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Bem vistas as coisas, é todo um currículo alternativo à família e à escola que aqui está em causa. E aparentemente, são poucos os sinais de preocupação e de exigência relativamente a esta matéria.
Parte destas interrogações encontra resposta num estudo que um grupo de investigadores da Universidade do Minho acaba de realizar para a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), sob coordenação da Prof. Sara Pereira e no qual tive o gosto de participar também.
Alguns resultados apurados, a partir da análise de mais de três mil programas emitidos entre Outubro de 2007 e Setembro de 2008: no seu conjunto, a RTP, SIC e TVI emitem programas para a infância sobretudo de manhã, quando a maioria das crianças está a essa hora na escola. A RTP2 é o canal que mais diversifica, em termos de temas e de manchas horárias. Mas tem uma programação muito orientada para a idade pré-escolar (o que, sendo em si mesmo positivo, deixa outros grupos etários a descoberto). A SIC e, sobretudo, a TVI inovaram, nos últimos anos, com a introdução de novelas juvenis. Mas, sobretudo este último canal, com Morangos com Açúcar, acaba por oferecer um “prato” quase único (e problemático do ponto de vista do conteúdo – ainda que este aspecto não tenha sido estudado aqui).
Há esforços muito positivos, como “A Ilha das Cores”, na RTP2, a par de medidas execráveis, como é o facto de a TVI meter um programa de wrestling no meio de desenhos animados, ao sábado de manhã. Finalmente, em quase um terço dos programas surgem conteúdos educativos tematizados de forma interessante, o que deveria merecer outra atenção e apoio da parte dos pais e educadores.
Quem se ocupa desta “escola paralela” domiciliária, à qual as crianças dedicam tanto ou mais tempo do que à escola formal?
[Publicado no diário Página 1 / RR, em 6 de Abril de 2009]
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