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terça-feira, 18 de outubro de 2022

A importância de estar

 Este ano houve várias épocas (Julho e Setembro/Outubro pelo menos) de trabalho intenso, a todos os níveis - intenso no tempo, na dificuldade, na diversidade, na questão emotiva que também conta, enfim.

No fim de semana passado ultrapassei mais um obstáculo profissional no sábado à tarde, e para poder viver o momento e descansar depois acabei por passar o trabalho de domingo a um colega (ou seja perdendo esse dinheiro - logo, posso dizer que paguei para ter sanidade mental. Adiante).
E não fizemos nada de especial, mas apenas estivemos.
Sábado de manhã foi fazer máquinas de roupa (eu) e TPC (eles) e depois almoço (antes de ir para Lisboa). Domingo foi jogo de futebol do mais velho, caminhada no paredão com skate e bicicleta, e compras ao fim do dia - um dia normal e banal, mas caramba, a falta que me faz e a eles também, essa banalidade.

Em teoria já só falta um fim de semana intenso de trabalho (a full time nos dois dias) e depois hei-de poder voltar a escolher o trabalho dos fins de semana - ou então não, que os 10€ de gasóleo não chegaram a 3ª feira e de cada vez que vou ao supermercado quase que lá deixo um rim.

domingo, 9 de outubro de 2022

Sobre os preços

 A caminho do trabalho, de carro - porque é domingo, que só ando de carro ao fim de semana - percebo que está sem gasóleo e paro na bomba a meio do caminho para por 10€ (só uma nota, escolho as bombas que têm senhores a ajudar porque não gosto nada de abrir o depósito, mas adiante).
Não estava uma fila por aí além.
Noto que está a Sic a entrevistar pessoas e pergunto porquê - é porque amanhã a gasolina sobe 11 cêntimos.

Ainda bem que os jornalistas não vieram falar comigo porque de facto nem sei o que dizer.

Pus os 10€ e segui a minha vida.

segunda-feira, 7 de março de 2022

Sobre não saber lidar II

 Por uma questão de saúde mental, sei que não é bom estar sempre a ver as notícias - sei disso tudo, mas não consigo deixar de ver e ler (já foi assim na pandemia e assim me mantenho...).

Serve apenas para aumentar ainda mais esta sensação de impotência.

Continuo de queixo caído com o que se está a passar e o mundo a assistir...

Mais de 2 anos

 O meu pai morreu há pouco tempo - pouco mais de 2 anos.

Às vezes imagino (muitas vezes!), como seria se de repente ele regressasse à vida por um dia - o que iria achar disto tudo, de como tudo mudou em tão pouco tempo...

Acho que nem sei bem por onde poderia começar a explicar...

O mundo mudou nestes 2 anos, caramba! 

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Sobre não saber lidar

Com esta guerra, a primeira na idade adulta que presencio.
Tudo ganha outra dimensão. 
As famílias refugiadas no metro (o que se leva nestas ocasiões?), as casas destruídas (quem é que vai pagar?), as filas e filas a tentar sair do país (como se deixa uma vida para trás?).
O que dizer aos pré-adolescentes para lhes explicar como se chega até aqui?
Há explicação?
Em 2022 como é que se chegou até aqui mesmo?

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

1º dia de outono

Sempre assisti à minha mãe a ficar deprimida com o fim do verão. Falava muito nisso a partir do fim de setembro, com os dias mais curtos, e então com a mudança da hora pior um pouco - era uma "neura", usando a sua expressão.

Como temos tendência para ficar parecidas com as nossas mães, ou então no seu oposto, depois de uma adolescência e juventude a mal dizer o fim do verão e a chuva e a noite às cinco da tarde, pois que cada vez mais aprecio o que cada estação tem para nos oferecer.
E não, não tenho neura nenhuma por ter acabado o verão, muito menos com a mudança da hora - que tanto me ajuda a conseguir acordar cedo de manhã e ter manhãs mais tranquilas, e deitar mais cedo também indo para a cama a horas decentes (é só seguir o relógio biológico e tudo acontece uma hora mais cedo - e guess what, a hora que "perdemos" à noite ganhamos num momento muito mais rentável, que é a manhã).

