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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Uma lembrança natalina...

 
Não disponho de foto da época de criança e que me inclua em comemorações natalinas, então, resolvi buscar o apoio da memória e desenhei uma cena. Em contraste com as facilidades de hoje para fazer fotos, penso que contar com a memória antiga para elaborar um desenho é uma benção da saúde mental que ainda tenho. Um dia 24 de dezembro bem feliz para você, leitor! Que seja cheio de boas lembranças que fiquem guardadas na sua memória, também! - arquivo pessoal 2015. Até a próxima!



sábado, 28 de setembro de 2013

Conversa ligeira sobre flores nos ajardinados particulares e públicos

 
A rosa amarela? Um presente constante no meu pequeno jardim - Curitiba, arquivo pessoal 2013

O leitor contumaz já sabe do quanto gosto de fotografar com a câmera do meu celular as flores que encontro no meu caminho. Então, diante da entrada da Primavera, reunirei alguns exemplos de clicadas mais recentemente, pois algumas espécies triunfam sob os nossos olhos, mesmo com a marcação cerrada dos ares desse Inverno de 2013 muito bem agarradinho na atual estação.
 
Nas caminhadas pelo curitibano Mercês, a Primavera  dá o ar da sua graça encantadoramente! - arquivo pessoal 2013

Oportunamente, quando passar pela minha saudosa amazônica Belém, farei algumas fotos das flores que costumam aparecer nos jardins e áreas públicas de lá.  O apreço ao paisagismo floril e frutífero vem de longa data, meu caro leitor. Guardo lembranças bem nítidas do jardim cheinho de roseiras que a minha mãe conservava na frente da nossa casa, lá na amazônica cidade de Alenquer. Nem sei como o amor às plantas e flores não tomou a minha mão em condução objetiva às áreas conexas ao estudo da Botânica ou Paisagismo.
 
Não conheço o nome da espécie, mas a rua fica ainda mais bonita quando o passante encontra a paisagem curitibana florida -  Mercês, arquivo pessoal 2013

Gosta de flores? Alguma preferida? As minhas são as rosas, mas estas sempre acompanhadas dos jasmins, dos amores- perfeitos e das margaridas. A lista é grande, porém as rosas de todos os matizes ganham a minha atenção, imediatamente.

Até a próxima!

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Nas lembranças matinais? Cheiro de café e có-có-ri-có!

 
Será que tem nas suas lembranças o cantar dos galos para acordar, meu caro leitor? arquivo pessoal

Sou de uma família numerosa e o cheiro do café preparado pela minha mãe, assim como o cantar do galo no quintal da vizinhança eram os nossos despertadores naquele tempo tão distante. Hoje? Parece que  a chamada de alerta feita pelo celular é o despertador oficial da maioria das pessoas, especialmente das mais jovens. Nas grandes  cidades são tantos os ruídos matinais que se estivermos em um dia de chuva, tal como o de hoje, até o có-có-ri-có se misturaria aos demais sons.

O que o ajuda a despertar? Eu? Geralmente planejo acordar a determinada hora e assim acontece. Nos dias de sol, os pássaros se acomodam no arvoredo e até mesmo na amoreira, aqui do meu jardim. É sempre um despertar assim, mas o hábito de acordar vem antes desse prazer auditivo. Ao preparar o café de hoje, tantas lembranças eu tive. Acredito estar em fase essencialmente nostálgica. Acontece com você ou ainda não chegou nesse estágio da vida de recordações?

Até a próxima!

sábado, 13 de julho de 2013

No Sul? Inverno. Na Amazônia? Verão!

 
A neblina nas manhãs de inverno deixam as nossas ruas curitibanas desse jeito- Mercês, Curitiba, arquivo pessoal

Estamos nessas primeiras horas da manhã de sábado e o nevoeiro faz parte do cenário, mas, afinal, é inverno e a aparência do tempo surpreenderia caso estivesse diferente. Na minha memória de migrante em Curitiba emergem, entretanto, as temporadas do verão amazônico, em contraste exemplar do convívio das estações climáticas em um país continental como o nosso Brasil. Na capital paranaense, a mínima é de 10ºC e a máxima de 23ºC, segundo o Simepar.
 
