Luís António Cardoso da Fonseca Mail: luiscardosofonseca@hotmail.com

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sexta-feira, 3 de junho de 2011

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

terça-feira, 6 de outubro de 2009

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

domingo, 2 de agosto de 2009

Paris,Texas


«E eis pai e filho, emboscados em Houston, de binóculos e walkie-talkies, à espera da mãe, à procura da mãe, perseguindo um carro vermelho que talvez seja ou não seja dela. Travis descobre que Jane trabalha num peep-show, lá está Nastassja Kinski esplendorosa, um vestido de lã cor-de-rosa sem ombros, naquela casa de fantasmas e fantasias. Ele finge que é um cliente, do outro lado do espelho, onde ela não o vê, e fica decepcionado, quer de novo acusá-la, mas ela diz que é uma confidente dos clientes. Não é uma prostituta: é uma mulher que ouve os homens. Travis vai-se embora, e conta a Hunter que o pai gostava que a mãe fosse uma "fancy woman", uma mulher parisiense, mas que ela era apenas uma mulher simples e boa, e que isso é o mais difícil. Mas o pai gostava de uma ideia de dela, tal como Travis gosta de uma ideia de família. Percebe então que não há família possível, que o que ele fez não tem cura, os anos de ciúmes, álcool, violência, uma história de amor que começou com uma aventura e que acabou com ele literalmente em chamas. Grava uma carta de despedida e vai de novo ter com Jane, como se fosse um cliente.

Num longo monólogo, de costas para não a ver, ele conta a história trágica de Jane e Travis. Sabe que o passado não volta, que a zona de segurança não existe, mas existe Hunter. "(E) ele precisa de ti." Jane, loura, vestido preto, sotaque sulista, reconhece-o enfim, como nos grandes textos clássicos, um "Oh, Travis" que é um eco de Bresson ("Oh, Jeanne"), e diz: "Todos os homens têm a tua voz." Eles os dois mal se vêem, não se tocam, estão unidos apenas num mesmo reflexo, a cara dele e dela sobrepostas.

E chega a felicidade possível: Hunter em silêncio, quase a medo, surpreendido com Jane a entrar no quarto, e depois tão natural como um filho e uma mãe, a mexer-lhe no cabelo louro, louro como o dele, e depois um abraço que é uma dança. E Harry Dean Stanton, noite e luzes no rosto de meia-idade, desaparece de novo, cantou já, agora vai chorando, e o seu último sinal de tristeza é um sorriso. O casal acabou, mas teremos sempre Paris, Texas.»

Excerto da crónica " A sagrada família ", de Pedro Mexia, publicada no P2(Público) de 02/08/2009

terça-feira, 9 de junho de 2009

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Kung Fu

maoinvisivel, viseu 04/06/09 19:00(comentário publicado na edição online do Diário Económico)

Lamento o desaparecimento do actor David Carradine, para mim, será sempre o bom monge de Shaolin, de nome Caine, o meu Kung Fu, que desbaratava com uns golpes fantásticos hordas de malfeitores. É uma referência da minha infância, e da melhor época televisiva que passou por este país. Apetece dizer, que os bons não deviam partir. Talvez no além se encontre com os malfeitores dos novos tempos, usurários disfarçados de banqueiros e afins, que para além de amnésicos, são falsos surdos, mudos e cegos e, ainda por cima não sabem escrever e alegam que outros escrevem e assinam por eles. Outros, troçam, afirmam que alguém se esqueceu de entregar um qualquer bilhete de identidade. Chega-lhes Kung Fu. Está explicado, porque afinal os bons se vão embora. É para continuarem a espadeirarem os maus quando lá chegam. Recebem-nos à porta e zás. Nem sequer, chegam a entrar. Justiça, vale mais tarde do que nunca. Depois, os pedaços são capaz de ficar espalhados num qualquer limbo. Paz, e que nunca te falte a força, Kung Fu! Já agora, peço-te: dá um abraço apertado ao Vasco Granja e diz-lhe, olá e obrigado amiguinho, da minha parte. Até sempre!

Repousando na frescura de um bosque



Fotografias inéditas de Marylin Monroe, por Ed Clark. Publicadas na Life.

sábado, 23 de maio de 2009

quinta-feira, 21 de maio de 2009

João Guitar Bénard


«Quem consegue pensar em “Johnny Guitar” sem pensar em João Johnny Bénard (que sobre este filme mil vezes disse “Porque era ele, porque sou eu”)?» ler aqui excertos do obituário, escrito por Alexandra Lucas Coelho, a publicar no Público de amanhã.

sábado, 9 de maio de 2009

O tesouro de Sierra Madre







«En 1941 la Warner Brothers contrató a John Huston para que dirigiera una película basada en El tesoro de Sierra Madre, una novela que había tenido gran éxito en Europa y que por aquel entonces se estaba afianzando también en Estados Unidos. Como Huston, además del realizador tenía que ser el guionista, el autor de la novela, B. Traven, fue invitado a Hollywood para comentar el proyecto. Traven respondió a la productora que prefería que fuera John Huston quien viajara a México para conocer la atmósfera en que se situaba su obra. El ataque a Pearl Harbour, en noviembre de aquel mismo año, interrumpió provisionalmente el inicio de la película.» ler aqui.

Rafael Argullol, El País Online, 09/05/2009

quinta-feira, 7 de maio de 2009

sábado, 25 de abril de 2009

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" Muitas vezes, meu caro senhor, as aparências iludem, e quanto a pronunciar uma sentença sobre uma pessoa, o melhor é deixar que seja ela o seu próprio juiz. " Robert Walser

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