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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Amanhã saberemos quem é o Nobel da Literatura 2012...




O nome do vencedor do Prémio Nobel de Literatura será anunciado na próxima quinta-feira às 13:00..
Nenhum nome é apontado como grande favorito, mas os círculos literários em Estocolmo destacam a possibilidade de vitória de uma mulher ou de um autor americano.
Segundo o site de apostas online Ladbrokes, Huraki Murakami é o principal favorito. Recorde-se que por mais de uma vez as previsões deste site foram certas, o nome do vencedor tem estado sempre nos cinquenta nomes apresentados.
Como tem sido hábito, António Lobo Antunes também figura entre os favoritos. Em baixo deixo o link para poderem aceder há lista:

Deixo aqui o link das citações e sugestões de leitura que fiz dos autores que constam nessa lista:
Boas Leituras...
Haruki Murakami
Philip Roth
Amos Oz
António Lobo Antunes
Julian Barnes 
Paul Auster

sábado, 4 de agosto de 2012

A Caixa Negra - Amos Oz


Em 1987, o agora prestigiado autor israelita Amos Oz, escrevia A Caixa Negra. No ano seguinte a obra ganhou o prestigiado “Prémio Femina”. Seria o primeiro dos vários galardões conquistados pelo autor ao longo da sua carreira. O livro foi reeditado recentemente em Portugal. Além de escritor, Oz é professor de literatura na Universidade Ben-Gurion e dedica-se à militância a favor da paz entre palestinianos e israelitas.
“Não cuides que vim trazer a paz ao mundo; não vim para trazer a paz mas a espada.”
O livro conta a história do divórcio de Ilana e Alex e sendo este livro a “caixa negra” de um complicado divorcio, sentimentos como o ódio, o desespero, o desgosto, a culpa, o arrependimento, a inveja, o receio, o medo ou o ciúme estão presentes ao longo de toda a obra. Boaz, filho de ambos, começa a ter comportamentos de indisciplina. Desesperada, Ilana pede ajuda ao seu ex-marido, reatando dessa forma a ligação. Ilana é agora casado com Michel, que mais tarde vem a ser um fanático religioso.
“Nós somos o Povo do Livro, Boaz, e um judeu sem a Torah é pior do que um animal dos campos”
Quando se dá um divórcio muitas vezes as posições extremam-se, esses extremismos levam ao fanatismo. A causa Israelo-Palestiniana  é um longo e duríssimo divórcio entre dois povos, com religiões diferentes e quase sempre com posições antagónicas  o entendimento mostra-se quase impossível. Alex, consagrado escritor de livros contra o fanatismo, é o próprio a praticar a violência domestica e a humilhar tudo e todos. Não basta ter um bonito discurso é preciso passar aos atos. A causa Israelo-Palestiniana e a culpa de ambos os lados torna-se assim no principal tema deste livro. Tal como no divórcio entre Ilana e Alex, a falta de compreensão e de tolerância leva a que ambos se odeiem. Quantas caixas negras seriam precisas para registar tudo o que tem acontecido ao longo dos anos entre Israelitas e Palestinianos.
“Para tentar responder a esta pergunta, transcrevo-te a seguir os dez mandamentos do teu filho, fora da ordem mas respeitando a maneira de falar dele. I. Ter pena deles todos. II. Reparar mais nas estrelas. III. Ser contra estar zangado. IV. Ser contra fazer troça. V. Ser contra o ódio. VI. Os filhas da mãe também são seres humanos, não são merda. VII. Ser contra a violência. VIII. Ser contra matar. IX. Não nos comermos uns aos outros. X. Calma.”
Boa leitura…

quarta-feira, 28 de março de 2012

Sobre A Caixa Negra de Amos Oz


Nos últimos anos,  quando aparecem as listas dos possíveis vencedores do Prémio Nobel, o nome de Amos Oz tem estado em lugar de destaque.
Apenas tinha lido um livro seu, Contra o Fanatismo. A obra não tem mais de cinquenta-sessenta páginas e contem discursos do autor. Não era um romance, apenas discursos, mas concordei com o ponto de vista do Israelita.
Em A Caixa Negra, a sinopse diz que o livro é a caixa negra de uma relação amora desfeita. Deve ser mais fácil vender o livro dizendo isso, mas o que Amos Oz fala nesta obra e essencialmente do fanatismo nos seus diversos modos. Vou a meio do livro, por este andar será um dos melhores livros que li até hoje.