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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Paisagem Humana / BESart: Colecção Banco Espírito Santo


Copo de água, 2005
Prova cromogénea de ampliação
digital (Processo LightJet Lambda) ·
120 x 120 cm · Edição 2/3. Adelina Lopes
1970, Braga, Portugal







Sem título (Red Kitchen), 2004
Prova por revelação cromogénea,
colada sobre alumínio · 90 x 117 cm ·
Edição 5/6. Aino Kannisto
1973, Espoo, Finlândia





The Park (II), 2002
Prova por revelação cromogénea,
colada sobre alumínio · 130 x 170 cm ·
Edição de 3/5 + 1 PA.

Sarah Jones
1959, Londres, Reino Unido








Football Face, 2002.

Prova revelação cromogénea, em papel Fugi Crystal Archive

66 x 54 cm. Ed. 13.

Irving Penn

1917, USA.












Nei Reesan Shehr Lahore Dlyan

(There is no match of the city of Lahore), 2006.

Impressão lenticular montada em alumínio. 86 x 114.3 cm.

Prova de Artista Ed. 7 + 2 P.A / P. A.


1970, Paquistão.














Marina Abramovic 1946, Jugoslávia.




Homem Magnético, 2004
Prova cromogénea de ampliação
digital (Processo LightJet Lambda) ·
160 x 140 cm · Edição 2/3 + 1 PA.
João Maria Gusmão
e Pedro Paiva
1979, Lisboa, Portugal /
1977, Lisboa, Portugal




Still live (02.10 a 21.10 2009), 2010.

Prova por revelação cromogénea.

180 x 315 cm. Edição Única.


1963, Alemanha.




Três limões, série "O ofício de viver", 2010.



Prova por revelação cromogénea. 70 x100 cm.

Ed. 3/3 + 2 P.A / P.A.

Daniel Blaufuks
1963, Lisboa, Portugal




Green Staircase #4, 2003

Prova por revelação cromogénea s/Plexiglas 152 x 122 cm


1953, USA.




Horóscopo, 2004
Prova cromogénea de ampliação
digital (Processo LightJet Lambda) ·
126 x 156 cm · Edição 1/3
Duarte Amaral Netto
1976, Lisboa, Portugal







Sem título (Isabel e Mariana), da
série Pli, 2004
Duas provas cromogéneas de ampliação
digital (Processo LightJet Lambda) ·
34 x 60,5 cm · Edição única + PA

Cecília Costa
1971, Caldas da Rainha, Portugal



Íris, 2011

Print digital sobre papel Hahnemulle

Ed. 5 + 1 P. A/ P. A

Pierre Gonnord
1963, Cholet, França
















Eva, 2003
Prova cromogénea de ampliação
digital (Processo LightJet Lambda),
colada sobre Diasec · 100 x 100 cm ·
Edição 2/3
Pierre Gonnord
1963, Cholet, França







Two of us, Shibam, 1995

Prova gelatina sal de prata, colada sobre aluminio

80 x 120 cm Ed. 1/3
Paulo Nozolino

1955, Portugal.



Francisco, 2001
Prova gelatina sal de prata ·
124 x 124 cm · Edição de 3 + PA
Eurico Lino do Vale
1966, Porto, Portugal





