de ambos, estavam os Mercedes, com Hamilton na frente de Russell, e sem poderem apanhar as duas equipas da frente. 

Hamilton foi o primeiro a parar, na volta 12, enquanto se ouviam queixas de que os pneus moles pediam tração a cada volta que passava. Trocaba para duros, e regressava em 11º... mas com dificuldades em aquecer os pneus, tanto que foi passado pelo Alfa Romeo do Guangyou Zhou. 

Entretanto, na frente, Max já estava em cima de Charles e a luta pela liderança aquecia. Precisamente na altura em que eles foram às boxes. O neerlandês primeiro, o monegasco depois, e colocou de novo macios. Quando voltaram à pista, Leclerc ficou com o primeiro posto, mas o piloto da Red Bull estava nos seus escapes.  O duelo continuava. 

E na volta 17, Max atacou... mas Charles resistiu. Novamente na volta 19, e o piloto da Ferrari sabia resistir. Claro, os espectadores em casa estavam bem felizes. Afinal de contas, valeu a pena terem mudado os regulamentos! Mas depois do ataque do piloto da Red Bull, Leclerc afastou-se, conseguindo uma vantagem de três segundos no final da volta 24. Já o outro piloto da Ferrari disse às boxes que considerava parar nas boxes... por três vezes. 


Quem parava na volta 26 era Alonso, que pela segunda vez, metia duros, porque com os outros... não funcionavam lá muito bem. E Hamilton parou duas voltas depois, trocando os seus duros por médios. E apenas no meio da corrida. Estes Pirelli estavam a dar parte de fraco nesta corrida. E claro, entre os queixosos estavam Max, que na volta 31, trocou para médios, caindo para quarto. Leclerc reagiu e fez a mesma coisa na volta seguinte, deixando Sainz Jr. na frente. 

As coisas acalmaram-se até à terceira ronda de paragens nas boxes, na volta 45, e as coisas corriam normalmente quando Pierre Gasly ficou parado na pista em posição perigosa, com o motor a pegar fogo, o suficiente para fazer entrar o Safety Car... primeiro virtual, depois real. E a nove voltas do fim, todos reagrupados e os pilotos atrasados a desdobrarem-se, todos esperavam para ver o que aconteceria com a relargada. 


Quando aconteceu, na volta 51, o monegasco manteve-se no comando, com o espanhol a tentar ficar com o segundo lugar, mas Max conseguiu defender-se, enquanto os Mercedes eram quinto e sexto. As coisas pareciam estáveis, mas na volta 54... o drama! Max começa a andar lento e é ultrapassado por todo o pelotão, indo lento para as boxes para abandonar. Começava mal a sua defesa do título. 

E com isso, Lewis Hamilton passou ao ataque, tentando ficar com o terceiro posto do "Checo", mas o piloto da Red Bull lá se defendia da melhor maneira possível. Mas no inicio da última volta, o mexicano rodou no final da reta e entregou o terceiro posto ao britânico. Aliás, a Red Bull iria sair do Bahrein sem qualquer ponto! Que golpe de teatro.

 E claro, Charles Leclerc aproveitou bem e ficou com tudo: a vitória e a volta mais rápida, com o seu companheiro em segundo. Os 44 pontos que conseguiram nesta corrida foram o resultado de um fim de semana perfeito, mas a temporada é longa e os problemas da Red Bull apenas foram a má sorte de acontecerem na hora errada, por muito que os "antis" tenham comemorado.

E atrás deles, algumas "doideiras": Magnussen foi quinto, no seu Haas, repetindo o seu melhor lugar de sempre com a equipa, Bottas logo a seguir, Tsunoda oitavo e o segundo Alfa, do Guangyou Zhou, ficou com o último ponto em disputa, na frente de Mick Schumacher. 


