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domingo, 4 de setembro de 2011

O amor morreu?



Alguns dizem que sim, que o amor morreu e quem o matou foi a emancipação feminina. Os sociólogos, entretanto, afirmam que o amor ficou mortalmente ferido durante a Primeira Guerra Mundial e acabou por ser morto na Segunda Grande Guerra. Acham eles que as estruturas essencialmente masculinas foram terrivelmente abaladas por essas duas grandes guerras.

A mulher deu vazão à sua ansia de liberdade e caminhou para a frente sem se deixar deter pelo jugo masculino. Os preconceitos abatidos pelo pensamento moderno impeliram-na a matar a sua sede de vida asfixiada durante seculos, pelo gineceu.

Não se trata de vingança, - dizem as mulheres - mas de desforra. Não somos inferiores, nem menos capazes, nem menos limitadas. Sempre fomos iguais aos homens e, para dizer a verdade, superiores, até. Eles é que não queriam como ainda não querem aceitar essa igualdade ou superioridade, por medo e comodismo.

A mulher de hoje é independente, não pede licença a ninguem para viver sua vida. Nem à familia, nem à sociedade, nem ao homem. Elas apenas vivem dentro dos limites da sua propria consciencia.

Mas isso não quer dizer que o amor morreu. Apenas não adianta salvar mais o romantismo. Aos poucos êle se esvai e um sentimento mais racional, mais realista e frio substitui o velho amor.

Há os que procuram salvar dos escombros uma restea dos antigos romances onde o toque indelevel dos namoros com calafrios e suspiros era necessario para a realização do verdadeiro amor.

Hoje já não são mais necessarias as faiscas da imaginação para um entendimento de alma. O temor da solidão e do futuro é uma realidade, o mesmo que persegue como sombra de morte os jovens da era atomica.

As mulheres - dizem os homens - jovens ou não, são frias nas relações sentimentais e não se interessam mais do que o necessario pelo que se chama cultura de massa.

Lenita Miranda de Figueiredo