Sarah, da série Grief, 2007

Processo LightJet Lambda

100 x 178 cm Ed. 8/10


1959, Holanda


The Dentist, 2002

Prova por revelação cromogénea · 122 x 163 cm ·

Edição 3/5 + 1 PA
Hannah Starkey

1971, Belfast, Irlanda do Norte, Reino Unido








raparigas povoam a maioria das vezes estas imagens que mantêm uma ambiguidade de leitura entre a realidade e a ficção. Há como que um desejo de congelar o tempo, mas não no sentido entusiástico da tradição fotográfica de captar o instante. Aqui procura-se sobretudo uma sensação visual de intemporalidade simultaneamente familiar e distante. É da presença quase estática das figuras que emana o sentimento de enigma sobre a verdadeira natureza destas imagens. Serão registos da vida ou encenações que com ela se confundem? Usando actores que posam para esse registo de contemplação esquiva, Starkey parece ao mesmo tempo criar ambientes narrativos que nos escapam, apesar do aparato e densidade visual, numa estratégia de comunicação deceptiva, frustrando qualquer contextualização mais precisa ou conclusiva. Isso pode ser confirmado em The Dentist (2002) e Newsroom (2005), duas fotografias de grande escala que remetem para acções suspensas, que parecem conservadas pelo cuidado encenado dos gestos, da pose, mas também de todos os objectos que enquadram as personagens. Espécie de encenações que imitam a realidade, estas imagens traduzem ainda uma paradoxal envolvência entre a fragilidade das figuras e a construção social dos espaços onde se apresentam. Persuasiva, no entanto, Starkey mistura a banalidade das rotinas quotidianas com uma certa densidade de significados. Ao jogar com o voyeurismo solitário do observador, esta artista britânica acentua o processo de isolamento de ambos os domínios. As suas figuras parecem assim comunicar precisamente na medida de uma partilha de evasão e indiferença perante a realidade evocada. Tal como o observador se abstrai, no exercício de uma contemplação silenciosa, as personagens femininas que aqui vemos confirmam esse poder de comunicação evasiva que se mantém, apesar de tudo, entre a imagem e a experiência da sua recepção.


David Santos


Bibliografia seleccionada
Iwona Blazwick, Hannah Starkey. Photographs 1997-2007, Steidl, Göttingen, 2008.
Hannah Starkey, Irish Museum of Modern Art, Dublin, 2000.
A Project for the Castle, Hannah Starkey, Castello di Rivoli, Turim, 2000.



Self Portrait You+Me
(Jayne Mansfi eld), 2006
Prova por revelação cromogénea,
queimada · 90,5 x 80,5 cm ·
Edição única
Douglas Gordon
1966, Glasgow, Escócia













The Lesbian Project (3), 1997
Prova por revelação cromogénea ·
56,51 x 74,29 cm · Edição 4/5
Nikki S. Lee
1970, Kye-Chang,
Coreia do Sul








A Woman with a Covered Tray, 2003

Transparência cromogénea, montada em caixa de luz ·

182,8 x 227,6 x 26 cm · Edição 3/3


Jeff Wall (1946, Vancouver, Canadá) é um artista e um reconhecido ensaísta,
autor de textos que influenciaram decisivamente a forma como olhamos não só
para a fotografia, nomeadamente a chamada fotografia conceptual, como para
a questão da imagem em geral. O seu trabalho fotográfico tornou-se conhecido
na Europa principalmente a partir do momento em que foi convidado, em 1981,
para a Documenta 7. As imagens deste artista caracterizam-se por uma enorme
atenção ao detalhe, ao tema, à composição. Apaixonado pela história da pintura,
perseguiu a forma de traduzir para a arte contemporânea, para a nossa sociedade
tecnologicamente avançada, a sofisticação alcançada pelos pintores que
admirava, como Eugène Delacroix e Edouard Manet. Fê-lo empregando simultaneamente
ferramentas associadas à pintura antiga – referências históricas,
composição meticulosa – e aos mundos do cinema e da publicidade: não só
procede como um director de cinema, criando autênticos guiões, procurando cenários,
dirigindo actores, como a partir de determinado momento se tornou a sua
imagem de marca a apresentação das fotografias em caixas de luz, como as que
servem para iluminar anúncios publicitários. Desta forma, Jeff Wall conseguiu
estabelecer uma ponte entre alta e baixa cultura, entre o antigo e o moderno,
ao mesmo tempo que reintroduzia na fotografia, ou na arte experimental, uma
característica que então lhe estava vetada, pelo que representava de anacronismo:
narratividade. No fundo, aquilo que este artista ensaia constantemente
é uma síntese entre as tradições estéticas de vanguarda e a cultura de massas,
recuperando o passado, a grande arte dos museus, ao mesmo tempo que participa,
embora criticamente, na sociedade do espectáculo.


Ricardo Nicolau



Bibliografia seleccionada
Jeff Wall, Jeff Wall. Selected Essays and Interviews, The Museum of Modern Art, Nova
Iorque, 2006.
Theodora Visher and Heidi Naef (org.), Jeff Wall. Catalogue Raisonné 1978 – 2004,
Schaulager, Basileia, Steidl, Göttingen, 2005.
Jeff Wall. Tableaux, Astrup Fearnley Museet for Moderne Kunst, Oslo, 2004
Jeff Wall. Space and Vision, Lenbachhaus, Schirmer/Mosel, Munique, 1996.
Jeff Wall. Transparencies, Schirmer/Mosel, Munique, 1986.














