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26: meu aniversário

Marijleite
Sim, eu amo usar filtros fofinhos nas fotos!
Para quem, até algum tempo,
 nem conseguia postar uma foto de perfil
de tanta timidez, é uma evolução e tanto!
 Como já é tradição nesses sete anos de blog, vinte e quatro de dezembro é dia de post sobre o meu aniversário! Mesmo que ninguém se interesse, eu gosto de registrar meus pensamentos e sentimentos nessa mudança de idade.

 Os vinte e cinco sempre foram uma idade com a qual sonhei, imaginado como estaria minha vida... Já para os vinte e seis, não havia traçado muitos planos.

 Graças aos Céus, tenho minha família por perto, ainda que tenhamos enfrentado turbulências recentemente. Consegui me sair bem no último semestre da faculdade. Mas ainda não escrevi o tão sonhado livro. Se bem que participei de mais algumas antologias. Aos vinte e cinco, me senti bem como nunca havia me sentido antes.

 Para os vinte e seis, não tenho muitas metas traçadas. Quero aproveitar as oportunidades que surgirão. Espero que vocês continuem acompanhando o blog.

 Obrigada!

 Feliz Natal!

 Maria.

Até o próximo post!

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Setembro Amarelo: um relato sobre a minha experiência com o tema

 Olá pessoal, tudo bem? Talvez vocês estejam vendo postagens pelas redes sociais com a temática Setembro Amarelo, que "é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, com o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo e suas formas de prevenção" (fonte). Eu pensei muito, mas não sabia se deveria ou não escrever sobre o tema, nem o que escrever; então decidi simplesmente contar a minha história, pois aprendi que falar faz bem e ajuda a organizar as ideias. Leiam com carinho!

livros, setembro-amarelo

 Meu nome é Maria, tenho 25 anos e já pensei inúmeras vezes em me suicidar. Nunca tentei de fato.

 Aos 8 anos, fui diagnosticada com depressão por um farmacêutico que me passou alguns remédios que tomei por alguns meses. Não foi o diagnóstico ideal, mas compreendam: eu morava  na zona rual de uma cidade minúscula do interior, onde era difícil conseguir um médico, que dirá um psicólogo. Esse farmacêutico era a salvação da minha família, e foi para eles que correram quando viram a filha sempre chorando sem motivo. Naquela idade, me sentia muito sozinha, e lembro de incontáveis tardes em que fiquei no quintal pensando em formas de me matar.

 E assim eu cresci. Numa luta eterna entre a certeza de que não importava o que os outros pensavam de mim e a vontade de ser aceita, uma vontade comum especialmente na adolescência. Sempre fui tímida, e algumas vezes para me soltar nas festas, tomava bebidas alcoólicas. E eu me soltava, mas depois me arrependia das bobagens que fazia ou falava enquanto estava bêbada. Aí vinha a vergonha e o arrependimento, duas forças muito perigosas para quem já tinha pensamentos depressivos.
 "Você não está viva se não tiver arrependimentos." (trecho do livro "Tudo e todas as coisas" da Nicola Yoon, páginas 182, lido em 2017)
 A escola era um paraíso e um inferno. Um paraíso onde eu tinha amigos e sentia que era boa em alguma coisa, onde tinha um propósito para existir: aprender. Mas também era um inferno onde eu podia ser ignorada ou ridicularizada.

 Em 2010, depois de terminar o Ensino Médio, comecei esse blog e descobri que também poderia ter voz. Depois de conhecer alguns blogs literários, em 2012, decidi voltar a ler. Sempre gostei de livros, mas no mundo em que eu vivia, era um "luxo" desnecessário. Aí eu comecei a ler, comprava alguns livros pela internet ou na revista da Avon, pedia pro meu namorado no aniversário, pegava emprestado num grupo na internet (o que me forçava a ter que sair da comodidade da minha casa ou da loja onde trabalhava e ir até a agência dos Correios fazer o envio para devolver o livro), comecei a conseguir parcerias com autores e editoras... Pouco a pouco, fui me abrindo enquanto o mundo também se abria para mim.
 "Assim, Jean se deixava embalar pelas ondas, que o erguiam e passavam. E começou aos poucos, devagar, infinitamente devagar, a confiar. Não no mar, de jeito nenhum, esse erro ninguém deveria cometer! Jean Perdu voltou a confiar em si mesmo."  (trecho do livro "A livraria mágica de Paris" da Nina George, página 239, lido em 2017)
 Em 2013, eu li o livro "As vantagens de ser invisível" do Stephen Chbosky. E acredito que foi nesse ponto que a maior mudança da minha vida ocorreu. Até então, eu tentava me proteger de tudo, deixava de sentar na calçada para não sujar a roupa, deixava de comer as coisas na rua por achar que poderia sujar o rosto, não cantava por medo de me sentir ridícula, não lia livros tristes nem via filmes de drama para não chorar, sufocava minhas vontades por medo... Aí eu conheci o Charlie, protagonista do livro, e foi como se eu encontrasse a explicação para tudo o que estava dentro de mim e eu não consegui explicar.