Este ano consegui a proeza - sem esforço nenhum! - de nem sequer sentir aquela nostalgia do último mergulho, tive um setembro tão cheio de novidades, e com uma viagem pelo meio, nem me ocorreu que de facto a época balnear estava a terminar (é a minha preferida, que isso fique bem claro).

E assim foi com um sorriso que vi na previsão que os primeiros dias de outono de facto chegavam esta semana - é época disso mesmo, de castanhas e folhas laranja no chão, das abóboras e dióspiros, de trocar as sandálias pelas botas fechadas e viver o que de melhor cada estação tem para nos oferecer.
O que aí vem é lindo e maravilhoso? Claro que não - tanto que eu nem acho assim grande graça ao Natal, no entanto é este o tempo - e como diz a célebre passagem da Bíblia "tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu".
Há tempo para tudo e tudo tem o seu tempo.

Vamos lá abraçar esta passagem do tempo como a dádiva que ela de facto é, pois já se sabe que num abrir e fechar de olhos já estamos a mudar os relógios outra vez.



segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Horário de Inverno

 Serei a única a ver o lado positivo do horário de Inverno?

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Ao fim de um mês o sol surgiu

 ... e eu quando o vi, quase me vieram as lágrimas aos olhos.
Eu sei que a vida não muda, nem pode mudar, quer chova quer faça sol - em teoria até poderia chover sempre, pois se é para ficar em casa, ao menos que deixe de apetecer sair.
Só que não, senhores, não mesmo.

Na sexta passada quando acordei e vi o sol, ao fim do que me pareceu uma eternidade sem o ver, fiquei logo automaticamente mais bem disposta, com mais energia, mais leve - e não, nada mais tinha mudado, foi só mesmo o bom tempo.
E não foi pouco.

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Sinais dos tempos - trabalhar com máscara

 Temi o pior, já que as idas ao supermercado e pouco mais em que já tinha usado máscara se mostraram difíceis de suportar.

Tinha estado no máximo umas duas horas de seguida com máscara.  Agora foi um dia inteiro, tanto dentro como fora, com temperaturas a rondar os 30 graus e em longas caminhadas pela cidade.

Infelizmente, as máscaras descartáveis acabam por ser as mais confortáveis de usar em períodos mais longos - e dentro destas, há marcas mais confortáveis que outras, que não magoam atrás das orelhas.

O mais difícil para mim - muito mais que a temperatura e a constante transpiração na zona do bigode - foi mesmo ter de me adaptar a estar com miúdos que só me vêem metade da cara.

Então na rua, em que estou de óculos escuros, é igual a estar de costas - nem ouvem, nem vêem coisa nenhuma. Deixamos de poder falar para o grupo, tinhamos de nos aproximar qb, tirar os óculos e falar olhos nos olhos para que nos dessem atenção.

Metade da nossa expressão facial fica tapada.

Ironia, não percebem. Piadas, não percebem. Falamos a sério e eles riem, brincamos e eles levam a mal.

Houve mesmo um momento que tivemos de parar tudo, afastar a uma distância segura, tirar a máscara e explicar com calma o que estava a acontecer, pois os mal entendidos eram mais que muitos - por causa da máscara eles não estavam a perceber a entoação da nossa conversa, e o exercício não estava a resultar por causa disso.

Foi um desafio.

No último dia, para acabar em beleza, num momento de relax em que (à distância) tirei a máscara para poder inspirar, um miúdo de 6 anos virou-se para mim e disse:

"Pareces mais velha sem a máscara. Com a máscara pareces nova, depois tiras e ficas mais velha."

Haverá maior motivação para manter a máscara todo o tempo?

(vamos lá ver quanto tempo vai durar este novo hábito...)

terça-feira, 7 de abril de 2020

Só uma palavrinha sobre a situação actual

Estou farta desta merda toda. To-da.

(pronto, já desabafei, podem ir à vossa vida)

domingo, 5 de abril de 2020

Dias de quarentena

Nunca pensei, nunca mesmo, que viéssemos a passar por isto em 2020.
Muito frequentemente, muito mesmo, durante as minhas visitas refiro epidemias anteriores - a de cólera que matou o D.Pedro V e alguns dos seus irmãos no séc. XIX, a de "gripe espanhola" que matou o Amadeo em 1918 - mas sinceramente nunca imaginei que fossemos passar por isto.

