Quando eu concluí a Meia Maratona do RJ, o primeiro pensamento foi: "E agora? Quando será a próxima?" E olhando as opções e ouvindo sugestões, escolhi a Golden Four Asics - Etapa Brasília. Muitos comentários sobre a organização da prova e, principalmente, sobre o percurso plano. Decisão tomada e agora só me "restava" encarar os treinos com disciplina.
Mas nos meses seguintes,algumas coisas aconteceram... Lesões! Falei sobre isso no último post e também sobre a decisão de dar um tempo nos treinos para recuperar o corpo. E assim eu fiz!
Fiquei 1 mês sem os treinos da assessoria e neste intervalo me dediquei a musculação como "nunca antes na história deste país." Pela primeira vez na vida, fui para a academia com prazer e isto fez toda diferença. Contei com a ajuda do personal Cassiano Teixeira,que elaborou planilhas específicas e que fogem do que você normalmente encontra nas academias: monotonia! Mas isto eu conto em outro post...
Tudo na vida tem bônus e ônus,né?! E comigo não foi diferente... O tempo que parei de correr me ajudou a recuperar o corpo por conta das lesões. Mas quando eu voltei aos treinos... M-o-r-t-a! Respiração não encaixava e parecia que eu estava começando a dar os primeiros passos nas corridas. Conversei com a Raquel (assessoria) e ela me disse que era assim mesmo e com o passar dos treinos, eu recuperaria a forma de novo.
Dias passando... Treinos,treinos e mais treinos!
Com a prova se aproximando,comecei a me preocupar com o famoso tempo seco de Brasília. Dias que antecederam a prova foram de muito calor por lá,mas São Pedro foi "gente boa" e mandou chuva logo na 6ª feira,antes da prova.
A prova já estava na porta e não tinha mais pra onde correr (trocadilho safado!). Com chuva,sol ou tempo seco, eu estaria lá!
Nos treinos de sábado (longões), eu já percebia que seria uma prova beeeeeeeeeem diferente do que fiz no RJ. Os longões de 15km e 18km foram feitos com muito esforço e isso refletiria em Brasília.
Mas não dizem que meia maratona é assim?!? Difícil, cansativa e etc. Então era assim que eu iria 'enfrentá-la'! Cabeça estava treinada para lutar contra o corpo e eu tinha fé que ela venceria a batalha.
A assessoria preparou um vídeo motivador para os alunos que iriam para a prova e eu compartilho com vocês.
Foi feito após um treino,viu?! Então não reparem minha cara... #)
"Brasília, aí vou eu!!!" \o/
E o dia "D" chegou....
Tudo pronto e a ansiedade tomava conta de mim. Fiquei conversando na largada com os companheiros de assessoria Luciano, Rafael e Ana Patrícia,estes dois últimos estreando nos 21km, para tentar acalmar os nervos. O clima estava bom, nada da secura imaginada, tudo a favor de uma prova excelente.
Dada a largada, a primeira tarefa era não se empolgar e achar um ritmo confortável para o começo da prova. O percurso começava com uma bela descida (controle pra não soltar o freio), uma subida considerável (entrando pro eixo sul) e depois,tudo plano. Fui segurando o ritmo, junto com a Ana, para tentar preservar o corpo e não quebrar antes da hora (não queria quebrar de jeito nenhum!).
Tudo ia muito bem até Km 10, mas o clima abafou e a respiração não saía. Comentei com a Ana e ela me disse pra diminuirmos o ritmo,para ver se melhorava. Segurei um pouco, parei para pegar água e avisei para ela seguir em frente, afinal eu não queria atrapalhar a prova dela. Mas ela disse: "vou diminuir pra te esperar." Ali, eu tive certeza que teria uma parceira até o final da prova.
Nada é fácil em uma meia maratona. Depois de alguns kms, a cabeça começa a jogar contra o corpo e você tem que escolher de que lado vai ficar. E #ficadica: fique com a mente, ela sempre ultrapassa os limites do corpo.
Ana estava sentindo dores na canela e eu tentei motivar, lembrando que já havíamos vencido metade da prova e que a dor ia passar. É complicado... A cabeça tenta sabotar de todo jeito!
Eu não estava bem... Antes do Km 15, o cansaço batia forte e eu tentava manter a postura para não sobrecarregar mais um lado do corpo,do que o outro. E aí,me aparece outra companheira,que seguiria comigo até o final da prova: dor nas costas! Deu vontade de parar
ali mesmo... Mas lembrei da dica de ouro do grande Djacir: "controla a cabeça e continua!"
Não podia desistir... Treinei, abdiquei, sacrifiquei e iria parar ali? Essa sensação de fracasso, eu não queria pra mim.