 "As vantagens de ser invisível" me fez pensar em me matar, afinal, por quê não? Mas também me fez pensar em viver, afinal, por quê não? "Talvez seja bom colocar as coisas em perspectiva, mas às vezes acho que a única perspectiva é estar aqui. Como disse a Sam. Porque não há problema em sentir as coisas. E ser quem você é." Essa citação da página 221 e outras tantas do livro me fizeram aceitar quem eu sou, com tudo o que eu já fui e com o que eu posso ser.

 Depois de "As vantagens de ser invisível", eu entrei para a faculdade (que se Deus quiser terminarei esse ano), encarei os estágios, casei, escrevi e publiquei três contos em antologias, comecei um canal no YouTube, me tornei feminista (o que me ajudou a não sentir culpa por não seguir o padrão opressor que a sociedade impõe), e estou seguindo em frente a cada dia.
"Apenas aguente como puder e acredite no futuro. Confie em mim. Esta é apenas uma pequena parte de sua vida." (trecho do livro "Perdão, Leonard Peacock", Matthew Quick página 105, lido em 2014)
 Li muitos outros livros com a depressão e o suicídio como temas. Posso citar "Perdão, Leonard Peacock", onde o personagem ia cometer um assassinato e depois se suicidar, mas antes teve a presença confortadora de um professor que estava lá quando ele precisou, sorte que a Hannah de "Os 13 porquês" não teve, mas que, assim como o livro do Leonard e tantos outros lidos, deixou como lição a importância que as nossas palavras podem ter na vida dos outros. Palavras que podem matar especialmente aqueles que já estão feridos, mas que também podem ajudar a despertar a cura naqueles que precisam se sentir parte de algo, que precisam de algum lugar onde se apoiar num momento difícil.
"Ninguém sabe ao certo quanto impacto tem na vida dos outros. Muitas vezes não tem noção. Mas forçamos a barra do mesmo jeito." (trecho do livro "Os 13 Porquês", Jay Asher, página 135, lido em 2014)
 Eu nunca passei grandes dificuldades, nunca tive grandes perdas, não tenho nenhum trauma que eu me lembre. Não dá para encontrar nada que justifique a depressão, a ansiedade, a falta de ânimo e de vontade de viver que já experimentei. Antes que alguém cogite "falta de Deus", minha relação com ele vai "muito bem, obrigada!", tanto que entendi que ele não me abandonou nas tantas vezes em que o busquei, mas que nada conseguirá florescer sem antes eu cuidar do solo.