Na Amazônia, as manhãs acordam sob o verão, em contraste curioso da estação climática em um mesmo país- Praia do Paraíso, Ilha de Mosqueiro, PA, arquivo pessoal

Outrora, lá em Belém, a minha família, assim como as demais, desembarcávamos nas praias para o desfrute de um final de semana ou temporada mais longa na inesquecível Ilha de Mosqueiro, lugar do qual já tratei em postagem anterior.

Até a próxima!

quarta-feira, 12 de junho de 2013

A simbólica despedida do Outono 2013

 
Não há como negar a associação do Plátano como a árvore simbólica do Outono- Rua Júlia Wanderley esquina com a Marcelino Champagnat, Mercês, Curitiba, arquivo pessoal 2013

As marcas do finalzinho do Outono estão nas árvores e especialmente no chão, meu caro leitor. Aqui nos arredores de casa e pelos diversos bairros da cidade que percorro em passeios ou motivados pelas circunstâncias rotineiras, as folhas secas colorem as calçadas e os gramados. Nos destaques visuais que fiz com a ajuda do meu celular você vê as folhas de plátano, uma árvore bem simbólica da estação que ora se despede de nós.
 
As sugestivas folhas com cinco pontas parecem mãos a acenar aos que passam - Mercês, Curitiba, arquivo pessoal 2013

Nesses mais recentes dias, meu caro leitor, fico encantada ao avistar as folhas com matizes diferentes espalhadas pelo chão. Com a ventania e o passar da temporada das folhas verdes nos Plátanos? Eu as encontro em tons de amarelo e até avermelhados. Caso more na regiões Sul e Sudeste imagino que o seu panorama exibe essa belezura - ou será que ainda não reparou?
 
Recolhi algumas folhas de plátano que o vento trouxe para  compartilhar com você e enviá-las para  Belém; elas serão modelos de uma pintura em tela- arq. pessoal

Ontem, por exemplo, recolhi algumas folhas para enviar a uma das minhas irmãs, residente na amazônica Belém e que não conhece a espécie, mas enquanto recolhia a preciosa amostra encontrei o olhar do Claudiney, o atual varredor na minha região. Dele ouvi o bem-humorado comentário: " Ei, professora, resolveu me ajudar, hoje?" - o jeito foi sorrir diante da observação do dedicado funcionário, porque o Outono e as folhas secas costumam demandar uma coleta exaustiva pelos que ajudam a deixar as ruas de Curitiba mais limpas.
 
Até a próxima!

domingo, 7 de abril de 2013

Manhãs domingueiras cheias de boas lembranças

Aponte uma boa companhia matinal para um café com leite bem quente, meu caro leitor. Eu? Se a disposição ajudar, preparo até um mingau e tenho sempre alguns preferidos, tais como: milho verde, aveia, milho branco e tapioca. Aos domingos? Se a fome acentua, com o café quentinho e feito na hora, entra até uma farofa de ovo frito na manteiga.

Um mingau de milho verde logo de manhãzinha? U-la-lá! - arq. pessoal
Na sua, também?  As lembranças das manhãs de domingo ficam impregnadas na memória familiar, indiscutivelmente. Na casa da criança e da adolescente que eu fui? Tínhamos música que vinha lá da sala e a agitação costumeira da minha mãe com o plano do almoço para a grande família que éramos; depois, quando todos cresceram e tomaram seus rumos pessoais não sei  se os meus irmãos mantiveram em suas casas a prática materna, mas da minha parte, ela continua. Quer um exemplo?

