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quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Muitos posts em atraso por aqui

 Já que o mês de Dezembro foi mesmo o culminar de um trimestre tão intenso de trabalho, que nem soube muito bem por onde me virar...
Isto de trabalhar aos fins de semana e fim do dia, quando se tem três filhos, não é fácil. Não é não senhor.
Foram sábados e sábados a chegar a casa às 19h30 e dias de semana com formação até às 21h, com tudo o resto que costuma acontecer a essa hora a ficar em stand by (roupa, jantares etc, mas principalmente o meu descanso que tanta falta me faz!).
Sobrevivemos.

Na última semana tivemos 4 dias de oficinas que foram mesmo de levar ao limite. Ao contrário do que sempre acontece tivemos um grupo exclusivamente de rapazes, vários já bem crescidos, e ainda para mais calhou chover a semana toda! Além disso estávamos a trabalhar na sala em frente onde estava a decorrer o concelho de ministros extraordinário (e consequente conferência de imprensa), a ser adiada hora após hora, e os miúdos a ter de ficar em silêncio. Foi mesmo, mesmo, um filme!
Também sobrevivemos.

Por fim conseguimos ter um Natal com tudo a que temos direito! Foram 3 dias de celebração - 24, 25 e 26 - a destacar o único encontro com irmãs e sobrinhos todos em 2021 (ao longo do ano faltou sempre alguém...).

Sim, agora estamos todos confinados, porque claro que os casos andam a pipocar à nossa volta, mas por agora posso dizer que valeu a pena - assim não haja casos graves.
Havemos de sobreviver!

Boas festas, malta!

quarta-feira, 26 de maio de 2021

Sobre o fim de semana passado

Foi tão bom, tão bom, que demorei a vir aqui escrever sobre isso.
Foi um fim de semana em que de repente parece que nada aconteceu, o covid foi só uma miragem - há sempre aquela dúvida se alguma vez voltaremos ao normal, eu acho que sim, na primeira oportunidade estaremos todos sem máscara aos abraços e beijos, como sempre.

Na sexta tivemos um jantar anual de primos em casa dos tios, tradição que se repete desde 2012 - e se em anos normais já é espetacular, pois com a vida do dia a dia acabamos por passar semanas ou meses sem nos ver, este ano ainda foi melhor: para alguns foi mesmo a primeira vez que nos vimos em 2021 (o que numa família que normalmente se junta toda no dia 1 de Janeiro e vai fazendo encontros regularmente, não é nada normal!).

Sábado de manhã rumámos ao Porto, para o casamento de um primo da parte da minha mãe.
Casamento adiado desde 2020, e que estava escrito que teria de acontecer - mesmo tendo em conta que o noivo teve um AVC na semana anterior - e nas palavras dele, se não tivesse tido alta tinha assinado um termo de responsabilidade para ir ali casar e voltava a seguir para o hospital! - não foi preciso, teve alta na 5ª e no sábado lá estava, para o seu grande dia.
A família da minha mãe é também muito especial. Tivemos um grande contacto durante a infância, com férias conjuntas e Natal a cada dois anos, no entanto por força de várias circunstâncias passamos muitos anos sem nos juntar todos - fomos estando com uns e outros em separado, mas não voltámos a passar lá o Natal, e por isso deixamos de estar na reunião anual.
Sei que a minha mãe, e o meu pai (que foi tão bem recebido na família!), iriam adorar ter estado presentes, e essa alegria contagiou-nos a nós.
O melhor de tudo foi sentir que nada mudou. Mesmo passando anos e anos separados, e em alguns casos falo de 30 anos sem estarmos juntos (funerais não contam!) foi como se nada se passasse.
As conversas, as parvoíces, as gargalhadas, a cumplicidade, está lá tudo!
Assim se vê a importância que têm as relações que se formam na infância - se forem fortes e verdadeiras, podem durar para sempre.
E de repente vemos nos primos parecenças com os nossos filhos, ou re-descobrimos coisas sobre nós próprios quem nem nos lembrávamos e que marcaram a pessoa que somos.
A nossa essência, afinal, também é genética, e a nossa família tem muito de nós mesmo que viva à distância.

Foi mesmo muito bom e muito especial.

