Há já alguns anos que não lia livros de Luis
Sepúlveda. Nome de Toureiro foi o livro escolhido para regressar ao autor
chileno.
Este livro tem a estrutura de um
policial. As personagens andam o livro todo à procura de sessenta e três moedas
de ouro que tinham desaparecido durante a Segunda Guerra Mundial. Para as
descobrirem o autor leva as personagens aos mais variados cantos do planeta,
mas a Alemanha e o Chile são os dois países em destaque.
Na Alemanha, o Muro de Berlim já não
existia, mas os alemães ainda continuam a ter atos racistas para com os
emigrantes, Juan Belmonte, a personagens com nome de toureiro, é um exemplo
disso. As sessenta e três moedas de valor incalculável trazem-no de regresso a
Chile, país que já não vivia sobre a ditadura de Pinoche, aí recorda-nos as
torturas e os presos políticos que houve nesse país. Com o regresso terá
oportunidade de ver o amor da sua vida, mas será que o serviço a que se
comprometeu ira-se sobrepor ao seu coração?
Na minha opinião, neste estilo literário Supelveda está muito longe de outros autores do mesmo género. Não existe suspense, além disso, a forma como certas tarefas são descritas levam o leitor a pensar que são muito simples quando na realidade não o são. Escritores como Dan Brown ou Mario Puzo são bem melhores neste género literário. Dos livros quer li de Sepulveda gostei do Velho que lia Romances de Amor e da História de um Gato que Ensinou a Gaivota a Voar. A Lâmpada de Aladino; Rosas de Atacama e este Nome de Toureiro são de qualidade duvidosa, mas claro isto é apenas a minha opinião.