Envolvimento - Ontem à noite? Pedi que a minha filha fizesse a triagem dos grãos de feijão. Hoje? Acordei cedo, cortei em miúdos as carnes magras e já preparei o nosso almoço. Logo mais, uma feijoada (You Tube) animará o estômago da minha família.

Tenhamos um excelente domingo, caro leitor, e que os próximos dias sejam repletos de ânimo e boas notícias para todos nós. Aqui em Curitiba o tempo amanheceu nublado e o friozinho exigiu um xale de lãzinha sobre os meus ombros; então, veja  assim mais um motivo para que a feijoada marque com satisfação a manhã de domingo da minha família. Os preparativos, o cheirinho bom e a alegria ao redor da nossa mesa ficarão na lembrança da minha única filha, certamente. 

Um detalhe a mais-  Hoje? A  Feijoada completa  do Chico Buarque animou a minha passagem pela cozinha, porque cozinhar com a companhia de música e boas lembranças é sensacional.

Até a próxima!

sexta-feira, 15 de março de 2013

Nossas escolas sob a mira do leitor; ajude a fotografá-las!


No destaque? A mais recente lembrança da fachada da biblioteca da minha saudosa  EEBarão do Rio Branco. Será que recebeu melhorias? Belém, PA, arq. pessoal 2010
Hoje é o Dia da Escola, meu caro leitor. Penso que a melhor atitude para saudar o motivo da comemoração é ficarmos atentos ao universo escolar mais próximo ou mesmo distante, tal como destaquei acima. No caminho das nossas travessias visuais cotidianas pelo bairro, por exemplo, como estão as escolas? Como já foram? Nossas lembranças antigas e recentes são muito importantes. Ajude-me a trazer um número representativo dessas informações.


Fotografe, também! - Fachadas escolares, portões de acesso, placas indicativas nas salas, jardins, áreas de convívio, salas dos professores, aparência dos banheiros, rampas, arvoredo, atividades, placas de inauguração, lanche do dia, imagens dos estudantes à entrada ou saída do prédio escolar, material  didático utilizado, cantina, biblioteca, área das atividades de educação física, laboratórios e tudo que estabeleça conexão com o ambiente escolar merece ficar sob os olhares do cidadão atento
 
Interaja, também!- Com uma câmera até do celular um mapeamento surpreendente ou preocupante poderá emergir de todos os cantos do país. Já pedi ajuda na minha página tuiteira, mas preciso de reforço dos blogueiros e visitantes do NaMira.

Até a próxima!

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Gosta do aroma da Alfazema, leitor? Eu a-do-ro!

 Era costume em casa mantermos um vidro de Seiva de Alfazema ( da Phebo ) para passar no corpo após o banho diário. Anos, talvez décadas transcorreram para que eu visse de perto o pequeno arbusto e a sua delicada flor que é a matéria- prima à antiga colônia refrescante que usávamos em casa. Tomara que o leitor não se admire com a minha informação. O Brasil é grande, quase um continente e nem sempre o que é planta comum no Sudeste ou Sul é conhecida no Norte, Nordeste ou Centro-Oeste. No destaque, mostro o pé de lavanda que mantenho no meu pequeno jardim. É claro que ele não faz parelha às grandes plantações, mas é um permanente evocador de lembranças trazidas pelo aroma delicioso da sua delicada flor. Aliás, você conhece o belo vídeo do produto? Veja a bela reportagem da Jovem Pan sobre o tema  Lavanda ou Alfazema? O aroma é o mesmo  -  arq. pessoal 2013
Até a próxima!

sábado, 16 de junho de 2012

Já tomou o seu munguzá, leitor?


Gosta de munguzá? Ele é muito apreciado na minha família. No destaque, o  munguzá que preparei para tomar na cuia, logo de manhãzinha - Costume amazônico e saudade, arq. pessoal
Chame como desejar aquele mingau de milho branco acrescido de leite e canela, meu caro leitor. Já ouvi chamarem, aqui pelo sul e sudeste, o meu munguzá de canjica, também. Tanto faz a denominação empregada; brasileiros sempre descobrirão o sabor delicioso de um mingau de milho branco. Eu? Costumo saborear o meu munguzá em cuias, tal como a da foto em destaque.

