Queria muito ter feito o semana a semana dos treinos, mas não deu. Treinos cansativos, filha doente, joelho problemático e projeto de monografia, foram alguns dos motivos que me fizeram desanimar das postagens do blog.
Com o fim dos treinos, venho contar um pouco do que aconteceu durante este período.
Olha, quando você ouvir que “correr uma maratona não cansa, o que cansa são os treinos”, acredite, ok? É um desgaste pesado, mas tenho certeza de que a ‘recompensa’ será inesquecível.
Foram 18 semanas de treinos
40 dias de treinos (aproximadamente)
53:57:56 horas
8 longões: ( 21,18,20,20,24,28,24,32)
489,867 km percorridos
Não foi fácil. Nunca disse que seria.
Enfrentei barreiras. Senti muitas dores no joelho esquerdo, após a escolha errada de um tênis, e precisei parar durante alguns dias. Foi aí que desanimei. Fiquei com medo de que fosse uma lesão e isso me tirasse da prova. Puxei o freio de mão total e fiquei cuidando do joelho com gelo e anti-inflamatórios. Joelho melhorou e pude voltar aos treinos. Nem queiram imaginar o alívio que senti.
Aí quando você que vai encaixar o ritmo de novo, marido e filha ficam doentes. Nada de treinos. Again! Acontece, né? Se eles são tão compreensivos comigo, eu tenho obrigação de parar e cuidar deles.
Durante alguns dias conseguir treinar regularmente, mas chegaram épocas de provas da faculdade e eu diminuía o ritmo consideravelmente.
Mesmo com esses empecilhos, nunca faltei aos longões. Eu acreditei que eram os principais treinos para a maratona, já que focamos em resistência. E como foram, viu? Fisicamente e mentalmente. O apoio da assessoria e as dicas de ouro do Rafa, me fizeram perceber cada mudança. Na pista, em provas curtas era notório o quanto meu preparo físico havia mudado.
Pude aprender muito. Percebi do que meu corpo é capaz e sei que posso vencer qualquer desafio proposto.
A turma da maratona foi de uma energia incrível. Todo mundo na mesma sintonia, mesmo foco e uma vibração contagiante. Lesões eram inevitáveis e ‘perdemos’ alguns parceiros durante a jornada, mas a maioria resistiu e no próximo dia 7/7 enfrentará estes 42.195km. A troca de experiências foram super válidas e eu, sempre quieta no meu canto, escutava cada palavra do que eles diziam.
Os treinos de polimento, pra mim, acabaram hoje. Foram ‘só’ 10k na base da força. Força de vontade! Era um daqueles dias em que a cabeça bate o pé e não te deixa fazer nada direito.
Falando em cabeça...
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Voltando à ‘depressão’. Depois deste longão, fiquei dias sem treinar durante a semana. Arrumei várias desculpas para não ir. Estava sem saco mesmo! Parece que ao alcançar a casa dos 30, eu não tinha por que acordar às 4h da manhã para correr 8/10km. Não pensem que fui esnobe. Nada disso. O problema é que o corpo dava claros sinais de cansaço e com ‘pena’ do pobre, eu não ia.
Mas esse período preguiçoso passou e eu curti os últimos dias de treino.
Nesses 10 dias que antecedem a prova, fui tomada por uma ansiedade absurda! Sofrida mesmo! Pensar na prova, ouvir o nome maratona, faziam com que meu estômago desse cambalhotas.
Li reportagens, vi vídeos e tentei imaginar como será o dia 7/7. Sei que meus pensamentos não chegam perto da realidade, mas dá pra ter uma noção.
O dia 'D' está chegando. Eu nunca imaginei que correria 42.195km. Aliás, nunca imaginei correr 1/2 metro.
Comecei 2013, planejando quais meias eu faria. De repente, me vejo treinando para uma maratona. Entrei de um jeito nos treinos e saio de outro. Da mesma forma, sei que mudarei após a corrida. Espero que pra melhor... #)
Durante esses últimos dias muitos se perguntavam se fariam outra maratona, outros afirmavam já ter escolhido a próxima.
Eu? Eu afirmei por várias vezes que será a primeira e última.
Cumprirei? Não sei...
Volto no próximo post com meu relato sobre a maratona.
Torçam por mim!
Até lá!
Dica: Vídeo excelente!
Eu poderia ter dito cada palavra dessa...