Cindy Sherman (1954, Glen Ridge, Nova Jérsia, EUA) tem encontrado veículos
surpreendentes para pensar os estereótipos relacionados com as questões de
género, de uma forma não declaradamente feminista. Sherman utiliza, desde
meados dos anos de 1970, o seu próprio corpo como modelo e recorre à encenação
e ao uso de disfarces. Apesar de se movimentar sempre na esfera da fotografia
não se considera fotógrafa pois concentra em si outros papéis, como o de actriz,
modelo e realizadora.
As metamorfoses que Sherman efectua ao simular novas identidades são
impressionantes, a ponto de, muitas vezes, as suas feições serem absolutamente
irreconhecíveis. Todavia, o propósito da artista não é a auto-representação ou o
retrato no sentido convencional. O que lhe interessa é a mise en scène de clichés,
como na série nuclear Untitled Film Stills, parodização do erotismo convencionado
pelo cinema e pela publicidade. As raparigas representam modelos
imediatos de sedução inspirados nos filmes de série B dos anos de 1950 e 1960.
O facto de serem stills remete para a imagem parada de um filme, momento fixo
de uma narrativa. Segundo Rosalind Krauss, Cindy Sherman edifica simulacros,
cópias sem original, pois o que ressalta da observação é uma sensação de dejá
vu, quando, na verdade, o filme a que se referem as imagens não existe. A artista
dedicou-se a esta série inicial entre 1977 e 1980 e é considerada a mais emblemática
e subtil do seu trabalho.
Sem título (2004) pertence à série Clowns, que incide sobre o tema do palhaço
e sobre a visão cultural desta figura-tipo. Sherman radica o medo inspirado
pelo palhaço no contexto americano, mercê da excessiva mediatização através
da publicidade. Trata-se de uma série muito psicológica, na qual se percorrem
vários estados de emoção. Ambas as fotografias são bem representativas do
percurso da artista, e congregam elementos chave para a leitura da sua obra.
O Museum of Modern Art (Nova Iorque) acolheu, em 1997, a sua exposição
individual intitulada The Complete Untitled Film Stills.


Luísa Especial

Bibiliografia seleccionada
Cindy Sherman, Jeu de Paume, Flammarion, Paris, 2006.
Johanna Burton (org.), Cindy Sherman, The MIT Press, Cambridge, 2006.
Cindy Sherman: Clowns, Kestnergesellschaft, Hanôver, Schirmer / Mosel, Munique, 2004.
The Complete Untitled Film Stills, The Museum of Modern Art, Nova Iorque, 1997.
Cindy Sherman. Untitled Film Stills, Rizzoli, Nova Iorque, 1990



Sem titulo #477, 2008

Prova por revelação cromogénea

148 x 146 cm. Ed. 3/6

Cindy Sherman

1954, USA

sexta-feira, 1 de junho de 2012

A Otorrinolaringologia e o Châlet dos Péreire



Foi apresentado no dia 31 de Maio de 2012, na Sociedade de Geografia de Lisboa, pela Secção de Medicina desta Instituição Cientifica o livro “A Otorrinolaringologia através da História da Medicina", foram oradores: o Almirante – Médico Luiz Gonzaga Ribeiro, o Prof. Dr. António Barreto e o Dr. José Luis Dória.








Da autoria de João José P. Edward Clode, este livro sucede a outros que o Dr. João Clode já tinha publicado: “A Otorrinolaringologia em Portugal”, 2010 e a “História da Otorrinolaringologia”, 2003. Estão de parabéns a Sociedade de Geografia de Lisboa e a Bial por tornar possível a edição destes trabalhos. Está de parabéns o nosso amigo João Clode.









































O João Clode é também um entusiasta do coleccionismo, de tudo o que diga respeito à medicina e à fotografia antiga. Alguns perguntarão onde é que estes dois temas se encontram. Isso acontece em múltiplas ocasiões. Quando ouvia o Dr. Dória a referir-se à família Pereira, que se tinha estabelecido em França, anotei imediatamente o nome. Ao meu lado uma amiga reparou que eu anotava tudo! De facto, a ligação dos Pereiras com a Otorrinolaringologia não me era estranha. Vejam porquê:



O Dr. João Clode também já nos mostrou onde a medicina e a fotografia se cruzam: na História da fotografia e da sua aplicação à Medicina.