quarta-feira, 3 de março de 2010

Confabulando eu comigo mesma!


De todos os grandes problemas e defeitos da minha vida, o que realmente me incomoda hj é a minha insatisfação.
Conforme eu vou conquistando as coisas e SEM modéstia parte, eu sempre conquisto mesmo, é inevitável que eu sinta insatisfação.
Tudo vai ficando pequeno, as paredes e o teto vem se fechando diante de mim e eu vou sentindo a necessidade de me espalhar.
Ai ai, tantas vezes eu acreditei que era simplesmente preciso abrir os braços e empurrar. Tantas vezes eu não me detive ao fato de que atrás das minhas paredes e tetos existiam outras pessoas talvez com a mesma sensação que a minha e eu, muitas vezes sem querer, as derrubei ou espremi.
Eu acho importante a gente
confabular consigo mesmo. Acho legal fazer uma auto análise sem cobranças, sem vislumbrar a perfeição, apenas tentando corrigir falhas que todos os seres humanos tem.
Eu tenho levado isso a sério, quase perder a minha vida me deixou mais humilde, mais humana, mais carne e osso e mais complacente com as situações adversas, até mesmo com os adversários mesmo.
Tenho visto que a vida pode ser perigosa e tentar viver pode ser destruir uma vida tbm.
Tem hora de ligar o foda-se, tem hora de ser humano, tem hora de apenas deixar a vida levar e tem que ter muita, muita maturidade para saber que hora e hora.
E eu acho que vivemos nesse mundo para aprender isso: foder, humanizar, ir e crescer.
"Vamo bora gente, a vida é isso aí."

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Desligada!!!

Pois é gente, de todas as dúvidas que eu tinha dentro de mim, a única resposta que eu tive foi para o meu desespero e despreparo.
Sabe o que eu fiz?
Simplesmente eu desliguei.
Sinceramente??
Eu não tenho como ficar me matando para conseguir coisas que ainda não estão ao meu alcance.
Eu estou há meses procurando uma psicóloga e quando a encontro, simplesmente não tenho dinheiro para pagar uma consulta. Aliás, ela quer cobrar um consulta para conversar conosco e decidir qto ela vai cobrar pela avaliação, que porre isso!!!

Decidi que a neuropediatra terá que se virar sozinha.
Vamos ver o que ela diz.
A verdade é que eu penso o seguinte:
Talvez ela não queira me dizer o que o Artur tem, talvez ela nem diga o que ele possa ter, mas eu tenho certeza de que ela sabe que ele precisa de estímulos, de terapias e é isso que eu quero para meu filho, é isso que eu espero ter qdo sair do consultório.

Diagnóstico nem sempre é algo tão desesperador, eu já aceitei o fato do Artur ter dificuldades, quem sabe até deficiências?? É fato q seu desenvolvimento está abaixo do normal.

Depois que eu desliguei e parei de querer fazer o mundo caber na palma da minha mão, parece q tudo ficou mais leve.
Mas eu não vou desistir e nem me acomodar.
Eu apenas preciso de ajuda, eu preciso do começo e eu nunca vi um começo tão difícil como o dessa luta.

Hj, eu escrevi num lugar que é uma luta árdua, no começo, meio e que era sem fim.

O que faço com um filho Autista??
Eu já tenho a resposta:
Eu amo, meu filho do jeito que ele é, do jeito q ele pode ser.
E é isso que eu faço e farei para sempre.

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