Fez ontem 3 meses que o meu pai partiu, e garanto-vos que parece que foi há 3 anos.
Penso naqueles dias no hospital em que ali estivemos junto dele até ao último suspiro, penso nos dias que se seguiram, nos velórios, missas e funeral, e nos abraços que recebemos - centenas, milhares! - que nos encheram a alma.
Que arrepio pensar nos que morrem agora, no quanto o mundo mudou - todos mudámos - desde então.

Já lá vão mais de 20 dias de confinamento, e aos poucos vamos percebendo que afinal, como em tudo, aguentamos mais do que imaginamos. Aguentamos tudo, deixem que vos diga, e isso é também deveras assustador.

Já lá vão mais de 20 dias, mas digamos que o tempo até passou bastante rápido. Muitos planos e coisas que tenho para fazer ainda permanecem iguais - o quarto das miúdas por destralhar, principalmente.
Considero-me uma pessoa bastante caótica, e descontraída, mas depois vejo que não. Sou obstinada com os horários, faz-me confusão que os miúdos saiam da rotina, e estou passada com esta história da mudança de horário porque ando a acordar mais tarde e isso - mesmo tendo  zero compromissos - faz-me espécie.
Faço a minha caminhada matinal, faço ginástica na minha app (que uso há meses), visto-me normalmente (e não de fato de treino!), só não uso maquilhagem (mas ainda assim nos primeiros dias ainda usei!). Obrigo os miúdos a vestir, pentear e tudo e tudo nem que seja para depois se sentarem no sofá, detesto vê-los de pijama depois do pequeno-almoço.
Estou farta de cozinhar, principalmente de fazer sopa, mas não consigo abdicar de a fazer. Sopa, salada, fruta, tudo dentro da normalidade
Acho que os anos a trabalhar em casa me deram as ferramentas para saber sobreviver a isto de forma relativamente tranquila, mas isso implica ser rigorosa nas regras - e sou um bocado obcecada com isso, confesso.

No meu dia a dia normal passo muitas horas sozinha.
Acontece muitas vezes ir trabalhar e não me cruzar com colegas (por diferenças de horários) e normalmente almoço sozinha, muitas vezes até em casa (mas sozinha). E sim, sinto falta desse silêncio, de estar sozinha sem dar atenção a ninguém.
Do lado oposto sinto, sentimos todos, falta dos primos, tios e avós, que fazem parte do nosso dia a dia, tanto à semana como ao fim de semana, além dos amigos, claro. Os miúdos estão com umas saudades enormes de estar com outros miúdos além deles próprios - mas eu até acho que lhes faz bem serem obrigados a entenderem-se.

Penso muito no que vai acontecer depois de tudo acabar.
Tudo isto vai revolucionar a nossa maneira de viver, e infelizmente nem tudo é cor de rosa nos tempos que se aproximam.
Eu estou sem trabalho até sei lá quando, uma quantidade de empresas não vão sobreviver, vamos todos penar durante uns anos por causa disto - e logo agora que começávamos timidamente a sair dos efeitos da crise de 2008.
Até lá, cada um faz a sua parte e fica em casa o melhor que pode.
Já não falta tudo!

domingo, 15 de março de 2020

A pandemia e o espelho

Tenho a sensação que esta pandemia de Covid 19 em que nos encontramos, e consequente quarentena (por agora voluntária), nos coloca um espelho à frente da cara (da nossa e do mundo).

Todas as decisões que tomámos até aqui são-nos apresentadas em toda a sua plenitude.
Fechados em casa deparamo-nos, sem subterfúgios, com a pessoa que escolhemos, com os filhos que temos e a educação que lhes demos, com a casa que comprámos, com o divórcio, com o trabalho que nos vai permitir ou não sobreviver nos próximos meses, com a despensa minimalista ou cheia até ao tecto, com o caos ou a ordem do sítio onde vives..
Parece que o universo nos diz: "esta é a tua vida, foi isto que escolheste. Lida com ela!"

Por outro lado, olho para o efeito que este vírus está a ter no mundo, e penso também no peso das nossas escolhas do passado. Quem escolhemos para nos governar, as políticas, as fronteiras abertas ou não, a UE, o que consumimos, como funciona a nossa sociedade.