Na próxima semana há mais, em Jeddah. 

sábado, 19 de março de 2022

Formula 1 2022 - Ronda 1, Bahrein (Qualificação)


E a Formula 1 está de volta. Só que com esta nova temporada, há novas regras, que modificaram os carros fortemente, e provavelmente, baralharam as coisas na grelha. E se calhar, é isso que a FIA queria, para tirar o aborrecimento de uma só equipa a alcançar os títulos de pilotos e construtores. Ironicamente, na temporada a seguir a uma batalha a dois que prendeu os espectadores nas bancadas e nas televisões entre Max Verstappen e Lewis Hamilton

E depois da noite a cair por lá, descobrimos que a Ferrari está de volta. Charles Leclerc foi o "poleman", com o seu companheiro de equipa, Carlos Sainz Jr. no terceiro posto, e entre eles, Max Verstappen, no seu Red Bull. Há atores novos, mas existe aqueles que nunca se foram embora, mesmo com as novas regras.  E o motor da Ferrari foi tão falado que todos os outros que têm esses motores foram vistas com mais alerta. E claro, com um Haas F1 e uma Alfa Romeo na Q3, esse resultado não surpreende.

As coisas começaram no inicio do noite, quando no Q1, os pilotos mais rápidos entraram a meio da sessão. Max Verstappen tratou de baixar os tempos em um segundo do melhor, marcado pelo Alpha Tauri de Pierre Gasly. A seguir, apareceu Kevin Magnussen, que no seu Haas, marcou o segundo melhor tempo. E logo depois, apareceram os Ferrari na pista e mão demorou muito até marcar os tempos suficientes para serem os melhores e seguirem para a Q2. Quando a Mercedes apareceu para marcar os seus tempos, Hamilton não conseguiu mais que o quinto posto, e George Russell, o oitavo. 

E se eles foram tranquilamente para a fase seguinte, já o Williams de Nicholas Latifi, o McLaren de Daniel Ricciardo, os Aston Martin de Nico Hulkenberg e Lance Stroll, e o Alpha Tauri de Yuki Tsunoda, ficaram para trás.

A Q2 começou com Alexander Albon a ir para a pista... e a regressar logo depois às boxes, regressando mais tarde, para tentar a sua sorte - spoiler: não passou - antes do resto do pelotão entra entrado em pista em catadupa, para marcar os seus tempos. Verstappen foi o melhor, seguido por Leclerc, Pérez, Magnussen e Hamilton. Mais tarde, Sainz destronou Leclerc do segundo melhor tempo, mas não conseguiram ser melhor que Max. Mas os três foram para a Q3, acompanhados por Pérez, no segundo Red Bull. E os dois Mercedes também os acompanharam, com o Alpine de Fernando Alonso, o Alfa Romeo de Bottas, o Haas de Kevin Magnussen e o Alpha Tauri de Pierre Gasly.

E entre os que ficavam, para além de Albon e o chinês Guangyou Zhou, no segundo Alfa, o McLaren de Lando Norris, o segundo Haas de Mick Schumacher e o segundo Alpine de Esteban Ocon.


E chegados ao Q3, o duelo era entre a Ferrari e a Red Bull, com os Mercedes à espreita. E foram os carros de Brackley os primeiros a irem para a pista, com Russell na frente. E claro, foi o primeiro a colocar um tempo na tabela nesta sessão. Hamilton apareceu logo atrás e melhora o tempo, ficando com o primeiro posto. Mas os Ferrari apareceram logo a seguir, com Sainz a conseguir um tempo 44 centésimos melhor que o seu companheiro de equipa, Charles Leclerc. 

Chegados aos últimos minutos, e a última volta lançada, primeiro foram os Mercedes, com a mesma ordem: Russell primeiro, Hamilton depois. Mas eles tinham sido superados por Red Bull, primeiro, e Ferrari, depois. e na Scuderia, Leclerc marcou primeiro, e Sainz não conseguiu melhorar. Assim sendo, foi o monegasco que ficou com a primeira pole do ano. Parece que... há transferência. Pelo menos, no duelo.


Agora, esperamos por domingo para saber até que ponto Maranello baterá Milton Keynes, e se estes pilotos serão os favoritos à conquista do campeonato.