No retorno, já depois do km15, encaramos uma descida que permitiria aumentar o ritmo. Mas não pra nós duas! Descer com canelite é sentir a morte chegando, porque você trava a perna automaticamente e a dor explode. Aí lembrei que passei por algo parecido no longão de 18km e um atleta da assessoria me deu o toque: "lembra dos educativos? Faz skip alto que você alivia e força mais a musculatura da coxa." E eu disse a mesma coisa pra Ana. Dito e feito!
Tem algumas coisas neste mundo de corredores, que só entende quem "mora" nele... No final desta descida estavam algumas pessoas da assessoria e ouvir palavras de incentivo dão força extra. Vocês nem imaginam como aquilo funcionou pra mim...
Entramos na reta final da prova, passando pela Catedral de Brasília, Praça dos 3 poderes e seguindo em direção à Concha Acústica, local da chegada. Perguntei pra Ana se dali para frente seria tudo plano e ela disse que tinha só uma descida e o resto era plano.
Agora era aguentar até o final da prova. Os 3km finais foram os mais difíceis! Não tinham fim... E pra completar,assim que saí da última descida,avistei uma leve subida. Cabeça pirou!! Não tinha forças para encarar aquilo... Aí comecei a conversar comigo: "Vai parar agora? Não pode fazer isso aqui, é fracassar!" O que fazer agora? Trinquei os dentes e fui!
Neste percurso final, o sol já não era amigo e queria concluir a prova junto comigo. Não curti,viu?!
O tempo todo eu olhava para trás procurando a Ana. Ela estava pouquíssimos metros atrás e eu fiquei segurando pra não distanciar tanto. A dor ainda persistia e eu não poderia deixa-lá sozinha.
Combinei com o Christiano para ele me esperar no km final para fotografar e assim que cheguei perto,ele me perguntou como eu estava. A resposta? "Tá foda!" E ouvir um "aguenta que falta pouco. Já dá pra ouvir a música!", foi o que eu precisava pra chegar ao fim. Claro que aquilo me emocionou,mas não podia me descontrolar e colocar tudo a perder.
Tudo ia muito bem até Km 10, mas o clima abafou e a respiração não saía. Comentei com a Ana e ela me disse pra diminuirmos o ritmo,para ver se melhorava. Segurei um pouco, parei para pegar água e avisei para ela seguir em frente, afinal eu não queria atrapalhar a prova dela. Mas ela disse: "vou diminuir pra te esperar." Ali, eu tive certeza que teria uma parceira até o final da prova.
Nada é fácil em uma meia maratona. Depois de alguns kms, a cabeça começa a jogar contra o corpo e você tem que escolher de que lado vai ficar. E #ficadica: fique com a mente, ela sempre ultrapassa os limites do corpo.
Ana estava sentindo dores na canela e eu tentei motivar, lembrando que já havíamos vencido metade da prova e que a dor ia passar. É complicado... A cabeça tenta sabotar de todo jeito!
Eu não estava bem... Antes do Km 15, o cansaço batia forte e eu tentava manter a postura para não sobrecarregar mais um lado do corpo,do que o outro. E aí,me aparece outra companheira,que seguiria comigo até o final da prova: dor nas costas! Deu vontade de parar
ali mesmo... Mas lembrei da dica de ouro do grande Djacir: "controla a cabeça e continua!"
Não podia desistir... Treinei, abdiquei, sacrifiquei e iria parar ali? Essa sensação de fracasso, eu não queria pra mim.
No retorno, já depois do km15, encaramos uma descida que permitiria aumentar o ritmo. Mas não pra nós duas! Descer com canelite é sentir a morte chegando, porque você trava a perna automaticamente e a dor explode. Aí lembrei que passei por algo parecido no longão de 18km e um atleta da assessoria me deu o toque: "lembra dos educativos? Faz skip alto que você alivia e força mais a musculatura da coxa." E eu disse a mesma coisa pra Ana. Dito e feito!
Tem algumas coisas neste mundo de corredores, que só entende quem "mora" nele... No final desta descida estavam algumas pessoas da assessoria e ouvir palavras de incentivo dão força extra. Vocês nem imaginam como aquilo funcionou pra mim...
Entramos na reta final da prova, passando pela Catedral de Brasília, Praça dos 3 poderes e seguindo em direção à Concha Acústica, local da chegada. Perguntei pra Ana se dali para frente seria tudo plano e ela disse que tinha só uma descida e o resto era plano.
Agora era aguentar até o final da prova. Os 3km finais foram os mais difíceis! Não tinham fim... E pra completar,assim que saí da última descida,avistei uma leve subida. Cabeça pirou!! Não tinha forças para encarar aquilo... Aí comecei a conversar comigo: "Vai parar agora? Não pode fazer isso aqui, é fracassar!" O que fazer agora? Trinquei os dentes e fui!