Aliás, hoje à tardezinha, servirei porções de munguzá aos poucos amigos que a vida aproxima realmente. Experimentarão como se saboreia um mingau na cuia, recipiente feito da casca do fruto da cuieira. Como o leitor poderá perceber, sempre encontro um modo de trazer ao NaMira um pouco da saudosa Amazônia.

Até a próxima!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Ontem, hoje e o amanhã? Nas nossas mãos


O amanhã em potencial- arq. de A. Martins, cedido ao NaMiradoLeitor
Já olhou o seu arquivo de fotos no computador ou abriu aquela tradicional caixa de fotografias impressas e ficou com saudade daquele tempo, ali retratado? Eu já; muitas vezes. Ela está na prateleira, ao lado da minha cama, sempre ao alcance das minhas mãos. Quando bate a saudade ou a introspecção aporta, eu nem hesito em alcançar a época querida e remexer as lembranças buscando mais força para olhar em direção ao amanhã, quase todinho nas minhas mãos e atitudes. Quem já viveu tamanha emoção sabe que não é qualquer coisa; é intensamente humano.

O temor de não mais viver o nosso cotidiano amanhã é real; algumas pessoas costumam ignorá-lo, mas ele está ali, a cutucar os nossos mais recônditos pensamentos. Eu ando, caríssimo leitor, com as lembranças queridas sempre muito próximas, mas tenho o hoje inteirinho na minha frente para bem vivê-lo - e o amanhã, bem, dependerá do que eu fizer para chegar até lá. Quer os meus exemplos? Hoje: blogar, caminhar, preparar o almoço, vender aulas de redação, corrigir redações on line e concluir uma tarefa de escrita autoral; entre uma e outra atividade, um montão de surpresas e ajustes. Tempo presente. Amanhã: blogar, vender aulas, caminhar, vender aulas novamente, elaborar propostas de redação para vestibulandos, corrigir cadernos, passar na locadora e pegar um dvd e preparar o jantar. Novamente, entre uma e outra atitude, inúmeras surpresas e ajustes. Tempo futuro.

"Temores abrandados...o amanhã será pleno"- G.Arantes- arq. de A. Martins, cedido ao NaMiradoLeitor
Há, entretanto, quem interfira criminosamente no nosso hoje e no amanhã; não pensa nas crianças, nos idosos e nos sem defesa oficial e encurtam o nosso tempo de vida feliz: os que roubam a merenda escolar, os que subtraem o direito de aprendizado de um estudante, os que inviabilizam o direito à manutenção da saúde, os que destroem os sonhos, os que enganam calculadamente, entre outras vilanias e torpezas. São os vilipendiadores! É preciso agir coletivamente e ficarmos atentos às manobras desses vilões.

Abramos os jornais e reconheceremos os ladrões do tempo feliz. Títulos eleitorais, atividades profissionais conexas, redes sociais, educação e apoio legal consciente são nossos passaportes de defesa e alforria, caro leitor. Tempo condicionado.


Até a próxima!


quarta-feira, 21 de março de 2012

Brincar é o verbo da infância feliz


Reprodução-  Lápis da Memória
Vem do meu conterrâneo, o JBosco,  a informação de que hoje é o Dia Mundial da Infância. Prover de cuidados a fase é uma obrigação da Família e da Escola, mas ambas dependem de uma vida ordeira, graças à organização do Estado. Brincar é o verbo da infância feliz. A gente cresce e continua conjugando o verbo e bem lembrando das alegres vivências.