Por mais dias destes, que tanto precisamos!

sexta-feira, 8 de maio de 2020

Casa vazia, coração cheio

... mas com um buraco gigante no meio.
Entregamos a chave de casa do meu pai na semana passada, e desde então a sensação de vazio tem sido uma constante.
Era uma coisa que me ocupava a cabeça desde a sua morte, e ultimamente então preocupava-me imenso pensar em ter sítio onde por os móveis, o que fazer a tantas coisas que não conseguimos absorver nas nossas casas.
Achei que, tal como em quase tudo o resto, uma vez que estivesse feito iria dar uma sensação de liberdade e dever cumprido - aquela coisa de riscar um item da lista de afazeres ("to do list" é mais blogosfera mas pronto), ainda mais um item que se arrastava há vários meses (fim de semana atrás de fim de semana).
Enganei-me.
Foi-se a preocupação, mas caramba, ficou um buraco sem fundo que nem sei como preencher.
Mesmo na ausência dos pais, a casa dos pais é sempre um porto de abrigo, um lugar seguro e neutro, onde a família se reúne e encontra sem haver anfitriões. É sempre um lugar de regresso a casa, à família, à infância, à pessoa que nós fomos antes de sermos tudo o que somos agora.
Ficar sem ela foi mesmo ficar sem raiz.

Desfazer a casa dos pais é um processo complexo, do qual não saímos da mesma forma que entramos. Mal comparado, é como ter um filho: sabemos que nos vai transformar, mas não sabemos o quanto nem como.
No fundo, é como uma montanha russa.
As minhas irmãs e eu temos tendência para levar tudo a rir, para simplificar.
Visto de fora até parecia que estávamos na maior, e de certa forma até estávamos, mas caraças que dar de caras com diários, fotografias, cartas, bilhetinhos escritos por nós em cada bolso, mais as toalhas e loiças que nos lembramos de toda a vida, os quadros com tantas histórias para contar, os livros, senhores, só os livros levaram dias inteiros a dividir e organizar, e toda uma panóplia de objectos que nos dizem tanto, mas que não podemos nem conseguimos guardar.
É brutal.

A única coisa positiva no meio disto tudo é que somos três.
E como os meus pais estiveram juntos até ao fim, a casa era só uma (e que felizes que fomos ali, nos últimos 10 anos).

Valha-nos também o facto de estar feito.
Por isto não teremos de voltar a passar.

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Sobre a Páscoa

Já tive algumas Páscoas diferentes, inclusivamente Páscoas que me passaram completamente ao lado, mas uma Páscoa a 5 em casa foi - como para todos vós, calculo - a primeira vez.

Custou-me, confesso.
Depois de um Natal difícil e diferente, um ano novo que nem comento, ora bolas que acho que merecíamos uma Páscoa como deve ser. Se calhar não, não sei.
Foi talvez o dia que mais me custou não estar com a família alargada.

Há um ano passámos a Páscoa em casa do meu pai, e tirámos a fotografia que temos até hoje no nosso grupo de whatsapp.
Era inimaginável que um ano depois estaríamos assim - sem pai presente, sem casa comum onde nos reunirmos, cada um em seu concelho e com proibição à séria de nos encontrarmos.
Custou-me também porque este ano os planos eram de irmos para Norte, festejar a Páscoa mais tradicional este ano ainda mais porque a avó do Tê fez anos no domingo - os planos eram de festejar duplamente e à séria.
Quis o destino que os festejos ficassem adiados.

No entanto, fiz pela primeira vez folar que foi todo ao pequeno almoço. Demos um passeio a pé e fomos dizer adeus à janela dos avós (e trazer o almoço) e tios.
Comemos muito, e muito bem!
À tarde demos outra volta, e acabamos o dia com uma caça aos ovos na sala. Descobrimos que a mais nova, do alto dos seus 3 anos, é excelente a encontrar chocolate!
Foi bom, claro que foi.
Mas se for possível, não vamos repetir.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Silêncio

Temos andado este ano entre tempestades e bonanças, sem nunca termos podido respirar fundo.
Vivemos agora um momento em que os silêncios dizem tanto ou mais do que as palavras. No silêncio ficam as perguntas que não temos coragem de fazer, ficam as dúvidas que não temos vontade de esclarecer, ficam as certezas por confirmar.
Juro que não sei o que o futuro nos reserva, só sei que já perdemos a inocência e quase nada nos surpreende.
Neste silêncio todo, só tenho uma coisa para dizer: o cancro é uma (grande) merda.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Sobrevivemos às férias

