Foi um final de partir o coração, como declarou a própria equipe da Toyota em sua conta no Twitter.
Depois de tantas tentativas, parecia que hoje seria o grande dia dos nipônicos. Após liderar boa parte das 24 Horas de Le Mans e ter construído até uma vantagem considerável em determinado período da corrida, na penúltima volta, o TS050 #5 que era conduzido Kazuki Nakajima... quebrou.
Podem imaginar isso? Tamanha foi a decepção, quie Nakajima teve que se apoiar no ombro de um companheiro que o levou de volta aos boxes. A Toyota não sabe qual foi a causa da quebra de seu LMP1 que também tinha como pilotos Anthony Davidson e Sébastien Buemi.
Assim, a vitória caiu no colo da Porsche, que venceu com seu protótipo #2, que cruzou a linha de chegada em 1º lugar sob o comando de Neel Jani, compartilhado com Romain Dumas e Marc Lieb.
Em respeito ao adversário, a Porsche fez uma homenagem à Toyota em seu Facebook e no Twitter, dizendo "Competimos juntos por 24 horas, 'head to head' (ao pé da letra: cabeça a cabeça, disputando a ponta) por 24 horas. Ganharam nosso respeito para sempre.". Muito bacana.
Como consolação para a Toyota, ficou o 2º lugar com o 919 Hybrid #6 de Stéphane Sarrazin, Mike Conway e Kamui Kobayashi. É... quase foi uma dobradinha. Quase.
Completando o pódio da classe principal, veio o R18 #8 da Audi, de Lucas di Grassi, Loïc Duval e Oliver Jarvis. A equipe dos quatro anéis também teve seu outro carro sobrevivente no 4º lugar, pilotado por Marcel Fässler, André Lotterer e Benoît Tréluyer.
Não era o final de semana desta marca alemã, que enfrentou alguns problemas ao longo da prova. Nem seria o da outra, não fosse o azar da Toyota.
Entre as equipes, digamos, garagistas, isto é, que não são as grandes montadoras, Porsche, Audi e Toyota, na LMP1 a vitória ficou com a independente Rebellion, que contou com Nelsinho Piquet, Nicolas Prost e Nick Heidfeld. Mas não foi uma vitória tranquila, não. Passaram por dificuldades.
Razoavelmente tranquila, foi a vida dos vencedores da LMP2, que dominaram em sua classe. Com Gustavo Menezes, Nicolas Lapierre e Stéphane Richelmi, a Signatech Alpine foi a vencedora.
Saindo dos protótipos, mas não menos importantes, darei o último destaque para a vitória da GTE Pro, que foi bem emblemática.
Em seu retorno às 24 Horas de Le Mans após 50 anos da sua estreia vitoriosa, a Ford voltou a vencer com a nova geração do Ford GT, "neto" daquele vencedor de 1966. E mais uma vez, vencendo a Ferrari. Que déjà vu, hein?
A montadora americana não esteve sozinha, mas sim muito bem acompanhada por quem entende de corridas. Foi uma parceria com a Ganassi, que grande como é, não poderia dar um ponto sem nó.
O #68 foi levado ao trinfo por Sébastien Bourdais, Dirk Müller Joey Hand.
Resultados completos da edição 2016 das 24 Horas de Le Mans, do FIA WEC: http://www.fiawec.com/races/24-heures-du-mans/results-and-chrono.html
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Um abraço!
Paulo Vitor