Vamos ver o que acontece quando abrimos os olhos e nos vemos ao espelho.

sexta-feira, 13 de março de 2020

Tempos estranhos, estes

Em nenhum momento imaginámos o que nos estava reservado para este ano.
Por aqui todos com saúde no nosso círculo alargado (que saibamos) e já todos isolados, cada um na sua casa.
Cá em casa só o pai ainda tem ordem de soltura, mas espero que seja mesmo por pouco tempo.

Dizem que é nas alturas de crise que os nossos valores vêm ao de cima, ficamos (já estamos) com as emoções à flor da pele e tudo aquilo que somos aparece sem disfarces, à transparência.

A mim parece-me que estamos todos um bocadinho orfãos, sentimos falta de alguém que nos diga o que fazer para ficar tudo bem.
Sinto que estamos todos a embarcar sem saber para onde vamos. Não sabemos mesmo.
Mas para onde formos, vamos juntos.

segunda-feira, 9 de março de 2020

Efeitos colaterais da epidemia do momento

Esta que vos escreve está praticamente sem trabalho.
As escolas cancelaram as visitas aos museus e monumentos, os turistas estão a deixar-se ficar nos seus países.
E nós, trabalhadores a recibo verde, vamos ter de ter imaginação para conseguir algum rendimento.

Aguardo ainda com alguma serenidade que a epidemia passe rápido, mas sei que em breve terei de arregaçar as mangas e meter mãos ao trabalho noutra coisa qualquer.

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Manual de má criação

No baloiço do parque com a mais nova e o mais velho, vejo duas adolescentes com um rapaz de 8 ou 9 numa grande algazarra no baloiço do lado.
Nisto uma das raparigas não acha nada melhor do que cuspir a sua pastilha elástica para o chão.
Com toda a delicadeza, e até dando um ar bastante cool (que eu trabalho com adolescentes, sei como lidar com as feras), pedi se ela não se importava de apanhar, já que o caixote estava mesmo ali (literalmente a um passo). Usei mesmo um tom de voz suave, dando o exemplo dos bebés que podem pisar ou engolir, não fui minimamente autoritária.
O que se seguiu foi de tal forma javardo que nem sei explicar. As miúdas só faltou insultarem-me à séria, umas mal criadonas que nem tenho palavras.
Resolvi ignorar e falar para o meu o mais velho, explicando que há pessoas assim, que pura e simplesmente não sabem viver em sociedade, que não pensam nos outros.
Eles lá continuaram a refilar, que se estou mal eu que pegue nas pastilhas e ponha no lixo, que há homens pagos para limpar o parque, que o mal é do ambiente e não deles. E claro que os outros dois atiraram também com as suas pastilhas para o chão na maior manifestação.
Foi uma enorme lição de como lidar com uma adversidade, como ter auto controlo, como às vezes o melhor é mesmo ficar calado, por muito que custe, quando a vontade era correr tudo à chapada.
Mas fiquei triste por ver aquelas criaturas completamente ao abandono.
Nessa tarde falei com o mais velho sobre isto, e fiquei a pensar o que vai ser daqueles miúdos um dia mais tarde. Tenho a certeza que tudo isto, que no fundo é fruto da educação que receberam, se vai virar contra eles, num ciclo que não vai ter fim.
Uma tristeza, mesmo.

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Sobre o Halloween e o Pão por Deus

Uma novidade: são compatíveis, malta.
Não é preciso escolher entre uma tradição e outra, entre aquilo que vem do nosso passado ou não.
Dá para manter os dois, sem problema. No fundo têm ambos a mesma raiz e não se chateiam.
Monstros e bruxas e andar de casa em casa dia 31 à noite; saquinho de pano e pão por Deus de casa em casa dia 1 de manhã.
Doces para todos até fartar, miúdos super felizes, tradições mantidas (nossas ou não).
De nada.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Tristeza

