Acho que já aqui fiz um post muito parecido com este, mas a sensação repete-se.
Eu gosto do Natal. Gosto mesmo muito. Mas gosto da noite e do dia de Natal. Ali a partir do dia 23, em que começamos a fazer rabanadas.
Por mim as decorações eram feitas nesse dia.
Este Natal arrastado desde o S. Martinho cansa-me. Olho para as lojas e ia jurar que estavam assim todas decoradas desde o ano passado. Tudo o que é demais perde a piada.
Infelizmente, quer queiramos quer não o Natal é consumista. E entre a black friday e os brinquedos todos a 50% eu juro que perco o restinho da minha paciência.
Costumo fazer as compras (para as crianças principalmente, mas são muitas) logo no início da época, para depois poder usufruir - aquela coisa de "ficar despachada", agora atentem na estupidez deste termo, ficar despachada, despachar as compras, zás trás pás está feito. É estúpido. É um stress, e é a antítese do espírito de Natal.
Depois há cada vez mais solicitações, as famosas aldeias do Natal que pululam, pelo menos aqui na zona. Pais natais gigantes, rodas ainda mais gigantes, árvores deslumbrantes, pistas de gelo, duendes, até renas ensopadas em alcatifa verde, há de tudo para supostamente criar uma magia que, deixem que vos diga, desaparece ofuscada por tantas luzes a piscar!
Menos, senhores, menos!
Este ano ainda não tive coragem para dar o grito da revolta e acabar de vez com este disparate.
Já fizemos a árvore, já fomos à aldeia de Natal gratuita, mas ainda não fiz uma única compra de Natal.
Não estou a stressar porque tenho mais em que pensar, mas pergunto-me quando é que isto dá a volta e voltamos todos à simplicidade dos Natais de antigamente.
(acho mesmo que já estivemos mais longe)