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domingo, 29 de setembro de 2013

Herman e Milhazes – Tão porquinho!...


Provavelmente é apenas o meu mau feitio a falar. Provavelmente não houve muita gente a ficar enojada com o critério usado para convidar o estropício que dá pelo nome de José Milhazes para debitar em directo no programa de Herman José as provocações e calúnias anti-PCP e Álvaro Cunhal, que escrevinhou no livrito que anda a promover onde pode.
E lá esteve ele, em noite de véspera de eleições, fazendo o seu comício anti-comunista, debitando pérolas como aquela em que defende a construção de uma estátua a Brejnev, por ter tido o “bom senso de impedir que Cunhal tomasse o poder em 1976”.
Desculpar-me-ão... mas já só muito raramente acredito em coincidências e actos inocentes!
Herman José, provavelmente por ter consciência da nojeirada em que alinhou para fazer o jeito a alguém... compensou com a tentativa de subir o nível do programa, convidando também a actriz de filmes pornográficos, Sasha Grey, para promover o livro que publicou.
Aquele longo exercício anticomunista disfarçado de entrevista, na véspera de uma eleição, pode até não ter tirado um voto que seja à CDU...
...mas foi porco!

sábado, 25 de agosto de 2012

RTP – Memórias…



Onde vais rio que eu canto

Quero ver teu novo norte
 no cais p’ra onde vais
Mãos de vida não de morte

Vai no mar barco à vela

Vai de paz se abastecer
Mais além barco veleiro
Flor da vida vai colher

Onde vais rio que eu canto

Nova luz  te alumia
 no cais p’ra onde vais
Nasce amor dia após dia

(Excerto da canção "Onde vais rio que eu canto", vencedora do Festival RTP da Canção, em 1970, Cantada por Sérgio Borges, com Música de Nóbrega e Sousa e letra de Joaquim Pedro Gonçalves)

Ainda sou do tempo em que os “Borges” eram “Sérgios” e, juntamente com mais um punhado de autores e cantores, tentavam dar alguma “cor” ao cinzento da RTP do fascismo, tanto em programas como, por exemplo, o “Zip-Zip”, como, ainda que apenas por uns minutos, ousando “tomar de assalto” o Festival da Canção, com canções diferentes, servidas por letras “atrevidas” para a época, como esta, “Onde vais rio que eu canto”, que ganhou o Festival de 1970, deixando no 2º lugar a candidata de grande peso que foi a célebre “Canção de madrugar”, do Ary dos Santos e Nuno Nazareth Fernandes.
Agora os “Borges” são outros, estão ao serviço da anti-cultura, do mais reles fanatismo neoliberal... e dão um novo significado à expressão “tomar de assalto” a RTP.
Dizem alguns biógrafos e historiadores que Salazar, o “santinho salvador da pátria”, não contava muito com a televisão para a evolução do país ou do seu povo. Dizem mesmo que detestava a televisão pública e que não lhe importaria nada que esta fechasse portas. Estes seus salazarentos candidatos a discípulos dilectos que se instalaram no Governo, estão decididos, nisso como em tantas outras coisas... a fazer-lhe a vontade.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Zita Seabra – Uma vida em perigo...




Este post não é sobre Zita Seabra... apenas acontece que ela, muito provavelmente por acidente, se pôs a jeito. Passo a explicar:
Como a imagem ilustra, a dona Zita Seabra está sempre pronta a ser das primeiras “personalidades de serviço” a irem à televisão apontar o dedo aos comunistas, seja sobre o que for... desde que daí a dias seja dia de eleições e, não vá o diabo tecê-las, algumas pessoas que não pertençam ao eleitorado habitual da CDU decidam qualquer coisa do género: “estou farto desta gente em quem ando a votar há anos... desta vez, vou votar nos comunistas!”. Na situação que a imagem documenta, Zita precipitou-se para um canal de televisão para garantir aos eleitores que «as agressões a Vital Moreira eram obra do PCP». Quando horas mais tarde já toda a gente sabia que o grande organizador da tal “agressão” montada pela máquina de campanha do PS, era o famoso “loirinho” do Bloco de Esquerda... a dona Zita Seabra já não percorreu o caminho que antes tinha feito, desta vez para desdizer as suas acusações... certamente, apenas por falta de tempo. Nada de novo, nem demais... e, como disse, este post não é sobre Zita Seabra.
Regressando ao tema dos períodos pré-eleitorais, já toda a gente verificou que as televisões e as revistas desencantam sempre uns documentários “históricos” onde vem escarrapachada a maldade dos comunistas e as coisas terríveis que eles fizeram, ou não, lá por volta dos anos 20, 30, 40, 50 e 60 do século XX, por contraste com os EUA, o paraíso na terra e pátria da “democracia”, onde, também por essa altura, a miséria era esmagadora, a exploração selvagem era  (e é) a norma, onde os anarquistas/sindicalistas Sacco e Vanzetti eram assassinados pelo estado, sob falsas acusações, os Rosenberg eram assassinados pelo estado, sob falsas acusações, onde o mundo artístico e intelectual era assolado pela barbárie de um senador fascista, McCarthy... ou onde o “playboy” John Kennedy, planeava sucessivas tentativas de assassinato de Fidel. Mais as bombas de Nagasaki e Hiroshima, mais a Coreia, mais o Vietname, mais Iraque, mais Afeganistão... a lista vai por aí fora.