 No último ano eu tive dias de muito choro, onde novamente a vontade de acabar comigo apareceu, mas essas duas décadas e meia de existência me ensinaram que esses momentos passam para mim. E quando dias difíceis chegam, eu deixo as lágrimas saírem e espero, penso em tudo o que há na Terra e que eu amo: a minha família, os meus livros, as histórias que eu ainda quero ler e escrever. Diversas vezes já esqueci momentaneamente minhas tristezas nas páginas de alguma trama que eu nunca viveria, mas que me distraiam. Mantenho um diário, pois me lembrar do que aconteceu nos anos anteriores me ajuda a ver o quanto já sobrevivi. Leio de tudo, pois tanto um livro de terror quanto um romance podem despertar emoções em mim; ouço todo tipo de música, pois cada uma pode mexer uma parte do meu corpo; experimento todos os tipos de sorvete e de comidas, ainda que tenha meus preferidos. Quando bate a ansiedade, penso no pior e no melhor que pode acontecer, e me lembro que o que importa é tentar (confesso que sempre tento ter um plano B).
"Quando meu pai adoeceu, tinha tantos arrependimentos... Ele me disse que havia tantas coisas que queria ter feito... Sempre imaginara que teria mais tempo. Nunca me esqueci disso. Por quê você acha que resolvi aprender a tocar flauta numa idade tão avançada? Todos disseram que eu era velha demais, que para ser realmente boa eu deveria ter começado quando criança. Mas a questão é que não preciso ser boa. Só tenho que me divertir com isso. E saber que tentei." (trecho do livro "O visconde que me amava" da Julia Quinn, página 283, lido em 2014)
 Eu não sei exatamente o que viverei nos próximos anos. Não sei se há uma cura definitiva. Como o Wolf de "A Montanha" tem como lema: sei que "haverá oscilações", sei que posso novamente me sentir muito triste e cansada, sei que posso ter semanas terríveis onde o fim pode parecer a saída mais fácil. Mas enquanto esses dias não chegam, vou me abastecendo de pedacinhos de felicidade, vou traçando objetivos que parecem irreais para o meu lado pessimista, mas que podem acontecer se eu for atrás nessa era cheia de possibilidades, tento me limpar dos pensamentos e sentimentos ruins e tecer uma corda, não como uma forca, mas como algo para me prender à vida.

 Se você conhece alguém que pode estar pensando em suicídio, esteja atento, esteja presente. Acompanhamento médico/psicológico pode ajudar muito, mas para isso é preciso que ele seja buscado. Se você cogita a possibilidade do suicídio, acredite que SEMPRE há outras alternativas, sempre há algo que valerá a pena viver para ver. Nossa vida importa, tem valor, temos um espaço no mundo, podemos fazer a diferença.
 "- O tempo nunca acaba -, sussurrou, sem olhar pra mim, mas mirando minha tela. - Como sempre há tempo para a dor, também sempre há tempo para a cura. É claro que há." (trecho do livro "A Lista Negra", Jennifer Brown, página 179, lido em 2015)
 Por hoje é só, espero que tenham gostado desse post bem pessoal. Recomendo a leitura de todos os livros que citei, pois podem gostar deles. Suicídio é um assunto cercado de preconceitos e incertezas, mas como o próprio site do Setembro Amarelo diz: "falar é a melhor solução". Recomendo também que visitem o site do CVV - Centro de Valorização da Vida para compreender melhor o assunto.

Até o próximo post!

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Escrevendo sem medo de agosto: "Eu gosto tanto de você, que até prefiro esconder" #ESM

 Olá pessoal, tudo bem? Quando fui ver o tema do projeto de escrita do qual estou participando, o "Escrevendo sem medo", para o mês de agosto, pensei: "Eita! O que é que eu vou escrever com esse tema?". As instruções eram: "Esse texto funcionará como uma carta anônima. Pense em alguém que você gosta e se declare. Exponha aquilo que faz com que você goste tanto da pessoa, dê dicas de quem ela é, mas não revele para quem a carta se destina.". Vou dar uma roubadinha? Sim, vou! Será necessário, hehe.

Imagem totalmente aleatória, fonte.

 Querido ***** ****,

 Talvez você até suspeite, desconfie ou já tenha reparado como eu quase perco o controle quando te vejo, como meus olhos brilham ao te avistar, como meu coração muda de ritmo ao te ter por perto.

 A verdade é que, como diz aquela música, "eu gosto tanto de você, que até prefiro esconder", pois um gostar assim, tão intenso, pode ser incompreendido por alguns, e é melhor deixar isso só entre nós.

 Sei que há também algumas pessoas que podem compreender esse amor. Pessoas que também conhecem o potencial transformador de um sentimento assim. Como uma relação desse tipo pode tirar uma alma das sombras, pode ser um amparo e uma luz na busca por um caminho feliz... Uma companhia para a solidão, um alento para os sofrimentos, uma fuga para dentro ou para fora, ou uma janela para um novo horizonte.

 Obrigada por cruzar o meu caminho. Eu não espero uma resposta sua. Sei que ela dificilmente virá. Só quero que saiba que é amado.

 Espero que se encontre bem, em um local seco e seguro.

 Com carinho,
 Maria.

 E é isso! Alguém aí arrisca um palpite sobre para quem é essa declaração?

 Leia também:

 Participe do TOP COMENTARISTA  de agosto para concorrer ao livro "Dois Mundos", clique aqui para deixar seu e-mail no formulário de inscrição.



