Palavras da Excelentíssima Ré Tucana:
"...porque a imensa maioria do povo brasileiro é feita de pessoas honestas e trabalhadoras, e para essa imensa maioria da população vale a pena estudar, trabalhar, lutar. Essas pessoas não merecem que a cúpula da organização social – que é a política, aquela que organiza a consulta sobre prioridades da população, quando se faz uma eleição, e escolhe quem vai dirigi-las – as traia..."
"...assumimos um desafio quando coisas desse tipo, como as denúncias sequenciais, acontecem; quando o Congresso tem de parar para investigar, denunciar, ouvir denúncias e não ter medo de intimidações..."
"...quando nos param no aeroporto, na calçada; quando damos palestra; quando falamos com gente de todo tipo, gente simples, iletrada e letrada, e a pergunta é: - Não é caso de impeachment? Por menos, já não se disse que a pessoa que coordena com o seu partido esquema que se está transformando em aberto e teima em recusar sua responsabilidade não está sujeita a impeachment?..."
"...e nós, com nossa ação política, do PSDB, dizemos: olha, se todos, Câmara dos Deputados, Senado Federal, imprensa, Governo Federal, Ministério Público, respondermos dizendo sim, com seriedade e responsabilidade, às investigações; se todos pudermos juntos, acima dos partidos, enfrentar o que precisa ser mudado para consertar o estrago, pode-se sim chegar à conclusão de ser caso de impeachment..."
"...a Casa deve ser respeitada. Deve recuperar o seu respeito. O alerta que faço é sobre a oportunidade de, com essa crise, podermos consertar as estruturas que corrompem o poder. Estamos vivendo uma crise moral que está sendo repassada para os partidos políticos..."
Dos Anais da Câmara dos Deputados. Brasília, 14 de julho de 2005. Discurso em plenário da deputada federal Yeda Rorato Crusius (PSDB, RS).