Tristeza é pouco para descrever o que se sente com a tragédia que o país atravessa.
Incêndios há sempre, como este foi coisa que nunca se viu.
Impressiona principalmente por haver crianças envolvidas. Famílias com filhos pequenos a passar uns dias de férias divertidos, que acabam de um modo que ninguém imaginaria.
Como viver depois disso? Como podem estas mães e avós continuar a viver depois de ver filhos e netos levados pelo fogo?
Só espero mesmo que tudo tenha acontecido rápido. Tão rápido que nem tenha dado para perceber o que estava a acontecer.
E que isto sirva para mudar alguma coisa.
Para mudar tudo, aliás.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Quando a lei supera o bom senso

Sou completamente a favor da nova lei de dar prioridade obrigatória às pessoas que dela necessitem. Num mundo perfeito isso não seria necessário, o bom senso se encarregaria de tratar do assunto. Tirando um ou outro episódio, em 3 gravidezes não me posso queixar de falta de prioridade, mas já vivi num país de primeiríssimo mundo onde as grávidas se ofendem se lhes for cedido o lugar - gravidez na Holanda não é doença, e por isso até se cai no exagero ao contrário.
Desde há poucos dias que se aplica a nova lei, onde pessoas que não respeitam as prioridades podem ser multadas. Pois que em menos de 1 semana já vivi situações verdadeiramente insólitas. Estou a ver quanto tempo demora até as grávidas estarem a ser insultadas na rua, tamanho exagero que vai haver.
Situação 1 foi no supermercado. Tinha uma senhora bem velhota, mais de 80 anos de certeza à minha frente na fila, com um saco de pão e pouco mais. Foi atendida e pagou. Aproximei-me eu da caixa e o rapaz ia tendo um ataque, desfez-se em desculpas, que não tinha reparado, ai que a senhora está grávida e eu não a deixei passar à frente! Ao que lhe respondi que a senhora à minha frente também é prioritária, e que nesse caso prevalece a ordem de chegada. O rapaz quase que se pôs de joelhos a pedir desculpa, um exagero pegado, que não queria mesmo ter de pagar multa.
Hoje foi na Segurança Social. Mal entro sinto logo os olhares de lado, mas com esses posso eu bem. Deram-me uma senha prioritária, mas eu (claro) tive de ir ao wc. Quando saio já tinham chamado a minha senha, e a seguinte também - um casal com um bebé minúsculo no carrinho. Aqui podiamos entrar no esquema de "porque trazem eles o bebé para a SS?", porque se estão ali os dois provavelmente podia ter ficado um em casa com o bebé e não o expor a isso, mas pronto, acreditemos que estão os dois porque precisam mesmo de estar os dois. A senhora disse que tinha de atender a senha deles primeiro, eu disse que por mim tudo bem (até porque eu tinha mesmo acabado de chegar) mas o casal insistiu que não, que a grávida tem prioridade, e estivemos ali num impasse "são os senhores primeiro" "não, não, a senhora é que está primeiro" durante um bocado, num exagero um bocado ridículo mais uma vez...
Prefiro isto a ser ignorada na fila prioritária como acontecia antes - mas aí eu apenas perguntava delicadamente se me davam a prioridade e passava à frente como tinha direito.
Todo este alarmismo e medo da multa mal olham para uma barriga de grávida ainda vai ter consequências desagradáveis, estou mesmo a ver...

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Perceber como anda a 3ª idade deste país em dois passos

1) tirar senha e esperar a sua vez na sala de espera do centro de saúde
2) tirar senha e esperar a sua vez na Caixa Geral de Depósitos

Devia ser obrigatório para qualquer cargo de poder em todo o país.

domingo, 31 de julho de 2016

Fora de época (ou Coisas que me enervam)

Passear no instagram de marcas de roupa e dar com previsões da próxima colecção Outono/Inverno.
Abrir o e-mail e ler "Dicas para um regresso às aulas feliz".

Senhores... passamos o ano inteiro - inteirinho - a sonhar com esta época. É para apreciar, é para desfrutar, é para aproveitar.
Queremos praia, areia, sal, esplanadas, gelados, vestidos frescos e havaianas.
Não queremos saber de mochilas nem cachecóis.
O Outono é engraçadinho sim senhor, o Natal é mágico sim senhor e a Primavera só interessa porque antecede o Verão.
Só nos importa o Verão, no fundo. O resto são estratégias para nos aguentarmos o resto do ano.
Guardem lá essas conversas para a época devida.
Obrigada.