Até o próximo post!

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"O que há de errado com a humanidade?" (projeto Escrevendo Sem Medo - #ESM julho)


Difícil achar uma imagem para ilustras o post, mas gostei dessa (fonte).
 Olá, tudo bem com vocês? Quem acompanha o blog sabe que estou participando do projeto Escrevendo Sem Medo da Thamiris Dondossola, onde a cada mês devemos escrever um texto sobre um tema determinado. Agora a pouco fui conferir o tema de julho que nos desafia a responder a seguinte pergunta: "O que há de errado com a humanidade? ". Pergunta meio difícil de responder, né?! Afinal, não é o que está errado no mundo, mas na humanidade. E tem tanta coisa que não está certa, que a gente vê diariamente, semanalmente, anualmente, que não está dando certo... É tanta morte, fome, miséria, violências de todos os tipos, maldade... E tudo causado pela mão humana! O problema e a solução devem estar também nos humanos, afinal, o planeta é bem grande para caber todo mundo.

 Acho que uma capacidade que nós, seres humanos, temos, e que nem sempre usamos, é a consciência, pensar sobre as consequências que surgirão por causa das nossas ações. Temos também a empatia, o ato de se imaginar no lugar do outro e de como esse outro se sentiria em determinada situação. Se somos todos humanos, podia acontecer com a gente também, né?! E aí temos o respeito, a consideração pelo outro. E aí vem a ideia do amor ao próximo como um caminho a se seguir.

 E é a ausência da consciência, da empatia, do respeito e do amor ao próximo que está prejudicando a humanidade como um todo. A ausência do olhar em torno, do olhar para dentro e de olhar para os lados, ausência que nos isola, que nos impede de alcançar a plenitude...

 Que a humanidade possa exercitar mais sua racionalidade, característica que é tão falada na escola como o que nos diferencia dos demais animais e nos torna humanos, para que assim perceba que, como milhares de anos e toda a História que já acumulamos nos mostra, o caminho da união é o melhor.

 Quando as coisas boas aumentam, as ruins diminuem.

 Com todos dendo um pouquinho do seu melhor, ficará mais fácil acertar o que está errado com a gente, com a humanidade.

 O assunto renderia bastante, mas para não me alongar, vou encerrando por aqui. O que está errado a gente conhece e vê todo dia, que tal começarmos a consertar o que for possível?

Até o próximo post!

 Leia também:
Considerações sobre um fim de semana ensolarado (texto de junho)


Participe do TOP COMENTARISTA de Julho, clique aqui para saber como participar e concorrer aos livros "O Casal que mora ao lado" e "Paris para um e outros contos".




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Considerações sobre um fim de semana ensolarado (#ESM junho)

sol, montanha

 Eu, que sempre tive medo de altura, estava ali, no alto, sentindo o sol no rosto e o vento bagunçando  os meus cabelos.

 Era uma bela forma de aproveitar um fim de semana ensolarado, não?

 Com a rotina, o dia-a-dia, sempre o mesmo caminho, sempre as mesmas pessoas, a cidade, o asfalto,  o ar-condicionado, o barulho das máquinas... algumas vezes a gente até esquece como é conviver com a natureza, como é sentir o calor do sol aquecendo todo o nosso corpo, como é ouvir o barulho do vento, observar o céu e a grandiosidade da natureza.

 Mas não deveríamos nos esquecer dessas coisas, e se estamos esquecendo, fica o convite para lembrar, mesmo que seja apenas por um final de semana ensolarado. Somos seres vivos, fazemos parte da natureza, e estar em contato com ela nos recarrega, nos liberta, nos faz viver de verdade.

*

 O tema do projeto Escrevendo Sem Medo de junho era fazer um texto baseado na imagem que ilustra o post. Escrevi algumas poucas linhas e espero que vocês tenham gostado. Quem aí topa o exercício de escrever nos comentários algumas palavras sobre a imagem acima? Mais alguém sente que, de vez em quando, precisa relembrar que a natureza está aí pertinho?

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Se eu tivesse poderes mágicos... (#ESM maio)

paris, torre eiffel
Imagem: Bruna Vieira, Depois dos Quinze
 Olá, leitores, como vão? Eis que o projeto "Escrevendo Sem Medo", organizado pela Thamiris do blog Historiar, desafia seus participantes a contarem qual poder mágico gostariam de ter. Desafio aceito, vamos ao super poder que esta que vos escreve gostaria de ter.