E sem percalços de maior, o que por si só é logo meio caminho andado.
No único fim de semana que tínhamos ido passar com amigos tivemos um mega susto a meio da viagem (que resultou em mais uma operação do meu pai, e and a outra que ainda falta fazer).
Portanto a meu ver ir de férias 4 dias e regressar sem episódios já é um sucesso.
A experiência de acampar a 5 correu muito bem. Temos algumas arestas a limar, mas no geral o saldo é positivo.
No fim não estava mortinha por voltar para casa, como achei que estivesse.
Fomos ao slide and splash (e eu diverti-me tanto quanto eles), fomos à praia, apanhamos chuva, jogamos as cartas e ao uno, fizemos desenhos. Confirmamos que a mais nova é provavelmente o bebé menos aquático do mundo, e que os mais velhos precisam de ajuda para se entenderem melhor (estavam num ponto em que não partilhavam nada e não faziam nada juntos). É uma coisa em que estamos a trabalhar.
Também confirmamos que estes dias só os 5 são essenciais para nós enquanto família.
Em Agosto há mais.

Agora, para mim, é tempo de me dedicar a eles e ao meu pai que neste momento precisa tanto como eles.
Que seja um verão suave e tranquilo para todos.

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Depois da tempestade...

...a bonança.
E depois de outra tempestade, outra bonança, certo?
Pode vir , por cá estamos a precisar.

Ter um pai doente é difícil.
Ter um pai que vive sozinho e é super independente doente, quando temos filhos pequenos e estamos com muito trabalho, é muito difícil mesmo.
Haja energia, porque sabemos que vai passar.
Ficamos é sempre na dúvida se desta é que é, ou se ainda vai haver uma próxima.

(só para terem uma ideia, desde Novembro de 2017 esteve internado 7 vezes. Falta pelo menos mais uma operação, daqui a um mês. Esperemos que seja desta que a coisa endireita de vez. Foram mais de 70 anos sem apanhar uma gripe sequer, mas agora vem tudo ao mesmo tempo!)

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Depois da tempestade, a bonança*

Já temos o pai em casa, bastante combalido mas a recuperar.
Os dias no hospital já ficaram para trás, ou assim o esperamos. Isto para quem viveu mais de 70 anos sem uma gripe, para quem nunca na vida tinha sido internado, digamos que tem sido dose...
De tal modo que já conheço, à séria, alguns administrativos e enfermeiros do hospital (e alguns já me conhecem a mim). Os do hospital de dia cirúrgico, o da consulta externa, os da recepção principal, os do internamento também. Tudo malta 5 estrelas, mas a quem passo ter de encontrar mais vezes.
Às tantas já se perde a coragem de andar por ali outra vez. Já nem aguento o cheiro.
Tiro o chapéu e faço a vénia a todos eles, que trabalham ali todo o santo dia, a tratar pessoas que muitas vezes estão ali tão contrariadas.
É que é mesmo um alívio voltar para casa.

* a casa onde o meu pai viveu durante quase toda a vida chama-se N. Sra da Bonança, e havia na altura uma capela com essa imagem, que hoje está em casa do meu pai. À entrada em casa, depois de vir do hospital, fez questão de a cumprimentar como deve ser. Depois da tempestade no hospital, lá estava ela à sua espera em casa, a anunciar tranquilidade.

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Mais uma tempestade

Mais uma batalha a enfrentar.
Vamos lá ver qual será o desfecho.
Até lá já sabemos o que fazer: segurar bem para não cair borda fora.
Que a força esteja connosco.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Mãe de 5 por uns dias

Kilos de comida a cada refeição, louça às pazadas no lava louça.
Brinquedos espalhados por todos os lados, jogos jogados em cada canto.
Piadas privadas e gargalhadas.
Ataques de riso à noite em vez de estarem a dormir.

(o melhor da infância é mesmo ter primos para brincar)

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

O que marca o fim do verão...

... não é o fim da época balnear, mas a vindima.
A vindima é aquele ritual de passagem do verão para o Outono.
Por isso no fim de semana comprido rumámos a Moimenta para participar na festa que ainda é a vindima.
Vindimámos, apanhámos (e comemos) figos, maçãs, tomates, pimentos e amoras.
O mais velho cavou um buraco com a mão esquerda (com uma pá a sério), a do meio tentou fazer fogo com duas pedras, a mai novinha andou de mãos enfiadas na terra e dormiu a sesta debaixo da figueira.
Voltámos com o carro carregado e a barriga (e o coração) cheios.
Para o ano há mais.

domingo, 21 de maio de 2017

Foto de família

Aquele momento em que tiras pela primeira vez uma foto de família com o teu bebé, e no meio da confusão, na única foto decente, o bebé... não aparece!
(ficou tapado pela madrinha que se estava a desviar do cão. Sim, o cão aparece todo.)