Em vésperas das eleições do próximo dia 5 de Junho, a novidade veio do “Canal Q”, um inovador (e interessante) canal de televisão, disponível apenas para os assinantes da MEO, virado para uma audiência jovem, um canal onde se respira uma indisfarçável simpatia pelo BE. Apenas por uma (in)feliz coincidência e não, certamente, para ajudar a que os muitos militantes e simpatizantes que nas últimas eleições presidenciais já defendiam o voto em Francisco Lopes (cansados das trapalhadas de Louçã), não o façam agora nas legislativas... lá foi a dona Zita Seabra sempre em serviço, dar uma longa entrevista ao canal.
Ainda pensei “lançou qualquer coisa, vai fazer qualquer coisa”... mas não! A grande entrevista era sobre a enorme atualidade do seu livro “Foi assim”, de 2007. O entrevistador estava encantado, tinha o livro praticamente decorado e sempre nas mãos, enquanto ia puxando pela língua da entrevistada, mostrando que conhecia, uma por uma, as estórias mais “suculentas” e apropriadas para o efeito desejado, relatadas no livro da ex-dirigente comunista.
Como nunca li o livro, estas oportunidades servem para ir conhecendo uma ou outra das tais “fantásticas” estórias, como por exemplo, que Zita não passou diretamente para o PS, apenas porque ficou zangadíssima com o facto de, exatamente quando ela saía do PCP, estar o PS a negociar aquela que foi um frutuosa coligação, em Lisboa, entre os socialistas e a CDU. Fiquei também a saber que a sua grande amizade por Cavaco Silva, então primeiro-ministro, nasceu num dia em que ela resolveu ousadamente “meter-lhe uma cunha” para ajudar num problema de uns juros bancários numa livrança qualquer... problema que ele, a ver pelo posterior percurso dela... resolveu muito bem. Cavaco deve ter pressentido que "aquilo" era terreno "fértil"... e facilmente comprável. Teve razão!


Finalmente, fiquei a saber do horror que foi a sua vida pessoal, enquanto durou o processo de afastamento e expulsão do PCP, com assaltos e revistas de cima a baixo à sua casa, microfones plantados por todo o lado, perseguições constantes de seguranças que a seguiam a toda a hora e para todo o lado e, sobretudo, porque durante todo esse tempo sentiu a sua vida em perigo, certa de que iria ser abatida numa qualquer viela de Lisboa, por um desses seguranças.
O entrevistador babava-se de felicidade... e eu fiquei a pensar que se o ridículo matasse era, afinal e agora, que a vida dos dois estava por um fio.
Mas como disse no início... este post não é sobre Zita Seabra!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Sentimental-e-qual...


A fazer fá nesta “inconfidência” jornalística, o primeiro-ministro demissionário estará logo à noite no talk-show” do Nicolau Breyner, na RTP, onde aproveitará para se confessar um sentimental. Para ser mais exato, segundo o DN, dirá: «Sou muito mais sentimental do que a minha imagem política leva a pensar».
É evidente que é um sentimental! Basta vê-lo e ouvi-lo para perceber que está profundamente apaixonado por si próprio, pelo som da sua voz, pelos fatinhos, pelo seu querido teleponto, pelo poderzinho…
Não, não vale a pena argumentar que se dá bem com a família (embora a família tantas vezes o tenha deixado ficar mal) e que ama os filhos. Isso, desculpem lá… mas até os bichos, desde que não tenham um qualquer “defeito” grave, também fazem na perfeição.
Mas lá está… não só posso ter sido mal informado, como a entrevista até poderá revelar-se uma grande entrevista. Como não me vai ser possível ver o programa, vejam vocês… e depois contem-me como foi.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

José Mourinho, Real Madrid... e “serviço público”






