Jorge Amado nasceu em Itabuna, uma cidade da Bahia, a 10 de Agosto de 1912. Foi também em Agosto, a dia 6 do ano 2001, que o mundo veria morrer um dos escritores brasileiros mais aclamados, tanto pelos críticos como pelos leitores. Formou-se em Direito, contudo, nunca exerceu a profissão, em contrapartida, no ano da sua licenciatura, em 1935, já era um escritor conhecido em todo o Brasil. Em 1994 foi-lhe atribuído o Prémio Camões.
Publicado em 1937, Capitães da Areia conta com mais de 5 milhões de livros vendidos em todo o mundo. Teve a sua primeira edição apreendida e depois queimada na praça pública, devido ao intenso envolvimento político do autor, que já na altura era comunista.
Pedro Bala, um adolescente, é o líder de um grupo, que chegou a contar com mais de 100 crianças, o seu “quartel” é um velho trapiche situado na praia de Salvador da Bahia. Todas essas crianças estavam abandonadas nas ruas e encontraram nos capitães da areia um sítio onde lhe dão carinho, compreensão, amor e comida. Temidos pelos ricos, marginalizados pela igreja, o grupo assalta casas de gente abastada, burla e rouba nas ruas da Bahia, mas, cada vez que alguma criança desamparada, sem pai nem mãe, vem ter ao trapiche acolhem-no como um dos seus. As preocupações sociais estão bem explicitas ao longo do livro. Amado transforma estes jovens em heróis ao estilo de Robin Hood.
Um livro actual, apaixonante, que nos faz olhar para a criminalidade juvenil de uma maneira diferente.
Boa leitura…