terça-feira, 7 de março de 2017

Coisas boas de ter uma família grande

Ter sempre alguém com quem falar por mensagem quando estou a dar de mamar durante a noite. Quer seja a prima querida que tem um bebé 20 dias mais velho que a minha, quer seja uma irmã que aguarda pelos filhos adolescentes que chegam a casa de madrugada, às vezes até as duas ao mesmo tempo.
E as noites não são tão solitárias assim.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Fim de semana de primos

Quase se adivinhou um flop, mas acabou por ser um grande sucesso, tanto para nós como para a geração dos nossos filhos.
Para eles houve horas de brincadeiras no jardim, correrias, jogos de tabuleiro e brinquedos antigos.
Para nós horas e horas à mesa a enfardar leitão, chanfana, algumas garrafas de vinho e doces regionais.
Os nossos avós estão, com certeza, orgulhosos.
O meu fígado é que não (mas não se queixou muito).
A repetir.

domingo, 17 de maio de 2015

Família grande

É tão bom.
Pelo menos não se nota o lugar vazio na mesa.
O vazio fica só no nosso coração, porque a casa está cheia.
E é coisa que eu agradeço todos os dias.

sábado, 11 de abril de 2015

terça-feira, 7 de abril de 2015

4 anos

Fez ontem a minha filha.
E foi, como tudo de agora em diante, um dia de anos agridoce.
Apesar de não ter sido o dia perfeito, que não foi, foi um dia mais que perfeito.
E só podia, pela forma como começou.
Domingo de Páscoa, depois de jantar, as minhas irmãs e sobrinhas e o meu pai reunimo-nos à volta da cama dos meus pais, para mais uma vez dividir algumas coisas que ainda ficaram.
Ela e os primos mais novos vieram ter connosco, já ensonados.
Nisto entra o Tê a dizer que já era meia noite, e todos começam a cantar-lhe os parabéns.
E ali naquele mesmo quarto onde há dois meses a minha mãe nos deixou, em volta da mesma cama onde todos juntos chorámos e rezámos por ela, cantámos e festejámos os 4 anos de vida da nossa (e tão sua) princesa.
Parabéns, filha, que tens quem te adore na terra e no céu.

sábado, 21 de março de 2015

Hoje

... é de certa forma o início do meu 2015.
Nasceu um bebé muito, muito especial, de uma prima mais que especial.
Fiquei super contente quando recebi a novidade da sua gravidez, fui vibrando com a barriga a crescer, mas foi só depois da morte da minha mãe é que eu olhei para ela, desfeita em lágrimas com um barrigão, e pensei "Que bom! Agora, sim, vou desfrutar deste bebé!" Uma espécie de luz ao fundo do túnel...
É muito estranho pensar que a minha mãe não o vai conhecer (ou pelo menos da mesma maneira que nós), mas foi tão, mas tão bom dar-lhe as boas vindas em primeira mão.
Bem vindo, ZF! Que sorte que temos em ter-te por cá!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

A família

A sala do meu mais velho fez um trabalho sobre a família - um desenho e algumas frases que a educadora escreveu.
Havia imensos relatos fofinhos, de famílias fofinhas que brincam juntas e dão beijinhos.
O relato do meu filho - que no desenho incluiu também o primo - era mais ou menos assim:
"Vou ao parque com a minha família. Também vamos às casas dos outros. Vou à casa nova da tia - a tia mudou de casa porque estava farta da outra casa".
E é isto.
A malta cria memórias, rituais, afectos, vínculos, verbaliza sentimentos, conta histórias ao fim do dia e o diabo a sete, mas no fim de contas, o importante foi a mudança de casa da tia.
Está certo.

domingo, 23 de novembro de 2014

Tia maior de idade

O meu sobrinho mais velho fez esta semana 18 anos.
Exactamente a idade que eu tinha quando ele nasceu.
Foi o primeiro tudo, primeiro filho, neto, sobrinho, bisneto, sobrinho-neto, e foi por isso muito, muito especial. E continua a ser, claro.
Ser tia, para quem não sabe, é a melhor coisa do mundo. Melhor mesmo. E ser tia antes de ser mãe, é mesmo ouro sobre azul.
Acho que foi (e é) o papel que melhor desempenho.
Entre filha, mãe, mulher, amiga, ser tia é aquele em que eu acho que faço melhor figura.
Ter os melhores sobrinhos, se calhar, também ajuda...