Essa dúvida tem me assolado constantemente ultimamente.
sábado, 30 de maio de 2009
Por quê? Pra quê
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Vamos fugir...deste lugar...
"Até a folha em que escrevo chega o mar
com seu pulsar cheio de naufrágios
como meu coração.
E na folha, da mesma forma que na areia,
escreve seu segredo trêmulo
e sua canção.
Banha de nácar e cristal meu sonho
diurno e, se calo, escreve em meu silêncio
seu coração.
(Como em outro planeta canta um pássaro.
Quase humana, respira a manhã
de jasmim e limão.
Talvez sonhada ou recordada voa
como uma ferida azul a mariposa
com sua ilusão).
Em uma onda vem todo o mar
e ao pé deste poema se desfaz
como uma rosa que cantara.
Onde é mais só o mar
e mais largo e mais fundo e terno e feroz
é no meu coração.
Eduardo Carranza
(O coração e o Mar 1)
In: Antologia Poética"
Domingo eu não estava bem.
Na madrugada eu havia pedido ao Ro para ficar no quarto, disse q eu não queria existir naquele dia e que nem a janela abriria.
Quando acordei, ele estava com o Artur, mas assim q me viu abrir os olhos, disse q precisava terminar a casa. Eu me chateei, mas ele levou o Artur.
Levantei-me e minha mãe chegou, abrindo portas, janelas, fazendo barulho [a casa é dela, né??].
Vi o trabalho doméstico me rondando, me irritei e saí.
Saí sem rumo, fugi de casa mesmo.
Segui por caminhos q nunca faço e nele eu ia pensando, estava nervosa, irritada, chorava tbm.
Engraçado q mesmo dessa forma, eu conseguia notar em cada detalhe das coisas.
Vi uma casa tão bonitinha, a energia dela era uma gracinha, pensei em quando
eu iria para a minha e chorei mais ainda.
Fui à praia, subi o morro, escolhi uma pedra e lá me sentei.
Senti o vento bater no meu rosto, foi uma delícia, eu nunca havia o sentido,não da maneira q senti aquele dia, ouvi o barulho do mar tbm, ele estava verdinho, nem calmo
e nem muito agitado. Tinha umas manchas pretas q se faziam e desfaziam sem eu saber como.
Olhei para baixo, vi as pedras, provavelmente elas estavam perto da q eu estava sentada e caíram. Ouvi a palavra PULE!! na minha mente, olhei para baixo novamente e não pulei.
Eu não queria morrer, eu queria uma esperança de vida.
Chorei muito, pensei em tantas coisas, principalmente no prazer q estava sentindo
em estar comigo, em não ser mãe, em não ser esposa e nem filha.
De repente, apareceu um casal,a Sra pediu para falar comigo, achei q ela fosse pedir uma informação e ela disse q Deus pediu para q ela me dissesse q não importa o problema q eu tinha, que ele estava ao meu lado, mesmo quando eu estivesse escondida, naquele morro, pediu para fazer uma oração e eu disse q sim, ela fez, pediu desculpas por "me incomodar" e foi embora.
Qdo olhei para trás, ela já tinha ido, do mesmo jeito q veio, do nada.
Eu chorei muito, deitei na pedra e dormi por uns cinco minutos.
Qdo eu acordei, saí para andar mais, olhei os matos q existiam por lá, era bonito, pareciam trigo, só q roxos, o vento batia neles e eles iam tudo para um só lado.
Olhei as duas rochas q existem por lá, bem grandes, olhei cada desenho q o vento fez nelas, passei entre elas. Dizem q lá é um portal místico, pura balela, mas q as energias q existem ali são maravilhosas, são mesmo, é um conjunto: mar, céus azul, sol, brisa, paz, eis a perfeição.
Eu desci o morro, sentei em outra pedra, as ondas bateram com força e a água espirrou em mim, me molhando toda. Q delícia!!
Resolvi ir para casa, enfrentar as feras.
cobras e lagartos.
O Ro não brigou comigo, ele me compreende, falou q eu precisava desse momento, já minha mãe falou mais um monte de bobagens para mim.
Acho q só me surpreenderei quando ela me fizer elogios.
Por fim, o passeio foi ótimo, eu concluí muitas coisas, o meu medo de perder minha família, q estou numa fase em q me sinto refém da minha doença.
Medo de ficar sem nada e ter q me matar.
No outro dia eu acordei outra pessoa, muito feliz e bem disposta.
É uma pena q eu não possa fazer isso todos os dias e q tbm não tenha disposição para fazer isso sempre.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Atualizando e enlouquecendo
Bem, meus dias foram muito corridos, muito atropelados, controlados, manipulados e por fim, muito mais infelizes do q bons.
Tinha tudo pra ser bom, eu estava feliz, trabalhando, me empenhando, tinha a confiança no meu trabalho, mas não era bem assim.
Minha médica desde o começo quis me tirar da rua, eu sempre insistia q gostava,
q estava bem, mas ela é sábia e viu q não era verdade.
Na última consulta no CAPS, dia 12 de maio, ela me deu um encaminhamento para
o trabalho interno, no serviço administrativo. Eu não queria, mas como já havia
trabalhado lá, achei legal.
Eu sei q deu tudo errado. Eu me enganei, eu não era de confiança, as coisas tomaram um rumo estranho, manipulado e minha médica decidiu me afastar do trabalho.
Os motivos e os detalhes eu prefiro não comentar para me preservar, pois meu blog é público.
Tiraram meu trabalho de mim, no outro dia, briguei com minha mãe, sofri horrores tentando convencer minha médica a não me afastar, mas ela acabou me convencendo e fazendo decidir q nunca mais eu quero voltar.
Foram longos dias de depressão, dormindo, sem comer, chorando, pensando no quanto desperdicei minha vida doando 7 anos de trabalho, dedicação, deixando minha filha sozinha, sem mim e diversas datas especiais.
No dia do meu aniversário eu até sorri, mas foi um sorriso sem graça.
Minha mãe foi à psiquiatra comigo, a médica explicou como é a minha doença e ela
bem q se esforçou para entender, mas não quer se esforçar tanto assim.
Tenho tido dias ruins, hj foi um deles, só q eu falo dele mais tarde, pois já é uma da manhã e preciso dormir.
sábado, 2 de maio de 2009
Ainda não
Ainda não estou pronta pra falar.
Sobre nada.
Minha vida deu uma reviravolta.
Meus problemas pesaram e hj o maior deles sou eu.
Estou vendo a depressão entrar em mim há dias e nada tenho feito.
Depois de tantos acontecimentos, prostrei-me a ela.
E estou aqui, estendida, à espera.
Ferida. Machucada e, enquanto as marcas de minha dor não passarem
pra fora, nada mudará.
Eu não posso, vou morrer com essa dor.
Outra hora eu volto. Até mais.