Diga lá!  - Além das brincadeiras, lembranças muito queridas da época que não voltará jamais, quais as demais recordações que você conserva, caro leitor? Eu não esqueço, por exemplo, dos passeios lá para a Ilha do Mosqueiro, a uma hora e poucos minutos de Belém, assim como da rotina cheia de tantos causos antes de sair de casa para ir à escola.

Será que as nossas crianças brasileiras são felizes? Experimente perguntar a uma, aí do seu lado; adoraria ler o que ela respondeu para você. Fique em estado de alerta se ela demorar a responder; quem é feliz expressa na cara. Os olhos brilham e um vigor travesso do corpo expande a felicidade diante de uns nadas para os adultos, mas uns tudos para a criança feliz e integrada.
Agora imagine o que eu penso de quem faz subtrações do direito de uma criança estudar e usufruir do espaço escolar para brincar e desfrutar da merenda escolar? Imaginou a minha cara enfezada e se sou tolerante para votar em um político desatento à infância feliz?

Até a próxima!

terça-feira, 20 de março de 2012

O conjunto arquitetônico escolar exige




Um raro exemplo de espaço escolar estimulante - Curitiba, Musssunguê, arq. pesssoal
Muros das escolas públicas ou as áreas de convivência deveriam ser tomados pelos bem cuidados tufos  e galhos das espécies floris e frutíferas, bem aclimatadas à região. Para harmonizar a atividade educativa ao conjunto arquitetônico escolar, as árvores de fácil plantio, ali no entorno das escolas públicas, fariam um bem aos que nela estudam e trabalham. O ambiente escolar reúne, entretanto, diferenças marcantes no trato às escolas situadas nas áreas centrais e periféricas de Curitiba, mas a constatação parece ser infelizmente uma regra geral nas cidades brasileiras, prezado leitor. É inadmissível.
Fiquei com vontade de entrar para ver o interior da escola- Curitiba, Santa Felicidade, arq. pessoal

Tenho reunido farto material com fotos externas das escolas que encontro nas minhas andanças pelos bairros de Curitiba. Quero comprovar detalhes de importância no conjunto arquitetônico. O ajardinamento, parte importante no ambiente escolar é um deles, mas sei que é um detalhe imerso no rol de necessidades. Muitas vezes faltam componentes básicos, tais como: a merenda escolar, o prestígio ao corpo docente e a atenção às demandas administrativas da escola.

Não remunerar com dignidade aos que trabalham no ambiente escolar público e ainda lhes oferecer condições insalubres, feias e inseguras para trabalhar com as crianças e os jovens? É revoltante.
Imagine o muro da escola acima coberto pelos tufos de plantas floris? Periferia de Curitiba, arq. pessoal
Estenda os seu olhar pelos bairros da sua cidade, caro leitor, o que você avista na portaria e no entorno dos espaços escolares mantidos pelos cofres públicos?

Eu fotografo frequentemente muros quebrados, quase nenhuma planta e um ar descuidado, especialmente nas escolas situadas nas áreas distantes do centro da cidade. Na foto nº2 em destaque? A rua, lá para as bandas distantes da avenida central de Santa Felicidade, é de chão batido e não há pavimentação asfáltica. Imagine como ficam nos dias de chuva intensa os calçados das crianças e dos que lá trabalham?

O desenho das crianças, já desgastado pelo tempo, exige recuperação ou substituição - Periferia de Curitiba, arq. pessoal

Nas minhas lembranças de criança e de jovem estudante, caro leitor, estão as frondosas mangueiras e o ar de satisfação das minhas professoras, tão queridas e saudosas. Será que as crianças de hoje, nas mesmas escolas que estudei, diriam o mesmo? Quando visitar a capital paraense voltarei ao antigo "Grupo Escolar Barão do Rio Branco" e ao "Vilhena Alves", assim como ao " Augusto Meira" e no" Deodoro de Mendonça"; se puder, trarei depoimentosao NaMira.