 Deixemos a capacidade de salvar o mundo ou de promover a paz mundial para os mais sonhadores, e o poder de se tornar invisível para os mais curiosos. O que eu queria mesmo era algo bem mais prático: poder me teletransportar!

 Imagine não ter mais que ficar horas e horas num ônibus para ir de um ponto ao outro. Ou não precisar mais se preocupar com a péssima condição das estradas. Ou, ainda, poder visitar aquelas pessoas que amamos mas que estão há muitos quilômetros de distância. Seria ótimo, não?

 Por isso, eu queria ter o poder de me teletransportar. Conseguir chegar no supermercado instantes antes de ele fechar e comprar o que faltava para o jantar ou algo especial para uma visita inesperada. Ir aos tantos eventos literários com os quais apenas fico sonhando. Conhecer os pontos turísticos sem me preocupar com a variação do dólar ou do euro que afetariam o valor da hospedagem.

 Enquanto esse super poder não se torna real, se eu tivesse um carro e soubesse dirigir, certamente já me sentiria bem mais independente.

25 fatos sobre mim (Projeto Escrevendo Sem Medo #ESM Abril)

 Olá pessoal, tudo bem com vocês? No desafio de escrita que estou participando, o Escrevendo Sem Medo, o tema do mês de abril era "Um fato sobre mim para cada aniversário". Com isso, hoje venho trazer uma lista com um fato para cada um dos meus vinte e cinco anos. Vamos lá!

Foto aleatória da minha estante

1 - Tenho 25 anos, mas muita gente acha que tenho menos.
2 - Não consigo deixar livros no plástico, tenho que abri-los para ver como são por dentro. Vai que veio faltando alguma página.
3 - Estou no último ano do curso de Pedagogia.
4 - Em toda a minha vida, infelizmente, só fui uma vez no cinema.
5 - Não gosto de andar em escada rolante.
6 - Leio de tudo, mas não resisto a um romance de época.
7 - Ainda não terminei de ler a série Harry Potter.
8 - Escrevo com a mão esquerda.
9 - Já vi uma onça de perto.
10 - Sempre tirei boas notas em Matemática.
11 - Amo sorvete, de preferência de frutas.
12 - Não tenho vontade de morar numa cidade grande.
13 - Só entrei em uma livraria uma vez na vida, até hoje.
14 - Gosto de todo tipo de música, ouço um pouco de tudo.
15 - Não sei falar inglês, já tentei fazer um curso online mas desisti.
Antologia onde tenho um conto publicado
16 - Tenho vontade de escrever um livro, até já anotei várias ideias para histórias, agora é conseguir tempo e disciplina para escrever (já publiquei 2 contos em antologias).
17 - Depois de ler, acho que dormir é o que eu mais gosto de fazer.
18 - Se eu fosse um animal, talvez eu seria um gato (vide item 17).
19 - "As vantagens de ser invisível" é meu livro favorito, mas ainda não consegui ver o filme.
20 - Sou a cara da minha mãe, mas a testa é igual a do meu pai.
21 - Não tenho uma cor preferida, não consigo escolher uma só!
23 - Faço aniversário no dia 24 de dezembro.
24 - Não gosto do inverno nem de dias chuvosos.
25 - Me sinto bem só de olhar para minha estante cheia de livros.

 E achei que ia ser bem mais fácil fazer essa lista! Quando ia digitar o item 1, pensei que seria moleza escrever os demais, mas dava um branco e eu ficava pensando o que contar. Como vocês podem ver, tem muitos itens relacionados aos livros, como esse é um blog literário, acho que faz sentido, né?!

 Espero que vocês tenham gostado. Me contem se temos algo em comum. Lembrando que  a cada comentário feito no blog durante o mês de abril, você concorre ao livro "Ninfeias Negras" (mas tem que deixar seu nome e e-mail nesse formulário).

 Para saber mais sobre o projeto, confira:

Até o próximo post!

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Das coisas mais importantes na minha vida (projeto "Escrevendo Sem Medo 2017")

Das coisas mais importantes na minha vida (projeto "Escrevendo Sem Medo 2017")

 E aí eu resolvo participar de um desafio de escrita, e em janeiro tenho que escrever sobre as coisas mais importantes na minha vida.

 Fácil, muito fácil!