Ontem, enquanto jantávamos à pressa, por volta das sete, reparei que também a RTP1 estava a transmitir o seu Telejornal à pressa e uma hora mais cedo. Fiquei entretanto a saber que o corrupio era “derivado” à transmissão direta de um jogo do Real Madrid de Mourinho e Ronaldo... de encontro a não sei quem... o que é, pelos vistos, aquilo que na nossa televisão pública tem estatuto de verdadeiro “serviço público”.
Compreendo a excitação dos adeptos e admiradores de Mourinho e Ronaldo, assim como compreendo o interesse da RTP1 num jogo de uma equipa estrangeira que é treinada por um português... só que depois, durante a viagem que nos obrigou a jantar mais cedo, fui tentando imaginar a TVE a alterar a hora de um serviço público de notícias em Espanha para transmitir um jogo, por exemplo, do Benfica, dos tempos em que foi treinado por técnicos espanhóis... e desconfio que nem procurando à lupa encontraria um único caso. Fui durante uns constrangidos quilómetros a pensar quão parolo é preciso ser para fazer aquilo que fez a RTP1.
Ou então... tudo isto não passa de um problema meu, que não gosto de ver a televisão do Estado a fazer estes “servicinhos”... ainda por cima, em público!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Rangel & Cia – A nova propaganda do regime?


O famosíssimo “boy” do PS na PT, Rui Pedro Soares, ainda embrulhado (e arguido) nas trapalhadas do caso “Tagus Park” (entre outras minudências), certamente imbuído do espírito de contenção salarial que avassala o espírito do Governo, decidiu que 2010 era um ano muito adequado para distribuir aumentos entre dez dos seu quadros, exatamente na “Tagus Park”, na ordem dos dez por cento, sendo que houve mesmo uma assessora que teve direito a vinte e seis e um assessor direto do fantástico Rui, esse com o ordenado aumentado em noventa e oito por cento.
Agora, o empreendedor Rui Pedro Soares está virado para os média. Para isso, juntou-se ao patético arauto de Sócrates e do PS, Emídio Rangel, criando um grande projeto audiovisual que inclui um jornal, uma emissora de rádio e uma estação de televisão. O jornal está por aí a aparecer, a rádio já teve luz verde da ERC... e a televisão deverá ir pelo mesmo caminho. As manobras para conseguir conteúdos de excelência, no futebol (onde é que havia de ser?), já começaram, como se pode ver aqui e aqui.
Perante isto, alguns média espanhóis disseram que este grupo de Rangel e Rui, que se chamará, muito provavelmente, “Media Pro”, servirá essencialmente, à semelhança do espanhol “Grupo Prisa”, para apoiar os “socialistas”... mais concretamente, o Regime de Sócrates.
Estes jornais espanhóis são fantásticos! Quem é que iria imaginar uma coisa destas?

sábado, 15 de janeiro de 2011

RTP Música – Mostre lá o BI... tenha paciência, desligue o aparelho imediatamente!


Por estas horas, na SIC, o que está a dar brado é o anúncio histérico de uma festança televisiva de quase um dia inteiro, para assinalar a chegada da nova apresentadora, Júlia Pinheiro.
Vou pensando “de mim para comim” que bem interessante e festivo seria a SIC convidar para as comemorações aqueles seus estagiários e demais trabalhadores que não veem ao fim do mês mais do que 500 euros de vencimento... se bem que isso seria uma trabalheira a fazer os convites e um grande “desperdício” do espaço disponível, já que se os quiserem convidar em número suficiente para igualar o ordenado da nova estrela, que é de 50.000 euros por mês, terão que ser 100... e cem trabalhadores tiram muito espaço destinado ao “Jet-Set”.
Enquanto isso, e este é que é o verdadeiro assunto do post, leio num jornal que a RTP vai criar mais uns tantos canais de televisão por cabo e que o primeiro a entrar em funcionamento, será um canal só de música.
Boa! – pensei à primeira – mas depois, lendo melhor, percebi que a coisa será virada para a música lusófona, daqui, das áfricas e dos brasis... mas que, infelizmente, não será para mim. Segundo quem criou e vai dirigir o canal, este destina-se a um público entre os 13 e os 34 anos.
Fiquei tristonho... mas mesmo assim pensei Caspité!” (só para  verem como sou antigo) “Isto é que é precisão científica, porra!” Dos 13 aos 34 anos! Quatro! Nem mais um dia!
Deve ser por causa desta fantástica precisão científica dos programadores culturais televisivos que as nossas televisões são, o mais das vezes, as belas bostas que todos conhecemos!