Nem preciso buscar justificativas acadêmicas  para evidenciar a necessidade de atenção geral ao ambiente oferecido aos que estudam e trabalham; independente do provimento público ou privado, as escolas são espaços de convivência humana, mas os gestores públicos não parecem vê-las assim. Talvez, se os seus filhos estudassem nas públicas a situação apresentasse configurações diferentes, concorda comigo, leitor? O assunto rende muitas postagens.

Até a próxima!

sábado, 21 de janeiro de 2012

Personagens, a vida real e as saudades aplacadas

Você conhece o texto abaixo, leitor?
        Durante os meus trinta e tantos anos de diplomacia algumas vezes vim ao Brasil, com licença. O mais do tempo vivi fora, em várias partes, e não foi pouco. Cuidei que não acabaria de me habituar novamente a esta vida de cá. Pois acabei. Certamente ainda me lembram coisas e pessoas de longe, diversões, paisagens, costumes, mas não morro de saudades por nada. Aqui estou, aqui vivo, aqui morrerrei.
( Memorial de Aires, Machado de Assis, Obras Completas, Volume1, Ed. Nova Aguilla, 1979, p. 1097)

No interessante excerto o Conselheiro, um diplomata de carreira no roteiro realista do querido escritor, destaca alguns aspectos da experiência vivida - e, aqui entre nós, ela conserva uma semelhança extrema com o que eu sinto diante da escolha para morar em Curitiba. Há, no entanto, uma diferença entre o desejo do personagem e o meu: se puder decidir, ah...quero morrer entre os meus familiares, lá em Belém. Não é exagero dizer também que morro de saudades por muitas razões: as comidas, os passeios e a proximidade real com os familiares e locais queridos. Uma leitura vertical do NaMira alinharia textos e imagens gostosíssimos, a começar com aquele tacacá. Experimente rolar a barra, à sua direita, leitor. Depois? Continue a leitura, afinal, quero conversar com você.

A bela visão da Praça Batista Campos mora na  minha saudade de Belém- Foto: Sérgio Bastos- reprodução autorizada
Duas diferenças entre as conclusões do personagem machadiano e as minhas, aqui compartilho com você: as possibilidades de visitar Belém são grandes (ainda mais quando surge uma boa promoção aérea) e a de que santa internet aproxima as conversas e carrega as notícias familiares e regionais com uma rapidez do virar a página. Quer um exemplo bacana de força visual e de detalhamento?

Você não vê, mas pinguei um pouco de molho de pimenta com tucupi no delicioso camarão empanado acima, ahahahah...- Aplacando a saudade do Pará, arq. pessoal
SOS- Uma meia dezena de tuiteiros não economiza notícias da terra querida. Veja a minha página; sempre busco as notícias recentes sobre o clima, os problemas, as soluções e opiniões acerca das temáticas preferidas. Além de tudo, estou viva; poderei, se estiver consciente (e contar com a ajuda dos familiares daqui) voltar para Belém e lá suspirar pela última vez, sob os olhos dos meus queridos de lá.

Entre um personagem da literatura e a vida real percebemos muitas semelhanças, mas a poderosa vida que há nos que têm um coração pulsante e voz ativa, ela não deixará que aquele, morador das páginas submissas, vença a parada. Nós podemos mais, sempre mais, não é mesmo, leitor?
Interaja- Tem saudades da sua cidadezinha natal, meu caro interlocutor? Poderia descrevê-la para mim? Uma frase ou pequeno parágrafo já me deixariam feliz.

Até a próxima!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Conversa à margem da vida e da...

                                     " Quando eu morrer, não quero choro, nem velas, quero uma..."
  
Não sei se o leitor já parou para pensar no dia da sua morte, desencarne, partida final ou como quer que chamemos o nosso último dia de vida. Ontem à noite, enquanto eu regava com água as plantas, ali no meu jardinzinho doméstico, o telefone tocou. Corri para atendê-lo. Vinha lá de Manaus a notícia: um dos meus cunhados acabara de falecer. O verso acima ( desconheço o autor; que pena...) e a notícia familiar tão próxima ajudarão a  estabelecer a nossa conversa, caro leitor.