 Lar! Pode ser um lugar, mas também são as pessoas que fazem parte desse lugar. Meu pai, minha mãe, meu irmão mais velho, minha irmã mais velha, meu outro irmão mais velho, meu irmão caçula, minha sobrinha e meu marido, listados não por ordem de importância, mas por ordem de idade ou do tempo que estão na minha vida. Se qualquer um deles não existisse, provavelmente eu não seria o que sou hoje. É com a certeza da presença e do apoio de cada um deles que eu sigo em frente.

 É reconfortante saber que se nada der certo, eu ainda vou ter um canto para me abrigar e esperar um novo dia começar.

 Por isso, meu apego tão grande pelas casas que chamo de lar.

 Faz um tempinho que venho percebendo que as coisas materiais não trazem a felicidade plena e duradoura, mas o uso que fazemos desses objetos é que pode torná-los importantes ou não no nosso dia-a-dia.

 Levem tudo o que eu tenho, mas não tirem meus óculos! Poder enxergar bem com eles é uma das coisas que eu, míope, mais gosto.

 A minha estante cheia de livros também é importante para mim, não só pelos livros que estão nela, mas por todos que já passaram pelas minhas mãos e pelas palavras que cada um me trouxe, especialmente aqueles que mudaram minha vida.

 Meu computador querido, que já está comigo há quase dez anos,e de onde posto nesse blog e estudo. Meu smartphone, comprado após muitos meses juntando dinheiro, e que tem mil e uma utilidades: despertador, calendário, relógio, câmera, e o melhor: com o qual eu posso me comunicar com tanta gente através das (óbvias) ligações, além dos diversos aplicativos.

 Todos esses objetos tornam a minha vida mais fácil, me trazem um alcance maior do que, imaginem, se eu só pudesse me comunicar com as pessoas por cartas (que eu talvez tivesse dificuldade para ler sem os óculos) e se comprar livros fosse algo impossível de se fazer pela internet.

 E essas são as coisas mais importantes na minha vida, e na sua?

 - O "Escrevendo sem medo" é um projeto criado pela Thamiris Dondossola, para saber qual o tema de cada mês e como participar, clique aqui.

Até o próximo post!

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Seis fases que todo blogueiro literário já passou com parcerias

 Olá pessoal, tudo bem? No post de hoje, venho falar sobre um assunto que sempre gera debates entre blogueiros literários: as parcerias, especialmente com editoras. Todo blogueiro certamente já passou por (pelo menos uma dessas) essas fases:


Fase 1 - Parceria? O que é isso? Como assim? Aquela fase em que nem sonhamos que editoras possam enviar livros para blogs resenharem! E quando descobrimos isso, ficamos encantados e cheios de dúvidas sobre como funciona o processo. Aí vem a segunda fase!
Fase 2 - Caça à seleção de parceiros! Essa é a hora de ir de rede social de editora em editora, perguntando ou stalkeando pra saber quando vai ter inscrição e como se tornar um parceiro. É uma fase em que nos inscrevemos em tudo que tenha a palavra parceria, o que nos remete (ou não) à terceira fase.

Fase 3 - Nãos, nãos e mais nãos! Chega a resposta negativa de praticamente todas as inscrições, o seu blog não foi selecionado, tente no próximo ano. O motivo? Certamente outros inscritos atenderam melhor os critérios que a editora buscava. Relaxe!

Fase 4 - E os primeiros sims começam a chegar! Aí é aquela alegria!

Fonte
Fase 5 - Hora de repensar o quesito parceria. Fase em que chega tanto livro que você não dá conta de ler e resenhar tudo. Também é o momento em que você começa a perceber quais parcerias são interessantes para o perfil do seu blog e quais não.

Fase 6 - Pode ser a última, ou não. É o momento em que não é mais o blogueiro que procura parcerias, é a parceria que vem até o blogueiro! Na sua caixa de e-mails, sempre chegam sugestões de livros para resenhas. E quando há uma seleção de parceiros, o blogueiro já pensa se vale a pena se inscrever, levando em conta os (a montanha de) livros que ele já tem e ainda não leu, assim como se o seu perfil de leitura combina ou não com o catálogo da editora e com as regras da parceria.

 Nem sempre as coisas acontecem nessa ordem, mas acredito que vocês, blogueiros literários, certamente já passaram por alguma dessas fazes.