Neste percurso final, o sol já não era amigo e queria concluir a prova junto comigo. Não curti,viu?!
O tempo todo eu olhava para trás procurando a Ana. Ela estava pouquíssimos metros atrás e eu fiquei segurando pra não distanciar tanto. A dor ainda persistia e eu não poderia deixa-lá sozinha.
Combinei com o Christiano para ele me esperar no km final para fotografar e assim que cheguei perto,ele me perguntou como eu estava. A resposta? "Tá foda!" E ouvir um "aguenta que falta pouco. Já dá pra ouvir a música!", foi o que eu precisava pra chegar ao fim. Claro que aquilo me emocionou,mas não podia me descontrolar e colocar tudo a perder.
Olha minha cara de cansada... E Ana Patrícia vem logo atrás.
E quando a plaquinha de 500m aparece? Tantos sentimentos juntos... Tirei as últimas forças das pernas e apertei o ritmo. Ou vai ou racha!
Cruzar aquele pórtico foi a glória!!! Foi difícil, cansativo e dolorido, mas eu consegui!!
E a Ana Patrícia também!!! \o/
Corrida de rua proporciona experiências e sensações incríveis. É um esporte individual, mas você nunca está só.
No decorrer do post, alguém deve ter pensado "ela ajudou a menina o tempo todo." Enganou-se!
Pensei em parar 2 vezes e caminhar durante a prova. Mas não fiz por causa da Ana Patrícia.
Não foi fácil nem pra ela e nem pra mim. Mas se eu estivesse sozinha,não teria o mesmo êxito. A companhia dela antes da prova foi fundamental para que eu cruzasse a linha de chegada.
Ah sim! Eu não conhecia a Ana até a largada da prova. Já tinha visto em alguns treinos, mas nunca corremos juntas. Só fui descobrir o nome dela quando cheguei ao hotel e fui procurá-la no grupo da assessoria.
Correr pra mim é um prazer! Não corro pelo tempo. Claro que treino para melhorar meu desempenho,mas isso não é meu foco. Toda prova precisa ser curtida, precisa chegar ao final e ter a sensação de ultrapassar limites.
Ajudei a Ana e ela me ajudou. Não tem nada que pague isso...
A vida segue... Que venham os treinos, as provas e novos desafios.
Sobre a #Golden4Asics
Não me arrependi em nenhum momento em ter escolhido a Golden Four Asics para fazer minha 2ª meia maratona. Foi impecável!!
Entrega de kits organizada, largada no horário, percurso bacana, hidratação de 3k em 3k (isotônico e água), sinalização precisa e entrega de medalhas sem filas.
Não tenho um "ai" para falar da prova e já sei que quero correr outra Golden Four Asics em 2013,só falta escolher a cidade.
Parabéns a Asics e a Iguana Sports!!
E a Ana Patrícia também!!! \o/
Corrida de rua proporciona experiências e sensações incríveis. É um esporte individual, mas você nunca está só.
No decorrer do post, alguém deve ter pensado "ela ajudou a menina o tempo todo." Enganou-se!
Pensei em parar 2 vezes e caminhar durante a prova. Mas não fiz por causa da Ana Patrícia.
Não foi fácil nem pra ela e nem pra mim. Mas se eu estivesse sozinha,não teria o mesmo êxito. A companhia dela antes da prova foi fundamental para que eu cruzasse a linha de chegada.
Ah sim! Eu não conhecia a Ana até a largada da prova. Já tinha visto em alguns treinos, mas nunca corremos juntas. Só fui descobrir o nome dela quando cheguei ao hotel e fui procurá-la no grupo da assessoria.
Correr pra mim é um prazer! Não corro pelo tempo. Claro que treino para melhorar meu desempenho,mas isso não é meu foco. Toda prova precisa ser curtida, precisa chegar ao final e ter a sensação de ultrapassar limites.
Ajudei a Ana e ela me ajudou. Não tem nada que pague isso...
A vida segue... Que venham os treinos, as provas e novos desafios.
"O que você recebe ao chegar no seu destino não chega nem perto à importância do que você se torna ao chegar no seu destino."
Não me arrependi em nenhum momento em ter escolhido a Golden Four Asics para fazer minha 2ª meia maratona. Foi impecável!!
Entrega de kits organizada, largada no horário, percurso bacana, hidratação de 3k em 3k (isotônico e água), sinalização precisa e entrega de medalhas sem filas.
Não tenho um "ai" para falar da prova e já sei que quero correr outra Golden Four Asics em 2013,só falta escolher a cidade.
Parabéns a Asics e a Iguana Sports!!