Exemplo- Cunhados não são parentes; são agregados à família natural, mas são pessoas que convivem conosco. Constroem uma sequência de atitudes gentis com a família. Fiquei tristemente comovida com a notícia do desencarne daquele gaúcho, elevado à categoria honrosa de manauara assumido. Partiu em silêncio, vitimado pela esclerose e complicações ósseas adquiridas pela vida de tombos e tropeços comprometedores.
 
Ofereça flores em vida para jamais levá-las aos seus afetos apenas no último dia de vida-  Meu roseiral doméstico, Curitiba,  arq. pessoal
 Lembranças - O que deixaremos para os demais que ficam aqui, leitor? Trabalho com as providências de um enterro ou cremação do corpo físico? Lembranças queridas? Experiências hilárias que emergiram com as nossas demonstrações de (des)compromisso com a vida familiar? Poemas, tal como fez o Manuel Bandeira? Zangas e danações de alma errante? Virtudes não reconhecidas? Desenganos entristecedores?

Obituário - Penso constantemente na herança que deixarei à minha filha, ao pai dela, aos meus familiares distantes e aos poucos amigos e conhecidos simpáticos. Nada de herança financeira. Ela inexiste, meu caro leitor. Reflito sim sobre a herança de experiências felizes, dignas da boa lembrança, na que exibirá o desvencilhamento dos problemas e do desprendimento dos bens materiais.

Fazer o quê? - O que eles poderão fazer com o meu corpo físico? Nossos aglomerados de órgãos sadios ou judiados pelo esforço diário cumprem o seu destino durante décadas. Uma hora qualquer entrarão em colapso natural ou acidental. O que fica perene, leitor? Alma, espírito, boas lembranças? O que dirá o meu obituário familiar?

O tema central das postagens do NaMira não está hoje para os que têm medo do último dia das suas vidas. Será o seu caso, leitor? Lamento desapontar, mas tenho necessidade de registrar as reflexões acima porque seria incoerência da minha parte não inclui-las na conversa diária.
 
Até a próxima!


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Quintais e jardins urbanos?

 
Uma casa com pequena área para um jardim e quintalzinho? Um sonho para muita gente- Curitiba, arq. pessoal
Tenho um amigo que procura uma casa para comprar, aqui em Curitiba, mas que "tenha, ao menos, uma nesga de terra livre para que eu faça dela um quintalzinho"- é o que ele sempre diz.

Morar em uma cidade grande e encontrar um quintal cheio de árvores frutíferas ou de adorno paisagístico com um pinheiro ou uma espécie bem florida é um sonho para muitas pessoas. Quando criança eu morei em uma casa assim; ela ficava no centro do terreno que ocupava um quarteirão inteirinho. Era lá em Alenquer, no Pará. Era uma propriedade da minha mãe, que foi vendida para custear a nossa ida para Belém


O cuidado com o roseiral doméstico é uma herança materna-  arq. pessoal

Não tenho registros fotográficos do quintal e nem do jardim que minha mãe cuidava com esmero, mas tenho lembranças muito vivas na memória. Espécies de árvores, tais como pés de café, cuieira, mangueira, cacaueiro, bananeira, entre outras, estão registradas na minha cabeça. Lá estavam antes mesmo que eu nascesse. As roseiras na frente da casa eram cuidadosamente podadas e formavam círculos e quadrados na grande área da frente; havia uma pequena horta e um pomar amazônico. Meus irmãos mais velhos têm pormenores mais incisivos. Qualquer hora os recolherei como as preciosidades da memória familiar.