 Eu sei que é frustante se inscrever na seleção de parceiros daquela editora que você tanto gosta, e não ser selecionado, ainda mais quando você vê que outros blogs que parecem não ser tão bons quanto o seu foram escolhidos, mas lembre-se que um blog não sobrevive de parcerias, ele sobrevive do seu amor por ser blogueiro, palavra de quem está nesse ramo há quase sete anos.

 Já passei pela fase de encher a barra lateral de banners de parceiros, mas percebi que algumas parcerias não valiam o esforço de fazer inúmeros posts em troca de retorno nenhum. Hoje, ainda recebo diversos nãos, mas também já analiso bem o trabalho da editora para ver se me inscrevo ou não na seleção de parceiros, para poder direcionar melhor o meu tempo para o que realmente pode ser bom para mim e para o blog.

 Por hoje é só, espero que tenham gostado do post. Me contem: já passaram por quais dessas fases? Deixo a sugestão de leitura desse post do blog Floretizas, da Tabatha Cuzziol, que ajuda a entender um pouco melhor o que as editoras procuram: Dicas para conseguir Parcerias com Editoras.

Até o próximo post!

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Ponto de ruptura

 Olá pessoal, tudo bem? Já comentei aqui no blog que precisei formatar meu computador, e acabei perdendo muitos arquivos, inclusive alguns textos que eu havia escrito. Hoje resolvi escrever um texto e, além de postar no meu perfil no Facebook, deixar registrado aqui no blog também.

Imagem encontrada no We Heart It
 Algumas vezes, escrever é mais fácil do que falar. E hoje eu decidi escrever para uma pessoa para quem eu já fui, mas não sou mais. Talvez ela leia, talvez não, talvez leia e nem saiba que é para ela (para quem é? Fica o silêncio como resposta). Resolvi escrever também porque parece algo meio natural para quem é viciado em livros, uma hora a gente também quer brincar de escritor. Seja lá pelo motivo que for, estão aí algumas palavras que talvez só façam sentido para mim, ou não.


 Ponto de ruptura

 Não sei qual foi o ponto de ruptura, em que momento houve a separação! Talvez em uma das tantas vezes em que você me chamou e eu não fui. O fato é que parece não ter como voltar, como nos reencontrarmos. É como se tivéssemos seguido por caminhos diferentes em algum momento da jornada.

 Volta e meia me pergunto se valeria a pena voltar, ou procurar um atalho para nos reencontrarmos? Pergunto isso justamente por causa dos caminhos diferentes que tomamos. O seu é fechado, só permite olhar para cima e ver o céu. O meu é aberto (talvez nem o horizonte o limite), posso ver tanta coisa se olhar para os lados, para frente e para trás, e ainda assim também posso ver o céu. Este caminho é mais largo, posso andar acompanhada de tanta gente, gente que fará da minha caminhada melhor e até mesmo mais fácil, embora não pareça (a ausência de muros nem sempre oferece proteção).

 Talvez você se importe demais com o destino, e eu só pense no que vou encontrar pelo caminho.

 Por mais que sinta sua falta, por mais que sinta falta das suas risadas, acho que preciso deixá-la livre pra caminhar conforme quiser. Talvez você é que encontre um atalho e venha caminhar comigo algum dia, talvez a gente se encontre lá no final, e ele pode ser ou não o que nós duas esperávamos.
Mesmo que eu não possa mais ser sua guia e te amparar quando precisar, ouvir seus medos (aqueles medos que eu também já tive), oferecer o ombro e tentar te ajudar na caminhada, mesmo que eu não vá ao seu encontro (por causa dos muros que há no seu caminho), ainda estarei aqui se precisar, torcendo por você com todo, todo, todo o meu coração. Se quiser me encontrar, sabe onde me achar. Boa viagem!

Maria


 Então, pessoal, o que vocês acharam? Ficou compreensível, bem escrito, vocês se identificaram ou é algo realmente muito pessoal? Eu gostei bastante de brincar com as palavras, há coisas que podem ter um sentido para vocês, mas que tem outro para mim. Eu estava meio em dúvida, mas a Gi do Profissão Escritor me disse que o que escrevi pode ser classificado como uma crônica.

 Ah, queria contar uma novidade: agora, além de comentar com sua conta Google, você também pode comentar no Pétalas de Liberdade pelo Facebook, espero que assim fique mais fácil para interagirmos. Por hoje é só!