Na revista Seleções- Minha mãe contava de que uma vez um repórter da revista Seleções pediu para fotografar o roseiral doméstico, o que ela consentiu. Lamentável, entretanto, que não ter enviado para minha mãe nenhum exemplar da revista. Eu adoraria reproduzir a foto aqui. Seria uma prova viva das minhas lembranças, não é mesmo? Nos passeios que faço pelos bairros de Curitiba o meu olhar vai adentro; muitas vezes avisto pequenos e grandes quintais. O destaque é para mostrar que eles ainda estão presentes em algumas regiões da cidade.

A manutenção e criação de espaços públicos ao ar livre é uma necessidade diante das contingências das moradias urbanas- Curitiba, Parque Tingui, arq. pessoal
Exemplos vivos - Na nossa longa temporada familiar - todos reunidos na mesma casa, em grande composição familiar! - as lembranças incluem sempre a presença de quintais. Nos últimos tempos, entretanto, apenas um dos meus irmãos, residente em Belém, mora em casa com quintal. Lá, há uma mangueira a oferecer frutos durante boa parte do ano. O quintal, ali no bairro de S. Braz, é ponto de encontro da família, pois lá no fundo há uma churrasqueira e área descoberta para estender roupas no varal.

Mora em casa com quintal, leitor? Poderia fazer uma foto para mostrá-lo parcialmente aqui? Eu adoraria reproduzir imagens desse prazer que é poder dizer que vai lá fora no quintal. Se estiver disposto, por gentileza, encaminhe as imagens para o meu e-mail, indicado lá no cabeçalho da página.

Até a próxima!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Todos os guardados na internet

Tenho feito arrumações nas gavetas de guardados que evocam lembranças. Antigos guardados em papel tomam espaço; é preciso fazer uma limpa geral, antes que  chegue uma mudança drástica ou imprevistos aconteçam. Nem todos, mesmo os parentes queridos, têm a necessária paciência para lidar com as lembranças alheias. Anotações, recortes de jornais e revistas, textos de alunos, cadernos esquecidos, cartas antigas, fotografias, por exemplo; são tantos os envolvimentos que apenas o dono dos guardados é capaz de selecioná-los devidamente.


Imagem obtida no Blog Seanor

Ontem, por exemplo, abri uma pasta de recortes de crônicas publicadas nos jornais. Sabe o que encontrei entre eles? Um belo texto do Veríssimo, cujo título é Parker 51, publicado  na Gazeta do Povo, em 2006. O escritor relembra que emprestava anualmente do pai uma caneta Parker 51. O motivo? Fazer a prova do final de ano. Era certamente um empréstimo solene. Naquela época estudantil, segundo o cronista, não existiam as esferográficas e as canetas recebiam o nome de canetas-tinteiro.

Escrever com uma Parker era, sem dúvida alguma, um privilégio, uma vez que as canetas comuns respingavam tinta no papel, mas com a Parker o desastre não acontecia.

No meu baú - Eu tive uma Parker. No dia da minha formatura como normalista um dos meus cunhados me presenteou com a famosa caneta. Guardei durante muitos anos aquela relíquia; era para assinar os documentos mais simbólicos da minha vida. Consegui apenas assinar o meu diploma de licenciada em Letras, lá na Universidade Federal do Pará. Anos depois, quando morava em Campinas, um ladrão entrou em casa e fez uma limpa nos meus guardados. Não deve ter reconhecido o valor da minha saudosa caneta, mas a levou junto com panelas, bicicleta, televisor, roupas, rede, talão de cheque e uma porção de objetos queridos. Roubou, também o meu sossego. Nunca mais fui a mesma depois desse roubo.

O leitor deve estar matutando sobre o porquê da minha conversa sobre papéis antigos, caneta Parker 51 e roubo, não é mesmo? Pois agora eu nem sei explicar os motivos; apenas senti vontade de reuni-los aqui. Talvez... para evocar lembranças e registrá-las na internet, esta caixa de guardados que não deixa nada desaparecer, nem as alegrias e nem as tristezas.

Até a próxima!
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