Até o próximo post!

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Uma carta para Charlie


     Olá pessoal, tudo bem? Um dos temas sugeridos este mês, na blogagem coletiva do grupo Rotaroots foi "Das cartas que eu nunca te escrevi". A ideia era escrever uma carta que a gente sempre teve vontade, e que por algum motivo nunca escreveu.
     Eu decidi escrever para o personagem Charlie, do livro "As Vantagens de Ser Invisível" (Stephen Chbosky, Editora Rocco). Para quem não sabe, o livro é composto por várias cartas onde Charlie vai escrevendo sobre sua vida, o destinatário não tem nome e presume-se que seja o leitor.

     *Sugestão: ouça a música enquanto lê, ela faz parte da trilha sonora de "As Vantagens de Ser Invisível".



Uma carta para Charlie

Liberdade, 13 de setembro de 2014.     

Querido Charlie,

      Espero que, neste exato momento, você esteja bem.
      Após ler todas as suas cartas, senti que precisava te escrever de volta. Senti que precisava te agradecer por me contar sua história. Talvez você nem imagine o quanto suas palavras foram importantes para mim!
       Antes de receber suas cartas, eu não me entendia, não entendia o que acontecia dentro da minha cabeça e do meu coração. Toda vez que eu tentava compreender, tudo ficava ainda mais complicado e eu acabava desistindo. Agora eu entendo um pouco mais, e devo isso a você!
      Charlie, entre outras coisas, você me mostrou que eu não era a única pessoa que tinha uma vida feliz e triste ao mesmo tempo! Temos muitas semelhanças (fazer aniversário no mesmo dia é só uma delas), me reconheci em muito do que você escreveu. Você entende o quanto é especial e reconfortante encontrar alguém que é parecido com a gente? Eu acho que entende sim!
      Em sua cartas, você organizou em palavras o que eu tentava, mas não conseguia dizer. Isso me deu um alívio enorme.
      De tudo o que foi escrito, tem alguns trechos de sua última carta que me marcaram para sempre, você disse:
      "Então, eu acho que somos quem somos por várias razões. E talvez nunca conheçamos a maior parte delas. Mas mesmo que não tenhamos o poder de escolher quem vamos ser, ainda podemos escolher aonde iremos a partir daqui. Ainda podemos fazer coisas. E podemos tentar ficar bem com elas."
      Obrigada, Charlie! Eu tentava, em vão, entender as razões pelas quais eu era o que era, e principalmente as razões pelas quais eu sentia o que sentia. Isso me consumia! E você me disse para olhar pra frente, e eu olhei!
      Na mesma carta, você disse: 
      "Acho que, se um dia eu tiver filhos e eles ficarem perturbados, não vou dizer a eles que as pessoas passam fome na China nem nada assim, porque isso não mudaria o fato de que eles estão transtornados. E mesmo que alguém esteja muito pior, isso não muda em nada o fato de que você tem o que você tem. É bom e mau.
      (...)Talvez seja bom colocar as coisas em perspectiva, mas às vezes acho que a única perspectiva é estar aqui. Como disse a Sam. Porque não há problema em sentir as coisas. E ser quem você é." 
      Mais uma vez, obrigada! Obrigada por não ser como tantos que pisam, menosprezam e ridicularizam os sentimentos e as dores alheias. Obrigada por deixar que as pessoas ao seu redor possam ser elas mesmas! 
      E obrigada por falar sobre as perspectivas, como diria Bill, o seu adorável professor, "às vezes as pessoa usam o pensamento para não participar da vida". Eu via as coisas sob perspectivas demais, e não reparava na mais importante, não participava. Juro que estou tentando mudar isso.
      Querido Charlie, eu teria muitas coisas para te dizer, quem sabe até daria para escrever um livro. Mas, por hoje, acho que já falei o mais importante.
      Não me chame de chata, mas preciso agradecer novamente: obrigada por fazer mais por mim do que tantas outras pessoas foram capazes de fazer!
      Até algum dia!
Com amor,
Maria.

     ps.: mande um abraço ao Stephen Chbosky, por favor ;) .



     Sentimentos são coisas muito pessoais, o que faz sentido para alguns pode não fazer para os outros; mas como o blog Pétalas de Liberdade é primeiramente um blog pessoal, achei que seria bom escrever esta carta e postá-la aqui.
     Obrigada por lerem!


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